Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 18
Acredita Mesmo Nisso?


Notas iniciais do capítulo

Voooltei!!!
Terminei ansiosamente agora para poder posta-lo logo
Espero que gostem e aproveitem a leitura
C'mon read! *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482186/chapter/18

09:33 AM

Ele bateu a porta e ficou parado recostado nela de olhos fechados e cabeça levantada, isso demorou alguns minutos enquanto John estava sentado em sua poltrona observando apenas e esperando alguma reação.

–John o que foi que eu fiz? – sua voz estava natural, porém o jeito como ele falou expressou sua preocupação.

–Se refere ao fato de ser o namorado de Molly ou de ter colocado uma expressão de idiota no rosto de Lestrade? – John fala se divertindo com a expressão de Sherlock

–Quanto a ele não entendo a surpresa...

–Ah é claro, Sherlock Holmes dando uns pegos é algo que se vê todos os dias. Quem dirá Molly Hooper. Oh!

–Não sei o que deu em mim.

–Muito menos eu, o que deu em você? – O tom da conversa é natural no geral, um aumento de voz aqui outro ali, nada incontrolável.

–Pensei que fosse o que você e Mary quisessem, não foi por isso que cancelaram sua lua de mel?

–E desde quando você se importa com o que eu quero? – ele está segurando a risada para não tirar a pose de sério.

–Você me queria de volta e eu voltei! – Sherlock além de ironizar o olha com cara de campeão como se dissesse “HÁ”

–É, dois anos depois, mas o que são dois anos não é?! – sua cara é a mais sínica possível, nem de longe isso é uma discussão – Olha só essa culpa eu não assumo, mas sério, porque fez isso? Se prender a Molly Hooper?

–Eu não sei, quando conversei com a Mary eu... – Sherlock foi interrompido e logo dirigiu sua atenção ao rosto confuso de John.

–Mary? Conversou com a Mary? Quando conversou com a Mary?

–Ah John isso não importa.

–Ah não?! Claro você se importa muito com o que eu quero. – John teve de sumir com seus milhares pontos de interrogação.

–Ela falou várias coisas e as coisas começaram a se remexer na minha cabeça, foi como um replay, eu sei lá, eu fiz mal de mais a Molly e pensei que ser namorado dela remediaria as coisas.

–Sabe ela tem razão.

–Tem?

–Ah tem. Você é um idiota!

O olhar surpreso de Sherlock e o enorme ponto de interrogação em seu rosto fizeram John ter um pequeno ataque de riso logo controlado.

–Sherlock você parou pra pensar que pode ser pior? Parou para pensar nas consequências? Ou melhor, parou para pensar que haveria consequências?

Sherlock o olhou por um momento pensativo, tarde de mais pra pensar nisso.

Enquanto isso, no St. Bart’s...

–Molly me explica isso, por favor.

–Porque está me seguindo? Não quero falar disso com você. Não entende?

–E vai fugir pra sempre de mim? Nós nos vemos diariamente, uma hora vai ter que falar comigo.

–Mais não sobre isso.

–Por que não? – agora ele está mais calmo, ambos estão parados em um corredor isolado, ele encostando-se a uma parede e ela na outra, de frente um para o outro.

–Lestr – as lágrimas ameaçam cair – O que, o que quer saber?

–Como isso chegou ao nível em que está?

–Já faz um tempo que estamos discutindo a respeito da nossa “relação” você sabe que eu gosto dele que sempre gostei, por favor, não se esqueça disso agora.

–Eu sei mais ele nunca correspondeu Molly, é isso que eu não entendo. Como vocês podem agora serem namorados? Assim do nada?

–Isso é desde o casamento de John e Mary. E nós – ela hesita por um momento – Ele. Ele decidiu me dar – mais uma vez ela hesita – Nos dar uma chance.

–Lhes dar uma chance, Ah pelo amor de Deus Molly...

–Lestrade eu gosto dele, e se eu tenho uma chance de fazê-lo gostar de mim é claro que eu vou aproveitar.

