Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 21
Aconteceu Algo?


Notas iniciais do capítulo

Pois bem, demorei, mas tô de volta
Desculpem-me por esse atraso e por mais três kkkk
Brincadeira, o mais provável, provável, é que amanha eu poste outro cap
Chega de blá, blá, blá, e vamos ao que interessa.



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08:03 PM

–Ah! – ao abrir da porta e ver Molly a sua frente Mary solta um gritinho de animação, o que arranca um sorriso da amiga.

–Mary! – ela exclama com o sorriso nos lábios e feliz por enfim Mary ter chegado – Que animação em!

–Claro, é a primeira vez que falo com você sendo a namorada de Sherlock Holmes, isso é o inicio de uma história, uma duradoura e linda história – depois de alguns segundos, Mary some com seu sorriso ao não ver animação na expressão de Molly, apenas um sorriso, quase lânguido, se não, apenas pelo esforço de Molly, e como meio de tirar suas dúvidas ela pergunta com receio – não é?!

Molly ainda não se sente confiante para falar disso, mesmo com Mary, tem tanto medo dessa relação quanto Sherlock, mas continua tentando disfarçar.

–Ah é! – o sorriso é sincero, mas o sorriso de alguém conformado, que acabou de saber que vai para forca.

–Aconteceu algo? Sei lá, tá tudo bem mesmo entre vocês? – Mary está receosa, parecia até que falava com Sherlock mais uma vez sobre o mesmo assunto.

–É melhor que entre primeiro – ela responde dando uma risadinha e Mary entra esperando a verdadeira resposta antes de se acomodar.

–Então? – ela pergunta novamente.

–Tá, tá tudo bem, tudo ótimo. – o sorriso de Molly, por mais sincero e esforçado que seja não convence Mary.

–Ah! – Mary finge acreditar, mas só por um instante – sua animação contesta a veracidade dessa resposta “tá tudo bem” – Mary repete a fala de Molly com voz fraca e com jeito de fingida. – Molly, por favor, não insulte minha inteligência.

–Que? O que acha que está acontecendo? – Molly não se altera, apenas quer saber o que pensa a amiga.

Mary se senta, respira profundamente e convida Molly para sentar-se ao seu lado, ela viu que a conversa ia render assunto, então que ambas fossem direto ao ponto, sem papas na língua.

–O que aconteceu – ela hesita por um momento – ou melhor, o que está acontecendo eu não sei, mas o que acho é que você já não tem tanta certeza desse relacionamento.

O jeito direto de Mary assustou a Molly, ela esperava qualquer resposta menos essa.

–Que? Não! Isso é o que eu mais queria, e finalmente posso dizer que consegui.

–É, é verdade, mas acho que veio meio tarde não?!

A cada fala Mary consegue apenas assusta-la ainda mais.

–O que... O quer dizer com isso? Que não gosto mais dele? É isso? – Molly fica um pouco sentida com o pensamento de Mary e ela percebendo se adianta.

–Não, não. Espera aí um pouquinho! Não é bem isso.

–Mas é o que eu estou entendendo Mary.

–Então acho que me expressei mal.

–Explique-se então, por favor. – Molly voltou a seu estado normal.

–O que digo é que... – ela pensa um pouco em como se expressar de maneira que não incomode Molly – bom... Eu sei que você gosta dele, disso eu não duvido e nunca duvidei, eu mesma estou de prova não?!

–Claro!

–Então, o que penso, e me desculpe, e o que acredito é que... – Mary tem medo de ser tão sincera o quanto quer, mas busca confiança - Que você não o ama com o mesmo fervor da primeira vez, ou melhor, dos primeiros anos de convivência com ele – ela pode perceber que Molly ainda está com problemas para entendê-la claramente e tenta esclarecer - você idealizou alguém para dar-lhe o nome de Sherlock Holmes, só que idealizou a pessoa errada, uma personalidade e uma vida totalmente diferentes das dele. E pelo que entendi você demorou a ver, a aceitar, e a entender quem ele realmente é.

–Tá, mas o que isso tem haver com o agora? Eu já superei essa fase, você mesma disse eu demorei, mas consegui. Por que acha que agora tenho problemas? – Molly tenta achar um elo nisso tudo, ou melhor, achar o ponto que levou Mary a sacar o que era nada mais do que a verdade, mas para que reviver o passado quando o presente parece ser tão melhor? É o que Molly está tentando fazer agora.

–E você, logo você que viveu tudo isso, acha que nada mudou com relação ao que você sentia por ele? Acha que o amor que você vinha cativando por ele não sofreu com todas as desfeitas, as dores, as humilhações, os foras, as lágrimas, os danos que ele casou a você e ao seu psicológico?

–...

–Me desculpe Molly – ela está sendo 100% sincera – não quero estragar sua felicidade, ela mal começou, mas não há amor que estando exposto a tanto anos de recusas, indelicadezas e dias difíceis resista firme e forte sem se desgastar. É quase impossível.

–Mas... – as lágrima ameaçam cair.

–A vida não é o conto de fadas que nos fazem acreditar quando crianças, nada dura pra sempre, ainda mais em condições tão terríveis.

