A Different Dawn Treader escrita por Nymeria


Capítulo 3
Mercado ou masmorra, eis a questão


Notas iniciais do capítulo

Hey hey heeeeeeeeeey! EU ESTOU VIVA!!!
Amores do meu core! Como passaram esse tempo sem mim? Aposto que melhor do quê comigo. Mas vamos lá, eu acho que demorei pra fazer esse principalmente porque estava tendo umas ideias aqui... E uma delas inclui uma fanfic meio maluca pós-LFG, mas deixem isso pra lá. Foi difícil escrever esse MESMO. Eu passei duas semanas sem qualquer ideia para continuar de onde tinha parado, mas hoje eu finalmente consegui. Então, eu estava pensando em postar um toda semana (eu sei como é chato esperar, sei mesmo), mas talvez não dê porque já comecei a estudar em horário integral (sim, aceito os pêsames de vocês) e tudo vai ficar beeem pior do já é. Mas, mesmo sendo quase impossível conciliar, eu vou tentar fazer e postar um todo fim de semana porque vocês são lindos demais (sim, sintam-se amados). Enfim, é isso. Leiam essa joça aí.

Obs.: Título ausnasjcnhdvkcghsf.



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Terra à vista!

Caspian, ao ouvir o anunciado, correu até a proa do navio. Edmundo o seguiu, apesar de ainda estar digerindo o acontecido de poucos minutos atrás.

Drinian e o Minotauro já estavam lá à espera de Caspian, que pegou a luneta e observou a extensão de terra que vinha à frente. Quando a luneta foi passado para Edmundo, Adria e Raisha praticamente se materializaram na proa. As duas pareciam animadas e falavam palavras dispersas como "firme" e frases com "pessoas decentes" incluídas.

— Finalmente! — Adria exclamou, levando as mãos ao céu. — Se eu ficar mais um segundo nessa bacia gigante, me mato.

— Certo. O que acham de esperar que ela se mate antes de sairmos do navio? — Raisha perguntou, como se em pouco caso.

Caspian e Drinian reviraram os olhos.

— Você é tão engraçada que me dá náuseas — Adria retrucou.

— Seja como for... Onde estamos? — Raisha deu de ombros e mostrou a língua para a outra, que arqueou uma sobrancelha em uma careta esquisita.

— Nas Ilhas Solitárias. Porto Estreito. — Foi Drinian quem respondeu.

— Estranho... — Caspian comentou. — Não há nenhuma bandeira de Nárnia à vista.

— Mas as Ilhas Solitárias sempre foram de Nárnia — Edmundo falou pela primeira vez desde que chegaram à proa.

— Parece suspeito.

— Ah, sério? Como foi que você chegou a essa conclusão? — Raisha ironizou.

Edmundo juntou as sobrancelhas. Esta fala deveria ter sido de Adria, segundo ele. Ouviu o resmungo de desagrado que Adria soltou e deu mais uma olhada pela luneta.

— Acho que é melhor a gente desembarcar. Drinian?

— Me perdoe Majestade, mas a cadeia de comando começa pelo rei Caspian neste navio. — Drinian respondeu, desconfortável.

— Ora, por favor! — Raisha fingiu um bocejo. — Não é como se ele fosse dar uma ordem melhor que essa. Ou qualquer ordem além dessa — acrescentou.

Edmundo sentiu-se agradecido. É claro que ele esperava que Adria dissesse algo em seu favor, mas quando olhou-a, ela mirava o horizonte e parecia absorta em seus próprios pensamentos, como se realmente não quisesse participar daquilo.

— Tudo bem — disse, por fim.

— Vamos usar os botes — Caspian avisou. — Drinian, pegue alguns dos homens e vá até a praia.

— Senhor — Drinian fez uma breve reverência.

O Minotauro, que assistiu a tudo sem dar nenhuma palavra, virou-se do alto da proa e enunciou:

— Homens aos botes. Baixem a vela e preparem-se para baixar âncora!

O marinheiros logo puseram-se a andar de um lado ao outro preparando tudo o que era necessário.

(...)

Rema, rema, rema...

— Isso é irritante — Raisha resmungou.

