Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 4
O Que Deu Em Você?


Notas iniciais do capítulo

Surprise! Surprise!
Oii meus amores,
Aqui estou de volta, e não vim sozinha, não senhor!
Querem saber quem mais deu as caras por aqui???



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QUINTA 10:17AM

Abre os olhos e um clarão ofusca a sua visão, pisca os olhos algumas vezes até que o claro do dia vindo da janela não incomode mais, pois é ele dormiu de novo no sofá. Mesmo já estando acordado ainda não se levanta, logo se lembra de Molly e do pesadelo que teve durante toda a madrugada repetidas vezes, a principio não consegue entender o que tudo aquilo quer dizer e nem mesmo teve tempo pra tal.

–Boooom diiiiaaaa dorminhoco.

Sherlock se levanta de um susto que só piora ao ver aquela loira sorridente vindo em sua direção, foi tudo tão rápido, o abraço o beijo as perguntas, não teve tempo de processar a situação até ver o rosto fechado e os olhos enfurecidos de John á porta encarando-o com um sacola cheia de presentes, o que definitivamente quebrou a imagem intimidadora que John tentou passar ao amigo.

–Mary? John? ................ Mas... Ainda é quinta e...

–Pois é, ainda é quinta feira Sherlock. – John fala tentando conter a raiva diante de Mary, eles já haviam conversado, e Mary o convenceu a voltar, não podiam deixar as coisas como estão, mas prometeu que teriam logo-logo uma segunda lua de mel.

–Porque voltaram?

–Também estamos felizes em te ver Sherlock – Mary disse um pouco sentida com a má recepção.

–Desculpe Mary, só estou surpreso, pensei que só voltariam na segunda e que ainda assim iriam demorar a vir me visitar.

–Você não foi o único que pensou assim. – John joga mais uma indireta.

–John!!! – Mary chama sua atenção – Pensei que se preocupasse com seu amigo e padrinho de casamento. Não seja grosso.

–Preocupar-se?! Mais preocupar-se com o que??? – Sherlock não está entendendo nada.

–Ah é, ficamos sabendo do seu probleminha com a Molly, achamos melhor voltar e remarcar a viagem.

–Problem... Ah, então é por isso que você está me fuzilando com os olhos – fala se direcionando a John, que só fica mais irritado – Não há nenhum problema, nós só tivemos uma pequena discussão.

–Pequena ou não, Molly está arrasada e se desfazendo em lágrimas desde terça feira, quando saiu daqui aos pedaços e por sua culpa – Mary resolve por tudo em pratos limpos - Estamos vindo de lá, Sherlock, - a Sr.Watson põe as mãos sobre o ombro do amigo e fala com um tom de mãe protetora e preocupada – Porque tem de agir assim hã? – Sherlock suspira e revira os olhos – Não faça isso, se estamos aqui é porque nos preocupamos e queremos ajudar vocês, e achamos que você deve conversar com Molly.

–Mais antes nós dois vamos ter uma conversinha. – John fala já impaciente com toda aquela melosidade, Sherlock não era mais uma criança, como ele mesmo cansara de repetir, tinha de para de agir feito uma e mimada ainda por cima – Pode nos dar licença querida.

–John, não se esqueça da nossa conversa ouviu? – Mary sente o perigo dessa conversa, ela sabe o quanto John está chateado por ter tido de interromper a lua de mel por culpa de Sherlock.

–Eu sei, prometo que só vamos conversar, não é Sherlock?

Sherlock desaba no sofá, já sabe que não seria apenas uma simples conversa.

–Assim espero! – Mary sai logo após se pronunciar.

–Bem, agora somos só nos três, você, eu e uma longa conversa, por que você vai ter de me dar um motivo, mas um bom motivo pra ter me feito vir até aqui.

–Eu não quis atrapalhar a sua lua de mel ok? Nem mesmo chegamos a nos falar, porque até onde eu lembro você me disse para não responder as mensagens da Mary e foi isso que eu fiz, que culpa eu tenho em tudo isso?

–Toda a culpa!

Sherlock se joga ainda no sofá deitando-se, suspirando impaciente, fecha os olhos e tenta amenizar a situação.

–Primeiro eu vou tomar um banho, me vestir e comer algo.

John já esta no seu limite, fora de si puxa Sherlock contra si com força pela borda do pescoço de seu pijama, fazendo-o se sentar, e fica encarando-o seriamente.

–Ouça, eu não estou com humor para você muito menos para suas gracinhas.

–Acha que estou brincando?!

–Sherlock!!

–Vai em frente John, coloca pra fora o que tá preso aí dentro, não é isso que você quer? Dê-me um soco! Extravasa sua raiva, que por sinal eu ainda não entendi qual a minha culpa nisso tudo!

John fica encarando Sherlock por um instante, suas mãos querem a todo o momento socar a cara daquele canalha cínico que ele tem como amigo, mas sua cabeça grita que não, John o solta e o empurra contra o sofá.

–Vontade não me falta. – Sherlock ajeita seu pijama, agora amassado – Mas não tem problema, faça o que tem de fazer, eu vou descer e esperar com Mary.

–Obrigado! – Sherlock provoca.

John sai e fecha a porta com força dando para Mary e Ms.Hudson ouvirem, John logo as encontra.

–O que houve querido? – Mary pergunta assustada.

John suspira e desaba em uma cadeira, levando uma das mãos ao rosto tapando os olhos parcialmente.

