A Different Dawn Treader escrita por Nymeria
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas da Terra! Felizes em me ver? Não? Tanto faz.
Acho que nem demorei, não foi? Yes, foi. Então, esse capítulo é chato MESMO. Só vai começar a ficar legal no próximo porque, sim, eles vão para as Ilhas Solitárias (uhu).
Ah, Sarah (Ludivine), não foi dessa vez o soco, mas no próximo capítulo você pode apostar que ela não vai deixar barato! kancjsbcfsaghvghv
Enfim, leiam aí. ;)
PS: Ignorem o título. Eu estou falando sério.
— Foi emocionante — Lúcia comentou enquanto recebia uma toalha.
— Como foi que vocês vieram parar aqui? — Caspian perguntou, passando um braço pelo ombro da garota.
— Eu não faço ideia!
— Caspian.
Os dois olharam para trás, vendo Edmundo, mesmo que ensopado, sorrir. Caspian andou até Edmundo, entregando-lhe sua toalha.
— Edmundo — ele cumprimentou.
— É um prazer ver você — Edmundo informou.
— É um prazer ver vocês, também.
— Mas... você não chamou a gente? — Lúcia perguntou, confusa.
— Não, não dessa vez — Caspian respondeu.
— Seja qual for o caso, é um prazer — Edmundo estava realmente feliz por voltar a Nárnia, não importava qual fosse o motivo ou os perigos.
De repente, gritos foram ouvidos. Todos olharam para o centro do deck. Eustáquio estava ao chão, berrando.
— Tira esse bicho de perto de mim!
Ele empurrou uma pequena figura, que correu e parou próximo aos reis e rainha.
— Ripchip! — Lúcia exclamou, sorrindo.
— Oh, Majestades — Ripchip ajeitou a bainha da espada, fazendo uma reverência.
— Oi Ripchip, é um prazer — Edmundo sorriu ao ver o rato.
— O prazer é todo meu, senhor. Mas, primeiro, o que fazer com esse intruso histérico?
Ripchip apontou para Eustáquio, que tossia e se remexia no chão de deck.
— Esse rato gigantesco quase arranha minha cara toda!
— Eu só tentei tirar a água de seus pulmões, rapazinho — defendeu-se Ripchip.
Eustáquio logo se levantou, aturdido.
— Ele falou! Vocês ouviram? Alguém mais ouviu? Esse rato falou!
— Ele fala sempre — comentou um dos marinheiros.
— Fazer ele se calar é que são elas — Caspian continuou, rindo.
— Quando não houver nada a dizer, Majestade, eu prometo ao senhor que não direi nada — Ripchip fez-se de ofendido.
— Mas que gritaria é essa? — uma voz feminina e um pouco esganiçada surgiu um pouco atrás de Eustáquio.
Edmundo logo estreitou os olhos, a fim de ver quem era. Ele sabia que aquela não era a sua voz, mas não custava nada ter esperança. E realmente não era. Na verdade, era uma garota da sua idade, mas claramente da Calormânia. A garota usava um vestido como os que se usam na Corte, o que parecia uma piada já que estavam em um navio.
— Eu não sei que brincadeira é essa — Eustáquio exasperou. — Mas eu quero acordar agora!
— Por que não o jogamos de volta ao mar? — perguntou Ripchip.
Edmundo pareceu ponderar por um segundo, mas Lúcia o repreendeu. Eustáquio emitiu um ruído esquisito antes de andar de um lado para o outro.
— Eu exijo saber agora mesmo onde estou!
— Está no Peregrino da Alvorada, o melhor navio da marinha de Nárnia — um minotauro respondeu, o que fez Eustáquio ficar ainda mais histérico.
O choque foi tão grande, que o menino caiu desmaiado no chão. Todos os tripulantes riram.
— Que frescura — a garota calormana comentou.
Caspian se aproximou, rindo.
— Eu disse alguma coisa errada? — o minotauro perguntou.
— Cuida dele, por favor — Caspian pediu.
— Majestade.
Caspian chamou a atenção dos tripulantes subindo na escadaria na popa do navio.
— Homens — chamou. — Vejam nossos náufragos. Edmundo, o Justo e Lúcia, a Destemida, Grandes Rei e Rainha de Nárnia.
Todos os tripulantes fizeram uma longa reverência aos dois.
XX
Caspian levou Edmundo e Lúcia até um camarote no interior do navio. Lá, Lúcia percebeu uma imagem entalhada de Aslam. Ela sorriu ao ver tudo o que tinha na pequena cabine.
— Olha, o arco da Susana com as flechas!
— Lúcia — Caspian chamou, tirando de um armário uma caixa.
— Meu elixir de cura — Lúcia sorriu, voltando para mais próximo. — E o punhal.
Ela já ia pegar os objetos, quando se retesou.
— Posso?
— É claro, eles são seus — Caspian respondeu.
— A espada do Pedro — Edmundo falou, chamando a atenção de Caspian.
