Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 26
Como Vai Meu Detetive Preferido?


Notas iniciais do capítulo

Voltei matando as minhas saudades :)
Nada melhor do que voltar e voltar com tudo
Por isso, aqui estou com um capítulo novinho para vocês meus amores!
Espero que gostem e estejam curtindo o fim do Hiatus a que fomos submetidos
Vamos ao que interessa e matar as saudades de Dias Difíceis



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–Sherlock. – Ms. H. responde um pouco receosa.

–O que foi? – Molly pergunta.

–É melhor subir querida.

Molly estranhou o jeito de Ms.Hudson e resolveu ir vê-lo.

–Tá, tudo bem. – ela responde se levantando – até mais!- ela beija Ms.Hudson no rosto e sai – obrigada pelos deliciosos biscoitos.

Já em frente à porta do flat dele ela o chama

–Entra. – ele responde com voz cansada.

Quando ela abre a porta o vê jogado em cima do sofá de olhos fechados, uma das mãos sobre a barriga e a outra solta ao lado do sofá com os dedos tocando o chão, quanto as pernas, uma esticada sobre o braço do sofá e a outra acompanhando o estilo do braço solto. Definitivamente aquela imagem preocupou Molly.

–Sherlock o que você tem? – ela ainda está em pé perto da porta já fechada.

–Nada! – ele se quer abre os olhos para olha-la.

–Nada?! – ela começa a mudar de humor, e começa de leve.

–...

–Como nada? – aos poucos os ânimos começam a se agitar – se não fosse nada – ela da ênfase na palavra – você não teria sumido durante dois dias. Se não fosse nada você teria atendido as minhas ligações ou pelo menos respondido as minhas mensagens. Se não fosse nada Sherlock, você teria se dado ao trabalho de dizer a sua namorada aonde você diabos se meteu – ela já está irritada, enquanto ele cobre o rosto com uma almofada - a mesma namorada que ficou preocupada e imaginando mil e uma desgraças que poderiam ter acontecido com você.

–...

–E quando você finalmente da às caras, você se quer pensa em me ligar, mandar mensagem, mandar recado, carta, bilhete, sinal de fumaça, o que for droga! – ela está realmente com raiva – e aí eu chego aqui e vejo a cena inacreditável e ao mesmo tempo tão previsível de um corpo cheio de vida, porém de um idiota que injeta dentro do seu próprio sangue tudo quanto é tipo de droga.

–Nada que eu já não tenha ouvido. – é tudo o que ele diz sem significativos movimentos.

–Se quer ouvir algo que nunca te disseram antes em uma de suas recaídas eu falo.

Ele não se mexe e ela se aproxima chegando bem perto do rosto dele.

–Mas você vai olhar pra mim. – ela fala controlando a raiva e tirando a almofada do rosto dele – olha pra mim! – ela pedi com sua voz branda e ele olha com descaso – Com todos os seus defeitos e suas falhas, você não consegue me magoar tanto como quando te vejo assim. – ver ele assim realmente a machuca, ela passa a mão no rosto dele – Não foi por um drogado que eu me apaixonei – uma lágrima cai contra a vontade dela enquanto ele apenas a encara calado – foi por um... – a voz começa a embargar – um cara legal e... E que não precisa de drogas pra sobreviver... – ela fecha os olhos para tentar se controlar e firmar sua fala – ah, quer saber, é melhor... É me... – ela não aguenta mais ficar ali – tchau. – ela se levanta e sai.

~pensamentos~

M.H.

– Como ele pôde? Como pôde fazer isso? -

Molly se pergunta enquanto desce as escadas

–Não! Ele não podia ter feito isso com ele. Ele não podia ter feito isso comigo.

M.H.

~pensamentos~

–Ah! – ela solta um grito, quase um rangido, enquanto abre a porta para sair e enxuga uma ultima lágrima.

QUARTA-FEIRA 12:34PM

–Na, na, na, na... naaa, naa, na... – é o que Molly está balbuciando ao ritmo da música que está escutando enquanto almoça no refeitório do hospital – na, na, na, naaaa, na, na... Ah! – ela se assusta ao sentir duas mãos tocarem suavemente em seus dois ombros bem próximo ao pescoço fazendo-a ter calafrios, e logo se vira para olhar quem é já tirando os fones de ouvido. – Você?! – a voz está calma, porém expressa surpresa.

