Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 12
Não Fique Assim, Por Favor


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas enfim voltei!
Desculpe aos que acompanham pela demora,
Gente tá ficando complicado e demorado a escrita dessa parte da história
Mas se demoro, é pra que fique o melhor possível
Então, obrigada pela paciência
O texto não ficou muito extenso, mas eu pensei que seria melhor postar algo logo.
Nem mesmo eu aguento essa espera!
Aproveitem!



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TERÇA-FEIRA12:33PM

–Olá querida! – a cumprimenta com um beijo - Como está?

–Morrendo de tédio, John eu não vou suportar passar o dia inteiro enfurnada nessa casa durante nove meses. Você disse que eu poderia ir trabalhar hoje se estive melhor e eu estou.

–Mary! Uma semana, foi o que combinamos, uma semana.

–Eu não tenho nada pra fazer e nenhuma companhia – fala feito uma criança emburrada.

–Tá, vejamos. Molly?

–Trabalhando, por sinal o que eu deveria estar fazendo!

–Ms.Hudson?

–Ocupada, não posso passar o dia inteiro com ela.

–Mycroft?

–John!!!

–Não sei! – dá uma risadinha discreta - Lestrade?

Mary suspira – Tem mais alguma opção? Por mais absurda que seja?

–Sherlock?

–Quer mesmo levar isso a sério?

–Ué! Porque não? Desde quinta que não o vê. Hoje já é terça. Que tal irmos jantar lá amanha?

–Claro – Mary parece desanimada.

–Qual o problema? Não quer vê-lo?

–Acho que é o contrario – fala desviando o olhar.

–Que? – John não entende o comentário – Por que ele não iria que...

–Nada, esqueça, não é nada querido. Vamos almoçar porque eu estou faminta.

–Tudo bem, mais tarde eu ligo para ele para avisar.

–Não! – Mary é rápida e direta – É, quero dizer, eu ligo, eu ligo pra ele e aviso, afinal eu não tenho nada pra fazer né.

–Vai ficar me pressionando é? Já falamos sobre isso, quero que as vezes tire dias para descansar, fazer caminhadas, ler, algo que te agrade.

–Tá, tá, tudo bem, não quero discutir, vamos comer em paz! – Deposita um beijo em sua boca e se sentam para comer.

Horas depois.

–“Ouviu-se um grito atrás da parede, como somente poderia ter surgido do inferno, então...” - Arg! – Mary se assusta como toque alto de seu celular – Senhor! Que susto. Tenho de me lembrar de por o celular no vibratório quando for ler esse tipo de coisa.

É uma mensagem de texto da Molly

SMS(14:27PM) > Oi. Não vamos poder conversar hoje, não tenho plantão mais vou demorar um pouco no trabalho a noite, sinto muito :/ Depois nos falamos, até então!

–Ótimo, meu plano de fugir de uma tarde tediosa foi por agua a baixo, sem falar que ainda não vou ficar a par do que houve de fato. Meu Deus já ia esquecendo, melhor ligar para Ms.Hudson e pedir para avisar ao Sherlock que iremos jantar lá amanha. Bom e depois, se o que me resta é a leitura, que seja!

Mary ligou para ela e logo depois voltou a ler seu livro. Na noite do dia seguinte tudo foi uma surpresa para John mais logo as coisas se esclareceram pelo menos para ele. Três horas depois estavam em casa imaginando quando Sherlock iria aceitar que errou com Molly. Os dias se passaram. Mary não teve tempo de ir à casa de Molly, o final de semana se foi e na segunda novamente estavam no flat de Sherlock conversando e insistindo.

SEGUNDA-FEIRA07:14PM

–Sherlock, não fique assim, por favor – Mary insiste – Sei que te pedir desculpa não é suficiente e talvez nem adiante de nada. Mas eu realmente sinto muito ter pisado na bola com você!

–Eu imaginei que estivesse envolvida nisso, mas não tanto Mary, eu confiava totalmente em você.

–E eu que você reagiria de outra forma, ou que pelo menos iria deixar a conversa para um horário mais conveniente, não devia ter dito essas cosias a ela Sherlock. Afinal a ideia foi minha e a convenci a isso.

Sherlock está quieto, de pé, em frente à janela com as mãos nos bolsos na calça, observando algo qualquer lá fora. Já se passou uma semana e teve tempo suficiente para pensar e repensar a situação, agora está calmo, apesar de ainda ter restado uma sensação de incomodo e uma chateação para com ambas, sua voz não expressa raiva mais sim indiferença. Porém, a esse comentário manteve o seu silencio.

–Sherlock, Mary errou em levar as coisas por esse caminho. Querida – John fala se dirigindo a ela – Não devia ter forçado as coisas e o melhor é prometa a ele que a partir de hoje irá respeitar suas decisões.

–Sherlock – ele continua imóvel – me desculpe por tê-la influenciado nisso, sei que motivos não justificam meios, e eu prometo respeitar suas decisões a partir de agora.

–E você Sherlock – John se dirige a ele a agora – não seja dramático, vocês dormiram juntos, isso é normal e seu corpo necessita disso, mesmo que você não sinta. Não estou pedindo que peça perdão de joelhos a Molly ou que peça desculpas apenas por pedir, o que quero é que pense se e de ela fato mereceu ouvir o que você disse. E não me fale das tapas que você fez por merecer, foram talvez até poucas. Se eu dissesse a Mary uma única vírgula do que disse a ela, tenha a certeza de que você teria de tirar aquelas coisas do meu quarto!

