Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 20
Recomeçar?


Notas iniciais do capítulo

Para compensar um atraso
Nada melhor que dois capítulos não é?!
Não tenho mais nada a dizer
Aproveitem *-*



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TERÇA FEIRA 08:02 AM

O dia começou lento para algumas pessoas em Londres, principalmente com o clima agradável que domina a cidade agora, um frio com uma garoa. Molly acorda com preguiça da cabeça aos pés, mas logo espanta a indisposição com um demorado alongamento ainda sobre a cama. Ela levanta e vai direto para o banho para logo tomar café, quer ir o quanto antes ao flat do namorado.

Ambos acordaram quase ao mesmo tempo, o dia começo 15 minutos antes para Sherlock, que agora está no termino do banho. Para logo depois tomar café da manha e tocar um pouco, enquanto escolhe um dos casos a ele oferecido para resolver.

Molly é rápida, já são oito e meia e ela já está dentro de um taxi a caminho de Baker Street. Enquanto Sherlock começa a tocar as primeiras notas em seu violino.

–Quem será tão cedo? – Sherlock se pergunta ao ouvir as batidas de leve na porta – Ms. Hudson?

–Não! – a voz de Molly o faz temer as horas seguintes do dia – Molly! – ele sussurra.

–Sherlock abra a porta. – sem responder ele se encaminha até a porta e a abre.

–Oi! – ela o recebe com um sorriso seguido de um longo beijo na sequencia vindo mais dois beijos rápidos e um selinho – Bom dia! – ela fala esboçando um lindo sorriso e entrando na sala enquanto ele fecha a porta e coloca o violino sobre a mesinha de centro.

–Oi. – ele fala finalmente e é só

–Tudo bem? – ela tenta quebrar o gelo e o silencio na sala, definitivamente Sherlock ainda não se sentia em um relacionamento, esse é o pensamento fixo de Molly.

–Tudo. E você?

–Mais ou menos.

–Por quê?

–Porque para estar perfeito eu quero que você venha até aqui – ela fala chamando-o com a mão, estavam de frente um para o outro a quase um metro e meio de distancia.

–Pronto! – ele fala já de frente para ela agora a centímetros de distancia.

–Agora ponha suas mãos na minha cintura.

–Que? – ele está realmente confuso.

–Apenas faça Sherlock.

Ele o faz, com receio e quase parando quando ela pega suas mãos e coloca em volta da sua cintura.

–Porque isso? – ele pergunta.

–Porque você é meu namorado – agora sim ele não está entendo nada e ela percebe isso em sua expressão – Sherlock que tipo de namorado fica a quase dois metros de distancia da sua namorada?

–Molly você já sabe como...

–Shhh – ela põe o dedo indicador na boca dele – sei muito bem como você é, e por isso quero te ajudar.

–Assim?

–Ponha algo na sua cabeça querido, me tenha como sua, pode me tocar, me abraçar, me beijar, quando, onde, e quantas vezes você quiser, acredite eu não vou reclamar, e você sabe fazer isso.

–Que? – ele não entendeu a indireta.

–Se pensa que não tomei conhecimento de Janine, ai é que se engana.

–Janine?!

–Acalme-se não vou dizer nada, só espero que não tenha outras, duas vadias já foram suficientes pra você, agora é hora de você ter uma mulher de verdade.

–Acho que eu sei que mulher é essa. – ele disse brincando.

–Ah é? Quem? – ela aderiu a brincadeira mais logo fica com raiva por um pequeno tempo.

–Dominatrix.

–Que?? – realmente zangada.

–É brincadeira, é brincadeira, juro, desculpe – fala soltando uma risada de leve.

–Idiota! – ela se afastou tirando as mãos dele da sua cintura.

–Vem cá, por favor.

–Não!

–Ah é?!

Ele se aproxima como um adolescente brincalhão em uma amizade colorida, quando toca nela ela tenta se afastar mais ainda e é puxada rapidamente pelo braço indo parar nos braços dele.

–Sherlock me solta. – ela falou calmamente e ainda com raiva.

–A, a. Você é minha esqueceu? Disse que eu poderia fazer isso quando quisesse e você não reclamaria. – até parece que ele pôs um tranca em sua boca, ela ficou calada e resolveu usar isso a seu favor.

–Não faz assim, me desculpa pela brincadeira.

–Tá desculpado. – ela continuou indiferente.

–Ah não, assim não, eu tô aqui tentando ser um bom namorado te abraçando te beijando – nessa hora ele dá dois beijinhos rápidos nela - e não é fácil acredite, pra falar a verdade eu só estou imitando o John.

–Sherlock! – ela cai na risada.

–Não ri – ele falou rindo também e aproveitou o momento de descontração dela e a pegou pelo braço novamente.

–Sherlooock – ela fala se soltar – ainda estou brava – ela fala mais num tom calmo.

Ele não dá ouvido e simplesmente a beija retribuindo o beijo que recebeu ao abrir a porta, só que mais demorado, e melhor porque foi totalmente partilhado pelos dois.

–Imitando o John de novo? – ela pergunta mais para quebrar a vergonha de estar nos braços dele após o termino do beijo, nem ela mesma havia se acostumado a esse tipo de cena, o que de algum modo a deixava feliz, se sentia como uma adolescente boba e tímida apaixonada pelo cara mais popular da escola.

–Não – ele responde com voz quase inaudível, estavam tão pertos um do outro – senti vontade de te beijar – e um sorriso brota no rosto dele com uma enorme facilidade contagiando-a.

