[hiatus] O começo do fim escrita por Nikki Meyers


Capítulo 11
Primeiro: Capítulo 11 - Além do espelho


Notas iniciais do capítulo

Capítulo quentinho para vocês ... Nesse busquei explorar mais a parte familiar da Lily. Desculpem pela demora. Muitíssimo obrigada a Luna Winchester Dixon pela recomendação !!!!
Só esclarecendo esse primeiro na frente do título é por que os personagens estão no primeiro ano , resolvi fazer tudo em uma fanfic só :D
P.S: Alguém notou uma relação entre o título desse capítulo e o título de outro capítulo já postado?



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Lily Potter possuía uma grande família, isso não era uma novidade para ela, mas olhando-a toda ali, a garota podia ver sua verdadeira imensidão.

A mesa da Grifinória era como seu ‘’ponto de encontro’’, mesmo que alguns não pertencessem á ela, o que era facilmente ignorado pelos colegas. Do lugar que se encontrava, podia ver Rose, que apenas balançava a cabeça uma vez ou outra quando lhe dirigiam a palavra, voltando-se no instante seguinte para o grande livro que estava lendo. Também podia ver Louis, seu primo corvino, que acompanhado por Albus, ria da espalhafatosa Dominique, quando esta conseguira derrubar seu suco de abóbora em cima de Lucy, tirando uma careta da garota, antes que Roxanne levantasse sua varinha fazendo as vestes da outra secarem magicamente, com um suspiro, aumentando ainda mais as risadas dos dois, que agora eram também acompanhados por Dawson e Tiago. Também havia Hugo, ela e o primo eram muitos ligados, talvez nas semanas em que permaneceram no castelo se encontrassem um tanto ‘’distantes’’, mas Lily sabia que a culpa não era dele, a culpa era de Will Harrison, sempre seria de Will Harrison. E no momento seguinte, ela não pode deixar de soltar uma pequena risada para uma das piadas um tanto sem graça do primo. As coisas são de um determinado jeito, até que você esteja com vontade de mudá-las, e Lily definitivamente queria mudá-las, pelo menos parcialmente, o suficiente para fazer as pazes com o primo.

– Você está com problema.

É talvez ela esteja, apenas talvez. Quer saber, eu não faço ideia.

– Acho que não, pelo menos não quando acordei. – Quando ditas essas palavras de um determinado jeito, em um determinado tom, elas foram suficientes para irritar Gwen, a autora da reclamação, mas fazendo apenas um pequeno sorriso se formar no lábios de Heather, talvez fosse esse o motivo pela garota tê-la seguido quando se levantou as pressas, não se pode afirmar ao certo.

– O que é que você pensa que está fazendo? – Grita Heather, tentando acompanhar os passos da ruiva. – Todos ficaram olhando você sair... Acho que não ouviram o que vocês disseram, eu não expliquei nada, duvido que ela tenha. – Quando finalmente alcança a garota, uma risada escapa de sua boca ao olhar a parede a sua frente, ou melhor, ao espelho. – Nós nos esquecemos completamente dela, quero dizer da passagem. Você não acha melhor esperarmos, se você quiser abri-la é claro... – Mas suas palavras foram morrendo pouco a pouco, enquanto as batidas da Lily na superfície de vidro ecoavam pelo aposento. Três batidas, elas só precisavam de mais duas.

– Vocês não vão querer fazer isso.

– E por que você acha que vamos obedecer você, Hugo? – Pergunta a ruiva, ao bater mais uma vez no espelho, seus olhos brilhando de curiosidade pelo que se encontrava lá, sobre o que se encontrava além do espelho. Quatro batidas.

– Eu não vou deixar vocês fazerem isso, não sem mim. – Sua voz se elevando a cada palavra dita, e ao final da quinta batida os três não se encontravam mais ali, o corredor estava novamente deserto. Ao invés disso, os três passaram para um túnel não muito grande e um tanto estreito, mas o suficiente para que um adulto se espremesse abaixado por ele ou para que duas crianças passassem lado a lado, e foi exatamente isso que eles fizeram.

***

– Será que já estamos chegando? – Sussurra Heather, quebrando o silencio que reinava nos últimos minutos, ou talvez horas, em sua cabeça o tempo lá embaixo não era exatamente ‘’normal’’.

– Talvez isso dê para fora do castelo – Especula Hugo, seu olhar esquadrinhando o ambiente a sua volta, procurando passagens ou bifurcações, mas não existia nada desse tipo ali, ele apenas continuava em frente, rumo à escuridão. – Ele parece novo, quero dizer, o túnel.

– Deve ter sido construído depois da guerra. – Sugere Lily, passando a mão nas paredes revestidas por pedras, alguns archotes enfeitiçados eram encontrados brilhando no meio do caminho, em intervalos regulares ; quem quer que construíra aquele túnel, pensara em absolutamente tudo.

– Vocês perceberam algo !? – Pergunta Heather, com um sorriso, seu olhar se aventurando pelo caminho à frente, que agora se encontrava iluminado, mas eles não viam nenhum dos archotes já fazia alguns metros, e mesmo assim, a morena podia chutar que aquilo não era fogo enfeitiçado, mas sim energia elétrica. – Acho que estamos chegando. – Apressando o passo, até finalmente chegar a uma única e grande porta de madeira, a maçaneta de prata um pouco empoeirada.

Mas apesar de todos esses aspectos, ainda lhe parecia que se encontrava trancada, o que se provou errado quando Lily apressou-se a abri-la, encontrando uma pequena escada, da qual a garota se apressou a subir, lhe revelando um cenário que conhecia, não muito bem – pelo fato de ainda se encontrar em seu primeiro ano – mas já estivera ali com seus pais, já estivera no vilarejo, já estivera em Hosmeade.

