Dias Difíceis escrita por Miss Miles


Capítulo 11
Adivinha? Você Falhou!


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!
O mais rápido que pude.
E aí preparados para um DR??? kkkkk
Não se iludam, ainda não chegamos nesse nível!
Bom aproveitem a briga
Ops. A leitura! *-*



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SEGUNDA 10:15AM

“Don't you worry, don't you worry, child / See, heaven's got a plan…” (Silencioso)

–Arg! – Molly se assusta ao sentir a vibração no bolso de seu jaleco, quase deixando cair sua prancheta, está muito desatenta desde que chegou ao trabalho – Droga, esse celular só me serve para dar sustos. Alô? Oi Mary! – Sua voz expressa raiva?

(Oi! Bom dia. Desculpa te ligar no trabalho, mas já que você disse que eu podia, e ai como foi? Quando vai ver seu príncipe de novo hã?? – Mary está tão animada)

–Nunca!! – Molly deixa extravasar sua raiva.

(Não! –Mary desanimara total, pôde prever que algo saiu tragicamente errado – Não me diga que... Vocês...)

–Sim, nós discutimos assim que me acordei, arng... – Molly meio que dá um rangido de raiva só de lembrar – Aquele cretino, desgraçado, infeliz, ai que ódio que eu to dele!

(Pelo menos vejo que ficou com ele, então porque brigaram?)

Molly está inquieta, conseguira se controlar ao máximo até o momento, mais a ligação de Mary a fez trazer de volta toda sua raiva ao nível máximo, anda de um lado para o outro da sala, tem vontade até de espancar o morto á sua frente, mas se contem.

–A culpa não é minha se aquele idiota é um... Um... – Balançava as mãos no ar, a procura de uma melhor definição – Um IDIOTA!!! – Mary grita pondo de vez a sua raiva pra fora, se sente aliviada por hora.

(Molly disso você já sabia, todo mundo sabe, eu pensei que você acordaria cedo e fosse direto para o trabalho para não dar-lhe tempo de fazer perguntas, como havíamos combinado.)

–E eu teria feito isso se eu soubesse que aquele anormal consegue passar dias sem dormir. Eu não imaginei que ele iria acordar cedo, quanto mais que nem fosse dormir, aquele cretino só fingiu que estava dormindo, arng! Cada vez me da mais raiva.

(Eu pensei que você soubesse, John sempre comentou isso)

–Mais não, não sabia, eu acordei sete e meia, já estava atrasa meia hora e aquele... – Molly respira fundo e tenta se controlar – ele não me deixou sair enquanto não falasse com ele, eu cheguei no trabalho as nove horas Mary e graças a ele eu ganhei um presentinho do meu querido chefe, minha noite relax foi pro espaço, o que me restou foi uma madrugada inteira na companhia dos mortos. Sem falar na baita dor de cabeça com a qual acordei, aquele vinho tem seu lado não muito bom.

(Ops. Sinto pelo plantão, vejo que não vamos conversar hoje né?!)

–Não! – Mary está mais calma, não totalmente, mas esta tentando.

(Bom, vou falar com John e perguntar quando podemos ir lá de novo, ah e John não sabe de nada, amanha vou ao seu flat ok?)

–Claro, ah e dê umas boas tapas naquele cretino por mim, talvez os que eu dei não tenham sido suficiente, pelo menos não pra mim!

Mary segura a risada para não irritar a amiga.

(Ual! Definitivamente nós temos que conversar, eu vou ver o que posso fazer com ele, até amanha.)

–Até!

HOJE MAIS CEDO

Molly se revira na cama de um lado para o outro, sente um frio pelo corpo, mas logo constata que está com o lençol sobre o corpo, finíssimo, e ao olhar para lado esperando ver um lindo ser celestial dormindo profundamente, dá um pequeno grito abafado ao ver interrogativos olhos azuis observando-a atentamente.

–Sherlock!!!

–Eu! –

–Que horas são? – Molly o olha estranho, não entende aquele olhar dele, como se a estivesse analisando e tentando decifrar seus mais íntimos segredos. Ela estranha que ele já esteja impecavelmente vestido tão cedo, enquanto ela parecia uma sem tento, faltando-lhe roupa, maquiagem, e todo o resto. E com os cabelos parecendo um ninho de passarinho. Sentiu-se extremamente envergonhada.

–Hora de conversarmos, amor! - Disse naturalmente, mas com uma ponta de sarcasmo que faz Molly fechar os olhos e temer feito uma criancinha que se perdera dos braços da mãe. Logo se prepara para o pior, molha os lábios rapidamente e abre os olhos. Muito receosa fala.

–Sherlock, eu tenho que trabalhar e não posso me atrasar só me diga que horas são.

–Claro, não creio que vá fazer diferença mais tudo bem – ele está calmo e isso só deixa Molly cada vez mais temerosa – São sete e meia, mais precisamente sete e trinta e cinco, eu odeio não ser exato nas coisas.

–O que? Senhor!!! Estou atrasada meia hora. Sherlock eu preciso...

–Não, não, não! – A cada não Sherlock move a cabeça para um lado, parando-a de frente para ela – Achou que eu caria nessa sem ao menos notar um mínimo detalhe? Nada, entenda isso, – Molly está com medo daqueles olhos ameaçadores na sua direção e da voz carregada adentrando seus ouvidos, ela respira fundo para não dar “passos em falsos” - Nada é perfeito, há sempre uma falha e é nela que eu focalizo, e adivinha? – Logo se pode ver um sorriso cínico em seu rosto, ele podia ver o medo nos olhos dela, mas ele só quer assusta-la o suficiente para ter respostas verdadeiras.