–John?? – Mary está confusa – Mais o que houve lá em cima? Onde está Sherlock?

–Tomando banho, depois vai tomar café da manhã.

–Então não conversaram?!

–Não!

–Mais o que houve então? Você está vermelho John, o que houve? Diga.

–Oh meu Deus! – Ms.Hudson fica nervosa.

–Não precisa se preocupar Ms.Hudson.

–John??? – Mary já esta impaciente.

–Discutimos!!! – John grita.

–O que? Como assim discutiram, mas vocês só tinham que conversar.

–Eu sei, eu sei, mas eu me descontrolei tá?!!

–John o que você fez?

–Nada, eu não fiz nada, fiquei a ponto de soca-lo, mas não o fiz.

–Graças a Deus que não, o que deu em você para querer bater no seu melhor amigo? Ou ele perdeu esse posto quando sem querer e sem saber atrapalhou nossa lua de mel? Pelo amor de Deus John! – Agora Mary está gritando, está chateada com a atitude infantil e egoísta do marido, a essa altura Ms.Hudson deixa o casal a sós – É só uma viagem compara aos anos de amizade que ligam vocês.

–Mas...

–Não me venha com pormenores, desde ontem você não para de reclamar e eu só quero ajudar Sherlock e Molly.

–Tem se preocupado de mais com ele não acha? E eu não gosto, eu que sou seu marido Mary.

–Que? O que você está insinuando John? – Mary não pode acreditar nisso – Ele é nosso amigo, pelo amor de Deus, o que houve? O que deu em você? John eu te amo, mas eu ainda tenho amigos assim como você, e um desses amigos é Sherlock. John aquele homem só confia em você, acabou de brigar com uma mulher que é louca de amor por ele, Ms.Hudson disse que ele passou as duas ultimas noites no sofá, ele deve estar confuso, e você ainda chega querendo bater nele. Porque ao invés de fazer insinuações sem pé nem cabeça você não deixa de ser egoísta em pensar só em si mesmo e vai falar com seu amigo, por que é isso que ele é, seu amigo.

John se manteve calado todo o tempo de cabeça baixa, Mary termina de falar e sai batendo a porta com força. Ela sobe às escadas a procura de Sherlock, que por coincidência já está na sala colocando o paletó.

–Oi- Mary está ofegante tentando de acalmar e logo se põe a ajuda-lo a abotoar o paletó– sempre tão elegante!

Sherlock sorri tranquilo, gostava da companhia e dos cuidados de Mary, era como uma terceira mãe. Mas percebeu seu estado alterado por mais que ela tentasse disfarçar e se acalmar.

–O que houve?

–Nada, nada, seu café está pronto, Ms. Hudson o trará em cinco minutos, prontinho, ficou lindo. – Mary tinha Sherlock como um cunhado, adorava cuidar dele.

–Eu ouvi. – Ele fala meio sem jeito, pelo sentimento de culpa.

–O que? – Ela se faz de desentendida.

–Mary me desculpa – Sherlock fala com toda a sinceridade e Mary fica surpresa pelo pedido de desculpas – Eu, eu não queria causar problemas entre vocês, acabaram de se casar e além de ter atrapalhado a lua de mel de vocês eu ainda os faço ter a primeira discussão, mas eu juro que estou falando serio, eu não queria tê-los feito voltar, nem queria ter irritado o John. – Sherlock baixa a cabeça – Desculpa.

–John... – Sherlock levanta a cabeça – John só está um pouco estressado logo-logo ele se acalma, é que ele ainda não aceita que tivemos que adiar a viajem, você não tem de se desculpar, ele que não compreende a situação, além do mais você não precisa se desculpar por ser esse canalha.

Sherlock a olha surpreso pelo comentário, mas os dois caem na risada.

–Principalmente com Molly não acha?

O sorriso de Sherlock se desfaz, não tem sido fácil encara essa situação com a Molly, quando Mary percebeu que ele ia falar algo Ms.Hudson entra com uma bandeja de café.

–Olá crianças! – Sherlock revira os olhos mais evita comentários apesar de não suportar quando Ms.Hudson se refere a ele como criança.

–Olá Ms.Hudson, esse café da manha parece estar delicioso.

–Obrigado! Me acompanha Mary?

–Ah não obrigada, estou um pouco enjoada, acho que andar de carro durante tanto tempo até voltar à cidade não me fez muito bem.

–Com licença! – Ms.Hudson se retira.

–Bom, não quero atrapalhar, vou descer e ver se John está mais calmo.

Quando Mary abre a porta dá de cara com o marido.

–Oi – John já está mais calmo e sem jeito por sua atitude – Olá Sherlock – Sherlock apenas sorri rapidamente.

–Oi! Está mais calmo? Eu estava indo atrás de você!

–Sim, e me desculpa pelos comentários e pela minha atitude, como você já disse, bem egoísta. Eu quero conversar com você mais não agora, primeiro eu quero falar com ele e me desculpar.

–Tudo bem – Mary da um selinho em John – Eu prefiro você assim! Com licença garotos e se comportem hem?!

–Não vou atrapalhar seu café, eu vou esperar aqui sentado- fala apontando para sua velha cadeira – Não tenha pressa.

.......


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da surpresinha,
Eu acho que pro Sherlock foi uma surpresa e tanto hem?!
Obrigada a quem leu e logo logo saberão no que deu essa conversa.
Bjs e até o próximo capítulo!
Ah e obrigada a quem comentou os capítulos anteriores :)
Valeu fofa *-*



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