Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 9
O Big Ben Soa Nove Horas


Notas iniciais do capítulo

Queridos, voltei!!
Demorei eu sei, mas enfim, de volta.
Eu prometi a vocês que esse seria O Capítulo
Mas eu não pensei que ficaria tão extenso,
Então eu divide em duas partes, mas eu vou postar as duas agora mesmo,
A segunda é dedicada a hora H rsrsrsrs
Aproveitem!!



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SEG, TER, QUA, QUI, SEX, SÁB &...

Os dias se passaram, voando digamos assim, Molly e Sherlock não se encontraram durante toda a semana, o que agradou a Sherlock, John falou com ele 2 vezes na semana, mais não conseguiu retomar o assunto sobre sexta feira passada, pelo menos não sem receber uma atitude infantil e proposital de Sherlock como resposta.

DOMINGO 09:25AM

Domingo finalmente chegou! Eram duas da tarde Sherlock estava em casa conversando com seu irmão, ou melhor, irritando Mycroft, que fora pressiona-lo mais uma vez com um de seus casos, Sherlock o “ignorou” toda a semana, mas decidiu acabar com a brincadeira quando ele ameaçou convidar os pais para uma temporada de visita à cidade.

–Então? – Mycroft já está impaciente ao ver que o irmão dá mais atenção ao violino do que a ele.

– Então é melhor reforçar sua dieta! – Sherlock provoca só para irrita-lo sem mesmo olhar para ele.

–Minha dieta está adequada, obrigado! – Tenta manter a calma.

Sherlock para de admirar o violino e direciona seu olhar ao irmão, olhando-o de cima a baixo e no fim faz uma expressão de insatisfeito, o que irrita Mycroft.

–Apenas me diga, onde devo hospeda-los? – Mycroft pergunta se referindo aos seus pais, num tom provocador, o que faz Sherlock fechar os olhos e suspirar inconformado.

–Na quinta entrego seus benditos papéis, logo começarei a procura-los.

Sherlock começa a tocar notas agudas e desafinadas, expressando seu incomodo, não de resolver os problemas do irmão, mas o de tê-lo por perto. Isso foi o suficiente para fazer ele se levantar e ir à direção da porta, ao abrir encontra John com cara de surpresa e com as mãos prontas para bater na porta.

–John! – Sherlock exclama com aparente alegria – Como vai?

–Bem. – ele responde com certo receio, pois sente o clima tenso no ar.

–E Mary? – Sherlock pergunta ignorando totalmente o irmão.

–Olá Mycroft! – John fala em resposta ao “sorriso” do mesmo – Mary está um pouco cansada e enjoada e resolveu ficar em casa.

–Minhas felicitações Mr.Watson! Espero que não o deixe crescer sob a influência de certas pessoas. – Sherlock imita o irmão feito uma criança mimada, já que o mesmo está de costas para ele, o que faz John soltar um risinho discreto.

Mycroft já está quase descendo as escadas, quando mesmo de costas, chama a atenção de John.

–Lembre-o de meus papéis, não quero esperar até mais do que quinta maninho.

John fecha a porta, encarando Sherlock, e tem uma expressão confusa.

–Então finalmente te convenceu! O que ele ameaçou desta vez?

–Temporada de visitas.

John sabe o que isso quer dizer, sempre que os pais dos Holmes avisam que viram a cidade, Sherlock dá como aberta a “temporada de visitas”.

–Oh! Entendo. Mais porque disse que só entregaria os papéis na quinta, sei que poderia encontra-los amanha mesmo se quisesse.

–Não me conhece bem John Watson! – Sherlock fala e aponta para um envelope médio marrom sobre a estante sob alguns papéis soltos.

–Sherlock! – John fala calmo e lentamente, mas com um ar de desaprovação.

–Ele me irrita e me ameaça. Isso é o mínimo! – Fala naturalmente.

John age como se fosse dizer algo, mas logo muda de ideia, sabe que é inútil tentar convence-lo a para de agir assim.

–Bom e... E Molly? – John pergunta com um pouco de receio, afinal já havia se passado uma semana desde a conversa deles e nada do Sherlock se pronunciar sobre tal, nem mesmo Molly, o que pra John é estranho, já que Mary não lhe falou mais nada.

Sherlock simplesmente olha para John com pontos de interrogações em seu rosto como se dissesse – O que tem a Molly? –

–Sabe que odeio quando me olha assim!

–Assim como?

–Como se eu já soubesse a resposta igualmente a você.

–E você sabe!

–Não, não sei! O que sei você me disse dois dias atrás, então deixe de rodeios. Falou com Molly? – John agora põe mais segurança à sua fala.

–Não! – Disse curto e seco.

–Tá então é isso? “Não” pronto e acabou-se?

–Sim! – disse do mesmo modo.

–Sherlock pelo amor de Deus para de gracinhas, você beijou a Molly, porque te custa tanto a aceitar isso e falar com ela?