Adria bufou baixo e cruzou os braços.

— A frente, a emoção do desconhecido nos espera — Ripchip exasperou, saltando do bote em seguida.

— Não podiam ter esperado até de manhã? — Eustáquio reclamou.

Adria saiu do bote com um meio sorriso que logo se desvaneceu quando sentiu um puxão para trás e quase caiu na água, sendo antes segurada por Caspian. A garota olhou para trás, vendo Raisha com os braços cruzados e um levantar de ombros tranquilo.

— Não há honra em dar as costas para a aventura, rapazinho — Ripchip repreendeu o menino, que tentava sair do bote.

— Escutem — Lúcia parou, olhando em volta.

— Não há som algum — Raisha levantou uma sobrancelha.

— Exatamente — Lúcia aprovou. — Onde está todo mundo?

— Ah, que beleza — Adria murmurou.

Mais atrás, nos botes, Ripchip tentava ajudar Eustáquio a ser retirar para a terra.

— Me dá logo essa mão, rapazinho — ele dizia.

— Eu consigo sair sozinho — Eustáquio retrucou.

O menino permanecia em uma posição esquisita enquanto tentava se içar para o porto com as mãos, escorregando em seguida e quase caindo na água. Ripchip suspirou.

— E é parente de sangue de vocês? — Caspian perguntou com o cenho franzido.

Lúcia soltou um muxoxo tristonho, olhando para Eustáquio.

O porto estava completamente vazio, se não por eles. O silêncio era extremo, assim, o único barulho que se ouvia era o dos passos de todos. De repente, um sino soou, assustando a todos. Adria parou no mesmo lugar, fazendo Raisha tropeçar em si.

— Caso você não saiba, isso é um pé — disse-lhe.

A garota fez uma careta, mas se afastou.

Caspian ergueu uma besta de mão para a torre onde o sino soou, mas nenhum movimento foi visto.

— Ripchip — chamou. — Fique aqui com os homens de Drinian e proteja o lugar. Nós vamos entrar. — E logo acrescentou: — Se não voltarmos até o amanhecer, mande nos procurar.

— Sim, Majestade.

Eustáquio olhou de um lado para o outro, sem saber se seguia ou permanecia, mas acabou optando por segui-los.

A ilha de Durne estava completamente vazia. Não havia um sinal sequer de vida por aquele lugar, mas, quando Eustáquio espiou por uma brecha na janela de uma casa, viu uma família escondida. As pessoas espremiam-se contra a parede oposta à janela, como se com medo de sair ou de serem descobertos. O menino, já assustado, saiu dali apressado para juntar-se aos outros.

O silêncio era incômodo para Adria. Aquele lugar deveria estar cheio de pessoas, no entanto, só o que se via eram casas abandonadas, com portas de madeira pobre e pedras escurecidas. Passou uma das mãos por uma janela e, lá dentro, parecia estar mais quente do que deveria estar. Procurou por algo em que se segurar e tentou achar uma brecha naquela mesma janela.

— O que está fazendo? — ouviu uma voz atrás de si e, rapidamente, se afastou da casa.

— Ah, é você — suspirou ao ver Edmundo. — Precisa ser tão silencioso? Me deu um susto e tanto.

— Desculpe, eu acho — o garoto disse, afastando o olhar para onde Eustáquio saía quase correndo.

O primo parecia perturbado com algo em uma daquelas casas, mas sua atenção logo se desviou para Adria quando a ouviu rir.

— O quê? — perguntou, com uma sobrancelha erguida.

— 'Obrigado, eu acho' — a garota falou, como se fosse óbvio.

Edmundo franziu o cenho, sem conseguir associar nada àquilo. Adria suspirou pesadamente, revirando os olhos.

— Foi o que você disse — ela explicou. — No Monte de Aslam.

A compreensão passou pelo rosto de Edmundo na forma de um leve sorriso.

— Você lembra disso — disse.

— Eu tenho boa memória — ela deu de ombros.

— Então é só por isso? — ele perguntou, dando um passo em sua direção.

Um sorriso brincou nos lábios da garota antes de dizer: — E por que mais seria?

