A Different Dawn Treader escrita por Nymeria


Capítulo 4
Barcos em terras mágicas não remam sozinhos


Notas iniciais do capítulo

Amores da minha vida!!!
E aí? Como estão? Eu espero que bem!
Estou de bom humor hoje porque EU NÃO TENHO MAIS QUE ESTUDAR EM HORÁRIO INTEGRAL!!! Mas, em compensação, vou estudar nos sábados ¬¬. Então, por esse motivo não vai dar pra postar mais nos sábados como eu havia dito, então, como sexta também é um dia difícil, eu vou tentar postar toda quinta. Agora sintam-se felizes u.u.
Enfim, sem Edria nesse cap :'( (chorem comigo), mas no próximo teeeeeeeeeem! Oba!
Cara, eu não tenho o que falar, então só leiam isso aí.

PS.: EU NÃO RESISTI A COLOCAR ESSE TÍTULO, PORTANTO FAÇAM COMO SEMPRE, IGNOREM U.U. AKNSJKAHKJGH



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Adria caminhava lentamente enquanto era escoltada para o tal mercado. À frente, podia ver Eustáquio e Lúcia tentando soltar-se das algemas. Ela estava consideravelmente mais atrás que eles, o que não parecia algo bom, de qualquer forma. O crepúsculo já estava começando a cair quando pararam de repente. A garota olhou para trás com o cenho franzido, mas o homem apenas abriu suas algemas enquanto olhava freneticamente para além dela.

— O que está fazendo?

— Volte para o porto, Alteza — o homem disse nervosamente.

— Ah, isto quer dizer que sabe quem sou — ela olhou para onde Lúcia e Eustáquio se perdiam no horizonte abandonado de Durne. — Gostei de você.

— Tem um navio a sua espera, certo? — o homem ignorou a falar anterior da garota.

— Eu tenho uma ideia melhor — Adria sorriu minimamente. — Você solta meus amigos e todos nós damos o fora daqui. É o plano perfeito.

— Eu não posso — o homem murmurou.

— Se você sabe quem sou, é porque é arquelandês — a garota afirmou. — O que faz aqui?

— O que está vendo, Alteza.

— Mas por quê? — ela exasperou. — Por que trabalha para sei lá quem? Essas pessoas...

— Porque minha família precisa.

Adria engoliu a seco. Ela olhou para onde antes estavam Lúcia e Eustáquio e para o caminho que levava ao porto. Suspirando, ergueu as mãos juntas em frente ao corpo.

— Alteza...?

— Sua família precisa.

— Mas... — o homem tentou objetar.

— Eu estou mandando — e após dizer isso, a garota fez uma careta. — De qualquer forma, vai ser divertido.

O homem a olhou incrédulo, mas obedeceu.

XX

Edmundo acordou com barulhos incansáveis. Levou a mão à cabeça, levantando.

— Tudo bem? — Caspian, que estava batendo na entrada da masmorra, perguntou.

— Tudo.

Caspian continuou a chutar a grande porta de ferro, pelo menos até ouvir uma voz vinda do canto mais escuro da masmorra.

— É inútil — dizia a voz. — Vocês nunca vão sair daqui.

— Quem está aí? — Caspian perguntou com desconfiança.

— Ninguém — a voz respondeu. — Só uma voz em minha cabeça.

Caspian caminhou até o lugar de onde vinha a voz, encontrando um homem já velho com cabelos e uma longa barba grisalha.

— Lorde Bern — Caspian disse.

O velho estranhou que alguém soubesse quem era, mas confirmou.

— É, eu já fui um lorde — disse. — Mas eu não mereço mais esse título.

Caspian olhou para Edmundo, ainda do outro lado da masmorra.

— Ele é um dos sete? — o garoto perguntou.

— Sim.

Caspian voltou-se para homem, a fim de vê-lo melhor.

— Seu rosto... — Lorde Bern franziu o cenho. — Me faz lembrar de um rei que eu amei muito.