— É, eu cuidei dela, como prometi — Caspian se aproximou, pegando a espada e ofereceu-a. — Toma, pode usar, se
— Não, não, não, é sua — Edmundo logo a recusou. — O Pedro deu pra você.
Caspian assentiu, se dirigindo novamente ao pequeno armário.
— Mas eu guardei uma coisa para você — ele pegou algo e deu para Edmundo.
— Obrigado — Edmundo agradeceu, ligando a lanterna, apenas para testar.
(...)
— Desde que se foram, os Gigantes do Norte se renderam de uma vez por todas — Caspian apontava o mapa. — Depois derrotamos os exércitos de Calormânia no Grande Deserto.
— Hã, se vocês derrotaram os exércitos da Calormância, quem é aquela garota? — Edmundo perguntou, quase inconscientemente.
— É Raisha*, uma das princesas do país. Ela está fazendo uma visita. Pelo menos era para ser uma visita — Caspian informou. — Bem, como eu dizia, a paz reina em toda Nárnia.
— Paz? — Edmundo voltou a perguntar.
— Em apenas três anos.
— E já encontrou uma rainha para você nesses três anos? — foi a vez de Lúcia perguntar, fazendo o mesmo gesto de por uma mecha de cabelo atrás da orelha.
— Ninguém que se compare a sua irmã — Caspian respondeu.
— Espera aí, mas se não há guerras para lutar, nem ninguém em perigo, por que estamos aqui? — Edmundo questionou.
— Tenho certeza que não foi apenas para ver um certo alguém, Edmundo — Lúcia brincou.
Caspian riu, mas logo falou: — É uma boa pergunta. Estou me perguntando isso agora mesmo.
— Mas para onde estamos indo? — Edmundo ignorou a brincadeira de Lúcia.
— Antes de retomar o trono do meu tio, ele tentou matar os melhores amigos de meu pai e seus aliados mais fiéis, os Sete Fidalgos de Telmar — Caspian mostrou alguns desenhos de perfis pendurados na parede atrás da mesa onde o mapa se encontrava. — Eles fugiram para as Ilhas Solitárias, ninguém mais teve notícias deles.
— E você acha que aconteceu alguma coisa?
— Se aconteceu, é meu dever descobrir.
— O que fica a leste das Ilhas Solitárias? — perguntou Lúcia.
— Águas não mapeadas — respondeu Drinian, o capitão do navio. — Lugares que mal dão para imaginar. Há contos de serpentes marinhas e monstros piores.
Edmundo riu, perguntando em seguida: — Serpentes marinhas?
— Pois bem, capitão, já chega de suas histórias — Caspian interrompeu.
XX
“Onde o céu e o mar se encontram,
Onde as ondas se adoçam,
Não duvide, Ripchip,
Que no Leste absoluto está
Tudo o que procura encontrar.”
— Que bonito.
Ripchip, que estava apoiado no chifre da cabeça do dragão da proa, levou um susto ao ouvir o comentário de Lúcia.
— Majestade, Alteza — o rato cumprimentou.
Lúcia sorriu, mas ao ouvir o ‘alteza’, franziu a testa e se virou, dando de cara com Adria.
— Adria! — ela voltou a sorrir.
— Não acredito que você voltou e nem me deu um “oi” sequer — a garota reclamou, ao receber um abraço apertado da mais nova.
Lúcia se afastou, rindo.
— Edmundo está pelo deck — informou. — Tenho certeza que ele vai gostar de te ver.
Adria disfarçou um sorriso e olhou para trás, apenas para ter certeza de que não havia ninguém por perto e que pudesse ter ouvido o que Lúcia disse.
— Conte a ela, Rip — ela se dirigiu a Ripchip. — Sabe, sobre a música...
E, então, caminhou pelo deck até onde os tripulantes exclamavam em aprovação enquanto Edmundo e Caspian duelavam. As lâminas das espadas se chocavam com frequência enquanto mais e mais golpes eram desferidos.
Edmundo fez um arco central com a espada, quase acertando Caspian, mas esse se desviou a tempo. O garoto voltou a fazer um arco, desta vez por cima. Caspian fez o mesmo, ainda desviando e desferindo mais golpes.
O duelo entre os dois estava acirrado, já que não se poderia dizer quem estava ganhando. Mais uma vez, o metal se cruzou e, num movimento quase imperceptível, Edmundo tinha a espada apontada para as costas de Caspian, enquanto o outro tinha a sua própria espada a centímetros do pescoço do garoto.
— Ficou mais forte, meu amigo — Caspian elogiou.
— É — Edmundo disse, franzindo a testa por conta do sol. — É o que parece.
Eles ouviram uma risada conhecida e que os dois adoravam. Adria estava recostada no mastro com os braços cruzados.
Edmundo sorriu ao, finalmente, vê-la. A garota usava uma camisa branca, como qualquer outro tripulante, mas o que a diferenciava era a longa saia marrom que esvoaçava com o vento.
— Alguém pode me explicar quem é o garoto desmaiado na cabine?
