Toda garota precisa de um melhor amigo escrita por Jessie


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Dedico às minhas leitoras novas perfeitas MiihSetzer, que é da minha cidade *-*, LiHh, Isabelle Erthal, Tincampy, Annie, Srta idiota, obrigada pelos comentários meninas! Bia Rodrigues, Isaah, lelemiyuki, obrigada por favoritarem lindas! E claro, meu divo e novo leitor, Márcio Gabriel, obrigada por comentar e acompanhar, significa muito pra mim s2. Voltem sempre!
Às minhas divas, Filha da Sabedoria e Miss Sparrow, que estão sempre comigo, obrigada lindezas!
À Paloma Davino, Cher e AlexiaB, obrigada pelos comentários, é sempre um prazer tê-las aqui!
À Daday, Bad Girl, Tsu e Dyanna1100 por favoritarem, e JuuhLeitora por acompanhar, obrigada lindas, espero vê-las nos comentários!

E aos demais que estão acompanhando, muito obrigada!

Uma curiosidade: sabiam que o cavalo-marinho macho é quem fica grávido? :o

Jessie também é cultura!

Dito isso, vamos ao capítulo. Boa leitura! E leiam as notas finais ;)



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Luiz conseguira me tirar a paciência. Aliás, qual era a necessidade daquilo? Ele só podia estar querendo me deixar louca mesmo. E, o pior de tudo, é que aquilo tirou totalmente o foco do que eu queria realmente saber: Por que ele foi a minha casa após a tal briga? E, o mais importante, por que ele nem tocou no assunto sobre o que acontecera entre a gente?

Era tudo muito frustrante.

Luiz continuava no banho, enquanto eu pensava comigo mesma, deitada na beira da minha cama, em como tudo estava muito estranho.

A luz estava apagada, não havia aparelho nenhum ligado, estava tudo no mais completo silêncio... A não ser pelo barulho da chuva, e do chuveiro.

Levantei-me da cama, jogando alguns travesseiros no chão. Caminhei a passos largos até meu guarda-roupa, e peguei minha guitarra que estava encostada a ele. Tirei-a da maleta e voltei para cama.

Sentei-me com uma das minhas filhas nas mãos, apoiada em meu colo. Fechei os olhos, tocando alguns acordes. Vinha-me alguma música, mas eu não lembrava qual era... Até que as notas criaram forma, e de repente eu a estava cantarolando.

— You don't know the truth… na na na you knew – Eu tentava me recordar. – Lifeless and bleeding… I'm screaming inside of you.

Finalmente acertei as notas certas, lembrando-me perfeitamente do resto da música.

— I take a hold of everything you say and I throw it right back in your face.

(Eu pego um pedaço de tudo o que você diz e jogo bem na sua cara)

If you don't like my reputation you can suck my dick.

(Se você não gosta da minha reputação, pode chupar o meu p**)

Like it ever even mattered what you said to me anyway…

(Como se fizesse alguma diferença o que você me disse de qualquer maneira)

Like I give a shit about you anyway.

(Estou pouco me fodendo pra você)

Luiz entrou no quarto, interrompendo minha performance, além de deixar a porta aberta atrás de si, fazendo com que a luz da sala entrasse no cômodo. Ele estava apenas com uma toalha amarrada à cintura. Os cabelos pretos estavam molhados e bagunçados, e o rosto parecia ainda mais branco. Preciso dizer que eu só queria desmaiar?

Ele me olhava com um semblante de curiosidade.

— Pancake land... – pronunciou o nome da música. – Por acaso é alguma indireta? – indagou com a expressão séria, mas seus olhos riam.

Deixei-me cair – cuidadosamente – no colchão. Coloquei, com muita delicadeza, minha filha à minha esquerda, pra só então enfrentá-lo. Ia me levantar quando vi que ele já estava sentado do meu outro lado, na cama.

— Você ficou com raiva... – começou a dizer.

Levei as mãos aos olhos para cobri-los. Não conseguia olhar pra ele.

— Anna? – aproximou-se. Ele tinha um tom preocupado.

Eu não o respondia.

— Anna! – gritou, puxando minhas mãos.

— O que você quer?! – gritei de volta.

Ele me observou por alguns segundos. Balançou a cabeça negativamente, fazendo menção de se levantar.

Lembrei-me do corte que o idiota tinha no braço, então o impedi de sair da cama.

— Fique aí.

Ele, surpreendentemente, me obedeceu. O que me deu tempo pra colocar minha filha segura de volta no seu lugar, até voltar pra o lado dele de novo.

— Agora me conta como foi isso. – pedi, enquanto analisava o corte mais de perto. Não parecia ter sido por algo como uma faca ou qualquer coisa do tipo, constatei após passar o dedo indicador sobre a ferida.

Ele soltou um gemido abafado.

— Você é um pé no saco mesmo, Anna. – bufou. – Já te contei o que aconteceu.

— Ainda me parece muito esquisito. – levantei a cabeça para fitá-lo. – Por que você não me conta a verdade, Luiz? – fiz carinha de desconsolada.

Ele ficou perdido por um momento. Acho que ele esperava que eu retrucasse, e lá estava eu, Anna, sendo fofa. Mas era de propósito.

Sorri ao ver a expressão de desentendido dele.

— Tudo bem, não me conte. Vou buscar o esparadrapo, só um minuto. – levantei-me num pulo e fui até o banheiro.