— Este rei era meu pai — Caspian informou-o.

— Oh, milorde... Me perdoe, por favor — Lorde Bern tentou levantar-se para lhe prestar uma reverência adequada, mas Caspian impediu-o.

— Não, por favor, não.

Enquanto Caspian ajudava o lorde a erguer-se, Edmundo espreitava por um estreita (e a única) janela que havia na masmorra. Lá fora, ouvia-se gritos e uma carroça carregada de pessoas passava com urgência. Um homem corria atrás da carroça, gritando.

— Elaine!

Ele tentou, ao menos, subir na carroça, sendo impedido por guardas. Atrás dele, corria uma garotinha de, no máximo, dez anos. Ela gritava incansavelmente "mamãe".

— Eu vou encontrar você! — o homem gritava, do chão.

Eustáquio, ao ver a cena, espantou-se.

— Eu quero ir pra casa — murmurou enquanto mexia nas correntes, o que acarretava num barulho irritante.

— Se você não parar de fazer isso, não voltará para casa nunca — Adria ameaçou-o. — Eu faço questão de te esfolar.

O menino a olhou assustado, parando rapidamente de fazer o barulho.

Do alto da janelinha da masmorra, Edmundo ainda fitava enquanto as pessoas eram postas em um bote e enviadas ao mar. Não demorou até Caspian juntar-se a ele.

— Para onde estão levando eles? — Caspian perguntou ao lorde.

— Vai olhando.

Enquanto o bote ganhava o mar, de repente, o céu escureceu como em uma tempestade repentina, e, do nada, surgiu uma névoa verde. Quase no mesmo instante que veio, foi, mas não havia nem sinal de ter havido um bote ali.

— O que aconteceu? — Caspian perguntou.

— É um sacrifício — respondeu Lorde Bern.

— Mas para onde eles foram?

— Ninguém sabe.

Caspian e Edmundo desciam da janela quando o lorde começou a falar.

— O Nevoeiro foi visto primeiro no oriente; notícias de pescadores e marinheiros desaparecendo no mar. Nós, fidalgos, fizemos um pacto; de achar a fonte do nevoeiro para destruí-la. Todos nós partimos, mas nenhum voltou.

Ele andou de um lado ao outro, parando de frente para Caspian.

— Se não venderem você para os mercadores de escravos, é capaz de ir parar no nevoeiro.

— Temos que achar a Lúcia — Edmundo disse ao mesmo tempo em que Caspian murmurava um "Adria". — Sim. Antes que seja tarde.

XX

— Eu dou setenta!

— Eu dou oitenta!

— Eu dou cem pela mocinha!

— Eu dou cento e vinte!

— Eu dou cento e cinquenta!

Lúcia se encolhia ao ouvir os preços que davam por ela. Adria estava um pouco mais atrás que ela, ao lado da cadeira onde o, aparentemente, mentor daquele mercado se encontrava sentado.

— Mais algum lance? — perguntou o leiloeiro.

Mas ninguém respondeu. Lúcia resmungou enquanto o homem colocava uma placa de vendida pendurada em seu pescoço e recebia o pagamento por si. Ela soltou um pequeno grito quando foi içada para fora da plataforma, enquanto, na masmorra, Edmundo, Caspian e Lorde Bern eram escoltados para fora.

— Agora, por esse belo espécime, quem vai abrir o leilão? — o leiloeiro perguntou enquanto levava Eustáquio para a estreita plataforma.

Mas, novamente, ninguém disse nada.

— Entusiasmo — o leiloeiro pediu. — Ele é assim magricelo mas é bem forte.

— É bem forte mesmo, e fedido como o traseiro de um minotauro — reclamou um dos comerciantes.

Os homens que estavam ali riram, mas Eustáquio, orgulhoso como só ele, se ofendeu.

— Mas isso é uma mentira absurda! — defendeu-se. — Eu ganhei o prêmio de higiene escolar dois anos seguidos.

