Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 34
O 3° Filho é Filha. Excursão na EE do Sul.


Notas iniciais do capítulo

Lutas e mais lutas. Hoje teremos uma luta... rara. Espero que gostem :).



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482526/chapter/34

Regra de ouro de ar 3: Ao entrar na floresta, ir sempre acompanhado(a) de um usuário de terra.

Último capítulo

–Ele não tem cara de quem matou alguém.

–É porque durante o tempo em que ele ficou preso, teve um surto e apagou a própria memória! – Explicou

–Então foi isso. Ouviram uma voz no fundo do corredor.

Agora

–Isso explica tudo. – A voz falou novamente. – O fato de eu não ter terminado o segundo ano, meus flashes de memória, após a chegada do Matheus e todos os apelidos que eu sempre pensava serem pelo fato de eu ser um Espírito.

–Edgar?

–Por que nunca me contou isso? – Olhou com raiva para a prima. – Sabe quanto tempo eu passei querendo saber o que houve no segundo ano?

–A culpa não é mim. Você apagou a própria memória! – Rebateu.

–Mas você como prima poderia ter me dito a verdade. Nunca ouvi a frase que diz que a verdade nos libertará? E a pessoa que matei? Como acha que a família deve estar se sentido? E como acha que eu estou me sentindo? Já que você escondeu isso, acho que não me sinto mais tão mal por não ter dito que você é a Terceira Filha.

–O quê? – Matheus e Francyelle perguntaram juntos. – Ela/Eu é/sou a Terceira Filha? – Edgar levou a mão à boca como se tivesse dito algo que não deveria.

–Agora eu quem perguntou, por que nunca me contou?

–Porque você é muito cabeça quente. Se eu tivesse te dito antes, poderia ter saído por aí tirando proveito disso!

–Ah, e você nunca tirou?

–Não. – Respondeu. – E não tente reverter a situação. – Assumiu uma postura irritada novamente. – Anda, me responde o porquê de você nunca ter me contado?

–Chega de drama. – Matheus tentou dar um soco em Edgar para ver se ele acordava, mas sem sucesso.

–O que pensa que está fazendo? – Os olhos do Quarto Filho começaram a ficar castanhos claros, o que significava que ele estava perdendo o controle para seu outro lado. Liberou uma pequena quantidade de aura, que formou uma armadura em cima dele, porém, não durou muito.

–Se controla! – Matheus deu um soco nele com a aura de gelo em volta. Esse pareceu surtir efeito.

–Por que me bateu? – Edgar curou o local.

–Você estava muito descontrolado e eu nunca tinha te visto assim. – Cruzou os braços.

–Eu não posso ficar irritado? – Virou o rosto.

–Ninguém disse isso, mas não saía descontando nas pessoas. – O repreendeu.

–Foi mal. – Pediu a contragosto.

–“Foi mal” nada. Eu e você lutaremos amanhã após o almoço. – Dito, Francyelle saiu andando.

Dia seguinte

–Sabe o motivo da luta? – Thiago perguntou a Matheus. Por mais incrível que pareça, ou porque houve algum tipo de manipulação, não haviam lutas marcadas para esse dia.

–Segredos.

–Ah, isso explica tudo. – Disse Hugo. – Eu os conheço a bastante tempo e sei que eles não escondem quase nada um do outro.

–Mesmo assim, é a primeira vez que eles lutarão! – Lili se sentou ao lado dos garotos. – Todos querem saber como isso vai terminar. – Quando ela disse todos, queria dizer todos mesmo. Todos os alunos presentes no colégio estavam reunidos na quadra, só para poder ver uma luta. A luta mais deseja pelos alunos da EE do Sul, depois da batalha pelo título de King.

–A luta será entre a aluna Francyelle e o aluno Edgar. Espero que façam uma boa luta. – Falou e esperou até que ambos os alunos estivessem prontos. – Comecem.

Nenhum dos dois deu um movimento sequer. Edgar, então, resolveu começar, lançando cinco sementes no chão. Não seria o suficiente contra ela, mas para inicio seria bom. Ela, por sua vez, cruzou os braços.

–Como alguém luta de braços cruzados? Ainda mais ela que é uma usuária de vento e precisa usar as mãos. – Matheus perguntou.

–Cada um tem uma maneira própria de lutar. Eles não vão começar com a maneira mais apelativa. – Explicou Lili. Um assobio chamou a atenção deles para a luta, e viram que Edgar quem assobiava.

As plantas pareciam se mover de acordo com o assobio, mas não chegavam perto de sua oponente. Ela fazia ataques com o braço cruzado mesmo. Criara uma área de segurança, onde o que entrasse nela ela logo destruiria. Mais plantas levantaram do chão, e ao que parece, foi demais para ela, pois as plantas a cercaram em um círculo.

