Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 3
A Gota D'água


Notas iniciais do capítulo

Oi oi
Eu deveria ter postado esse capítulo ontem, mas acabei esquecendo
Vamos ver o que realmente Sherlock pensou.



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QUARTA 07:23 PM

Sherlock jantara mais cedo depois de um dia de investigações, não era a mesma coisa sem John, mas ele não deixara de ser Sherlock. Agora estava entretido com o violino, tocava a mesma melodia prepara para o casamento de John. Quando viu seu celular piscar de longe, uma nova mensagem.

>Como está? MH

–Se surpreendeu ao ver que era de Molly, não pensou que ela se comunicasse com ele ainda hoje depois da maneira como ele a tratou mais cedo.

>Opções< >Responder< >Bem, e você? Recuperada? SH

...........

>Recuperada?!! o.O MH

...........

>Das minhas grosserias, Ms.Hudson me repreendeu, a proposito, me desculpe. SH

...........

>Ah bom, entendo o pedido de desculpas. MH

...........

Sherlock estranha a resposta.

>Entende?! O que quer dizer? SH

...........

>Só me pediu desculpas porque Ms.Hudson te fez ver o patife que você é. `-´

~pensamentos~

S.H.

Patife?!! Mais o que?? Molly!!! Vejo que não me livrei de John por completo. Mais eu pedi desculpas, admito que já ouvi piores, mas logo ela me chamar de patife, assim, na maior.

S.H.

~pensamentos~

>Que? Não!! Na verdade ela me fez ver o idiota rude que fui com voc...

Chega uma nova mensagem, sem dar tempo de Sherlock responder a ultima.

>Não sou mais a idiota que si submetia a suas vontades, você sabe, o mundo inteiro sabe que eu amo você seu imbecil, que eu faria tudo por você, mas levar patadas todos os dias cansa, mas é claro que você não sabe disso não é?! Você nem mesmo se importa em como eu me sinto, em como eu fico cada vez que você me menospreza, nos conhecemos há tanto tempo que você nem mesmo percebe o quão grosseiro é...

>...Já é algo natural da sua rotina, é mero costume pisar em mim não é mesmo?! Eu tentei segurar toda essa mágoa que sinto de você, e eu até consegui por um tempo, e nesses dois últimos dias eu tentei bancar a garota forte e cruel, mas eu vi que nem mudando meu comportamento você deixou de ser o canalha que sempre foi, você sabia e sabe dos meus sentimentos, mas nunca se importou de machuca-los sempre um pouquinho mais, e se continuo indo aí é porque prometi a alguém. Boa noite Mr.Holmes. MH

Sherlock ficou sem reação, apenas ficou olhando para aquelas palavras de desabafo, um ponto final naquela situação pesada entre eles desde ontem, Molly havia explodido, sua paciência havia acabado, e nada mais importava a não ser jogar na cara tudo o que sofreu durante anos, Sherlock mais uma vez salvou automaticamente a mensagem que ia enviar e voltou a tocar seu violino, o ajudava a pensar.

De todas as coisas que havia lido, algo havia chamado sua atenção e permaneceu algumas horas na sua cabeça dando voltas e mais voltas: “você nem mesmo percebe o quão grosseiro é” “é algo natural da sua rotina, é mero costume”. Molly tinha razão, e Sherlock pôde ver o que tanto o incomodava no comportamento dela, e era o comportamento em si, havia mudado, muito. Não era como de costume, havia saído da rotina, Sherlock estava acostumado a sempre ver um sorriso conformado no rosto de Molly mesmo depois de machuca-la com suas palavras, no começo era como uma prova a qual era imposta todos os dias, ele queria ver se era realmente possível uma mulher se apaixonar por um sociopata como ele, mas a brincadeira foi longe de mais e Sherlock fez disso algo permanente e cada vez pior.

Parecia até brincadeira, mas a noite, assim como a anterior, pareceu uma eternidade, parecia algo planejado para que ambos, principalmente ele, refletisse sobre suas atitudes.

Longe dali, já eram quase oito da noite.

M.H.