Voltei com um nécessaire de primeiros-socorros, e fiquei parada à frente dele. Graças aos deuses ele havia colocado uma calça – que, não por acaso, era dele e estava lá na minha casa –.

— Com licença. – falei docemente, ajoelhando-me no chão, literalmente aos seus pés. Afastei suas pernas para os lados, pra ficar confortável entre suas coxas. Ele se abaixou um pouco, apoiando os cotovelos nas pernas, pra que eu alcançasse o braço ferido.

Limpei o corte com um remédio pra cicatrizar e algodão, pra então cobri-lo com um curativo. Ele permaneceu quieto e imóvel até eu terminar.

— Prontinho.

Subi o olhar até ele com um sorriso. Apoiei-me nas suas coxas para ficar de pé.

— Anna... – puxou-me pela cintura e me fez sentar em seu colo. – Não quero que fique brava comigo.

— O quê? Não estou brava. – menti, tentando me livrar dos braços que continuavam em volta da minha cintura.

— Sim, você está. Por isso está agindo assim.

— Assim como?

Fiz-me de desentendida, finalmente conseguindo fazer com que ele me soltasse. Porém, permaneci no seu colo.

— Como se não tivesse acontecido nada. – disse ele, tirando-me de cima das suas pernas.

Cruzei os braços, de pé na sua frente.

— Espera. – estreitei os olhos. – Eu?! Eu estou agindo como se não... – contive-me pra não fazer um escândalo. – Quer saber, Luiz? Sai daqui. Você é um estúpido! – ordenei, apontando a porta do quarto.

— Viu como estava com raiva? – ele riu, levantando-se. Aproximou-se e me agarrou pelos pulsos, prendendo meus braços atrás de mim. – Não me faça perder a cabeça com você de novo, Anna. – sussurrou no meu ouvido. De repente eu me sentia como se tivesse acabado de correr uma maratona, com a respiração completamente acelerada.

Ai meu santo Zeus, de novo não.

Abri os olhos, que haviam se fechado automaticamente com a proximidade dele, e procurei algo pra dizer, algo que me salvasse dali.

— Luiz... – minha voz saiu fraca. – Por favor, me solta.

Suspirei. Eu não estava sendo muito convincente.

— Por que eu faria isso? – perguntou desafiadoramente.

— Porque eu quero que você faça. Não quero que me toque.

Arrependi-me no momento em que as palavras saíram, mas já estava feito.

Ele se afastou subitamente, e sua expressão passou num segundo de surpresa para zangada.

— Nesse caso... – virou-se, pegando qualquer camisa dele que havia no meu guarda-roupa e saiu do quarto, deixando a porta aberta.

Vi-o atravessar a sala, abrir a porta e sair, sem olhar pra trás.

***

— Daí o motivo pra minha dor de cabeça. – resmunguei para Mari, ao contar o que acontecera mais cedo naquele dia.

Era quatro e vinte da tarde, e Mari chegara um pouco depois de eu ter tomado meu remédio, junto com o chá para os nervos.

Ela fora me buscar pra irmos à faculdade juntas, já que, diferente de mim, Mari tinha um carro. Ainda que minha casa não fosse  tão longe da faculdade, era o caminho de Mari, então ela sempre passava pra me pegar. Aproveitei que ela passara em casa bem mais cedo naquele dia pra contar a ela as novidades.

— Ainda estou boquiaberta! – exclamou Mari, de fato, boquiaberta. – Tenho tantas perguntas que nem sei por onde começar.

— Novidade!

Ri enquanto lavava a louça do lanche que havíamos feito.

Ela enterrou o rosto na mesa, com os braços jogados na frente.

— Ão ei or one omear – murmurou com a bochecha grudada à madeira da mesa.

*Não sei por onde começar.

Acredite ou não, mas eu havia entendido.

— Você já disse isso. – informei. – Sei lá, faça uma pergunta aleatória.

Mari levantou a cabeça, toda estabanada.

— Com quem será que ele brigou?!

— Uma pergunta que eu saiba responder. – pedi, enxugando alguns pratos.

— Por que você o mandou embora?

— Por que eu estava com raiva, ué.

— Pensei que você gostasse dele.

— E eu gosto, Mari! É claro que eu gosto! – falei num tom acima. – Como meu melhor amigo. E eu o quero de volta... Como meu amigo. – balancei a cabeça, pensativa. – Só queria que tudo voltasse ao normal... – concluí num suspiro.

Mari parecia decepcionada.

— Devia ter dito isso a ele. Vocês são dois cabeças duras, nem ao menos conversaram sobre o que houve. Só sabem discutir!

— Ai, Mari... E que culpa eu tenho se ele gosta de me provocar?!

— Ele sempre te provocou. Você sempre o provocou. Por que isso te incomoda agora?

— Porque eu o quero de novo! – Deixei escapar, levando a mão à boca para calá-la logo depois.


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Notas finais do capítulo

Lindos, 41 acompanhando *-* que emoção :') estou muito feliz, de verdade! Já pensou se todos comentassem e me ajudassem com meu repentino bloqueio criativo? :/ Provavelmente só postarei novamente segunda, por este inesperado probleminha... Quero que a história continue perfeitamente, e quando um capítulo não me agrada, eu o reescrevo até ficar bom o suficiente pra mim. É um saco ser tão exigente, acreditem. Enfim, obrigada pelo apoio até aqui, já é uma ótima motivação s2 até o próximo :*