Edgar sabia que aquilo não seria o bastante para prendê-la, mas não esperava que ela fizesse uma proteção em volta de si, e depois fizesse um tornado para jogar as plantas para o ar. Francyelle separou as pernas, e colocou ambas as palmas da mão para frente, porém, uma mais à frente do que a outro. Jogou uma palma para frente, que Edgar teve que desviar para não ser atingido. Sua – de sua mãe – magia programada o protegia de ataques, contudo, os dos usuários de ar era difícil, pois só se ativava caso usassem um ataque como lâmina.

Foi então que usou suas plantas para se defender e ganhar tempo. Afastou uma perna da outra, elevou uma mão, com a palma para baixo, acima da cabeça e outra esticou para frente, com a palma para cima. Suas plantas finalmente foram destruídas, mas mexeu um dedo e mais plantas o protegeram. Mexeu mais alguns dedos, fazendo com que mais plantas a atacassem. Não seria fácil ganhá-la, assim como não seria fácil ganhá-lo, mas eles poderiam se aproveitar de uma brecha, coisa que raramente tinham.

–Incrível! – Matheus os elogiou. – Eu não sabia que eles lutavam assim.

–Eles quase não marcam lutas. O Edgar você já deve imaginar o por quê. – perguntou a Hugo.

–Edgar nos contou, só queríamos saber se você sabia. – Thiago explicou.

–Já estou cansada disso. – Francyelle falou. – Dama. – Edgar não esperava que sua prima levaria tão a sério a ponto de usar a habilidade de Filha dela. Claro, ela não sabia de onde vinha a habilidade, apenas a criou. Marcas cresceram no seu rosto, uma forte rajada de vento a circulou e a mesma jogou as adagas que carregava num suporte nas costas no vento, fazendo com que elas ficassem girando a seu redor. – Dança das Adagas.

–Dama, a habilidade que cria uma corrente de ar em volta dela que, tudo o que entra nessa corrente é desviado. Já a Dança das Adagas, aproveita a área ao seu redor. E, tudo o que tocar essa área é cortada. – Pensou Edgar. – Pro... – O diretor apareceu no meio da arena, criando uma barreira na frente de cada um.

–A luta está encerrada.

–O quê? Por quê? – Francyelle perguntou.

–O Edgar prometeu que não usariam essa habilidade de vocês ao mesmo tempo. – Explicou. – Por isso, eu declaro essa luta por encerrada. – Edgar desfez a habilidade, que estava começando a se criar e havia parado na metade. Sentiu uma forte pancada na cabeça, e antes que pudesse se curar, caiu desmaiado. – Ei, Edgar. – O diretor foi a seu socorro, assim como os amigos, e as médicas. Como estava com raiva na hora, não teve nenhuma memória sobre sua luta, mas, agora que já estava mais calmo, sua penúltima luta veio em sua cabeça.

–Ele está bem? – Perguntaram a médica.

–Vai ficar. Só precisa de uma boa noite de sono. – Informou.

Algo ali perto chamou a atenção dos alunos. Alguém estava se teletransportando, mas, não era um ou dois, e sim uma turma inteira.

–Chegamos. – O professor responsável anunciou.

–Então essa é a EE do Sul? – Um aluno perguntou. Dentre os curiosos que foram ver quem estava ali, estava Thiago. Havia sentido uma magia familiar, e só podia ser de duas pessoas, e, como seu primo mais velho não era de visitas, era seu primo mais velho, com diferença de alguns meses, Davi.

–Primo?

–Thiago. – Foi até ele, abraçando-o.

–O que fazem aqui? Não sabia que viriam aqui.

–Era uma surpresa e só o diretor soube. – Explicou. – Mas, por que está todo mundo aqui fora? – Estranhou. Conhecia a EE, então sabia que tinha vários alunos ali.

–Estávamos tendo uma batalha entre os Filhos daqui. – Thiago podia falar abertamente sobre isso. Sabia que o primo sabia sobre Matheus, então não haveria problemas em saber sobre os do Sul. – Bom, até que o Quarto, e meu professor, desmaiou após o término.

–Ele está bem? – Marcos se juntou a conversa. Conhecia o Quarto Filho da última vez que esteve no Sul.

–Vai ficar. – Ouviu uma voz familiar e abriu um sorriso. – Como vai, King?

–Vou bem, Michael. – Abraçou-o. – Mas sabe que agora sou professor, né? Igual a você, pelo visto. Pensei que você iria seguir como um ex-aluno.

–Eu pensei, mas o diretor insistiu muito, e acabei decidindo apoiar o meu lado mago. Mas, voltando ao assunto da excursão, eu serei o guia de vocês!

–Tudo bem, então. Pessoal, esse é o professor Michael, o segundo mais forte das EE's, o Prince.

–OHHHHH. – Os alunos fizeram um som engraçado.

–Vamos? – O professor os chamou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, agora é esperar e descobrir o que houve com Edgar e como será a excursão. Bom, gente, para compensar meu atraso na última semana, porque fiquei sem internet, essa semana é capítulo duplo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guerra Elemental" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.