Molly não queria mais chorar, seus olhos haviam voltado ao normal há poucas horas, mesmo que tenha segurado as lágrimas por 10 ou 15 minutos, o pouco tempo que as segurou foi com muito esforço. Mais quando o assunto é segurar o choro Hooper não é forte o suficiente, foi impossível, quando se deu conta do que tinha feito já era tarde e ao perceber que não teve resposta foi a gota d’água, aquilo foi para ela como uma confirmação de tudo que havia dito nas mensagens, e viu que mesmo depois de tudo Sherlock ainda podia machuca-la um pouco mais.

–Ai meu Deus, me ajude, me de forças – falava aos soluços sem conter as lágrimas – eu amo tanto aquele homem, mas ele é um idiota, uma verdadeira maquina incapaz de sentir qualquer coisa, me ajude a entender que não preciso dele, não preciso, não preciso não... Eu preciso. – Molly nunca chorou tanto assim, como nesses dois últimos dias e quando lembrava que ainda faltavam cinco dias para que John e Mary voltassem batia-lhe um desespero, pois sentia que não teria forças para enfrentar aquele homem todos os dias sabendo o quão canalha ele é.

Nesse instante seu celular toca, Molly sente seu coração acelerar a cada vibração, mas não era ele, era Mary. Hooper atendeu respirou fundo segurou ao máximo suas lagrimas e tentou o quanto pode controlar seus soluços, porém...

–Alô?

(Oooi Molly, eu to morrendo de saudades de conversar com você, como está hã?)

–Oi Mary – Molly tinha uma voz fraca, abafada, um tom deprimente – estou bem e voc..

(Não minta pra mim mocinha, o que houve, porque está chorando?)

–Ah você percebeu né?! Não é nada, não dê importância, mas me fala como estão?

Molly tenta disfarçar ao máximo.

(Não, não. Por favor, me diga o que houve, quer mesmo me deixar preocupada na minha lua de mel? Quer?)

Mary consegue arrancar um risinho meio apagado de Molly.

–É... É que... - Molly suspira como se tivesse sido derrotada – Tudo bem, mais cedo ou mais tarde John vai acabar sabendo por Sherlock...

(Sherlock? O que Sherlock tem haver com isso?)

John que estava ao seu lado fez um cara de desentendido, não sabia o que Sherlock teria haver com o choro de Molly, certo que ele às vezes a tratava com indiferença, mas nunca a faria chorar, ele não é louco de fazer algo à Molly.

–Nós meio que discutimos, na verdade, agente tem se enfrentado com diretas e indiretas nesses dois últimos dias em que fui visita-lo pra vocês, eu tentei dar uma de forte mas... – Molly se desfaz em lágrimas mais uma vez – Eu não aguentei e coloquei tudo que estava preso dentro de mim pra fora, estávamos teclando e ele até pediu desculpa por hoje cedo, mas não foi sincero eu sei que não, eu não sei até quando vou aguentar isso Mary, eu estou desabando.

(Oh querida, não quero que chore mais se isso te conforta coloque tudo pra fora, fico feliz que tenha conseguido falar tudo que estava engasgado na sua garganta, mas sinto tanto que tenha saído machucada disso, é melhor tomar algo para se acalmar e amanha acordará renovada, tente, e não precisa ir vê-lo novamente se não quiser.)

–Obrigada, é melhor eu desligar, quero dormir o quanto antes pra não ter que pensar nele nem em nada.

(Claro, e obrigada por confiar em mim, boa noite e até logo)

–Boa noite!

Molly desliga e resolve seguir o conselho da amiga, toma um banho come algo leve e toma uma calmante, em meia hora está dormindo tranquilamente.

M.H.

E assim se passou mais uma noite, Sherlock conseguiu dormir, mais ou menos, acordava a cada meia hora, tinha pesadelos, onde estava em um quarto tocando violino e tinha Molly logo ao lado deitada em uma cama sorrindo pra ele tudo era calmo e inspirador, do nada tudo fica escuro, Sherlock grita por Molly, chama e não tem resposta, quando tudo finalmente volta ao normal Molly já não está mais ali, e é sempre a mesma coisa, é como um disco arranhado cada vez que Sherlock fecha os olhos para voltar a dormir.


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Notas finais do capítulo

E assim termina mais um capítulo,
As coisas não estam faceis,
Nem mesmo escrever essa história,
Mas é o que está saindo e enquanto vier mais,
Mais capítulos terá..
Obrigada a quem leu e até o próximo!



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