Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 35
Tem Que Acabar Com Isso


Notas iniciais do capítulo

Volteeei!
Saudades?
Da fic eu sei kkk
Vamos lá!
Obs: Se tiver alguns erros de digitação é que eu digito uma coisa e o programa meio que troca a palavra. Sorry*



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QUARTA-FEIRA 07:16PM

–Olá! – a loira fala sorridente ao ser recebida por Molly.

–Mary! – Molly se surpreende ao ver que é ela – Não imaginei que fosse você até porque geralmente você me liga.

–Pois é, mas aqueles dois se mandaram e nos deixaram aqui, fazer o que né?! Pensei que poderíamos curtir o momento juntas.

–Claro! Entra. E como vai essa menininha hem?! Chutando muito? – Molly pergunta – Já está de seis meses não é?

–É. E sim de vez em quando ela da um oi, é tão leve, mas tão incrível sabe. – Mary expressa um enorme carinho ao falar da pequena que está por vir.

–E já pensaram no nome que vão dar à pequena? – Molly está curiosa.

–Já. – Mary fala sorrindo e fazendo suspense.

–Ai fala! Você vai me matar de curiosidade assim.

Mary ri, mas logo responde.

–Sophie.

–Sophie Watson. – Molly fala como se anunciasse o vencedor do Oscar – Adorei, perfeito, sempre achei esse nome lindo, sei lá pra mim é sinônimo de delicadeza, essa foi sempre a impressão que tive desse nome.

–Foi exatamente no que pensei delicadeza, nome de princesa que é o que minha filha será.

–Oh – Molly concorda – Com uma madrinha como eu não irá faltar babação e mimos, acredite.

–E com um pai feito John fecha o pacote.

Ambas caímos na risada.

–Às vezes fico imaginando como Sherlock agiria diante de uma criança - Molly comenta pensativa enquanto Mary a observa – Sei lá, como ele reagiria a uma criança próxima a ele familiarmente sabe?! Como Sophie, por exemplo, afinal ele é o padrinho.

–Ás vezes John se faz uma pergunta parecida: Qual será o nível de aproximação entre eles? – Mary comenta.

–O que você acha Mary? –

–Não sei – ela responde com toda sinceridade e tranquilidade – Não sei – ela sorri de repente.

–O que foi? – Molly pergunta se referindo ao sorriso no rosto dela.

–Sherlock ás vezes me surpreende com a frieza e arrogância dele, mas... – ela fica pensativa – Não sei, ele não me convence nesse papel de indiferença, ás vezes ele parece uma máquina insensível a tudo.

–Eu que o diga! – Molly fala.

–Mas... Ah sei lá Molly, só sinto que... Que esse não é o real Sherlock, sinto que por dentro existe alguém que tem medo de sair, medo de ser só mais um em mundo onde só mais um não faz diferença.

–Então não sou a única que vê nele além do que ele mostra.

–Ás vezes eu acho que estou errada, que pensar isso é algo ridículo, mas quando estou com ele sinto isso e gosto de sentir isso porque assim o sinto mais humano sabe?!

–Te entendo muito bem.

–É por isso que não sei como ele agiria de ante de uma criança tão próxima a ele. Mas algo me diz que ele seria super protetor.

–Afinal é a filha do melhor amigo dele e algo me diz que não há nada que Sherlock não faça para fazer você e John felizes. Ele gosta de vocês Mary.

–E porque esse tom melancólico Hooperlly?

–Ah – ela tenta disfarçar com um risinho discreto – Só digo a verdade.

–Se ele gosta de mim e de John acredito que seja porque nós nos aproximamos dele, principalmente John, sem julga-lo pelas aparências, mas sim por quem ele é e é isso que você faz e olha só o resultado.

–É... – Molly responde meio triste e pensativa

–Qual o problema?

–Tenho medo de por tudo a perder Mary.

–Que? – ela não entende – Por quê?

–Promete que isso vai ficar aqui?

–Mas Molly...

–Promete. Mary prometa. Por favor. Sim?

–Tá. Tudo bem. Eu prometo eu juro se quiser.

–Ótimo. Obrigada.

–Então?

–Lestrade... – Molly fala com um desespero abafado pela preocupação em sua voz.

–Continua dando bola para o que ele fala? – Mary pergunta – Molly! – a repreende.

–Pior Mary, pior... Muito pior.

–E o que pode ser pior?

–Um beijo – Molly fala temerosa.

–O que? – Mary arregala os olhos e fica com a boca meio aberta sem acreditar – Ma... Ma... Mas é... Molly... É que... Como??? – Mary faz caras e bocas sem conseguir processar o que Molly quer dizer –Beijo?!... Não... é.... Molly? – Mary demonstra a confusão que está em sua cabeça – Um beijo?

–Ele me beijou me beijou Mary.

–Molly!!! – Mary a repreende, mas sem gritos ou grosserias.

–Eu tentei, tentei Mary... – Molly demonstra todo o seu desespero no olhar – Mas não deu, não pude evitar, ele me beijou de repente, de surpresa, eu... Eu...

–Você deixou?

–Foi de surpresa! – ela tenta se justificar.

–Tá mais e depois da surpresa? E aí? Não o empurrou? Gritou? Sei lá qualquer coisa. – Mary já demonstra um incomodo.

–Sim, mas ele veio pra cima de mim de novo e me beijou, o que queria que eu fizesse?

