__________________CAPITULO TRÊS______________________

Minha cabeça parecia latejar. Eu me lembrava mais ou menos o que havia acontecido. Tentei me mexer e senti um pouco de dor em minhas costas.

- Ela acordou. – Ouvi alguém falar ao meu lado. Sua voz era melodiosa, parecia como sinos cantando. Era magnífica.

Parei de me mexer. E comecei a me concentrar no que havia a minha volta. Eu senti algo macio em baixo de mim, como um colchão. Talvez eu estivesse em um quarto, em uma cama.

Eu ainda estava com os olhos fechados, na total escuridão. Não porque eu não conseguia abrir-los, mas porque eu estava com medo de fazê-lo.

- Pode abrir os olhos querida. Não iremos machucá-la. – Uma linda voz sussurrou em meu ouvido.

Não sei o porquê, mas de alguma forma aquela voz havia me passado segurança, como a voz de uma mãe.

Abri bem devagar os meus olhos. E pisquei por alguns segundos, para que meus olhos se acostumassem com a claridade.

- Bem Vinda. – Uma garota que parecia ter a mesma idade que a minha disse sorrindo.

- Alice deixe-a em paz. Ela acabou de acordar. – Um garoto muito bonito disse sério.

- Eu só estou dando as boas vindas a ela Jasper. Não tem nada de mal nisso. – A garota chamada Alice disse emburrada.

- Como está se sentindo Isabella? – Um homem alto, com cabelos loiros e muito bonito também, disse com um sorriso nos lábios.

- Eu................onde estou? – Perguntei ainda deitada.

- Está no mundo das sombras Isabella. E nós somos a família Cullen, Halle e Masen. Eu sou Carlisle Cullen e essa é a minha esposa Esme e meus filhos Alice e Emmett Cullen. Os outros dois são Rosalie e Jasper Halle. Só não está aqui Edward, que teve que resolver alguns problemas. – Carlisle disse com um sorriso nos lábios.

CULLENS? HALE? MASEN? Como assim? Esses nomes não são daquele livro?

- Eu devo estar sonhando, só pode ser isso. – Eu disse a mim mesma, enquanto eu me sentava.

- Não esta sonhando querida, somos reais. – A mesma voz que me passara segurança disse. Notei que a voz pertencia à mulher chamada Esme. Ela parecia ter uns 20 e poucos anos.

- É verdade, nós somos reais. Quer que eu te prove?- O grandão chamado Emmett disse esticando o braço para eu tocá-lo. Eu não sei o porquê, mas eu o fiz. Toquei em seu braço e notei que ele era real.

- Não é um sonho. – Eu disse a mim.

- Que bom que reparou nisso. – A loira chamada Rosalie disse sem paciência.

- Pessoal. Tenham paciência. Ela acabou de acordar, deve estar confusa. – Carlisle disse a todos.

OMG. Isso só pode ser brincadeira. Esses sobrenomes e nomes são exatamente os mesmos do meu livro. Como isso pode ser real?

Já sei. Eu estou louca. Acho que o frio de Forks afetou os meus neurônios.

- Olha pessoal, foi muito legal conhecer vocês, mas eu tenho que ir embora pra casa. Meus pais vão ficar preocupados. – Eu disse me levantando.

- Você não pode ir embora Isabella. Essa é a sua casa agora. – A loira disse séria, me dando medo.

- Rose não fale assim com ela. – Alice disse brava.

- Isabella me disculpe por Rose. Nós deixaremos você descansar um pouco, enquanto eu e minha família iremos conversar sobre algumas coisas. – Carlisle disse sério.

Eu não respondi nada, apenas deixei eles saírem.

Eu precisava ir embora desse lugar. Essas pessoas devem ser doidas, psicopatas, mas isso não importa agora. O importante é que eu tenho que achar uma maneira de escapar daqui.

Tudo que tinha ao meu redor era uma cama e um guarda roupa velho, sem contar uma mesa antiga e uma cadeira daquelas que usavam os reis antigos.

Talvez se eu saísse pela porta ninguém notaria...........ou notaria. DROGA e agora?

Pensa Bella, pensa. Como você pode sair sem ser pela porta?...............mas é claro pela janela.