– Isso é demais. – Sussurra Hugo ao sair, olhando a pequena portinhola escondida na calçada, indetectável por um olhar desatento, já que seus traços se misturavam muito bem com o cinza do chão a seu redor.

– Isso é ‘’empolgante’’. – Corrige Heather. – Não deveríamos estar aqui, mas já que estamos aqui podemos fazer alguma coisa. – Sendo completamente apoiada pelos outros dois.

Mas, para que o decidido se tornasse verdadeiro, eles não podiam ser vistos, sabiam muito bem que as pessoas que se encontravam ali, na movimentada rua não hesitaram um instante sequer antes de entregá-los nas mãos de Minerva McGonagall. Se escondendo á partir desse momento ora atrás de postes e latas de lixo ora correndo como loucos por entre as ruas do vilarejo. As pessoas que encontravam pelo caminho ás vezes lhe gritavam ofensas, já outras simplesmente os ignoravam, mas houve uma em especial que chamou-lhes a atenção, mas apenas Lily possuiu coragem o suficiente para ouvir o que a senhora resmungona tinha a lhe dizer.

Tudo começou quando se separou dos dois, correndo atrás da nova visitante, abandonando-os na frete de uma das vitrines que continha algumas das vassouras mais rápidas do mundo e mesmo anos depois Lily tinha certeza que não notaram sua ausência tão rápido assim.

– Você sabe o que vai acontecer !? – Sussurrava a senhora, suas pantufas felpudas acelerando o passo, não havia ninguém á vista para quem se dirigir, apenas sussurrava as palavras para o ar como se o mesmo conseguisse absorver-las. – Sabe o que vai acontecer se ela souber de tudo!?

– Ela só precisa saber o suficiente. – A resposta pairava no ar, como se estivesse vindo de todo o ambiente á sua volta, fazendo a pequena senhora se voltar para a lata de lixo da qual Lily estava se escondendo, após um gemido contido por parte da garota. – Nossas vidas estão em perigo, será que você não consegue entender. Eles estão de volta, eu posso sentir. A história pode estar se repetindo, posso sentir as forças do caos se agitando e ela não vai parar até achá-los. – A voz se encontrava irada, como se a qualquer momento pudesse despedaçar tudo que se encontrava á sua frente, causando novamente um gemido – dessa vez não contido – por Lily.

– Cale a boca. Acho que estamos sendo seguidas. – Cochicha a senhora, as palavras ditas a seguir sendo quase inaudíveis, antes de desaparecer pela rua á frente. – Ache-os e os proteja, será muito arriscado nos encontrarmos novamente. Tome cuidado, com ‘’eles’’. – Deixando sua voz apenas um pouco mais alta ao ser dita a última palavra, e por mais que Lily não soubesse sobre o que a conversa dizia respeito, sabia exatamente que ‘’eles’’, não se referia a mesma pessoa da qual a voz deveria ‘’proteger’’.

Quando finalmente pode ver o cachecol cor-de-rosa da senhora, desaparecendo pela próxima rua, a ruiva pode finalmente soltar o ar – que não percebera que estava segurando até o momento. Mas, minutos se passaram até que a garota adquirisse coragem suficiente para sair de trás da grande lata e ir à procura dos garotos, ela não demorou muito para achá-los, já que eram as únicas crianças daquela idade no vilarejo.

– Onde é que você se meteu?

– Eu pensei ter visto alguém conhecido, mas não era nada. – As palavras jorrando de sua boca com uma facilidade invejável, Lily Potter sempre fora uma boa mentirosa, seu rosto um pouco vermelho pela corrida que havia enfrentado nos poucos minutos que demorara para achá-los.

– Nós estávamos te procurando há algum tempo. Pensemos que tivesse voltado sozinha. – Explica Gwen, recebendo um balançar de cabeça de Hugo, até que os dois não estavam se hostilizando completamente, apesar de sempre se manterem a alguns passos de distância um do outro, uma careta idêntica nos dois rostos, mas apesar de tudo Lily agradecia por não terem tentado se matar ainda. – Falando nisso, precisamos voltar logo, nós temos a festa, e é claro a detenção. – Sua última palavra dita com alguma irritação.

Quando finalmente conseguiram encontrar a calçada que continha o alçapão, um juramento fora feito, afinal era melhor não contar o que houvera ali, Hugo não era ‘’amigo’’ delas e elas não eram necessariamente amigas dele também, mesmo Lily sendo sua prima; tudo isso não deixaria acontecer nenhuma confusão desnecessária, desde que todos cumprissem o combinado. Retornando assim para as profundezas da terra, rumo ao castelo.

Os três, como previsto, foram interrogados horas a fio, mas apenas pequenas mentiras foram contadas por parte dos três. Tenho certeza de que aquele dia seria lembrado pelos três, talvez principalmente por Lily, as palavras da velha, ainda depois de tantos anos ainda possuíam fragmentos em sua mente, mas ela não se preocupou muito com isso no momento, a conversa ouvida não lhe dizia respeito, pelo menos não até momento. Mas havia um assunto especial com que estava preocupada, com as detenções. Ela e Will por sorte haviam conseguido terminar toda a remeça de bancos, sua mente apenas tentando imaginar qual seria a maneira, de Neville Longbottom contornar a situação, talvez aquela noite não fosse tão ruim assim, ela não sabia o quanto estava totalmente enganada.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam ?? Comentários ??
Pessoal, sei que tem muita gente que acompanha de modo ''restrito'', tentem mudar isso ou se não quiserem apenas deixem um ''Oi'' ou algo parecido :) Isso ajuda muito :D