Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 17
Sonhos estranhos. As aulas já começaram! Dois híbridos?




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Poff's on

Me ajude, jovem híbrido. – Ouvi a voz de uma mulher me chamar. Para onde eu olhava só havia escuridão. Preto para a direita, esquerda, cima, baixo. Tentei usar meus poderes de fogo para iluminar o lugar, mas a bola de fogo custou a sair.

–Anda. – Finalmente criei uma e fui coberto por uma sombra. Virei para trás de vagar com medo que fosse um inimigo, ou espécie de animal, sei lá. Mas, não. Era uma mulher. Seu rosto estava coberto por um pano rosa e a parte do cabelo que aparecia parecia ser da mesma cor. Haviam alguns cristais azuis presos em algumas partes do pano do rosto. Três no total. E coberta por panos azuis pelo corpo. Olhando bem... Até mesmo seu corpo era da cor rosa. – Quem é você? – Perguntei. Só pode ser um espírito. Quem mais seria tão estranho assim. – Quem é você? – Perguntei novamente, já que não recebi resposta na primeira vez.

Me ajude.

–“Ajude”? Você é um espírito? Se sim, por que precisa da minha ajuda?

–Ela está aqui...

–Quem? – Perguntei um pouco impaciente, mas novamente sem resposta. – Me diz pelo menos o seu nome. – Disse e a humana, ou espírito, começou a desaparecer.

–Te... rim. – Dito ela desapareceu.

Poff's off

–Terim. – Levantei bruscamente da cama. Ao que parece dei um susto em Davi que deixou água cair no chão.

–Matheus, está tudo bem? – Ele perguntou após se recuperar. – Você estava falando enquanto dormia. Quando acordei você estava suando demais!

–Acho que foi um pesadelo. E essa água aí no chão?

–Hã? Ah, como você não acordava e suava demais, pensei que estaria passando mal, então fui ao banheiro e peguei água para tentar curá-lo.

–Desde quando você usa magia do terceiro ano? – Pus a mão na cabeça pelo pequeno giro que a mesma deu.

–Filho do diretor, lembra? Como quero ser um mago de cura, comecei a aprender sobre magia de cura de água. Só que infelizmente, não posso usá-la para atacar.

–Hmm.

–Mais importante, com o que você sonhou para ficar desse jeito?

–Uma mulher estranha pedia minha ajuda e falava que “ela” estava lá.

–Bom, já acabou! – Davi falou. – E como ela é, ou era? – Contei cada detalhe que lembrava sobre a mesma. – Tem certeza? – Perguntou surpreso. Parecia que eu tinha dito algo fora do normal. Tá, até que é sim.

–Tenho! – Respondi.

–Matheus, você se encontrou com o espírito da terra, Terim!

Dia seguinte

Ainda não consegui esquecer o que o Davi disse de madrugada.

Poff's on

–Matheus, você se encontrou com o espírito da terra, Terim!

–Agora que você falou, o diretor disse algo a ver com isso antes de ficar preso. Ele disse “ache Sílf”.

–E você só se lembra disso agora? – Davi perguntou.

–Sei lá, eu esqueci simplesmente. – Me levantei da cama pus a mão na maçaneta, entretanto, a mesma estava congelada. – O quê?

–Aonde pensa que vai as duas da madruga?

–Achar alguma pista sobre Terim.

Matheus, não é como se fosse cair um livro do céu falando sobre ela e onde está! – Disse ele. – Existem vários livros sobre ela, então vamos dormir, porque amanhã tem aula.

–Hunf. Está bem, mas depois eu vou me concentrar em achar algo sobre ela. – Falei me deitando novamente.

Tá, tá. Eu te ajudo, mas vamos dormir logo. – Ele bocejou e se deitou.

–E a porta?

–Eu lhe proíbo de descongelá-la.

Poff's off

–Hunf. – Suspirei.

Davi on

Antes das aulas começarem, decidi ir na diretoria. Tinha algo me incomodando já a algum tempo e a melhor hora era essa. Parei em frente a porta e dei dois toques, esperando a permissão para entrar. Após a mesma ser concedida adentrei e meu irmão estava sozinho sentado na sua mesa lendo algo.

–Eu gostaria de fazer algumas perguntas. – Disse.

–Como seu diretor responderei todas as perguntas que você tiver como aluno. – Falou.

–De irmão para irmão. – Ele prestou mais atenção em mim.

–Fale.

–Você sabe que se continuar a usar seus poderes assim vai acabar esgotado, né? Não tem como sabermos o que vai acontecer se você continuar a usá-los da maneira que está usando! – Me referia ao fato dele ter usado um microfone no baile. Com o poder que possui não haveria necessidade disso, mas se ele usou, quer dizer que fez o mesmo do dia em que aumentamos o tamanho dos corredores. Só que a situação foi diferente. Naquele caso, ambos usamos o nosso poder juntos!