–Por que eu não quero, não quero faze-la chorar de novo, naquele momento o que eu menos queria era dar-lhe falsas esperanças, por isso mesmo eu havia explicado e dito que é impossível, não posso voltar atrás, o beijo é um fato, aconteceu e pronto, não tem volta e menos ainda uma continuação.

–Por que impossível? A palavra relacionamento te assusta? Porque isso, no seu mundo pode não parecer, mas no mundo em que todos, ou pelo menos quase todos vivem isso é perfeitamente normal. Pelo menos isso você consegui entender? – John já não aguenta mais essa situação. Quando se lembra do que teve de deixar de lado, sua lua de mel, para aguentar as crises de casal que não é nem mesmo um casal sente vontade de tranca-los dentro de um quarto e assim, só assim viver em paz. John já está cansado de tentar enfiar qualquer coisa nesse espaço restrito que é a mente de Sherlock.

–Vocês é que não conseguem entender, me entender. Por que querem tanto que algo aconteça, isso da Molly gostar de mim não é de agora, as coisas estavam bem do jeito que estavam aparentemente mais estavam, então porque mudar coisas da noite para o dia?

–Nada é pra sempre Sherlock, entenda, se não quer nada com ela a faça entender isso, mas não a deixe na duvida quanto aos sentimentos que sente ou não por ela, se não quer faze-la chorar ou sofrer mais ainda, converse com ela, se for preciso falar tudo de novo fale! Explique, recite, desenhe, cante, grite, não sei! Qualquer maneira. Só. A faça. Entender!

Sherlock suspira e fecha os olhos voltando o rosto para o teto e segurando o violino sobre as pernas. Sabe que John está certo, não pode deixar Molly na duvida, será pior.

–Tudo bem, tudo bem, hoje estou aceitando de tudo, primeiro Mycroft e agora você, espero que isso pare por aqui.

–Ótimo! – John não expressou alegria e sim um alivio em seu tom de voz – Lhe direi que venha a noite.

–Mas...

–Está decidido Sherlock. À noite irá conversar com Molly e ponto.

O detetive simplesmente suspira e volta a tocar seu violino enquanto John faz uma visita à cozinha.

Mais tarde...

Molly Hooper

11:03AM

Don't you worry, don't you worry, child / See, heaven's got a plan…

–anr!!! – Molly acorda com um susto ao ouvir o celular tocando logo ao lado travesseiro, levanta de uma vez, mais logo cai de volta na cama ao ver que é uma ligação. Pisca os olhos algumas vezes para se acostumar com o claro que atravessa os vidros e cortinas da janela.

–A... Alô? – fala meio sonolenta com a voz baixa. Era Mary.

(Alô, Molly)

–Mary! Oi! Desculpa a demora, é que eu estava dormindo e ainda tomei um susto com o toque do celular, algum problema??

(Oh, desculpe! Não pensei que dormisse até tarde no fim de semana, ainda mais hoje.)

–Tarde? Como assim tarde? – Molly olha para o relógio sobre o criado mudo e se assusta de novo – Meu Deus, já é tarde, acho que foi a sessão pipoca de ontem, mas o que tem hoje?

(Como o que tem? Sua noite com o Sherlock ora essa. Falei com Ms.Hudson na quinta e combinei tudo, hoje ela vai colocar o estimulante no chá de Sherlock, ela disse que vai ser mais ou menos por volta das oito horas, ou seja se for lá para as nove horas, vai encontra-lo no ponto. John foi falar com ele mais cedo, deve estar para voltar já, talvez ele...)

–Mary, Mary, Mary! Eu acabei de acordar e é informação de mais para eu processar. Deixa-me ver se eu entendi. Já esta tudo pronto, eu só preciso aparecer por lá por volta das nove horas da noite certo?

(Desculpe – Mary solta um risinho – É, é isso mesmo, e John está com ele agora, mas deve voltar logo, se ele trouxer novidades te ligo de novo ok?)

–Tá! Tudo bem.

(Então vá tomar um banho para despertar, comer algo e aguarde minha ligação, beijos e até!)

–Beijos, tchau.

..............................................................

Molly agora está mais desperta, tomou banho e comeu algo qualquer com ajuda do micro-ondas, já consegue processar as informações com mais rapidez. Isso nunca havia sido tão difícil, está nervosa, com medo, mas por hora decide se acalmar e não sofrer antecipadamente.

Uma hora depois, quando John finalmente havia voltado da casa de Sherlock.

–Mary?

(Oi, já não precisa mais se preocupar, Sherlock não vai estranhar sua visita.)

–Não? E porque não?

(Porque John o convenceu a falar com você, por causa do beijo sabe, ele estava se recusando a tiver, desculpe ter de te falar isso.)

–Tudo bem, eu imagino que o que ele vai falar é que é impossível haver algo entre nós dois.

(Pior que é!)

–Mary eu já não estou tão segura, acho que nunca estive, não sei se suportaria se ele me desprezasse, Mary eu..

(Ei? O que está pensando? Nada de dar para trás agora, acredite em si mesma garota, você é mulher o suficiente para domar aquele homem, hoje ele tem que ser seu, agora para de se auto rebaixar e prepare algo bem atraente para usar e fazer aquele homem perder a razão me ouviu bem?)

