Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 38
Baker Street. As Oito.


Notas iniciais do capítulo

Volteeeiii
Saudades?? kkkk
Estamos cada vez mais perto do fiiim



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Tres meses depois...

SEXTA-FEIRA 09:17AM

St. Bart’s

–Oh...

O beijo de Sherlock e Molly é atrapalhado.

–Me desculpem. – o visitante fala sem jeito.

Sherlock ao vê-lo fica surpreso, mas mantém uma reação indiferente enquanto Molly o olha deixando transparecer toda sua surpresa. A sala fica em silencio por um momento.

–Lestrade! – Molly fala suavemente e ainda surpresa enquanto Sherlock permanece calado – Você... Você sumiu e...

–Pois é, tirei minhas férias atrasadas.

Lestrade continua parado na entrada e Molly e Sherlock continuam próximos da bancada, Molly sem saber o que dizer e Sherlock calado olhando pra Lestrade.

~

Depois que Sherlock o surpreendeu beijando Molly Lestrade, que havia decidido esquecer Hooper, resolveu tirar alguns meses de férias longe de tudo e de todos e viajou sem se despedir ou avisar a alguém.

~

–Você não disse nada a ninguém e – Molly começa a falar aos poucos – eu fiquei preo... – ela olha pra Sherlock com receio, mas continua – preocupada.

Lestrade dá um meio sorriso rápido como forma de agradecimento, mas permanece no mesmo lugar.

–Bom – Lestrade fala tentando desviar o olhar fixo de Sherlock – É melhor eu ir – ele acena a cabeça levemente como despedida e quando ele ia saindo...

–Porque a pressa? – Sherlock enfim diz algo, tanto Lestrade como Molly ficam surpresos, Lestrade para e o olha.

–Só não quero atrapalhar. – Lestrade responde naturalmente.

–Há tempos que não conversamos – Sherlock fala.

Lestrade apenas concorda com a cabeça enquanto Molly olha pra um e pra outro.

–Você foi embora e me deixou com um caso não resolvido – Molly gela ao ouvir tais palavras e Lestrade apenas ouvi sem reagir ou responder.

–Quando poderia me dar mais detalhes? – Sherlock pergunta naturalmente – Amigo! – Ele fala com um tom de voz tão falso quanto o sorriso que ele dá.

–Sherlock! – Molly sussurra olhando pra ele

–Então? – ele pergunta.

–Quando quiser. – Lestrade responde depois de um suspiro.

Sherlock se vira para Molly e pergunta baixinho olhando pra ela.

–Se importa de não nos vermos hoje à noite?

Ela faz uma expressão meio triste e preocupada.

–Sherlock! – ela sussurra novamente.

–Só vamos conversar – Sherlock fala baixinho enquanto Lestrade espera de cabeça baixa.

–Acha que não te conheço – ela sussurra – quando quer sabe ser agressivo – ela fala em tom de repreensão – pode fazer dessa conversa uma guerra se quiser.

–Eu prometo que não.

Ela o olha como se fosse mentira.

–Juro que só vamos conversar, já que quer tanto que as coisas voltem a ser como antes creio que mereço no mínimo uma explicação.

Ela olha de lado para Lestrade e voltando a olhar para Sherlock ela concorda.

–Obrigado. – ele a beija suavemente e volta a olhar para Lestrade – Hoje à noite.

Lestrade levanta a cabeça e Molly continua de lado olhando para o outro lado.

–Onde?

–Baker Street. As oito.

–Claro – Lestrade espera que ele diga algo mais e sem resposta ele diz – Sendo assim, com licença.

–Lembre-se – Molly fala quando ele sai – Você me prometeu.

–Não vou fazer nada.

Ela simplesmente volta aos seus afazeres e ele fica para observando-a até que resolve falar.

–Gostava dos beijos dele? – ele pergunta de uma vez.

Ela olha pra ele no mesmo instante e fixa o olhar no dele por um momento.

–Sua sinceridade me assusta.

–Fala. Gostava?

–Sherlock para! – ela age como se a resposta fosse obvia.

–Nunca te perguntei isso. Só quero saber, é simples, só diga se sim ou não.

–E se a minha resposta não for o que você espera ouvir?

–É sim?!

Ela revira os olhos como se estivesse se divertindo com a situação e dá um leve sorriso.

–Pra mim não há beijo ruim...

–Tá me enrolando... – ele fala encarando-a com o olhar que ela adora.

Ela ri quando ele fala isso.

–Não estou não, o que quero dizer é que beijo é sempre bom, a diferença é que uns são muito melhores que outros, principalmente quando esses “uns” têm amor.

–Foi o melhor que conseguiu pensar? – ele brinca.

–Sheeerloock! – ela faz jeito de mimada.

Ele sorri e a beija.

07:56PM

Sherlock abre aporta com uma expressão não muito receptiva.

–Sente-se – Lestrade senta no sofá – Quer algo para beber?

–Não, obrigado. – Lestrade responde.

–Vinho? – Sherlock insiste.

–Não.

–Tequila?

–Não.

–Martine?

–Não. – Greg começa a estranhar.

–Refrigerante?

–Não.

–Suco?

–Não.

–Chá?

–Não!

–Água?! – Sherlock pergunta esgotando suas ideias do que oferecer.

–Não, não quero nada, não se incomode.

–Ótimo porque só tenho a água.

Lestrade baixa a cabeça por um momento para não soltar o riso que quer sair.

–Estou ouvindo! – Sherlock fala se sentando na sua poltrona.