–Por quê? – a primeira batalha é perdida e uma lágrima cai – Porque tão tarde? Porque só agora? – ela admite a verdade exposta nas palavras da amiga - Não quero deixa-lo Mary, gosto dele, você tem razão no que diz, sempre tem, mas eu gosto dele, ainda gosto dele. E agora que consegui ter nem que seja só um pouquinho dele pra mim, não quero que escorregue de minhas mãos.

–E nem eu estou dizendo que faça isso, entenda, mas não pude deixar de notar seu estado, não ligue tanto para o que eu disse, quer saber, esqueça, esqueça! Não dê importância, continue, ame-o, ame-o com toda sua vontade, recupere o amor que ficou preso em cada dor que ele já te fez sentir. Transforme os momentos ruins em um pesadelo que enfim acabou, e aproveite o sonho em que está vivendo.

–Um sonho – as lágrimas estão mais fáceis de conter agora – é tudo um sonho, um lindo sonho Mary, e não quero despertar, não quero, por que... – ela ainda luta contra suas lágrimas – porque se eu acordar vai doer... – elas caem como uma avalanche, sua voz logo começa a embargar.

–Não... – Mary a abraça – Não chore, não.

–Vai doer muito Mary, muito.

–Calma!

–E é disso que tenho medo, de acordar... De acordar e não suportar a dor. Perde-lo vai ser terrível, vai... Vai ser o meu clímax e não consigo ver uma solução.

–Se acalme, por favor.

–Tenho de falar, preciso por para fora, já conversamos tanto sobre isso, mas ainda tenho coisas, sentimentos guardados e que estão me sufocando.

–Então... Então se contenha, contenha as lágrimas e fale pra mim, vou te escutar, vou prestar atenção no que for dizer, ponha pra fora o medo que te aflige. Ai, se você continuar chorando eu vou me desmanchar também, não vê que meu estado emocional é propicio?! – Mary está aflita com o estado da amiga, não esperava encontrar uma Molly insegura, com medo, e ainda chorosa depois de conseguir o que tanto queria.

–Desculpa – ela tenta se acalmar

–Vamos fazer assim, eu vou pegar algo na cozinha para nós para darmos tempo de você se recompor e conversarmos normalmente que tal?

–Mary você que é a visita!

–Ora deixe de bobagens, já volto.

.......................................................................

–Eu sou uma idiota, uma indecisa e insegura idiota.

–Porque se martiriza assim? – Mary pergunta.

–Eu esperei tanto por isso, tanto, e agora que somos enfim um casal eu fico com essas bobagens, com essa insegurança tola.

–É mais do que normal se sentir insegurança no inicio de uma relação, e sem ofender, seu namorado não é qualquer um é Sherlock Holmes, medo e insegurança em dobro Molly.

Molly da um sorriso com a gracinha da amiga, que em parte é verdade.

–Bom, pelo menos a tentativa de te fazer sorrir deu certo. – Mary confessa.

–É – um sorriso, mesmo que tímido, é nítido nos lábios de Hooper – mais você tem razão, eu que não consigo enfiar isso na minha cabeça.

–Em parte sei que é por causa dos motivos que dei, mas porque tem tanta insegurança? – a curiosidade de Mary está aguçada.

–Sem querer ser grossa é melhor deixar isso para depois. Por enquanto vou seguir seu conselho, vou prosseguir com nossa relação, e faze-la duradoura.

–Tentar pelo menos.

–Pois é.

–Bom então... – Mary é interrompida pelo toque de seu celular – Alô, querido! .... Não vou demorar está bem?... John não seja dramático... Não, não precisa... John! .... Já disse que não, em quinze minutos no máximo estou aí, prometo... Tchaaau. –ela solta vários beijinho e desliga caindo na risada depois. – Desculpe, tenho que ir antes que ele venha mesmo me buscar, ele acha que eu estar grávida é um motivo para não sair de casa, até parece.

–Pais de primeira viajem, é o que dizem!

–Pois é, bom, então espero que pense bem antes de tomar uma decisão precipitadamente, aproveite sua boba, ame aquele homem com todo o seu desejo, não deve ser nada mal passar a noite com seu príncipe.

–Que muitas vezes tá mais pra sapo – ambas riram – mais vou continuar, vou trata-lo com o carinho que quase, quase sempre tratei, tirando os momentos em que falto estrangula-lo, o resto é só amor.

–Então até querida, cuide-se, depois ligo pra você ok?

–Ok! – ela fala com um sorriso.

–Tchau e boa noite.

–Boa.

Molly achou melhor não falar sobre a pequena discussão que tiveram mais cedo e nem sobre Lestrade, esqueceu até mesmo de comentar que conhecia os pais dos irmãos Holmes. Quando lembrou era tarde, então ficaria a próxima conversa. Afinal, quieta com seus pensamentos e suas ideias, Molly começou a achar que teriam mais assunto do que isso para conversarem na próxima vez.


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Notas finais do capítulo

Gostaram
O capítulo foi dedicado apenas a conversa delas, como viram
Já tenho dois capítulos planejados, mas não gosto de caps muitos extensos
A leitura fica cansativa, eu sempre tento por mais diálogos,
Então, obrigada a quem leu e até a próxima, crianças!



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