Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 19
Vai Terminar Com Ela?


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeei
Gente mil desculpas pelo extremo atraso na postagem
Não foi por querer é que tá meio difícil usar o computador esses dias
Provavelmente vou postar mais nos fins de semana
Mais hoje é dia de alegria porque tem cap nooovoo!
Aproveitem e obrigada pela enorme paciência.



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12:15 PM

A família Holmes está agora almoçando na “humilde casa” de Mycroft, os irmãos estão quietos enquanto respondem indiferentemente as perguntas da mãe.

–O que vocês tem feito de bom?

–Dar ordens! – responde Mycroft.

–Sherlock? - ela se direciona a ele.

–Acabando com a minha vida – ele responde olhando para o garfo a sua frente deslizando alguma coisa derretida que lhe serviram de comida e com cara de tédio.

–Que? – a mamãe Holmes se assusta com a resposta.

–Ah, quero dizer – ele si da conta da resposta que deu – Nada!

–Sherlock? – ela insiste.

–Que? – ele pergunta indiferente e ainda olhando para a comida que só lhe tira a pouca fome que tem nesse momento.

–O que tem feito? Estou falando sério mocinho. E pare de brincar com a comida. – ele larga o garfo de imediato afastando o prato para longe de si.

–Quer que eu responda por você maninho? – Mycroft pergunta sarcástico.

–Trabalhando – Sherlock fala encarando o irmão – Apenas!

–Ótimo. Não vai comer nada querido? – ela pergunta carinhosa e preocupada.

–Não quero.

–Diga algo que eu não saiba Sherlock. – Mycroft provoca.

–O que ele quer dizer com isso Sherlock? – a Sr. Holmes não entende.

–Sua dieta é uma porcaria. – ele responde a Mycroft com um sorriso irritante a qualquer um nos lábios. Enquanto o mesmo o fuzila com o olhar.

–Sherlock!! – a Sr. Holmes chama a sua atenção.

–Não quero comer porque não estou com fome. – ele responde incomodado e alterando um pouco a voz e quando já estava na metade do caminho da mesa do jantar até a porta que dava para outro cômodo ouviu uma voz autoritária.

–William Sherlock Scott Holmes, volte aqui agora! Não permito que fale assim com sua mãe. – Seu pai usa da autoridade sobre ele.

Ele para e suspira ainda de costas e se vira lentamente voltando para perto da mesa.

–Desculpa! – ele fala indiferente para não dar tanto gosto a Mycroft.

–Sente-se de novo mocinho, mesmo que não coma nada, vai ficar aqui até que o almoço dê por terminado.

–Mas... – ele tenta escapar.

–Vai ficar e ponto.

Ele se senta contra a sua vontade e fica quieto sem falar nada, e quando olha para Mycroft consegue ver um brilho de alegria e satisfação em seus olhos.

–Peça desculpa a seu irmão. – Sherlock a olha assustado e sem acreditar em tais palavras.

–Que??? – expressa toda a incredulidade em uma única palavra.

–Me ouviu Sherlock, peça desculpas.

–Por quê? – está irritado.

–Já disse. Peça desculpas, você foi grosseiro, e não foi essa a educação que te dei.

Ele suspira conformado, porém muito incomodado, e reuni força e coragem para fazer o que lhe mandam.

Cada vez que tenciona pronunciar tal palavra sua voz é bloqueada pela expressão de prazer no rosto de Mycroft. E em tais circunstancias ele resolve fechar os olhos para poder dizer sem se incomodar com o prazer do outro.

–Desculpe – abre os olhos já de cabeça baixa.

–Viu. Não se sente melhor?! É ótimo quando todos estão em harmonia.

–Que seja! – ele demonstra seu incomodo.

–Will!

Ele apenas suspira virando o rosto.

A conversa se desenrolou por outros rumos até que o toque do celular de Sherlock ecoou alto na sala de jantar, a primeira vez:

>Nova Chamada...< >Molly Hooper

~pensamentos~

S.H.

Droga. Péssima hora para essa ligação, ah! Por quê? Por quê? O que eu faço agora? Se eu atender vou ter de trata-la como sempre e ela vai se chatear. Se eu atender e trata-la como minha namorada (como eu faço isso?) enfim, se eu trata-la assim eles vão me pressionar e eu vou ficar chateado. E se eu não atender a ligação ela ainda vai se chatear. Mais que...

S.H.

~pensamentos~

–Quem é Will? – a mamãe Holmes pergunta.

–Ninguém e é Sherlock mamãe, Sher. Lock. – ele recusou à chamada, essas foram suas primeiras palavras desde que foi forçado a um pedido de desculpas.

St. Bart’s

–Mas... Que? Por que ele recusou minha ligação? – é a única coisa que Molly consegue pensar – Não entendo. Seja o que for dentro de cinco minutos ligo de novo.

Dito e feito.