–De irmão para irmão, o que faço ou não com meus poderes, é problema meu. – Affs. Quando tento dar uma de bom irmão ele resolve fazer graça? – Mas, obrigado, pela preocupação. – Oh, ele pode ser educado. – Agora é melhor ir. Você tem cinco minutos e seu professor não vai tolerar atrasos no primeiro dia de aula.

–A aula. – Saí correndo da sala em direção a minha. – Droga. – Pensei. – Acabei esquecendo de perguntar sobre aquilo.

Autor on

Após uma corrida de um minuto ou dois, até porque, a diretoria só ficava no andar de cima, Davi chegou na sala de aula antes do professor, onde o mesmo esperava por ele com um lugar guardado ao seu lado direito. Davi se dirigiu até ali e se sentou. Sua conversa com irmão foi rápida, entretanto o suficiente no momento para o mais novo. Não contou, e nem contaria, para o mais velho sobre o que Matheus lhe disse na madrugada. O mesmo pediu para ele guardar segredo de todos até que tivessem descoberto mais sobre Terim.

–Estranho o professor ainda não ter chegado. – Disse Matheus.

–Deve estar a caminho. – Davi se lembrou de algo que esqueceu a muito tempo. – Já deu um nome?

–“Um nome”? – Matheus repetiu sem entender a pergunta.

–Para sua habilidade.

–Ah, isso. Ainda não. Para que eu preciso dar um nome? Só usei ela uma vez! – Falou.

–Porque os espíritos são imprevisíveis. Vai que você ainda tem esse poder e ele só está adormecido aí dentro!

–Você está sonhando demais. E também, aquilo foi só pelo contrato, acabou!

A sala de aula caiu em silêncio com o barulho de passos. Imaginando ser o professor, alunos que estavam em cima da mesa, em pé ou de chaneco, correram para seus lugares. Todos ficaram surpresos com a pessoa que acabara de entrar. Cabelo preto, olhos castanhos claros e aclamado o mais forte dos usuários do fogo,

–... Marcos? – O mesmo sorriu para o irmão que se encontrava em pé. Caminho até sua mesa, espalhou uns papéis por ela, deu a volta e se apoiou nela.

–Bom dia. – Cumprimentou.

–Bom. – Foi respondido em uni som pelos alunos.

–O que está fazendo aqui? – Matheus perguntou ainda em pé.

–Serei o novo professor de vocês. Alguém aqui tem problemas com o inglês? – cinco alunos levantaram as mãos. Olhou nos papéis sobre sua mesa e deu a seguinte mensagem a cada um, em seus determinados idiomas. – “Caso tenham qualquer dificuldade, falem comigo que lhes explicarei melhor”. A partir de hoje, a grade de horários de vocês é essa: – Foi até o quadro e escreveu.

No primeiro tempo, a aula é sobre o elemento. No caso, a parte teórica do que é ensinado no segundo ano. No segundo, tem aula na quadra. O terceiro tempo também é na quadra, porém se aprende a criar a armadura. No quarto voltam para a sala para ter aula sobre magia e sua origem. Terças e quintas, tem aulas com a outra equipe, no segundo tempo.

–O primeiro tempo é comigo assim como o segundo. Alguém pode dizer o que será aprendido esse ano?

–As armaduras. – Disse Carlos.

–Correto. Mas isso vai ser lá pelo terceiro bimestre. No primeiro, começarão dando forma ao gelo de vocês. É muito variado, dependendo da imaginação de vocês! – Disse. – No segundo, vocês devem aprender a usar a aura. Terão que mantê-la pelo máximo de tempo e como focá-la em um ponto

–Com aura, você quer dizer aquilo que fez naquela vez? – Yuri perguntou se referindo ao fato de quando estavam acampando após um ataque de Light, ele fez ela e Davi desmaiarem.

–Sim. Darei uma pequena prévia. – Respirou fundo. – Quero que se concentrem ao máximo no poder de vocês! Quero que imaginem um escudo ao seu entorno lhe protegendo. É quase igual uma barreira, só que com a diferença de ser envolta de vocês e não em uma posição ao seu redor. Matheus, seu duplo poder dificulta um pouco as coisas, mas quero que se concentre o máximo no gelo e o mínimo no fogo. – Os alunos obedeceram ele e se concentraram. A medida que Marcos ia liberando seus poderes, alguns alunos iam desmaiando pela força, mesmo ela tendo sido diminuída. Matheus, Yuri e Davi eram os únicos resistindo. O primeiro por ter uma tolerância a fogo, e os outros dois por já terem sentido antes.

