Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 27
Qual o Problema Com Você?


Notas iniciais do capítulo

Finalmente dei as caras de novo.
Por favor, não pensem que eu vou abandonar a história
É que foi definitivamente impossível postar algum capítulo nessa semana
Semana de provas e já viu né.
Mas enfim eu voltei, e espero poder postar outro capítulo hoje ou amanha
Realmente espero, então vamos ler!



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AINDA QUARTA FEIRA

01:26PM

–Mais já? – ela pergunta com voz triste.

–Como já?! – ele responde com outra pergunta num tom de brincadeira e deixando sua voz suave ele continua – tenho que ir querida – ele se aproxima e beija e ela – já são uma e meia, eu deveria estar no trabalho as uma.

–Que pena! – ela se conforma – já que é assim, vou ficar esperando na companhia de Agatha Christie você voltar pra casa.

–Ok, tenham uma ótima tarde, até – ele brinca e quando já estava saindo ela o chama – O que foi? – ele pergunta.

–Já sabe algo do Sherlock?

–Não! – ele responde simplesmente.

–E nem vai atrás dele?

–Não e nem você. – ele responde meio chateado.

–John!! – ela fala com voz penosa.

–Não Mary, ele sumiu porque quis, sem avisar a ninguém nem mesmo a Molly, quando ele sentir nossa falta ele liga e diz alguma coisa. Agora eu vou trabalhar e você não deixe a Agatha esperando.

–Tudo bem – ela responde depois de um suspiro – Até mais tarde então.

Depois de fazer algumas coisas rápidas na casa, ela pega o livro e vai para a sala lê-lo na mais santa paz e no mais infinito silencio.

Enquanto isso no St. Bart’s

–Molly! – ele grita a um metro de distancia dela a pós entrar na sala silenciosamente.

–Ah! – ela se assusta e fala enquanto se vira recuperando a tranquilidade – Você quer me matar seu i... – ela para de falar já de frente – Lestrade!

–Desculpe, não resiste. Então... O namoro vai bem? – ele pergunta com cinismo e uma ponta de sarcasmo no canto do seu sorriso.

Ela suspira, ainda sem dar nenhum sorriso, e se lembra das ultimas situações em que se encontrou com Sherlock.

–Sim! – ela responde segura, pois sabe que tudo o que ele quer é ouvir reclamações – obrigada por perguntar. – ela usa do mesmo cinismo e sarcasmo ao responde e sorrir.

–E como está Sherlock? Por onde andou o nosso aventureiro esses dias que não o vi?

Molly não sabe o que dizer, não tivera tempo de pergunta a Sherlock onde diabos ele havia se metido, e mesmo assim, ela não diria a Lestrade que ele havia se drogado.

–No interior, por coincidência tinha um caso para resolver próximo a residência dos pais dele. Acabou ficando lá por esses dias. – foi tudo o que ela conseguiu pensar no momento, convincente ou não, tinha que calar a boca dele quanto a isso.

–Por um momento juro que pensei que ia me dizer que ele se drogou, de novo. – ele percebeu que isso a incomodou – bom, é que sei do probleminha que ele tem, mas não trato desse assunto abertamente é claro.

–Que bom, fico grata.

–Mas e você?

–O que tem eu? – ela se vira para a bancada e continua o que estava fazendo.

Ele se aproxima dela e fica bem perto atrás dela, podendo sentir o perfume doce, nesse momento ela o sente perto e sua respiração acelera apesar dela tentar controla-la.

–Está gostando de ser a namorada de Sherlock Holmes? – ele fica parado ainda atrás dela e com as mãos nos bolsos do casaco.

–O que quer aqui Lestrade? Para que veio? Para me infernizar e atormentar minha vida? – ela pergunta chateada.

–Qual o problema com você? Só estou fazendo uma pergunta simples? O que? Brigou com seu namorado? – ele pergunta irônico.

–Qual o problema com você? – ela se vira de repente encarando-o com os rostos próximos um do outro – Já conversamos e você já deixou bem claro que é contra esse namoro e eu que não me importo com o que você pensa. Então me deixa em paz quanto a isso, por favor.

–Quer que eu saia?

–.... – ela apenas o olha por um momento e se vira – Quero trabalhar.

–Por que não pensa no que eu te falei Molly? – a voz dele agora está calma – Porque não encara a realidade como ela é?

–A minha realidade é bonita, é a dois, é cheia de amor e mimos, minha realidade é o que estou vivendo com ele, e acredite, ele faz dela um sonho.

–Um sonho bom de mais – a maneira como ele fala a faz sentir um aperto no coração e uma vontade estranha de chorar – Um sonho do qual você pode acordar a qualquer momento e chorar – ele percebe que a face dela começa a entristecer – chorar por ter sido apenas um maravilhoso sonho.

Quando ele já estava saindo da sala ela o faz uma pergunta.

–Por quê? – ele para sem se virar – Porque faz isso comigo? Porque me diz essas coisas se sabe que isso me machuca e me faz sofrer?

Ele fica parado por um momento e depois se vira lentamente e a olha nos olhos.