Os comerciantes soltaram mais risos, e o leiloeiro fingiu apreciar a conquista do menino.

— Alguém faça um lance.

Caspian ouviu o homem falar do alto da torre por onde passava e olhou para baixo.

— Eu alivio você dessa carga — um homem encapuzado disse. — Eu alivio você de toda essa carga.

O homem puxou o capuz, revelando ser nada menos que Drinian, com Ripchip no ombro esquerdo. Outros homens de capuz imitaram o gesto, revelando serem os marinheiros do Peregrino da Alvorada.

Por Nárnia!

Nárnia!

Uma luta começou naquele instante. Lá de cima, ainda bastante alto na torre, um dos homens que os escoltavam olhou para baixo, dando espaço para que Caspian o derrubasse. Eustáquio, muito assustado, correu para o lado de Adria, pondo-se atrás da garota.

— Fala sério! — ela exclamou, deixando-o ali enquanto procurava pelas chaves das algemas em uma pequena mesinha de madeira.

Mas ela não precisou das chaves, já que Ripchip fez o favor de abrir tanto as suas algemas, quanto as de Lúcia.

— Obrigada Rip, sabia que ia aparecer — Lúcia o agradeceu.

— Majestade — o rato fez um reverência.

O tilintar do metal soava alto, assim como os gritos. Eustáquio se esgueirou pelas paredes das casas, sendo quase acertado por vários golpes. Ele passou por alguns vasos quebrados ao chão e montes e palha seca até dar de cara com um dos mercadores. O homem sorriu estranhamente, deixando à mostra dentes nada bonitos. O menino tentou se afastar, mas ainda estava colado em uma parede. O mercador ergueu um punhal, mas, antes que pudesse fazer algo, caiu ao chão, desacordado. Eustáquio ergueu o olhar, vendo Adria com um panela na mão e revirando os olhos.

— Vem comigo — ela puxou a mão do menino, arrastando-o por entre as pessoas.

— Onde você arranjou essa panela? — ele perguntou.

A garota o olhou incrédula.

— Quem se importa?

— Bom, caso aqui não exista leis contra isso, roubar é crime — o menino disse.

Adria parou ali mesmo, no meio de uma luta. Eustáquio olhou para os lados, nervoso. A garota respirou fundo, fechando os olhos.

— O que foi que eu disse sobre te esfolar?

— Nada!

Ela abriu a boca para retrucar, mas um dos mercadores surgiu atrás de Eustáquio.

— Abaixa!

O menino não pensou duas vezes antes de fazer o que a garota mandou, vendo, em seguida, outro homem desacordado ao chão.

— Seja como for, dê o fora.

— O quê?!

Mas Adria já havia arranjado um arco pelo chão e apontava uma flecha na direção de um mercador que trocava golpes com Caspian.

— Bárbaros — o menino resmungou, voltando a se esgueirar pelas paredes até encontrar um dos homens que guardavam as chaves das algemas caído no chão e conseguir soltar-se.

Eustáquio correu até chegar ao porto, onde encontrou os botes amarrados. Atrás dele vinha o mentor do mercado de escravos, que trazia junto a si uma bolsa de couro com todo o dinheiro arrecadado na venda daquele dia. O menino virou de um lado ao outro no bote, sem saber como faze-lo se mexer.

— Você é um barco numa terra mágica, não podia remar sozinho? — perguntou, inutilmente.

O mercador, vendo que apenas o menino guardava os botes, desembainhou um punhal e o ergueu. Enquanto isso, Eustáquio levantava um dos remos, girando-o de um lado ao outro. Num desses giros, o menino se desequilibrou e acertou o mercador, fazendo-o cair na água. Eustáquio se assustou, deixando o remo cair.

— Ai não, será que era o Cônsul Britânico?


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Digam, por favor, eu vou gostar de saber :D

Durne me faz lembrar de Dorne, tipo, MUITO (pessoas lindas que assistem got ou leem asoiaf entenderão), sério, estou num vício maldito.

Until the next ❤️



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