Realmente o frio de Forks congelou os meus neurônios.

Vi a janela aberta ao meu lado, me aproximei em passos leves, para ninguém ouvir e perceber o que eu pretendia fazer.

A janela era um pouco alta, mas nada que eu não possa descer.

Peguei os lençóis da cama e amarrei um no outro e depois joguei pela janela, mas é claro que a burra aqui esqueceu de amarrar em algum lugar antes e agora não daria mais para usar os lençóis.

Burra, burra. Isso o que sou. Agora tenho que descer de outra forma.

Fui novamente até a janela e vi que daria para descer pelo telhado ao lado, mas seria meio que perigoso, pois um passo em falso e BUM, eu cairia no chão, fazendo o maior barulho.

Prendi minhas roupas em meu corpo e subi na janela. Senti-me um pouco zonza, mas logo passou. Segurei com as minhas mãos em uma pedra que havia na parede e comecei a andar, até chegar na parte onde começava o telhado.

Minhas pernas começaram a tremer assim que eu coloquei meu pé em uma das telhas. Eu já estava prevendo que eu ia me esborrachar no chão. Comecei a rezar e continuei andando.

Não sei se foi a minha má sorte ou a minha falta de coordenação, que fez com que eu tropeçasse em uma das telhas, mas isso me fez ir direto pro chão.

Eu já estava preparada para sentir uma dor horrível, assim que eu chegasse no chão,  mas nada senti. Parecia que eu havia deitado no chão e não caído.

Levantei-me rápido e verifiquei se meu corpo estava bem. Não havia nada de errado, nem um osso quebrado. Isso era bom.

Olhei ao meu redor e não havia ninguém, então fiz a única coisa que me passou pela cabeça aquele momento: CORRER.

Eu corri o mais rápido que pude em direção a uma floresta que havia em volta da casa. Eu não sabia para onde isso me levaria, mas naquele lugar com pessoas loucas eu não ficaria.

Corri, corri o máximo que as minhas pernas me permitiam. Depois tive que caminhar.

Um pouco mais a frente de onde eu estava havia uma placa escrita.

Fronteira do mundo das sombras.

Onde divide os dois mundos, os dos Lycans e dos vampiros.

Mundo Vampiro: Limite aqui.

Mundo Lycan: Dessa placa em diante.

Lycans? Vampiros? Que povo doido. Eu quero me mandar desse lugar o mais rápido possível.

Continuei seguindo em frente, sem me importa com a placa que estava escrita aquelas bobagens ou aquela que dizia PERIGO, colocada depois da placa doida.

Caminhei o tanto que pude, mas as minhas pernas não agüentavam mais ficar em pé.

Sentei-me em uma pedra que estava encostada em uma arvore e fechei meus olhos tentam relaxar um pouco, antes de eu voltar a caminhar.

Tudo estava em um completo silencio, somente dava para ouvir as folhas das arvores se mexerem por causa do vento.

- Olha o que temos aqui...........

Ouvi alguém falar perto de mim, me fazendo tremer de medo. O seu tom de voz era sombrio.

Senti que havia mais alguém fora a pessoa que falara.

Tremendo muito, abri os meus olhos lentamente, com medo do que eu poderia encontrar, mas assim que eu abri me arrependi muito.

- Quem é você? – Perguntei tremendo.

- Eu?..................Eu sou o seu pior pesadelo.

Depois disso uma dor alucinante me atingiu e eu não estava mais encostada na árvore e sim jogada no chão.

Pov. Carlisle.

- Rosalie por que agiu daquela maneira? – Perguntei a ela, assim que saímos do quarto.

- Porque eu não confio nela. Não me sinto bem, pra mim ela é uma intrusa Carlisle. – Rose disse brava.

- Ela não é uma intrusa, ela é a escolhida Rose. Ela veio para acabar com essa guerra de uma vez. – Jasper disse muito sério.

- Concordo com ele meu amor. – Emmett disse lhe abraçando.

- Não me importa, eu não confio nela. E se ela preferir os lobos? O que nós iremos fazer? – Rosalie perguntou séria.

-  Vamos lutar Rose. – Esme disse.

- Ela não vai escolher Jacob. Ela escolherá o Edward. Eu sei disso, eu vi. – Alice disse firme.