St. Bart’s

E mais uma vez o celular toca.

~pensamentos~

S.H.

Molly, Molly! Por que está fazendo isso? Só vai ficar com raiva de mim. Que droga. Me desculpe...

S.H.

~pensamentos~

–Will? – ela insiste em saber quem é e em chama-lo assim.

Ele suspira, essa situação o está tirando do sério, ele já está cheio de todo esse teatro de almoço em família, pelo menos com Mycroft.

–Não é ninguém, ninguém, e mamãe, por favor...

–Não insista, sabe que gosto deste nome – ela o interrompe – tanto que o lhe dei.

–Mas eu não!

E pela terceira e ultima vez o celular toca.

–Mais que droga! – Sherlock se exalta.

Todos o olham sem entender nada.

–Atenda logo isso filho. – o Sr. Holmes se pronuncia.

–Não posso.

–E porque não? – Mycroft pergunta o desafiando internamente.

–Porque estou preso aqui.

–Vejo que é melhor terminamos logo esse almoço. – a mamãe Holmes fala decepcionada com a atitude do filho, mas mães são mães e sempre tentam compreender.

–Ela vai me matar. – Sherlock sussurra para si mesmo após recusar novamente a ligação. Foram três ligações recusadas em 15 minutos.

–Que disse? – a mamãe H. pergunta.

–Nada. – Sherlock responde mais calmo.

–Hum... – a mamãe H. está intrigada.

–Hum o que? – Sherlock perguntou e logo depois direcionou sua visão para o olhar interrogativo de Mycroft para ele.

–Nada. – ela responde da mesma maneira que o filho.

Enquanto isso...

–Ah! Finalmente. Sinceramente pensei que iria almoçar com Sherlock e me deixar definhar de fome aqui. – Mary comenta ao ver John entrar em casa.

–Ah me desculpe, esqueci que íamos sair para almoçar, vou pedir algo por telefone.

–Faça isso! – ela responde com um sorriso.

–Mas eu também pensei que iria almoçar com ele.

–O que houve? – ela não entendeu nada.

–Os pais dele chegaram de visita. – ele respondeu naturalmente, já está recuperado do baque.

–Que??? – a expressão de Mary é a mesma que John teve ao ver os pais de Sherlock.

–Pois é, eu também reagi assim, claro que tentei, apenas tentei disfarçar e ser o mais discreto possível.

–Ah meu Deus – Mary diz entre risos – isso sim é um fato histórico, alguém em toda a cidade de Londres conhecer os pais dos donos de duas das maiores mentes do planeta terra.

–Eu que o diga.

–E como são?

–Não sei bem como explicar, eles são tão, tão, tão... – John olha para os lados em busca da definição perfeita em se tratar que são os pais de quem são.

–Tãão... – Mary pressiona.

–Normais.

–John!! – ela solta a risada.

–Que foi?! – ele “responde” aderindo as risadas.

–E o que esperava? Dois psicopatas fugidos de um hospício?

–Talvez! – fala sem conter a risada que só aumenta – Ah, são só um casal normal como qualquer outro, exceto pelos filhos que tem.

–Você é doido. – ela fala enchendo o marido de mimos.

–Eu sei, o que você não sabe é que eu sou doido mais é por você.

–Hum... – ela o olha maliciosamente.

–E ai? Falou com a Hooperlly? Como você a chama. – ele pergunta

–Não!

–Devia ligar para ela.

–Por quê?

–Só digo que devia ligar.

–John! – ela fica preocupada já que a expressão dele é séria.

–Ligue! Não se preocupe.

–Tudo bem. – ela pega o celular e começa a chamar.

............................. Caixa de mensagens.

Segunda tentativa

........... Vai, atende, por favor.

(Mary, oi! Desculpe a demora.)

–Molly! E ai como você está?

(Bem, muito bem obrigada, e você?)

–Bem também, tem certeza que não aconteceu nada?

(É claro, porque você... Claro, John falou com você!)

–O que houve? Vocês estão me matando com esse suspense.

(Rindo alto)

–Molly!!!

(Desculpa, desculpa – contendo a risada – eu queria te falar isso pessoalmente, mas só seria possível amanha, então já que você ligou...)

–Faala!

(Tááá, é que, Sherlock e eu estamos namorando)

–Que??? – extremamente surpresa – gente! Desde quando?

(Deixe-me ver. Ã... Há umas 3 horas.)

–Molly. – ela não acredita.

(Mais é sério. Na verdade ele me pediu na sexta e eu só respondi que sim hoje)

–Ah! – ela solta um gritinho – meus parabéns, enfim juntinhos.

(Pois é!)

–Ah não, não da pra falar de algo tão importante pelo celular, a que horas eu posso ir te ver amanha?

(Que tal durante a noite? É que hoje tenho plantão, mas amanha não!)

–Perfeito, ansiosa pra saber os detalhes, até amanha Hooperlly.