–Alguém pode me explicar como um isqueiro funciona? – Marcos perguntou na turma de fogo. Seus dois tempos já haviam passado e agora dava aula para os mesmos. Já havia feito a prévia da aura com eles, com ajuda de um professor de gelo, é claro. – Com uma roldana de metal rugoso, roda sobre uma pedra, pressionada contra a roldana por meio de uma mola, para gerar faísca. Com o polegar, num movimento rápido, o utilizador do isqueiro aciona a roldana contra a pedra, deixando cair o dedo sobre uma válvula de gás propano, criando a chama, geralmente regulável. – Explicou. – O que eu quero dizer é que vocês podem “recarregar” suas forças caso absorvam o fogo do isqueiro. Mas, não é para sair por aí com um. Primeiro porquê me prenderiam por falar que vocês deveriam o fazer, e segundo que nem todos os usuários de fogo conseguem fazer. Não é como se fosse uma técnica fácil! – Falou. – E a composição química do fogo? – Mais da metade do da turma levantou a mão. – Lucio.

–H3PO5 + CO2 = fogo.

–Correto. Já que já estamos aqui, poderia nos relembrar o motivo de não sofrermos ao criar uma bola de fogo?

–Porque nossa fisionomia nos ajuda. Um usuário de fogo não sente calor, assim como um usuário de gelo não sente frio. – Explicou.

–Por isso é o representante.

Encerrado as aulas do dia, Matheus, afobado, foi procurar por algo sobre Terim. Porém Davi o acalmou, novamente, e disse que já pediu para seu primo pesquisar para eles. Matheus ficou surpreso, nunca ouviu falar desse tal primo. Negociou com Davi para que também procurassem e não largar tudo nas costas do primo dele. Até porque, ele teve o sonho! Se isso queria significar que só ele podia ajudá-la, ou que era só pelo fato dele ter dois poderes, ele não sabia, mas não desistiria de achá-la, se isso significasse também ajudar o diretor.

Dia seguinte

De acordo com Marcos, essa aula seria na quadra. Com o simulador inoperante lá virou um campo extra e o antigo king negociou para que o professor o deixasse usar a quadra nos dois tempos de aula.

–Vamos começar a matéria do bimestre. Quero que pense em uma forma para o gelo e que lance em mim. Ficarei na outra ponta da quadra e vocês devem atirar qualquer objeto diferente de uma bola comum. Se não, ela será facilmente destruída pelo meu fogo.

–Não iremos treinar antes? – Davi perguntou.

–O melhor treinamento é a prática, eu acho. – Respondeu. Foi para o outro lado da quadra e se posicionou. – Atirem bolas de gelo comum. – Ordenou e assim foi feito. Várias bolas de gelo foram na direção do mesmo, mas derreteram ao se chocar na barreira de fogo dele, criando um vapor. – Já podem começar. – Se sentou no chão com a barreira ainda erguida. Os vários ataques que vinham eram destruídos facilmente. Alguns ainda resistiam, o que significava que estavam se esforçando para dar forma a algo. Quando achou que estava bom, se levantou e deu um toque em algumas partes da barreira, lançando facilmente uma bola de fogo de onde tocava.

–Cuidado. – Um aluno avisou e outros três os protegeram.

–O objetivo da aula é simples: Fazer com que aprendamos de uma maneira rápida, porque talvez não tenhamos tempo na Batalha. – Explicou Davi.

–Vamos dar um jeito de protegê-los das bolas de fogo. – Disse Matheus.

–Mas se puderem, tentem começar com algo fácil até ir evoluindo. – Yuri falou.

–E vocês três? – Uma aluna perguntou.

–Iremos revisar entre nós, e tentar criar formas com a própria barreira mesmo. Assim não “perdemos” tempo e aprendemos algo diferente! – Disse Yuri.

–Bola de fogo. – Matheus os alertou.

agora!> Felipe falou na cabeça do mesmo, que acabou perdendo a concentração e não colocou a barreira.

–Me chamou? – Perguntou com uma cara nada boa. Seu cabelo para o alto e com cinzas da bola de fogo. Quando se deu conta que seu Conselheiro e o de fogo estavam presentes, viu que algo estava muito errado. – O que houve?

–Quem é aquela sua amiga nova? – Felipe perguntou sério.

–Quem a Parris?

–Então é Parris. – Sussurrou.

–O que tem ela? – Perguntou ainda sem entender. Olhou na direção do seu Conselheiro esperando uma resposta, contudo o mesmo também estava sério.

–Parece que ela se envolveu em uma situação, digamos, delicada. – Jin falou.

–Para não falar complicada! – Felipe falou.

–Se me disserem o que, eu talvez possa ajudar.

–Ela estava na aula dentro da sala do simulador quando sacou uma varinha...

–E da mesma saiu poderes de fogo! – Jin começou e Juan terminou.

–Aquela varinha não era só um cordão que a avó lhe deu? – Perguntou, mas recebeu um aceno negativo com a cabeça.

–Matheus, eu acho que a Parris é... Uma híbrida, como você! – Disse Felipe.

Matheus on

– Como?


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Notas finais do capítulo

Cabou...



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