–O que? – A voz de Hooper está mansa, acanhada, tenta o quanto pode encarar aqueles olhos sem se amedrontar mais ainda.

– Você falhou! – Sherlock a encara por alguns segundos e levanta da cama, Molly nunca o virá assim, pelo menos não contra ela – Vista-se! Não tenho a manha toda pra perder com você, uma noite já foi o suficiente. – Molly se lembra das palavras que disse a ele dias atrás Não tenho a noite toda para perder com você.

Sherlock sai normalmente e fecha a porta com o maior cuidado, o que só irrita mais ainda ela. Molly se sente terrivelmente exposta ao ridículo, ele sabe muito bem como massacra-la com seus comentários, logo sente uma cachoeira de lágrimas invadirem seu rosto, ainda sentada sobre a cama, contem ás lágrimas aos poucos dando espaço ao ódio e arrependimento. Em dez minutos está coberta dos pés a cabeça e determinada segue para a sala.

–Finalmente! A mulher que conseguiu me levar pra cama, parabéns, ou melhor, acho que não devo parabéns a você, não tem competência para tal – A cara de pau e a ousadia são ilimitadas - não sem seu amiguinho invisível – Molly suspira controlando o ódio que sente dentro de si e que só aumenta, ele está pisando na sua feminilidade, destruindo seu lado sensível de mulher – Aquele que você pôs em meu chá, porque não o apresenta formalmente?

–Se já sabe, porque não me deixa ir embora? – A voz de Molly está começando a embargar, mas não se deixa levar tão facilmente pelo choro.

–Sabe, eu confesso que demorei a perceber, até certo ponto eu fui um verdadeiro estupido, mas ai você chegou e me ofereceu chá, o maravilhoso chá de Ms.Hudson, e sabe o que eu achei estranho, não tinha mais chá e você sabia, então porque me oferecer? Algo insignificante de se analisar eu sei, mas foi ai que eu disse Eu já tomei todo o chá... Bem pensado, eu jamais desconfiaria, afinal eu o tomo todos os dias, mais ontem, ontem ele veio com uma surpresinha, só que ninguém me avisou. Não é tarde para me falar o que puseram nele, porque não tenta? – Sherlock se sente totalmente invadido, tomado contra sua vontade.

–Estimulante sexual, satisfeito? – Molly está quieta e calma, como uma prisioneira que colabora almejando recompensa, no seu caso dar o fora dali.

–Por que? Por que é tão difícil entender que não quero nada com você e nem com ninguém? Por que se faz de tonta Molly? Sabe, antes era fofinho, mas não, não combina com você! Nunca te falaram isso? – O cinismo é grande, e está estampado pra todo mundo ver em seu rosto.

Molly se aproxima de súbito, e antes que ele pudesse prever algo sentiu um ardor em seu rosto no lado esquerdo. Porém não se alterou, manteve a pose indiferente.

–Por que eu te amo seu cretino! – Molly grita agora, extravasando a raiva guardada até então – Por que eu tentei de todas as maneiras chamar a sua atenção e tudo o que consegui foi desprezo e humilhações, você acha que eu me prestaria a esse papel ridículo e de quinta se eu não achasse que você vale a pena? E que todo o esforço que eu faça por você seja pouco pra te fazer entender que você é importante pra mim? Que me preocupo com você? Que você é um dos motivos deu sorrir ao acordar a cada manha? Deu fazer do meu local mórbido de trabalho um lugar mágico cada vez te vejo entrar por aquela porta? Você acha que eu suportaria calada todos os seus comentários humilhantes se você fosse um nada diante de mim? – Molly está vermelha e muito altera – Eu acabei de ser aniquilada, humilhada e pisada por suas palavras, você rebaixou meu lado mais mulher e me fez sentir uma qualquer que não vale nada e ainda assim eu to aqui agindo feito uma tonta, uma tonta sim, que não sabe fazer nada que não seja te amar.

Molly caminha em direção à porta e quando a abre sente um puxão em seu braço, fazendo virar-se de volta. E antes que ele pudesse dizer algo Molly reagiu com uma tapa.

–Essa é pelo que disse no quarto.

Mais dois tapas muito bem dados.

–Essas são por me insultar como mulher, e entenda isso, nunca insulte a sensualidade de uma.

Molly suspira deixando escapar uma lágrima em seu rosto marcado por raiva e mágoa. E antes que ele pudesse se recuperar das tapas lá se vai outra em cheio no lado direito.

–E essa seu canalha, é por não ter me impedido de passar a noite com você.

Rapidamente se vira e desce as escadas.

–Molly... – Ele a chama, mas não tem resposta.

HOJE MAIS CEDO

Agora já é quase hora de almoço e Sherlock ainda sente o ardor das tapas que recebeu de Molly.

–Oh Sherlock, você deveria estar feliz por ter alguém que goste de você apesar do seu gênio forte. – Repreende Ms.Hudson, mas como uma mãe faria.

–Não consigo aceitar o que ela fez Ms.Hudson, não posso, e a senhora foi cumplice, não pense que não sei – Sherlock fala de maneira grosseira como quando está no limite com Ms.Hudson.

–Me desculpe, mas achei que era o certo.

–Não tem que achar nada por mim, não tem que tomar decisões que não lhe cabem, e não estou para conversas.

Assustada com os gritos Ms.Hudson se retira com as mãos no rosto deixando-o sozinho.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?
Gostariam de estar no lugar da Molly?! kkkk
Bom agora é esperar o que vem por ai.
Não sei se ficou bom quanto os outros,
Não ficou tão extenso quanto alguns porque eu queria postar logo :)
Obrigada a quem leu e até o próximo cap.



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