[hiatus] O começo do fim escrita por Nikki Meyers


Capítulo 10
Primeiro: Capítulo 10 - Malfeitoras


Notas iniciais do capítulo

Queria dedicar esse capítulo a Luna Winchester Dixon , a Sammy e a Sam. Obrigado por deixarem meus dias mais felizes :3



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Estava tudo correndo de acordo com o planejado.

James estaria esperando com Dawson no saguão, que se voluntariou por conta própria a ajudá-las quando soubera do ocorrido, com a condição de que depois não arcasse com as devidas consequências. As garotas tinham apenas o trabalho de levar Charlotte até o local. Mas os dois garotos se recusaram terminantemente a ajudá-las contra Harrison, Lily até podia entender Dawson que era irmão do garoto, mas James a surpreendera dizendo que com o mapa a garota poderia fazer isso acompanhada apenas com as amigas.

No momento, as quatro se encontravam escondidas atrás de uma velha tapeçaria, observando o minúsculo ponto que se intitulava Charlotte, vir em direção delas.

– Eu ainda não acredito nisso. – Exclama Addison, olhando estupefata para o mapa. No momento em que Lily explodira, não uma, mas duas notícias um tanto loucas, na opinião da loura, vinha usando o mesmo argumento. – Já te disse que é melhor entregarmos isso para o Professor Longbottom, antes de levarmos uma detenção.

– Não podemos entregar isso. É simplesmente ‘’O mapa’’. – Argumenta Gwen pela nonagésima vez, ainda que se ressentisse que Tiago não o houvesse mostrado em sua presença. – E além do mas, não podemos deixar Charlotte impune depois do que fez a Lily.

– Apoiado. – Concorda Heather, com um grande sorriso, após a pequena cena do lago, as garotas podiam sentir a antipatia dela contra Charlotte, afinal, por mais que negasse, Lily sabia que não ficara nem um pouco feliz ao ser chamada de ‘’sangue-ruim’’ pela mesma.

– Fiquem quietas. – Sibila a ruiva, puxando a tapeçaria para encobrir seus pés, no exato momento em que o ponto que se intitulava Charlotte Brooks podia ser visto a poucos passos da velha tapeçaria em que se encontravam escondidas. Mas, no momento seguinte, um novo ponto se juntou a ela. Cassey Chowes. Um nome um tanto estranho, como a pessoa que o possuía. Uma pessoa que Lily havia apenas vislumbrado alguns dias atrás, ela não tinha nada contra a garota, mais a que tudo indicava, era ‘’amiga ‘’ de Charlotte, e precisava arcar com as consequências.

– Onde é que você estava!? – Reclama a morena, postando-se ao lado da colega. – Procurei por você o castelo inteiro.

– Não é pra tanto, Cassey. – Argumenta Charlotte, olhando para a Sonserina com um sorriso. – Era eu que estava te procurando.

– Que seja. – Completa por fim, com um suspiro. – Nós precisamos ir para o dormitório, a Amber deixou sua coruja solta, estava fazendo o maior estardalhaço, quebrando tudo o que via pela frente.

– E você não fez nada!?

– Bem, eu vim procurar você... – Fala a garota encabulada, seu rosto mais parecido com um pimentão. –Vamos logo.

Mas, no momento em que as duas se põe a correr para o lado oposto em que se dirigiam, Lily sabia que estava completamente perdida, ela claramente não contava com isso, por mais experiência que tivesse, assim que as duas se encontrassem no salão comunal da Sonserina, ela não teria mais nada a fazer. E posso lhes afirmar que Lily Potter, não pensara nem uma única vez em fazer o que aconteceu a seguir.

– Veja se não é a Charlotte. – Grita, fazendo as duas pararem no exato ponto em que se encontravam. – E quem é essa agora, sua ‘’amiguinha’’ !?

– Para sua infelicidade é exatamente isso. – Retruca a Sonserina, andando em direção á ela. – Cadê a sua trupe de palhaços, Potter? – Completa calando-se imediatamente, ao ver as outras três garotas saindo de trás da empoeirada tapeçaria. – Vocês estavam nos espionando!?