–Fazê-lo gosta de você?! Acredita mesmo nisso?

–O que quer dizer, que ninguém pode se apaixonar por mim com a mesma intensidade da minha paixão?

–Claro que sim, tanto que eu gosto de você, mas a pessoa em questão é o Sherlock. Sherlock!

–Pensei que fossem amigos, mas to vendo que não é sempre não é?!

–Somos sim amigos, e o conheço bem, e é por isso que me preocupo, não quero ver você sofrendo ao lado dele Molly.

–Sofrendo?! Poxa, pensei que quisesse meu bem.

–E é exatamente por isso que estou te alertando, não embarque nessa relação cheia de esperanças.

–Já disse, eu gosto dele e se ele quis eu acredito que podemos sim nos dar bem.

–Quanto mais você esperar mais magoada você vai sair disso tudo.

Ela baixou a cabeça lentamente e uma única lágrima caiu, ele se aproximou levantando seu rosto e enxugou sua lágrima.

–Me desculpe por ter estragado sua alegria, mas além do que eu sinto por você também são os seus sentimentos que estão em jogo Molly. – o olhar dela expressa compreensão e agradecimento por se importar tanto com ela e ele antes de sair e deixa-la sozinha no corredor ele a beija na testa.

Voltando para Baker Street.

–Estupido! Estupido! Eu me precipitei – ele fala enquanto desliza lentamente na porta até o chão se sentando com uma perna estirada e a outra dobrada com o joelho a altura dos ombros – me precipitei. John o que faço?

–Espera mesmo receber uma resposta sensata de mim, quero dizer, que te agrade?

–Qualquer resposta já é uma saída.

–Prossiga com o relacionamento.

–Que parte do “eu me precipitei” você não entendeu?

–E que parte do “Espera mesmo receber uma resposta sensata de mim, quero dizer, que te agrade?” você deixou passar despercebido?

–Tudo!

–Sherlock, você se precipitou e encheu o coração de uma jovem com esperança, amor, sonhos e planos futuros, então contente-se e mantenha uma relação o mais perto possível da realidade.

–Já passou pela sua cabeça que eu não tenho a menor ideia de como fazer isso?

–Ao contrario de você, sim eu já pensei nisso um milhão de vezes.

–Ah! Onde está Mycroft para me chamar de estúpido?! – Sherlock continua sentado encostado na porta, quando ouviu duas batidas na porta.

–Só falta ser ele agora – John fala zombando.

–Sherlock! – é a voz de Mycroft do outro lado da porta o que irrita Sherlock e deixa John com cara de tacho.

–Sherlock! – Mycroft chama novamente.

–Aqui não é nenhuma sede do governo onde você mande, por tanto espere.

Sherlock se levantou rápido, porém fez hora ajeitando sua roupa e quando finalmente abriu seu rosto ficou branco feito papel de boca meio aberta e totalmente imóvel ao ver quem acompanhava seu irmão.

Depois de alguns segundos nesse estado vendo dois sorrisos de felicidade na sua frente e um de cinismo estampado no rosto de Mycroft que se sente realizado nesse momento.

–Não vai nos convidar para entrar? – Mycroft pergunta naturalmente e com ar de uma pequena vitória interna.

Sherlock apenas fechou sua expressão de surpresa e sem dizer nada deu passagem enquanto John perdido em um mar de confusão sorri para os convidados sem saber quem é esse casal aparentemente normal de mais para estarem na companhia de Mycroft e agora na casa de Sherlock.

–Oh meu lindinho – Sherlock respira pesado agora e seu rosto está vermelho enquanto a mulher o segura nos braços enquanto fala e logo o abraça com vontade e em seguida o homem.

–Sente-se mamãe. – disse Mycroft carinhosamente – Aqui papai. – Sherlock se vira para fechar a porta e passa alguns segundos de costa para todos tentando manter-se calmo.

Enquanto John olha atônito para o casal a sua frente e para os irmãos Holmes, sua expressão só piora a cada segundo.

