A Different Dawn Treader escrita por Nymeria


Capítulo 5
Quatro centímetros e meio não fazem muita diferença


Notas iniciais do capítulo

Olááááááá!
Então, não deu pra postar ontem porque eu fui atingida por uma tal de preguiça que ama me visitar. Pois é, podem me chamar de irresponsável. Massssssss, como está sendo a Semana Santa de vocês? Comendo muito camarão? Se sim, vocês são todos sortudos, porque eu não posso ¬¬.
Enfimmmmmm, FINALMENTE EDRIAAAAAA!!! kansjsbachjgjkbjkfgsnjkfb sintam-se muito amados por mim, porque é praticamente um capítulo inteeeeeiro apenas para os dois! Eu sei, sou incrível.
Bom, é isso, leiam.

P.S.: Ah vai, eu gostei desse título asjbashjdvghjfdhjbf



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Os gritos soavam altos e estridentes, mas, pelo menos, eram alegres. Várias pessoas os saudavam enquanto passeavam pelas ruas de Durne até o porto. Edmundo caminhava ao lado de Caspian, Drinian, Lúcia e Adria quando Lorde Bern veio na direção em que se encontravam.

— Meu rei — dizia.

Os cinco se aproximaram do velho homem, que trazia erguida uma antiga espada.

— Recebi esta espada do seu pai — Lorde Bern disse. — Escondi-a em segurança em uma caverna todos esses anos.

— É um espada de Nárnia antiga — Edmundo observou.

— É da Idade de Ouro de Nárnia — o lorde esclareceu. — Existem sete espadas dessas; presentes de Aslam para proteger Nárnia. Seu pai as confiou a nós. Aqui — ofereceu-a. — Pegue.

Caspian se aproximou.

— E que ela proteja o senhor.

Lorde Bern entregou a espada a Caspian, recebendo gritos e palmas dos moradores daquela ilha.

— Obrigado, milorde — agradeceu. — Vamos achar seus cidadãos perdidos.

Virou com Edmundo para um lado, entregando a espada a ele. O garoto observou a espada por um momento, até ver Adria caminhar até o lado mais afastado do porto. Começou a caminhar na direção da garota, mas foi impedido por um homem, um dos que os haviam acorrentado.

— Majestade — o homem disse, apesar de hesitante.

Edmundo acenou com a cabeça para que ele prosseguisse.

— Eu gostaria de agradecer a Vossa Alteza.

O garoto franziu o cenho antes de perguntar: — Adria?

— Sim — o homem olhou para o lado, onde um mulher e uma menininha olhavam para eles. — Ela poderia ter ido embora, mas ficou e... bem, poderia dizer 'obrigado' a ela?

— É claro.

O homem caminhou de volta para a multidão, deixando Edmundo com um sobrancelha levantada e sem entender boa parte de tudo aquilo. O garoto deu de ombros e voltou a caminhar para onde a garota havia se dirigido.

Quando finalmente a alcançou, ela estava recostada em uma amurada de pedra e olhava para o Peregrino da Alvorada, ao longe.

— Oi — disse.

Ela olhou para Edmundo como se estivesse se perguntando a quanto tempo ele estava ali.

— Olá. — Disse, por fim.

O garoto se deslocou, parando ao lado dela.

— Como vai a Arquelândia? — perguntou, sem saber do que falar.

Ele tinha a impressão de que tinha de dizer algo para a garota, mas, por incrível que pareça, tinha esquecido completamente.

Adria se levantou bruscamente, com uma expressão esquisita e, para a surpresa de Edmundo, ela começou a enche-lo de tapas.

— Mas o que...?

— Você passa três drogas de anos seja lá onde e quando volta me pergunta como vai a Arquelândia?! — ela exasperou. — Eu não me importo como está qualquer coisa!

— Ai!

Edmundo levantou a espada que tinha nas mãos para tentar se proteger. Um erro. Um estalo estridente foi ouvido e, quando ergueu os olhos, ouviu o grito abafado que Adria deu.

— O que...?

A garota segurava a mão direita, tomando cuidado para não tocar nos dedos; três deles dobrados em ângulos que, Edmundo tinha certeza, não estavam assim antes.

— Isso está feio — disse, sem pensar.

— Jura?!

Adria virou as costas para ele e começou a andar (vulgo, quase correr) para onde os outros já entravam nos botes. Edmundo seguiu-a, se amaldiçoando mentalmente.

— O que aconteceu? — a garota ouviu a voz de Raisha e, rapidamente, esqueceu da mão.

— Onde você estava? — perguntou, engolindo a dor.

— Conversando com alguns moradores — Raisha deu de ombros. — Colhi informações.

— Precisava ter visto quando ela incitou os moradores a atacarem os mercadores — Caspian riu. — Vasos são bastante úteis.

— E panelas também — resmungou Eustáquio.