— Vejamos... — mas Edmundo não terminou de falar, porque Eustáquio apareceu ofegante, apesar de não ter corrido.

— É, é — ele começou. — Não tem nada aqui. Está tudo abandonado. Já podemos voltar?

Adria caminhou até onde estavam Lúcia, Raisha e Caspian, sendo seguida por Edmundo. A frente, erguia-se uma espécie de muro com um grande portão. Parecia um antigo quartel.

— Você quer ficar aqui de guarda ou... ajudar? — Edmundo perguntou.

— Ah, tá — Eustáquio correu até eles. — Boa ideia primo, é bem... lógico.

Caspian, que já estava na entrada do quartel, regressou e entregou uma adaga a Eustáquio.

— Deixa comigo — o menino disse, desajeitado. —, pode deixar. Numa boa.

Os cinco olharam para ele com sobrancelhas erguidas e Raisha bufou, voltando para o lado de Eustáquio.

— Eu vou garantir que ele não saia correndo — disse.

Lúcia, Edmundo, Caspian e Adria entraram no lugar. Por dentro era um grande galpão com um espécie de mesa no centro e enormes sinos dependurados no teto. Eles andaram até a mesa, onde repousava um grosso livro, velho e empoeirado.

— Hã, não querem ir embora mesmo? — a voz de Eustáquio ecoou.

— Cale a boca — Raisha resmungou alto o suficiente para que fosse ouvido o eco de dentro do galpão.

Edmundo andou à frente, com a lanterna, e iluminou o livro.

— Quem são essas pessoas? — perguntou Lúcia ao ver os nomes escritos.

— Por que riscaram os nomes? — dessa vez foi Edmundo a perguntar.

— Parece uma espécie de... tarifa — Lúcia adivinhou.

— Mercadores de escravos — Caspian esclareceu.

Adria olhava para os sinos no teto com o cenho franzido quando eles soaram em conjunto, revelando um homem em cada um.

— Cuidado — a voz de Edmundo avisou.

— Ah, não — Adria ironizou, apontando uma flecha. — Nós vamos fazer questão de sermos pegos.

O tilintar do metal cortando o ar ressoava por todo o galpão e mais. Apesar de bons, eram apenas quatro contra um pouco mais de uma dúzia e logo foram rendidos quando ouviram um grito vindo da grande porta. Eustáquio estava parado com a adaga de Caspian na garganta enquanto um homem o segurava.

— Se não quiserem ver este aqui gritar como uma garotinha, eu sugiro que entreguem as armas — o homem disse, se aproximando.

— Garotinha?! — Eustáquo estava, além de apavorado, indignado.

— Agora!

Mesmo a contragosto, os quatro jogaram as armas no chão.

— Eustáquio — Edmundo repreendeu.

Adria olhou para Caspian com as sobrancelhas juntas e, mesmo não fazendo som algum, ele entendeu que ela perguntava por Raisha.

— Algemem todos eles — o homem ordenou, sendo obedecido imediatamente.

— Me solta — Lúcia exasperou, inutilmente.

— Vamos levar esses três para o mercado — o homem apontou para Eustáquio, Lúcia e Adria com a adaga. — Os outros dois vão pras masmorras.

— Escute aqui seu tolo insolente, eu sou seu rei! — Caspian exclamou.

Enquanto os outros se debatiam, Adria olhava para a porta, tentando achar algum sinal de Raisha, mas ela parecia ter sumido.

— Você vai pagar por isso! — ela voltou a prestar atenção na cena ao ouvir Edmundo.

— Na verdade, outra pessoa vai pagar — um homem saiu da escuridão atrás da mesa. — Por todos vocês.

Os homens que os seguravam começaram a puxa-los para trás, na direção da porta.

— Edmundo! — Lúcia gritou.

— Lúcia! — o irmão a chamou de volta.

— Senhor — o homem que segurava as algemas de Adria chamou. — E esta? Não deveria ir para as masmorras?

— Leve-a para o mercado — o homem acenou com a mão.

— Mas ela é... — o homem se retesou.

— Para o mercado. Agora.


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Notas finais do capítulo

E então????? Ficou um porre? Legal? Qualquer coisa? Podem falar! :D

Until the next ❤️