– Tecnicamente não, nós estávamos ‘’te esperando’’. – Intervém Gwen imediatamente, seu olhar procurando o de Lily para algum tipo de informação. Informação, que no momento em que se encontravam na certa viria a calhar.

– Esperando, pra quê?

– Nós queríamos que... Você poderia... – Mas, por mais que Heather tentasse as palavras simplesmente não saiam, o que serviu apenas para irritar ainda mais as duas sonserinas que no momento seguinte se encontravam com a varinha em punho, e foi nesse exato momento em que as coisas começaram a desandar. – Furunculus! – Com apenas um grito a morena balançando rapidamente a varinha os surpreendeu, talvez até mais do que ela própria, nunca conseguira realizar sequer um feitiço nas últimas semanas, principalmente um dito desse modo, e Heather em circunstância alguma, conseguira entender o jeito com que empunhara varinha tão rapidamente.

Mas, o feitiço destinado a Charlotte, não passou nem perto, talvez apenas um pouco, acertando Cassey em cheio no rosto. Então elas só se lembravam de correr. Correr como nunca haviam corrido antes, correr como teriam de correr muitas vezes depois. A primeira a sair foi Heather, que fora rapidamente seguida pelas amigas, e por fim se encontrava Charlotte, o rosto vermelho de raiva, deixando cada vez mais para trás a amiga desnorteada, que tentava em vão entender o que aconteceu.

***

Definitivamente elas estavam demorando.

E quando mais tempo se passava mais James Potter sentia vontade de sair dali, mas aquilo não havia passado de um pensamento bobo. Nunca iria deixar sua irmã na mão, como ela nunca o deixaria também. Mas ele não podia negar que já estava ficando impaciente. Cada minuto em cima daquele pilar, mas lhe pareciam horas, ainda mais com Dawson quase dormindo no grande pilar ao lado.

– Vamos logo. – Sussurra ele, sua mão pendendo frouxamente ao lado do corpo, enquanto a outra segurava fortemente um grande balde branco, cheio de uma misteriosa substância gosmenta. – Onde é que você está!? – Dizem que as palavras têm poder, talvez elas tivessem mesmo, pois no momento seguinte ele pode apenas avistar um amontoado de corpos caindo bem embaixo do lugar aonde se encontravam, e o grande balde escapar-lhe das mãos, fazendo Dawson entender que fora completamente opcional, jogando também o idêntico balde que tinha nas mãos. Aquele foi tremendo erro, mas ás vezes, eles precisavam acontecer e essa fora uma delas. Ele apenas não se decidiu se fora bom ou tremendamente ruim.

– Sua idiota. – Reclama Charlotte, seu rosto demonstrando um careta ao fitar a gosma que a cobria inteira, juntamente com as outras quatro garotas ao seu lado. – Está feliz agora!? – Continua ela, ao notar a ruiva que tentava tirar um grande pedaço da substância verde que grudara em seu cabelo, mas apesar de tudo a ruiva estava sorrindo.

– Eu estaria mais feliz se só você se encontrasse aqui. – Responde, lançando um olhar irritado para Dawson e Tiago, que pouco a pouco estavam se misturando à pequena multidão de alunos que se juntavam em torno das garotas. – Você mereceu, devia ser muito pior... – Continua ela, mas o que iria dizer já não a importava mais, quando o som de gargalhadas irrompeu o ar, e mesmo antes de olhar ela já sabia. Eram ‘’eles’’.

– Sempre achei que você e suas amigas dariam ótimos monstros, Potter. – Fala Will, ignorando completamente a presença de Charlotte.

– Na verdade, elas são os piores monstros que eu já vi. – Admite Sam, revirando os olhos, enquanto Hugo ao seu lado tentava em vão segurar o riso. Lily Potter podia ser sua prima, mas nada o impedia de implicar com ela, tanto quanto ela implicou com ele.