–Oi. – ele fala calmamente e sem dar tempo a ela de perceber qualquer movimento brusco ele a beija de leve, quase um selinho, e depois se senta ao lado dela.

–Não se importa com a plateia? – ela pergunta enquanto observa seu prato colorido de verduras e se referindo ao beijo em um lugar “público” como este.

–Por que isso agora? – ele pergunta meio confuso – Não é a primeira vez que faço isso. – ele fala mais ao mesmo tempo se pergunta por dentro qual a veracidade dessa frase.

–Sim é! – ela responde sem olha-lo.

–Tá, tudo bem, me desculpe então! – ela podia jurar que ele está sendo irônico, mas não está – se não o fiz antes foi porque não tive oportunidade.

–Ah! – ela “range” de novo como se estivesse entediada.

–O que foi? Estou sendo sincero. – ele não entende.

–Eu estou chateada Sherlock, tudo é qualquer desculpa o suficiente para implicar com você. – ela afasta o prato e fica com cara emburrada.

–Desculpa! – é a única coisa que ele pensa que pode dar certo.

–Desculpa? – ela se irrita e grita, mas percebe que um número considerável de pessoas olha pra ela agora e diminui o tom de voz, mas permanece com a raiva – desculpa é tudo o que tem pra mi dizer? E nem é por ontem.

–O que quer que eu faça? Não sei o que dizer!

–Me dizer onde esteve de domingo até segunda, pelo menos, já seria um bom começo.

–Pelo menos? Como pelo menos? – ele se altera, mas nem tanto, para não chamar atenção, apenas segue a linha de conversa dela.

–Você some, não da noticias, não avisa que voltou na terça, e consegue se drogar em quase três horas apenas, depois não da á mínima importância pro que eu falo, sendo que eu estava apenas preocupada, e só hoje, hoje, na quarta feira você me aparece e ainda como se nada tivesse acontecido e é com isso que vai se importar? Com a minha escolha de palavras?! – ela se levanta irritada – Ah, pelo amor de Deus Sherlock!

–Molly! – ele tenta chama-la sem precisar gritar, mas ela apenas continua andando – Molly espera! – ele sai andando atrás dela e consegue entrar no mesmo elevador, onde agora há apenas os dois.

–Eu assumo que fiz tudo isso e peço desculpas, perdão, misericórdia, compaixão..

–Para de gracinha Sherlock – ela o olha rápido e volta para sua posição de indiferença, de frente para a porta do elevador e de lado pra ele, apoiando o peso do corpo mais sobre a perna direita e com os braços cruzados.

–Tá, mas eu discordo de uma coisa.

–Ah é? Do que? – ela pergunta sem se quer olha-lo e fazendo descaso.

–Não adianta negar que me droguei, eu confesso, mas não foi em três horas, na verdade... – ele hesita, por um momento chega a pensar que foi um erro faze-la desacreditar disso.

–Na verdade o que? – ela pergunta direta e segura olhando pra ele agora – Fala! Continua vai... – ela fala meio que desafiando.

–Foi no fim de semana, no domingo, seguido da segunda e na terça foi quando voltei pra casa e o resto você já sabe.

–Ainda tem a audácia de mentir pra mim depois de tudo? – ela se espanta – Ah! Mais é muita cara de pau mesmo.

–Que? – agora o espantado é ele – Sobre o que eu menti?

–Você não voltou pra casa naquela hora em que eu apareci no flat, não pode ter voltado.

–Como não? – agora ele está confuso – Como pode me desmentir quanto à hora que voltei pra casa? Eu acho que sei a hora que voltei. Eu estava drogado, mas sei perfeitamente que voltei pra casa naquela hora.

–Ms.Hudson disse que te viu sair cedo sem dizer para onde ia.

–Ela bebeu ou o que? – ele realmente fala sério e ela percebe isso.

–Ela disse Sherlock! Porque mentiria?

–E eu é que sei? Alguma coisa ela viu, disso não duvido, do que duvido, é que tenha sido eu.

–Tá, tá. Esquece isso, até porque não muda em nada o fato de que você se drogou, pior, durante dois dias e sabe Deus onde.

–O que tenho que fazer pra que me perdoe por isso? Sinto muito que isso te incomode tanto.

–Dói, Sherlock, machuca, magoa. É terrível te ver daquele jeito. Ah e eu espero, realmente espero, que já esteja limpo, e muito bem limpo.