~pensamentos~

J.W.

Mais o que? Ah meu Deus, esses são os... Não, não pode ser. Eu acabei de conhecer os pais de Sherlock e Mycroft Holmes. Só pode ser piada! Esses? Esses são os pais deles? Ual!

J.W.

~pensamentos~

–Sherlock? – John chama sua atenção, ele está se sentindo um peixinho fora d’água.

Sherlock continua imóvel.

–Querido não vai falar nada? – a mãe dele pergunta doce e pacientemente, conhece o filho que tem e sabe como ele reagi quando eles chegam de visita a cidade.

Sherlock se vira vendo a cara de John quase que exigindo uma explicação ou pelo menos ou passe de saída dali.

–John, esses são meus pais, pai mãe esse é John, meu amigo.

–Amigo?! – o pai dele fica um pouco surpreso e a mamãe Holmes chama sua atenção com um cutucão de dedo disfarçado.

–Que prazer conhecer um dos amigos de Will – ela levanta indo em direção a John e o abraça.

–Mamããe, por favor. – ele odeia quando o chamam de Will.

–Não seja dramático Will – Mycroft o provoca.

–Porque não fica na sua? Mike! – Mycroft agora tem uma cara fechada tanto quanto a de Sherlock

–Vejo que não mudaram nada não é meninos? – a mãe deles os chama a atenção.

Vendo a situação em que se encontra John acha melhor ir embora e falar com Sherlock depois.

–Bom, tenho que ir, eu tenho uma esposa me esperando em casa, se me dão licença.

–Que pena querido, mas teremos tempo de nos falar melhor – essa frase preocupa Sherlock – Foi um prazer conhece-lo não foi querido? – ela fala se direcionando ao marido que responde com um sorriso e um balançar de cabeça positivo.

–O prazer e a honra foram meus, com licença.

Após o bater da porta a conversa em si começa.

–O que fazem aqui? – Sherlock pergunta naturalmente.

–Will não fale assim, sabe como sua mãe se preocupa e vocês não vão nos visitar, não temos outra saída se não virmos até aqui.

–Não podiam ter avisado que viriam pelo menos?

–Qual o problema de termos vindo sem avisar? Há algo que não podemos saber ou ver sobre você? – sua mãe pergunta.

–Ou não queria que John os conhece-se? – Mycroft põe mais lenha na fogueira. Irmãos!

–Só queria que avisassem droga! – Sherlock tenta o quanto pode se manter calmo, não é de um todo mau a visita de seus pais, há tempos não os via, mas não poderia ter momento pior para eles aparecem do que agora.

–Desculpe, não queríamos te aborrecer – o pai dele comenta incomodado com as maneiras do filho.

–Tudo bem, tudo bem, acredito que já tenham se instalado na casa de Mycroft, ou melhor, na mansão dele. Ou estou errado?

A expressão no rosto do casal é de surpresa, não tinham conhecimento de tal mansão.

–Não exagere Sherlock – Mycroft fala tentando impedir que o irmão fale mais do que deve – Minha casa é humilde, é apenas um pouco espaçosa.

–Não seja modesto maninho, sua casa é uma das mais cobiçadas de Londres, vocês precisam conhece-la – ele fala com um enorme sorriso para seus pais o que irrita Mycroft.

–Tudo bem, chega de jogar conversa fora, viemos saber se podemos almoçar juntos?

–Na sua mansão? – Sherlock pergunta animado e com um sorriso provocador o que irrita mais ainda a Mycroft que fica calado encarando os três.

–Então querido? – a mamãe Holmes pergunta a Mike e se vendo sem saída concorda com falsa satisfação enquanto fuzila Sherlock com o olhar.

–Claro! – força um sorriso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

So Then My Dears? How Was???
Espero que tenha ficado bom
E que esperem pacientemente o próximo capítulo
Obrigada a quem leu e a quem acompanha fielmente
See you later! *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dias Difíceis" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.