–Calem a boca. – Suspira Heather, que se encontrava vermelha como um tomate, sua varinha apontada para Sam, e talvez tivesse mesmo realizado o feitiço se Lilian não tivesse alguns passos á sua frente, puxando Will para dentro da gosma de uma estranha coloração verde.

– Agora quem é o monstro, Harrison? – Pergunta a ruiva, com uma falsa cara de pesar. – Você não acha que os amiguinhos dele também não gostariam de parecer um, Gwen? – Pergunta ela com um sorriso malicioso.

– Concordo plenamente. Vocês também não acham? – Fala a garota, agora se dirigindo a Heather e Addison, recebendo um balançar de cabeça afirmativo, e uma cara de choro, esse último por parte de Addison, que balançava a cabeça em vários movimentos negativos, que as outras facilmente ignoraram.

E no momento seguinte foi que as coisas começaram a piorar, para os dois lados. Sam e Hugo foram puxados impiedosamente para junto de um Will atordoado, no mesmo instante que uma voz severa encheu o ar. Estava claro, eles estavam encrencados, muito encrencados.

– Que é que vocês pensam que estão fazendo!? – Reclama uma Minerva McGonagall furiosa, seus olhos indo de um por um, avaliando a cena. – Quero os oito na minha sala agora. E isso inclui você Srta.Brooks – A última dirigida a Charlotte que tentara em vão se misturar a multidão, e essa foi a última palavra dita, até o momento em que se encontravam na não tão humilde sala da diretora McGonagall.

– Então, quem vai ser o primeiro a me dizer o que estava acontecendo? – Pergunta ela, seus olhos vagueando pelos alunos, como se avaliasse a maneira que se encontravam, todos cobertos da estranha substância verde, deixando bem claro que desaprovava completamente aquilo. – Ninguém!?

– Foram elas, diretora. – Se atreve Sam, apontando para as garotas, inclusive Charlotte. – Nós não temos nada haver com isso.

– Claro que você tem. – Reclama Heather irritada, apontando para o garoto acusadoramente. – Se não estaria assim. – Completa, gritando a última palavra dita.

– Srta. Moore se aclame, por favor. – Fala a diretora severamente. – Mas você está parcialmente certa, o Sr. Adams claramente está envolvido nisso.

– Mas...

– Sem ‘’mas’’ Sr. Adams. – Responde convicta. – Já que todos se negam a falar, quero todos na minha sala amanhã a noite, para cumprirem suas detenções.

– Nós temos uma última detenção para cumprir com o Professor Longbottom, amanhã á noite. Quer dizer eu e Harrison. – Relata Lily – Mas amanhã é o Dias das Bruxas...

– Eu sei as datas festivas Srta. Potter, não precisa me lembrar delas. Quanto as detenções você e Harrison podem cumprir as do professor Longbottom, mas quanto aos outros, quero eles aqui depois da festa. – Termina McGonagall, como se encerrando o assunto. – Agora podem ir.

Quando as garotas finalmente se encontravam a uma boa distância da espaçosa sala, Lily se permitiu dar um sorriso. Havia se safado de uma detenção, mas por mais que isso fosse bom, teria que cumprir outra, com Harrison, o que tornava as coisas ainda mais piores. Eles não haviam se falado desde o dia em que jogaram o balde na cabeça de Cavendish, passando as outras detenções sem se dirigirem ao outro, sobre o olhar irritado do zelador que parecia se encontrar muito mais atento. Talvez a última não fosse assim tão diferente, é claro que teriam de limpar bancos depois da festa, mas lá no fundo a garota pressentia que essa tarefa era muito melhor para o que quer que Minerva McGonagall havia preparado para os outros. E foi com esse último pensamento não tão animador que as garotas partiram para seus dormitórios, não necessariamente felizes, mas também nem um pouco tristes. Talvez estivessem aprendendo a ser boas Malfeitoras, elas não saberiam dizer ao certo.


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