–Por isso não falei com você ontem, não queria que me visse daquele jeito de novo, acho que isso satisfaz o seu “pelo menos”.

–Ótimo! – ela fala seca e direta já saindo do elevado e indo em direção ao corredor que dá para sua sala, passando antes pela recepção.

–Molly espera! – ele pedi andando rápido atrás dela que anda rápido também.

–Boa tarde Molly – a recepcionista e nova “amiga” da Molly a cumprimenta.

–Oi! – ela fala secamente e passa direto, mas para quando escuta a recepcionista cumprimentar outra pessoa.

–Sherlock! – a recepcionista fala com certa animação – Como vai meu detetive preferido?! – ela pergunta com voz sedutora e ele para surpreso, igualmente a Molly – Tem se lembrado de mim querido?

–Mais o que? – Molly sussurra para si mesma sem acreditar e já se voltando para os dois e olhando-os a dois metros de distancia deles apenas.

–... – Sherlock apenas para e olha para a recepcionista procurando um rosto familiar.

–Você a conhece? – Molly pergunta a Sherlock e já sente uma raiva da sua futura ex-amiga.

–Janine!?. – uma exclamação de surpresa, uma pergunta de dúvida e um ponto de confirmação, tudo em uma única palavra dita e uma expressão confusa no rosto dele.

–Janine? Eu ouvi Janine? – Molly anda em direção aos dois revezando o olhar entre ambos – Sherlock! – ela exclama com raiva e olhando para ele como se pedisse uma explicação.

–Molly eu... – Sherlock começa a falar mais é interrompido.

–Espera aí, eu to lembrando de você – Janine fala se direcionando a Molly – Claro! Você estava no casamento da Mary também e com um carinha... é... – Janine olha para Sherlock – um carinha! – ela conclui apenas.

–Eu sou uma idiota! – Molly fala como se ela se desse por vencida – uma verdadeira idiota por não ter te reconhecido antes.

–Seria um pouco difícil já que nos vimos apenas uma vez e eu mudei o visual, e sem falar que me apresentei pelo segundo nome a você. – Janine comenta.

–Quase não te reconheci de cabelo liso e vermelho – Sherlock fala.

–Gostou? – ela pergunta toda insinuante.

–A... é... – ele não sabe o que dizer com Molly o encarando furiosa.

–Ah! – Molly range de raiva de novo – Como eu fui idiota em te considerar uma amiga, a vadia que dormiu com meu namorado.

–Peraí queridinha! – Janine sai de traz do balcão e fica de frente para Molly – Vadia não porque eu não sou da tua laia, me respeite – as duas se enfrentam agora.

–Não me provoca porque você não vai me intimidar – Molly adverte.

–Parem! – ele consegue chamar a atenção delas antes que isso vire um campo de batalha – Molly nós precisamos conversar.

–Vocês realmente são namorados? – Janine pergunta sem acreditar o que Molly acha ruim.

–Sim, somos. – Molly fala querendo sair por cima – mas no momento eu to querendo matar ele.

–Sherlock? – Janine pergunta olhando pra ele como se pedisse uma confirmação.

–É sério Janine – ele responde já farto de tanta discussão – Molly, por favor...

Ele pode ver um sentimento de decepção estampado nos olhos da Molly.

–Tenho que trabalhar o que espero que você também faça ao invés de ficar aqui conversando com essa daí. – ela fala e se retira.

–Nossa! – Janine comenta – bravinha ela hem?!

–Janine o que faz trabalhando aqui? Não tinha se arranjado em outro lugar? As minhas custas por sinal.

–Não sou uma imprestável Sherlock, pra viver atoa a vida toda, você não é o único que gosta de trabalhar.

–Que seja! Só te peço um favor.

–O que você quiser meu bem – ela se aproxima dele insinuante.

–Me evita! – ele fala e sai deixando-a no vácuo.

–Idiota! – ela o insulta com raiva – você bem que merece ser namorado dela – ela da uma indireta na tentativa faliu de chamar a atenção dele.


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Notas finais do capítulo

Calma, antes de me matarem, calma!
Sei que é cedo para brigas
Mas é Sherlock Holmes em um relacionamento
Um relacionamento sério
E com MOLLY HOOPER
Mas calma, ainda tem mais de sherlolly para vocês.
Obrigada a quem leu e até o próximo cap.



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