Ele resolve ajeitar um pouco o cabelo dela que ficou meio bagunçado depois disso tudo, e como ela mostrara ele continuou com uma das mãos em sua cintura e a outra levando os cabelos dela para trás da orelha.

–Ainda está brava comigo? – ele pergunta olhando-a de cabeça baixa enquanto ele ainda ajeita seus cabelos.

–Não, mas vou ficar se não me disser por que não me atendeu ontem. – o tom de voz dela era o natural só que mais doce que o normal para os ouvidos de Sherlock.

–Para que ligou? Era algo urgente?

–Não, pelo menos agora não é mais. Mas me diga, porque não atendeu as minhas ligações?

–É melhor esquecermos isso Molly – ele segurou o queixo dela fazendo-a olhar para ele.

–Por quê?

–Prefiro que seja assim.

–E eu? E o que eu quero? Não conta?

Ele a solta lentamente e se afasta um pouco, ele entendeu isso como uma indireta ou uma reclamação.

–Não estou querendo de repreender por nada ou algo parecido, só quero te fazer ver que a opinião de ambas as partes conta em uma relação, só, tente se lembrar disso, tá? – ela se reaproxima acariciando seu rosto.

–Tudo bem. – ela lhe da um selinho

–Vai me dizer o porquê ou não?

Ele suspira e espera um momento até que resolve falar.

–Eu estava almoçando.

–Com John?

–Mycroft.

–Que? Sherlock você consegue pensar em desculpas melhores não?

–É sério, gostaria que fosse mentira, mas não é.

–Tá tudo bem, é muito muito muito estranho e inusitado, muito mesmo, mas tudo bem. Só não entendi porque que você não podia atender uma simples ligação.

–É que...

–Fala!

–Éramos eu, Mycroft e nossos pais.

Ela ficou calada por alguns minutos encarando ele de todas as formas confusas possíveis.

–Que?

Foi tudo o que ela conseguiu dizer.

–Eu estava com meus pais Molly, se eu atendesse a sua ligação e falasse com você como minha namorada eles...

–Não quis atender minha ligação porque estava com seus pais? Porque eles o que? Ficariam felizes em saber que o filho tem uma namorada? Ou porque eles ficaram satisfeitos em saber que sou esforçada, formada, e trabalhadora?

–Porque eles me pressionariam Molly.

–E quais pais não fazem isso Sherlock?? – ela está um pouco alterada com o motivo que ele deu.

–Você não entende. Você nunca vai entender.

–O que? O que eu nunca vou entender?

–Você é minha primeira namorada. – a expressão dela mudou para espanto.

–Não – ela não consegue acreditar - Não vai me convencer disso. – ela se virou para não ter de encarar os olhos de Sherlock que insistiam em lhe fazer acreditar na sua aparente sinceridade.

–Desculpa. Mas é a verdade – ele fala com uma voz que quebra todas as defesas sentimentais dela fazendo-a analisar a situação por um instante.

...................................................................

–Eu sou uma boba.

–Que? – ele a olha de repente.

–Somos namorados há exatas 24 horas e eu já estou chateada com você, isso é estupidez.

–Você está nos seus direitos não?!

–Não importa, quer saber? Vamos recomeçar.

–Recomeçar?

–É, finja que eu não agi dessa forma – ela se aproxima dele pondo suas mãos em volta do pescoço dele e já toda carinhosa como forma de se desculpar.

–Finja que ao invés do que eu falei, eu disse isso: Ah – ela faz cara de surpresa e da um gritinho de satisfação – Quero conheceee-loos – sorri agora.

–Que? – ele acha isso loucura, mas fala com voz de brincadeira.

–É, quero conhece-los e falo muito sério.

–Molly eles...

–Eles te pressionarem não quer dizer que eu vá te pressionar. Ah qual é?! Eu dou em cima de você há anos, não acha que já está na hora de eu ser apresentada? – ela arranca boas risadas dele – quero conhecer os responsáveis por trazer esse ser lindo ao mundo.

Ela se derrete toda ao vê-lo sorrindo sinceramente e a vontade, e simplesmente tem vontade de beijo e o beija uma, duas, três vezes. E está decido ela será apresentada formalmente ao senhor e senhora Holmes.

–Tudo bem, mas agora me fala o que queria ontem?

–Nada, esqueça isso?

–Mas eu quero saber, isso não conta? – ela encarava com um sorriso o olhar de piedade mais falso do mundo nos olhos dele.

–Seu bobo – ela dá um tapinha de leve no braço dele e se aconchegando ainda mais nos braços dele ela responde – eu ia te chamar para almoçarmos juntos.

–Ótimo, vamos!

–Sherlock isso era ontem!

–E porque não hoje?

–Agora que são nove e quinze.

–Melhor, podemos ficar aqui até dar onze, doze, uma hora, ou até você cansar de me beijar.

–Não vamos sair daqui nunca.

Ambos caem na risada, e ficou decido que iriam almoçar juntos, ficaram algumas horas juntos e foram almoçar, durante a tarde ela foi para o trabalho sem se esquecer que Mary iria visita-la hoje a noite.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do cap extra pra hoje?? kkk
Obrigada pela paciencia de vocês e por lerem
E pelos maravilhosos comentários de vocês, me deixam megamente feliz
Até pessoal!
E me desculpem por qualquer erro de digitação.



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