–Oi? – Lestrade fala confuso.

–Estou ouvindo, pode começar a falar quando quiser.

–Ah! – Greg fica calado e pensativo por um momento, mas logo começa a falar – Creio que começar com um “eu sinto muito” não vai adiantar.

–Não mesmo.

–É! – ele concorda e volta a falar – Não vou mentir.

–Isso é bom!

–Pois é... Eu gosto... Quero dizer gostei da Molly por certo tempo, e esse sentimento surgiu alguns meses antes de vocês iniciarem um relacionamento. Talvez se lembre do dia em que me deu a noticia.

–Claro, como esquecer sua cara de idiota, ah digo... De surpreso.

Lestrade suspira e continua falando sem dar importância ao comentário.

–Bem... Aquilo foi como um baque pra mim e confesso que fiquei aturdido por dentro, tanto que depois conversei com a Molly.

A expressão de calma no rosto de Sherlock permanece a mesma, porém seus olhos entregam a surpresa que teve ao ouvir que eles haviam conversado, sempre pareceu algo obvio, mas já que Molly nunca havia comentado nada ele decidiu deixar isso de lado.

–Ela não falou nada? – Greg pergunta percebendo a reação de estranheza dele.

–Não.

–Acho melhor não esconder mais nada, quero deixar claro que o que passou definitivamente permanece no passado, só a vejo como amiga.

–Então me fale o que eu ainda não sei.

–Conversamos algumas vezes. Tentei fazer a cabeça dela contra você e cheguei a pensar que por pequenos momentos eu a deixei em dúvida sobre a seriedade do relacionamento de vocês.

–... – Sherlock apenas continua ouvindo.

–Admito que se não fosse o flagra de John eu talvez não a tivesse deixado em paz.

–...

–Imagino que tenha sido ele quem te contou.

–Não.

–Não? – Lestrade não acredita.

–Eu tinha acabado de chegar e Janine me contou.

–Janine?

–... – ele apenas confirma com a cabeça - Completando o que eu dizia, ver você parado na porta me fez ver o quão cretino eu estava sendo em trair a confiança de um am... – ele tenta disfarçar e volta a falar – e por ser o culpado de estragar a felicidade dela.

–Mais não veio falar comigo. Por quê?

–É! Eu decide ir embora naquele mesmo dia, eu sabia que se fosse falar com você eu perderia o meu tempo e ainda seria falso, porque mesmo que eu chegasse pra você e disse que já não gostava dela e que a deixaria em paz eu estaria mentindo porque naquele momento eu ainda sentia um enorme carinho e atração por ela.

–...

–E acredite a viajem me serviu para por a cabeça no lugar e rever os meus conceitos, desde o momento em que eu pus os pés no aeroporto para ir embora eu sabia que cedo ou tarde nos veríamos e colocaríamos todas as cartas sobre a mesa. O momento é esse e sinceramente eu te peço... – ele hesita por um breve momento como se tomasse firmeza nas palavras – eu te peço perdão pela a atitude que tive com você e por ter quebrado a confiança que tinha em mim.

–Três meses se passaram e também vou ser sincero com você a única imagem que me vem a cabeça quando te vejo é você beijando a Molly. A minha garota.

–Sua garota... – Lestrade fala como para confirmar para si mesmo que Sherlock realmente falou isso – Tô vendo que esse tempo todo não foi bom só pra mim – ele percebe que Sherlock está perdido em meios as palavras – Você finalmente percebeu que a ama.

–... – todo o corpo de Sherlock expressa a surpresa ao ouvir isso.

–Você sente ciúmes, você se importa e se incomoda quando algum cara se aproxima e invade o seu território. Você sempre gostou dela Sherlock. Eu que fui cego e não percebi isso.

–...

–Já disse isso a ela?

Sherlock o olha como se pensasse na resposta.

–Já disse a ela que a ama? Que ela é importante pra você? Que sente ciúmes?

–Não quero guardar remorso – Sherlock começa a falar – Não quero tratar como um estranho alguém que já teve importância pra mim, mas o que você fez me acertou em cheio por tanto não pense que vou esquecer isso da noite para o dia, ter você de volta vai me servir como prova se você realmente mudou seus sentimentos em relação a ela.

–Disso tenha a certeza.

–Sinto que ainda há salvação para a nossa amizade.

–Vou fazer até o impossível para reacender das cinzas a confiança que você perdeu em mim.

–Foi bom esclarecer as coisas com você Greg! – Sherlock se levanta e estende a mão.

Lestrade sorri feliz por ele ter dito o seu nome corretamente e responde ao aperto de mão.

–Pense bem – Lestrade fala já do lado de fora segurando a maçaneta da porta e Sherlock se vira para ele – Fale com ela, ainda hoje se possível.

–São nove da noite.

–As melhores coisas acontecem nos momentos mais inusitados, ligue ou vá até lá, surpreenda-a e mostre a ela o quanto ela é importante – Sherlock o olha e o ouvi atentamente – O menor detalhe faz a maior diferença – Lestrade levanta a mão que Sherlock apertou e a fecha com força mostrando que o fato de Sherlock o ter estendido a mão foi importante pra ele. – Até! – ele sorri e quando ia fechar a porta.

–Greg! – Sherlock o chama e ele para, para ouvi-lo – Obrigado! – Lestrade balança a cabeça positivamente e sai.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam??
Fui boazinha de mais com o Lestrade??
Obrigada a quem leu e até!!



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