(Acredite, ainda vou achar um apelido para você – risos – até)

–Tchau! – ela desliga o celular e vai feliz da vida atrás de John, comemorar seus feitos e os do marido nisso tudo.

Voltando a mansão...

–Até que enfim! – Sherlock agradece. Talvez as paredes, quem sabe? Porque a Deus não foi, após ter dado por terminado o almoço em família.

–É, acabou querido, seu martírio teve um fim. – a mamãe H. fala triste e se levantando para se retirar.

–Aonde vão? – Mycroft pergunta.

–Aproveitar a estadia na cidade hora! Vamos visitar os pontos turísticos. - respondeu a mãe.

–Não queremos atrapalhar vocês. - comentou o pai.

–Papai. – Mycroft sente a indireta, na verdade uma direta mesmo.

–Desculpe mamãe – Sherlock tenta se redimir

–Tudo bem, mas ainda vamos sair, até mais tarde queridos.

–Até! – apenas Mycroft responde.

–Até querido! – Sherlock se despede com um sorriso sarcástico no rosto e já na porta completa – E sua dieta é uma porcaria.

Mycroft se irrita e bate os punhos na mesa extravasando a raiva.

A tarde passou voando, Molly não teve tempo de ligar novamente para Sherlock nem de vê-lo durante o resto do dia, e ele ficou em casa toda a tarde enquanto analisava os últimos pontos para dar como resolvido mais um caso, a noite logo se fez presente escura e fria, o céu está pouco estrelado e Sherlock resolve ligar para John para chama-lo para jantarem os três, John, Mary e ele, mas dessa vez comida comprada em algum restaurante, não queria incomodar Ms. Hudson que acabara de voltar da viagem que fez no fim de semana, e não demorou a chegada do casal a Baker Street.

Já são oito horas e o jantar deu por terminado após uma hora de duração.

–Então, com qual objetivo solicitou a nossa presença em seu humilde flat? – Mary perguntou a Sherlock toda animadinha por ele ter confirmado o namoro.

–Vou ser direto.

–Ok.

–E errei em pedi-la em namoro.

John apenas virou a cara suspirando já havia começado esse conversa pela manha e Mary ficou perplexa.

–Como errou? Sherlock não me diga que se precipitou ao ver Molly?!

–Sim, foi isso que ele fez! – John responde.

–Sherlock!!!

–Sei, eu sei. Não quero levar puxões de orelha, quero ajuda, por favor.

O sorriso de Mary desaparece e sua expressão é de tristeza, decepção, o que só deixa Holmes pior.

–Vai terminar com ela? – Mary pergunta conformada.

–Não sei! – ele foi totalmente sincero – quero conselhos, quero ajuda, uma solução. Mary?

–Sim? – ela olha pra ele.

–Não quero faze-la chorar de novo, não quero que sofra por minha culpa, seria...

–Covardia e baixeza da sua parte. – John completa a frase do amigo.

–John! – Mary o repreende com o olhar.

–Mais é verdade Mary!

–Bom em minha opinião só há uma solução, não sei se você ou mesmo John concordariam.

–Diga! – Holmes anseia por uma solução.

–Continue com ela.

–Foi exatamente o que eu disse a essa cabeça dura hoje de manha, prossiga com o relacionamento.

–Mais...

–Sherlock ou é isso ou é... Magoa-la de novo.

–...

–Vocês são namorados há apenas 11 horas – Mary comenta.

–Isso te impressiona? Ele se arrependeu meia hora depois.

O jeito como John falou fez Mary ter vontade de dar uma pequena risada, mas ela se conteve.

–John você não tá ajudando. – o jeito como Sherlock disse isso fez Mary soltar a risada que estava contendo.

–Ai – ela fala alguns segundos depois contendo a risada – Chega, chega rapazes. Sherlock?

–Hum?

–Então, o que decidiu?

–Acham mesmo que isso é o melhor?

–Não vai saber se não tentar. – o amigo incentiva.

–É. Tente, talvez não seja tão ruim, ela sabe como você é, você não vai saber lhe dar com essa situação da noite para o dia, mas tudo tem a primeira vez e nenhum começo é fácil. Tente!

–Tudo bem! Vou acreditar em vocês, é o que tenho feito até agora não é? E apesar dos altos e baixos, só vem me ajudando, obrigado.

–De nada lindinho da mamãe – ela fala assanhando o cabelo de Sherlock.

–Jooohn! – Sherlock reclama percebendo que ele havia falado sobre os pais dele enquanto John apenas ri.

–Espero conhece-los em?! Até amanha, e mantenha a calma, por favor.

–Até.

Despediram-se, o casal foi para casa e Sherlock foi dormir.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Espero que sim, gente eu sei que "mamãe Holmes" tá muito repetitivo
é que eu não sei o nome dos pais do Sherlock, sorry*
Obrigada a quem leu e até o próximo capítulo!



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