–Eu digo o que penso, mas o que te machuca e te faz sofrer são as palavras por si só, talvez porque elas te dizem alguma verdade. – ele sai e fecha a porta.

Ele sai e ela fica parada ainda olhando para a porta e pensando, alguns segundos depois ela sussurra.

–Talvez. – uma única lágrima cai e ela logo a enxuga e volta a trabalhar.

A tarde passou devagar, Molly estava quase ficando louca enfurnada naquela sala toda a tarde enquanto trabalhava, as veze errando por falta de atenção, já que ficara relembrando tudo o que aconteceu, a conversa com Sherlock, a descoberta de Janine, a visita devastadora de Lestrade, o dia não podia ter sido pior. Ela já estava estressada desde o domingo a noite, e tudo só estava piorando, a única coisa que ela queria era chegar em casa e ficar horas na banheira.

5:34PM

–Paciência Molly, paciência. – ele repete baixinho para ela mesma. – só mais trinta e intermináveis seis minutos e poderei ir para casa enfim. Me livrar desse ar contaminado com oxigênio de vadia.

–Olá amiguinha.

–Falando no diabo... – Molly deixa bem claro o seu incomodo.

–Pois é, bastou eu falar e me mandaram falar com ele, eu disse que não queria te ver, mas...

–Fala logo o que você quer. – Molly fala já irritada.

–Ligação pra você na recepção. – Janine fala e fica parado olhando pra ela.

–Já ouvi, o que ainda faz aqui? – Molly pergunta ainda impaciente.

–Não vai me agradecer? – ela pergunta toda inocente.

–Pelo seu trabalho? Era só o que me faltava te agradecer por alguma coisa. – ela sai da sala e vai atender ao telefone. Janine a segue para voltar ao seu posto.

–Alô? (-------------)

–Mary! Como vai? (-----------)

–Deu pra notar foi? Pois é eu não to muito bem mesmo. (----------)

–Não sei, acho que esse ar do meu trabalho esta poluído. Tem um fedor exalando da recepção. – Molly fala olhando para Janine com um sorriso – (------------)

–Ah não sei bem de onde é o cheiro, vai ver é da cadela que trouxeram para cá, não sei quem, mais ela é feia e fede. (------------)

Janine a está fuzilando com os olhos e está cheia de ódio da Molly nesse momento.

–Hoje não vai dar não, não to me sentindo muito bem, esse fedor tá me afetando muito, to meio mal sabe, mas amanha, amanha agente se fala. (-----------)

–Então tchau (----------) O que foi? (-------------)

–Ah, ele apareceu sim, eu falei com ele, não esclareci muita coisa ainda não, mas eu falei com ele, ele voltou ontem. (------------)

–Ah, então quer dizer que o John foi atrás dele ontem bem cedinho. Mas ele só chegou ao flat depois que você foi embora. (-----------)

–Pois é, amanha agente se vê então, preciso desligar, porque não to mais aguentando esse incomodo, tchau. (--------)

Molly desliga o telefone.

–Cadela é você! – Janine grita extravasando sua raiva.

–Fale o que quiser, o que vem de baixo, não consegue chegar tão alto pra me atingir – Molly se retira mais ainda fala de longe – é melhor tomar um banho querida.

Faltam apenas 14 minutos para as seis, Molly ajeita algumas coisas na sala, lava as mãos, tira o jaleco, ajeita o cabelo, retoca uma leve maquiagem, ajeita a roupa no corpo de modo a ficar confortável, pega a bolsa e vai embora num taxi.

6:12PM

–Ah! Finalmente em casa – ela fala enquanto sobe no elevador.

O elevador chega ao terceiro andar e ao virar o corredor ela tem uma surpresa e para ainda na curva meio escondida.

~pensamentos~

M.H.

–Sherlock! Mas o que ele faz aqui? E porque o porteiro não me disse nada? To vendo que a noite vai ser longa e muita coisa vai ser dita e repensada. Jesus me ajude! Por favor, me ajude a compreende-lo e não joga-lo pela janela.

M.H.

~pensamentos~

Ele está sentado no chão escorado na parede ao lado da porta no apartamento dela, com as pernas dobradas e o rosto abaixado sobre os joelhos, e está com as mãos abraçando as pernas. Ela anda lentamente até ele e o cumprimenta enquanto se senta enfrente a ele escorada na outra parede.

–Oi! – apesar da raiva que ele ainda sente ela está calma e intimamente feliz por ele esta aqui.

Ele levanta a cabeça de repente e vê encontra sentada de frente pra ele o observando.

–O que faz aqui sozinho? – ela pergunta com uma voz doce.

–Te esperando. – ele responde igualmente – eu disse que precisamos conversar e não vou embora enquanto você não falar comigo.

–Passou pela sua cabeça que eu posso não querer falar com você?

–Essa é a única certeza que tenho desde ontem quando voltei para casa.

–Por que fez isso Sherlock? – ela pergunta com voz penosa.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Espero que tenham gostado
E esperem para ver a resposta dele.
Obrigada a quem leu e até o próximo cap crianças.



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