Molly suspira, dando para Mary ouvir perfeitamente, mas logo se decide.

–Tudo bem, você tem razão, tenho de enfrenta-lo e confronta-lo, é hoje ou nunca.

(Isso! Isso mesmo! Vá com tudo, e faça-o chegar até o céu, o faça-o saber que há um)

Mary consegue arrancar algumas risadas de Hooper.

–Certo capitã, vou me prepara e as nove estarei lá, obrigada por tudo Mary, muito obrigada!

(Não há de que! Agora vou desligar antes que John brigue comigo, hoje estou condenada a passar o dia enfiada na cama, até amanha!)

–Até, e seja o que for, estimo melhoras, tchau! – Molly encerra a chamada e vai para o quarto pensar no que vestir para essa noite.

Molly Hooper.

John foi embora e Ms. Hudson levou o almoço de Sherlock, durante toda tarde ele ficou em seu flat compondo, isso o ajudava a pensar, quem o visse diria que estava em um de seus grandes casos, de certa forma ele estava em um caso complicado, mas o caso é: “Como não magoar Molly Hooper?”.

~pensamentos~

S.H.

Eu sou Sherlock Holmes, o arrogante, o imbecil, o idiota insensível, como alguém como eu consegue não magoar uma mulher apaixonada? Como eu vou fazer isso? Já a machuquei desprezando-a e isso não a fez entender ou esquecer essa ideia ridícula de me amar. Já tentei ser compreensivo e me desculpei e isso só fez com que me beija-se. Como diabos eu vou enfiar na cabeça dessa garota que não estou para relacionamentos? Isso é estupidez e está fora da minha realidade.

S.H.

~pensamentos~

Apesar das dúvidas e perguntas sem respostas, a tarde dele foi tranquila, mas não se pode dizer o mesmo de Molly. Sua tarde foi de nervosismo, medo e insegurança, ela se lembra das palavras de Mary a todo o momento tentando ganhar confiança, mas cada vez que se lembra das patadas de Sherlock acha essa noite só será a noite de levar mais uma. A tarde se passou voando, e logo chega a hora deles se encontrarem.

Já são oito e alguma coisa e Ms. Hudson acabara de ir deixar o chá de Sherlock como havia combinado com Mary. Sherlock, claro, tomou seu chá como de costume, o gosto é diferente, mas acaba aceitando a hipótese de Ms. Hudson tê-lo feito forte de mais, às vezes quando vê que ele está muito tenso ela reforça a dose do chá.

Os minutos vão passando e nada, passaram-se dez, vinte, meia hora e nada. Faltando alguns minutos para as nove começou a ficar inquieto, seu sangue começa a ferver, mas continua sentado limpando mais uma vez seu violino para se acalmar essa espera por Hooper está matando-o de ansiedade.

O Big Bem soa nove horas.

Molly Hooper/Sherlock Holmes

Está mais inquieta que Sherlock, sente seu coração palpitar mais forte a cada balada, ela sabe que horas são. Começa a andar de um lado para outro, de repente sente que não pode, não deve, que não vai conseguir, por hora desiste de ir ao encontro dele, não sabia se Ms.Hudson lembrara de por estimulante em seu chá ou se mesmo ele bebera seu chá hoje. Definitivamente repete mil e uma vezes para se mesma que não irá. Vai à direção da cozinha para beber um copo d’água, precisa se acalmar e pensar direito.

Já na 221b Baker Street, há um homem começando a suar e ficar cada vez mais agitado, tenta se controlar a todo custo, levanta e sai à procura de seus adesivos, tem de achar algum, depois de fazer uma considerável bagunça ele para a sua busca e acha que os adesivos só piorariam a situação. Voltando para a sala, sente um enorme calor e abri toda a janela, desabotoa dois botões de sua camisa, e vai buscar seu chá, precisa se tranquilizar, já é a terceira vez que o bebe na esperança de se manter calmo e sem desconfiar, ainda, por fim resolve se deitar no sofá, fecha os olhos e tenta se concentrar apenas em ficar quieto.

A noite parece uma eternidade tanto para um quanto para outro, já passa das nove e meia, o chá dele acabou há cinco minutos depois de bebê-lo pela quarta vez, mas ainda permanece deitado, não está nada fácil se controlar e o pior é que nunca havia sentido tanta adrenalina dentro de si, pelo menos não em uma noite sem nenhum caso para resolver. Molly está mais calma, porem ainda insegura, olha para o relógio e vê que faltam apenas vinte minutos para as dez, já tendo bebido duas taças e meia de vinho sente vontade de ir a Baker Street mais acha que seria loucura aparecer a essa hora da noite, então depois de beber a meia taça que restava foi ao quarto retocou a maquiagem leve, pôs um perfume doce, arrumou o cabelo e se mandou para o flat de Sherlock.


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Notas finais do capítulo

Bom já se foi a primeira parte, espero que tenham gostado.
To tentando deixar tudo com um clima legal.
Agora vamos para o próximo capítulo!



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