Adria olhou para Caspian com uma expressão diferente, que ele nunca havia visto no rosto da garota.

— De qualquer forma, nunca mais faça isso. Você sabe... — a garota levantou a mão direita, apontando para Raisha, mas seu dedo indicador havia sido quebrado e apontava para Lúcia.

— Isso está horrível — teve a impressão de ter ouvido Raisha falar-lhe, mas estava absorta demais na dor para saber se era ou não verdade.

— Vamos logo — a voz de Caspian pareceu dizer.

XX

Três batidas na porta fizeram Adria abrir os olhos.

— Posso entrar? — a voz de Edmundo perguntou do outro lado.

— Se eu disser que não, você vai embora? — perguntou.

— Não.

A porta se abriu e Edmundo apareceu com uma pequena tigela de sopa com algo estranho dentro.

— O que é isso? — ela perguntou quando o garoto se sentou quase de frente para ela na cama.

— Ahn... Eu não sei. — Ele confessou. — Mas já que você se recusa a tomar o elixir, Drinian disse que isso faria bem.

— Mas é isso é verde... e esquisito!

— Vai ajudar e, bem, é verde como passarinhos — o garoto sorriu minimamente.

Adria fechou os olhos, respirando fundo, e abriu a boca.

— O que foi? Está com dor de dente? — Edmundo perguntou, levando uma almofadada.

— Graças a você eu não posso pegar a colher — a garota resmungou. — Agora me sirva.

Edmundo riu, mas fez como ela havia dito. Ao fim da tal coisa, Adria fez uma careta.

— Tinha gosto de cera de ouvido.

— Você já provou cera de ouvido? — o garoto perguntou, se esforçando para não rir.

— Ouvi coisas — Adria mostrou-lhe a língua.

Edmundo sorriu, colocando a tigela na pequena prancha presa a um nicho esculpido na madeira que servia como parede. Quando voltou seu olhar para a garota, ela fitava a mão enfaixada. Tinham sido quebrados os dedos mínimo, anular e indicador.

— Sinto muito — disse.

— Você já se desculpou vinte e sete vezes — a garota o olhou. — E antes que possa dizer alguma coisa, eu contei e está certo.

O garoto riu.

— Duvido muito.

— Fala sério, você é incrivelmente chato! — Adria exclamou, mesmo rindo. — E se você me culpar de novo, te bato.

Edmundo levantou as mãos em rendição. Um curto silêncio se apoderou da cabine.

— Eu senti sua falta — o garoto disse, inconscientemente.

Num segundo, ele olhava para os dedos enfaixados da garota pousados em uma almofada, no segundo seguinte, os braços de Adria estavam apertados contra si. Passou os próprios braços em volta dela e inspirou o perfume cítrico.

— Isso não faz de você alguém que está perdoado — a garota sussurrou.

Edmundo sorriu.

— Fico feliz por isso.

Adria fechou os olhos, sentindo os lábios de Edmundo nos seus. Era bom, como sempre foi, e ela tinha tido razão em sentir falta daquilo. Agarrou-se mais ao garoto; o quão era possível, pelo menos. Sua mãos latejavam incansavelmente, criando lágrimas em seus olhos. Ela tentava ignorar, mas era impossível. Ardia, queimava, doía. E quando já estava ficando difícil suportar tanto tempo sem ar e com a mão praticamente em chamas, a porta foi aberta bruscamente, revelando uma Lúcia vermelha de vergonha.

— Desculpa — ela disse e voltou a fechar a porta.

Edmundo olhou para a garota como se estivesse certo de que compartilhavam uma piada interna.

— Parece que é nossa sina... — ele disse, vendo Adria levantar uma sobrancelha. — Sermos interrompidos.

A garota sorriu levemente, rindo em seguida. Recostou as costas na madeira atrás de si e voltou a apoiar a mão em um almofada. Edmundo fez mesmo, apenas não precisando apoiar a mão em nada.

— Então quer dizer que agora você tem dezoito anos? — perguntou, lembrando-se de um episódio de poucos dias atrás, no tempo de Nárnia.

— Dezessete, na verdade.

— Mas... não foram três anos? — o garoto voltou a perguntar.

— Caspian gosta de contar como três — Adria deu de ombros. — Era começo do ano e eu tinha acabado de completar quinze.

— Isso explica porque você não mudou coisa nenhuma — Edmundo disse. — Nem um mísero centímetro a mais.

— Mentiroso! — outra almofadada. — Cresci quatro centímetros e meio.

— Uau, fantástico — o garoto riu.

— Você é insuportável, sabia?

— Uhum — Edmundo sorriu. — Você também.


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Notas finais do capítulo

E entãooooooo? Gostaram? Não? Okay, apenas me digam.

Aliás galera, estou aceitando ovos de Páscoa, certo? De preferência com recheio... :D

Until the next ♥



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