–Impedisse, saísse e o deixasse sozinho, gritasse, ou desse uma tapa se fosse preciso. – Mary começa a alterara a voz mais logo se acalma.

–E o pior é que não o tiro da minha cabeça, dos meus pensamentos, a droga desse beijo não me sai da lembrança Mary. O que eu faço?

Mary demonstra estar sem solução, sem saída e da de ombros.

–Não sei! Não sei Molly, não sei.

–Sherlock não pode saber disso, não pode.

–Quando foi isso?

–Hoje cedo no trabalho.

–Sherlock não desconfia?

–Ele chegou minutos depois e me viu nervosa, mas acredito que não desconfie, dei uma desculpa qualquer sobre Janine.

–Ótimo. – Mary logo fica em silencio pensativa olhando pra um lugar qualquer no apartamento.

–Mary? – Molly a chama percebendo o jeito dela – Mary não se esqueça que prometeu – Mary olha pra ela de repente permanecendo em silencio – Isso fica aqui e ninguém, ninguém, muitos menos Sherlock, vai saber disso nem mesmo John.

–Não se preocupe, não vou esquecer – Molly a sentiu um pouco distante.

–Ficou chateada com o que te contei? – Molly decide perguntar.

–Quer a verdade?

–Claro.

–Um pouco. Não sei se Sherlock entenderia isso de traição em relacionamento, talvez, não sei, talvez seja estupidez da minha parte pensar que ele não tenha uma noção básica disso, mas... É o Sherlock não é?! Não sei o que ele pensaria a respeito, mas... Isso é errado Molly, isso é muito errado.

–Eu sei. Sei disso, mas não foi minha culpa, eu não disse que gostei ou apoiei a atitude dele só não pude me soltar dos braços dele a tempo Mary. Entenda.

–Não – Mary tenta se sair – Me desculpe se não te compreendo no momento é que... Tente me entender também, não posso ficar tranquila nem tampouco te apoiar e te fiz uma promessa a qual vou cumprir.

–Obrigada.

–Que ele nunca saiba disso Molly, por que se souber e souber que eu não o contei aí sim vai tudo por água abaixo.

–O que faço Mary? Como faço para Lestrade me deixar em paz.

–Dê um basta. Chega Molly. Chega. Dê o seu jeito. Porque você demorou a ter o que queria e agora que ele finalmente está se adaptando a você não o perca. A não ser...

–O que?

–Que goste do Lestrade.

–O que???

–Isso mesmo. Tem certeza que esse beijou não mexeu com você?

–Mary como pode pensar que...

–Ainda que improvável, se você esquecer Sherlock por um momento, isso pode ser possível – Molly apenas a olha sem dizer nada – Aprendi isso com uma grande pessoa. Por que não tenta por em prática?

–Mary eu amo o Sherlock, o Lestrade é apenas um...

–Amigo? Colega? Carinha qualquer?

–Mary...

– Molly ele é o cara te beijou. Ele é a sua aventura. O seu passa tempo divertido. Não vai se livrar dele tão fácil.

–Que?

–Olha... Eu estou falando de mulher pra mulher. O cara te cerca, fica rondando, te observando, e agora até te beija. Por mais que se goste de alguém, a carne é fraca e os pensamentos às vezes tem vontade própria, quanto mais você tentar esquecer mais difícil vai ser tirar isso da sua cabeça. Tem que falar com ele. Tem que acabar com isso ou no fim...

–Ou no fim o que?

–Ou vai ter um fim.

–Não quero perder o Sherlock.

–E pelo jeito nem a Lestrade.

–Mary!

–São quatro meses Molly, quatro meses que ele fica dando em cima de você e você guarda isso pra si mesma.

–Eu conto pra você.

–Mas eu não posso resolver isso, devia falar ao Sherlock.

–Não!

–Por que não?

–Eles são amigos Mary e não quero acabar com essa amizade.

–Duas pessoas não são amigas se apenas uma age como tal, Lestrade está procurando por isso e vai ter.

–Mary você prometeu...

–Mas não sou eu quem vai abrir os olhos de Sherlock.

–Então...

–Então de duas uma: Ou você conta ou ele vai descobrir por si só – Mary baixa a cabeça sem saber o que fazer – Acredite se você não contar e não der um basta isso vai passar dos limites e quando ele descobrir não vai ter volta, não vai ter jeito e não vai ter perdão.

–Mary...

–É o que penso e você sabe que é o mais provável então acabe logo com isso, por favor, não quero o mal de vocês, estão tão felizes.

–...

–Não é que eu não goste de Lestrade, mas assim não dá Molly, você tem que escolher e se sua escolha não for o Sherlock não fique fazendo rodeios porque vai ser pior.

–Tá bom.

–É melhor eu ir.

–Tudo bem.

Mary se levanta e dá um beijo no rosto de Molly.

–Pense com calma.

–Claro.

–Até amanhã, pois espero você e Sherlock para um jantar lá em casa, não se esqueça.

–Ok!

–Tchau.

–Tchau.

Molly fecha a porta, até que o clima entre elas não ficou tão pesado logo estarão de bem novamente. Molly vai para o quarto, pois está sem fome e quer dormir e se esquecer de tudo isso por um momento.


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Notas finais do capítulo

E aíí?? Gostaram?
Até logo crianças!
Obrigada a quem leu XD



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