- E daí que você viu Alice. Suas visões não são tão claras assim, elas podem mudar, pois o futuro é incerto. – Rose disse alterada.

- Você pode estar certa Rose, mas eu tenho um pressentimento sobre isso. Ela vai ficar com Edward e se não ficar iremos mostrar a ela quem realmente é Jacob Black e se isso não resolver, então morreremos lutando. – Alice disse firme.

Alice estava certa. Eu como líder dos vampiros não devo desistir. Quando a verdadeira guerra começar, estarei preparado. E tenho confiança nas visões de Alice. Isabella escolherá Edward e nos ajudará. Ela nos salvará.

- Concordo com você Alice.  Ela somente está confusa. Iremos explicar a ela sobre a profecia e sobre a guerra que está por vir e depois deixaremos ela escolher se nos ajudará ou não. – Eu disse firme.

- Se você crê nisso Carlisle, então não poderei fazer nada. – Rose disse ainda séria.

- Alice você conversaria com ela? Seria melhor para todos. – Eu disse a minha filha, ignorando Rosalie.

- Claro pai, conversarei com ela, pode.............................

Alice  falava sorrindo, mas logo seus olhos ficaram fora de foco. Ela estava tendo uma visão, mas pela sua expressão não era coisa boa.

- Não pode ser!!!!

- O que foi minha filha? – Esme perguntou a Alice nervosa.

- Isabella fugiu do quarto e está na floresta. – Alice disse assim que seus olhos voltaram ao normal.

- E que isso tem de ruim? Vamos buscá-la. – Rose disse.

- Ela não está sozinha. – Alice disse agora nervosa.

- Não? – Jasper perguntou.

- Não. Ela passou da fronteira. Ela está com um lobisomem....................ele está atacando ela.

OMG, isso não pode ser verdade!!!!!

Pov. Bella

Não consegui compreender como eu havia vindo parar aqui tão rapidamente. Em um piscar de olhos eu voei pro chão sem perceber.

- O que foi feiticeira? Não irá usar os seus poderes? – O cara disse rindo.

Olhei bem para ele novamente e seus olhos estavam amarelos ainda. Do nada seu corpo começou a tremer e suas roupas começaram a se rasgar e pelos começaram a aparecer no corpo dele.

Havia mais 5 homens com eles, que apenas riam da cena.

Será que eles não reparam o que está acontecendo não? O homem está virando um......................cachorro? OMG.

- Por-por fa-favor não me matem. – Pedi tremendo.

- Kkkkkkkkkk, não se preocupe, nós comemos a comida ainda viva, ouvindo os gritos da pessoa. E pode ter certeza que iremos degustar de você bem devagar. – Um dos homens que estava rindo disse a mim.

Os olhos deles se transformaram e amarelos também e seu corpo assim como o dos outros começaram a tremer e as roupas a rasgarem.

Não sei de onde tirei força, e me levantei o mais rápido que pude e corri para longe deles.

Corri o mais rápido que consegui, mas as minhas pernas não estavam agüentando dar mais nenhum passo.

Cai na primeira pedra que apareceu a minha frente. Eu estava fraca, com fome, sede e muito cansada.

- Auuuuuuuuuu!!!

O lobo uivou assim que chegou a minha frente. Seus olhos estavam pretos agora, como se estivesse com fome. Eu tremi dos pés a cabeça.

Eu já sentia o fim se aproximar. Eu iria morrer e nada poderia impedir isso.

O lobo se aproximou mais e os outros começaram a fazer um circulo a minha volta.

Fechei os olhos o mais forte que consegui, esperando o término de tudo. O término da minha vida.

Esperei e esperei e nada aconteceu. Abri meus olhos lentamente, dando de cara com dois olhos pretos me encarando com uma expressão ilegível.

Notei que meu corpo brilhava, mas não uma luz forte, era um pouco fraca, mas que estava dando medo aos lobos.

Senti algo dentro de mim mudar e perdi completamente o comando de meu corpo. Levantei-me do chão e então levantei uma de minhas mãos para o lobo e depois meu corpo começou a vibrar e a radiar uma luz mais forte.