Caspian e Edmundo se entreolharam.
— O histérico? — a tal garota calormana, Raisha, apareceu ao lado de Adria.
— Ah, você ainda está aqui — Adria fez uma careta.
— E onde mais eu estaria?
— Bem, eu achei que a essa altura algum dos marinheiros já havia te jogado no mar. Sabe como é, ninguém aqui é capaz de aturar uma doninha espevitada.
— Você me chamou de quê? — Raisha estreitou os olhos.
Caspian sufocou um riso, enquanto Edmundo ria baixo. Mas não foi baixo o bastante, já que Adria olhou para ele com uma sobrancelha levantada.
— Oi. — Ele disse, atrapalhado.
A garota riu levemente, mas retribuiu o cumprimento.
— Oi.
— Tudo bem, mãos à obra! — Drinian ordenou e os tripulantes voltaram aos seus afazeres.
Edmundo viu quando Adria e Raisha saiam dali resmungando alguma coisa uma para a outra, e planejava segui-las, se não tivesse sido atrasado por um marinheiro que lhe oferecera um copo com água. Quando voltou a vê-las, elas estavam com Lúcia recostadas na amurada do navio.
— Edmundo — Lúcia chamou. — Será que se a gente for de barco até o fim do mundo, a gente... cai pela beirada?
— Relaxa Lúcia, a gente tá muito longe de lá — o irmão respondeu.
— Cair pela beirada? Isso é possível...? — mas Raisha não terminou de falar, pois nesse mesmo instante Eustáquio apareceu.
— Ah, vocês estão aí — ele disse, ainda carrancudo. — Já vi que ainda estão falando besteiras, vocês dois.
Ele estava tão concentrado em manter sua pose de quem não queria estar ali, que nem se deu ao trabalho de notar Adria e Raisha.
— Está se sentindo melhor? — perguntou Lúcia.
— Estou — respondeu. — Mas não graças a você.
Raisha revirou os olhos.
— Sorte que eu tenho uma saúde de ferro — o menino continuou.
— Uma simpatia, como sempre — Ripchip apareceu se agarrando a uma das cordas que pendiam da vela. — Vê se não cai.
— Eu não caí — Eustáquio se defendeu. — Só estava absorvendo o choque.
Só então ele percebeu as outras duas garotas ali, e logo corrigiu sua postura.
— Mamãe diz que minha percepção é apurada — se gabou. — Por causa da minha inteligência.
Raisha e Lúcia riram, enquanto Edmundo cuspia, a contragosto, a água que bebia.
— E sua mãe tem toda razão — Adria concordou, o que deixou a todos confusos. — Sua inteligência é, hum... bastante singular.
— Ah, bem, é isso mesmo — ele se surpreendeu ao ver que alguém naquele navio de loucos apreciava sua cultura. — E quem é você?
— Acho que se lembra da ‘namorada imaginária’, não é? — Edmundo perguntou.
— Hã, é... Ela não é tão imaginária assim.
Adria arqueou uma sobrancelha, olhando para Edmundo. O garoto sorriu para ela, esperando ter tempo, mesmo que mais tarde, para ficar a sós.
— Ele vai acabar nos colocando em apuros — Ripchip balançou a cabeça em negativa.
— Você vai ver quando chegarmos na civilização — Eustáquio retrucou. — Vou contatar o Consulado Britânico e mandar prender vocês todos por rapto!
Ele se afastava de outros cinco, mas, ainda olhando para trás, esbarrou em Caspian.
— Rapto, é? Engraçado, pensei que tivéssemos salvado a sua vida.
— Me trouxe contra a minha vontade!
Ripchip riu.
— E para um lugar que, francamente, não tem a menor higiene! Parece um zoológico aqui embaixo!
— Esse rapaz só sabe reclamar? — Ripchip perguntou.
— Você ainda não viu nada — Edmundo resmungou.
— Se ninguém fizer nada, eu mesma jogo esse garoto do navio — Raisha se pronunciou, e só então Edmundo reparou nela.
De certa forma, ela se parecia com Adria. Apesar do jeito extravagante e da clara diferença de traços, ela parecia ter a mesma impaciência e péssimo senso de humor. E, não que ele tivesse notado (claro), ela era bonita.
— Ele me lembra aquela garota de Galma — Adria comentou com Caspian, que riu.
— Eu ia dizer a mesma coisa.
— É... Mas eu sou mais engraçada, mais esperta e, ah, eu falei primeiro — a garota piscou.
Caspian rolou os olhos.
— Continue pensando assim, talvez se torne realidade.
Adria fez uma cara ofendida. O mais velho riu e depositou um beijo na testa da garota, saindo logo em seguida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
SHIPPEM CASDRIA, MEU POVO! UAHUAHSUHAUHSUH não, esperem, não shippem isso. '-'
E aí? Zzzzz como eu disse? Sim, eu sei. Mas falem aí, eu vou gostar de saber :)
Until the next ❤️
*: Lê-se com o acento agudo no I, ou seja, Raísha.