–Não sei o que são essas coisinhas, mas isso é verdade – Mary se pronuncia - Sherlock eu sei que sou a menos indicada a te dar sermões, mas você machucou o ponto mais sensível de uma mulher, você a rebaixou e a desvalorizou, mas você não sabe disso é claro!

–Podem parar de me recriminar, já os ouvi bastante para tomar uma decisão. – Sherlock não expressa raiva nem descontrole, está calmo, ainda a observar o mundo lá fora, John e Mary se mantêm calados e esperam durante alguns segundos que ele fale sua decisão – Tive tempo o suficiente para pensar, e sei que fui rude de mais, Ms.Hudson ficou toda a semana clicando na mesma tecla, e decide ir falar, ou pelo menos – nesse instante ele se vira para os dois e sua expressão não poderia ser mais sincera – tentar falar com ela e me desculpar.

John suspira, não de raiva nem nada no gênero, mas de alívio, pôde sentir mais uma vez a sensação de ganhar uma batalha, enquanto Mary esboça um sorriso meio escondido, não tinha certeza quanto a ter sido desculpada.

–Fico feliz! – a voz de Mary não convence muito, apesar de intimamente sentir um grande alívio e alegria, simplesmente abaixa a cabeça por um instante, quando a levanta novamente vê uma enorme figura em pé à sua frente.

Sherlock se abaixa dobrando uma das pernas e apoiando a outra no chão para poder falar com Mary que está sentada a sua frente e olha-la nos olhos, e segurando sua mão como um irmão faria, começa.

–Não nego que fiquei bastante chateado e incomodado com essa situação, como também não nego que por um pequeno tempo eu fiquei chateado com você em saber que seu papel foi fundamental nisso tudo, mas assim como aprendi a conviver com John e seus defeitos, aprendi que ele não é o único que pode me magoar.

–Que??? – não era a intenção de John descontrair o momento, mas o conseguiu com suas pergunta e seu riso, apesar de ter sido discreto – Quando eu te magoei? Eu nem sabia que eu podia te magoar! É sério?!

Mary não segurou uma risada leve, Sherlock por sua vez apenas deu um sorriso rápido, não ficou chateado com o comentário.

–Não estrague o momento John! Esse tipo de coisa não é tão fácil pra mim – fala com o corpo virado a 90°, ainda de joelhos.

–Não é fácil para ninguém Sherlock.

–Me desculpe ter agido feito uma criança.

–É meio difícil não agir com uma quando se é uma – John cita em tom de brincadeira.

–John! – Mary chama sua atenção apenas por chamar, sabe que é apenas brincadeira.

–Bom, então está explicado! Já não preciso me desculpar por isso – Sherlock fala em resposta ao comentário de John – Mas preciso me desculpar por ter te ignorado da ultima vez.

–Tudo bem, eu merecia um pouco daquilo, eu acho.

–Bom – exclama John – estou faminto, e creio que vocês também, eu vou ver se já chegou o pedido que fizemos querida, já volto.

–Claro!

Sherlock se senta de vez no chão, uma perna sobre a outra, ainda de frente para Mary, enquanto John não chega.

–Sherlock, eu realmente estou feliz com o resultado de hoje, mas sei que não vai ser tão fácil de você esquecer o que aconteceu, porque hoje se decidiu em se desculpar?

–Mary eu disse que me desculparia, e que eu aceitei que fui rude com ela, mas eu não disse que seria hoje ou amanha. Um passo de cada vez, por favor.

–Tem razão, já é um grande passo ter aceitado que ela merece um pedido de desculpa, espero que logo possa tirar esse incomodo, e um possível sentimento de traição eu não sei, de dentro de você.

–...

–Posso te fazer uma pergunta?

–Qual?

–O que a Molly significa pra você?

Depois de baixar a cabeça para pensar um pouco, decide responder - El...

–Voltei, e com um delicioso jantar para três, Ms.Hudson preferiu comer lá embaixo, disse que está passando um filme ótimo.

É. O John apareceu, e quebrou totalmente a concentração de ambos, decidiram deixar essa conversa para outro momento. Mary logo se precipitou.

–Um parece delicioso mesmo, estou faminta, e você Sherlock?

–Preciso disso hoje.

–E o que estamos esperando? – John não quer mais esperar – Vamos jantar!

O jantar se deu em uma hora, e poucos minutos depois de a mesa estar desposta o celular de John toca.

–Quem é querido? É tão tarde para ligações - Mary pergunta a John.

–Trabalho! – Sherlock responde a Mary.

–Que? – Mary não acredita – John?

–Esqueça querida, não tente entender, apenas saiba que sim, é do trabalho, é Mr.Field, lembra?

–Oh sim, é o David, David Field. Ele pediu seu número hoje cedo antes de ir embora.

–Pois é agora eu vou atender a chamada, já volto!

–Claro! – Mary fala se dirigindo a ele, mas sem se levantar do sofá logo se vira na direção de Sherlock que está na poltrona – E agora vamos continuar aquela conversa, o que ia dizer sobre a Molly?


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Notas finais do capítulo

E ai??? O que acharam?
Espero que tenha ficado, pelo menos razoável kkkk
Essa semana vai ser especialmente difícil postar novos capítulos,
Semana de estudar muuuito para as provas.
Espero que possam compreender
Obrigada a quem leu
E até o próximo cap com a resposta do "Shezza" kkkk
Ah e eu ia esquecendo, o conto que a Mary estava lendo é
O Gato Preto - Histórias Extraordinárias - Edgar Allan Poe (Li e recomendo!)



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