Os lobos começaram a se distanciar, mas antes que pudesse sair do local, um raio atravessou a todos, fazendo-os voar para longe e bater nas arvores a nosso ao redor.

Senti meu corpo pesar e meus pés não agüentarem ficarem fixos no chão. Então cai com tudo de joelhos no chão. Minha cabeça rodava e a luz sumira.

Eu sentia a escuridão se aproximar do meu ser. Tudo estava borrado perante os meus olhos. Eu sentia meu corpo cair no chão bem lentamente.

Parecia que levaria uma eternidade para meu corpo cair ao chão e a inconsciência tomar conta de mim, mas não demorou muito.

Logo meu corpo estava totalmente no chão e antes de tudo se escurecer completamente, senti um toque frio, que já me era familiar, levantar meu corpo.

- Não se preocupe. Você ficará bem!!! – Ouvi a pessoa que me ajudara sussurrar em meu ouvido. Depois disso a escuridão me completou.

-Isabella – a voz perfeita e aveludada chamava meu nome, olhei para todos os lados procurando o dono de tão bela voz. Mais parecia só haver eu na escuridão.

-Isabella venha conosco. – para onde, para onde eu deveria ir. Queria gritar, perguntar quem me chamava mais minha voz não saia.

Fechei os olhos tentando mais uma vez chamar por quem quer fosse, mais me sobressaltei ao sentir um toque gelado em minha bochecha. Logo depois a imagem mudou.

-Isabella – a voz perfeita continuava a me chamar. Só que desta vez eu corria, mas parecia que eu não saia do lugar.

-Isabella – ele voltou a me chamar; Pude ver ao longe um par de olhos dourados me observando. Tentei correr ate ele e uma mão pálida apareceu diante de mim.

O dono da mão estava oculto pelas sombras. Embora eu tentasse vê-lo eu não conseguia e pedia para que ele viesse ate mim mais a minha voz não saia. Estava desesperada já.

A mão pálida continuava estendida como se me chamasse, e por mais estranho eu queria estar com quem quer que seja. Estendi minha mão e senti os dedos gelados que agora me eram familiares tocarem as pontas dos meus dedos.

No momento que iria segurar a mão e ir para onde ele me quisesse levar senti um toque quente. Tentei me afastar mais ele segurou meu braço com força.

Ele me afastava cada vez mais da outra pessoa. Eu esperneava e gritava mais minha voz ainda não saia. Senti as lagrimas escorrendo por meu rosto e tentei esticar o braço para tocá-lo.

A mão fria se aproxima de mim cada vez mais ate eu voltar a sentir o toque gelado. Ouvi um rosnado vindo do outro que me puxava e me encolhi assustada.

O homem de toque quente me puxou com força me jogando no chão. De repente ouvi um barulho alto e um lobo gigante apareceu diante de mim. Finalmente minha voz voltara e gritei o mais alto que pude.

-EDWARD.

Abri os meus olhos rapidamente e me sentei na cama com tudo. Minha respiração estava acelerada e eu suava frio.

O mesmo sonho que eu tivera há alguns dias atrás voltara, mas desta vez mais assustador.

Sobressaltei-me ao sentir um toque gelado em minha bochecha. Olhei completamente assustada para a pessoa ao meu lado.

Era um homem, mas não um homem qualquer. Era um Deus-grego.

O homem sorriu para mim. Não um sorriso qualquer, mas um sorriso torto, perfeito.

Ele se aproximou de mim novamente e seus dedos tocaram meu rosto. Senti novamente a corrente elétrica passar por meu corpo e sorri involuntariamente, fazendo seu sorriso aumentar mais.

- Que bom que acordou! – O homem falara. Esse deveria ser o Edward. Aquele que eu tanto queria conhecer.

-  Quem é você? – Perguntei para ter certeza.

- Acho que já sabe quem sou. – Ele falara ainda sorrindo.

- Edward!!!!!. – Eu sussurrei. Ele apenas continuou a sorrir e se aproximou mais de mim.

Nossos rostos estavam a centímetros de distância. Nossas respirações chocavam-se contra o rosto de ambos.

Nos aproximamos mais até que nossos lábios estivessem quase se encostando e então.................

   _____________________CONTINUA______________________