Um universo diferente escrita por Emily


Capítulo 8
A Câmara Secreta


Notas iniciais do capítulo

De olhos vermelhos, de pelo branquinho, caramba, alguém deu maconha pro coelhinho 8))'

E AE! Demorei, tô ligada. Mas vim com um capítulo tipo, muito grande. E eu gostei dele, isso é Jesus agindo em minha vida.

Enfim, falo com vocês lá em baixo, sei que devem estar ansiosos pra ler (não). Mas antes, quero dizer que esse capítulo foi inspirado em uma das minhas fanfics preferidas: Destino ( http://fanfiction.com.br/historia/240295/Destino )



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"Mas naquele momento em diante, Hermione Granger acabou se tornando amiga dos dois. Há coisas que não se pode fazer junto sem acabar gostando um do outro, e derrubar um trasgo montanhês de quase quatro metros de altura é uma dessas coisas." - HP1
Nosso universo.

Hermione Granger aparatou em frente a casa aparentemente simples no vilarejo de Godric Hollow's. Ela poderia ser completamente normal, se não fossem pelos milhares repórteres fazendo plantão em frente.

Ela bufou irritada e andou com passos firmes até a casa. Tinha dois andares e várias janelas. Uma cerca branca contornava o quintal muito bem cuidado.

Assim que os repórteres perceberam a presença de Hermione, começaram a se aproximar gritando perguntas e cegando a garota com flashs.

– Srta. Granger, já sabe onde Harry Potter se encontra...?

– Você e Rony Weasley tem algum envolvimento com o desaparecimento do Sr. Potter?

– Você-Sabe-Quem está por trás disso?

Ignorando a todos, ela puxou a varinha e com um movimento o pequeno portão da cerca se abriu, fechando logo após a passagem dela. Logo deixou de escutar os gritos, tudo estava no mais completo silêcio. Agradecendo mentalmente a si mesma por ter protegido a casa com inúmeros feitiços, abriu a porta de entrada e foi direto para o escritório do segundo andar.

– Estão lá na frente outra vez! Francamente, eles não tem nada melhor para fazer? - Hermione exclamou colocando uma bolsa de festa na mesa e tirando o casaco que usava.

– Não. Está tudo muito calmo desde a batalha, e o sumiço do Harry é bem intrigante. - Rony Weasley respondeu. Ele estava sentado no chão, com as costas apoiadas na escrivaninha. Lia um livro com a testa enrugada, tamanha a concentração. - Sabe, o mundo bruxo inteiro está meio desesperado, acham que Voldemort que raptou ele.

Hermione abriu a bolsa e de lá tirou um livro realmente grosso. Depois pegou pergaminhos, penas e um caderninho trouxa. Aparentemente, aquela bolsa tinha espaço infinito.

– Impossível. Voldemort se foi, as horcruxes acabaram e o corpo dele continua muito bem guardado e vigiado em Hogwarts. - a morena disse se sentando em frente ao namorado, que fechou o livro suspirando pesadamente. - Não encontrou nada?

– Não. - Rony disse fechando os olhos cansado. - Já se faz uma semana e dois dias que o Harry desapareceu, e não achamos nenhuma pista. Merda de livro nenhum fala sobre uma fumaça que faz as pessoas sumirem.

– Vamos encontrar ele. - Hermione disse, porém sua voz não carregava o tom confiante de sempre. Ao contrário, parecia que ela estava prestes a cair no choro. - Temos que o encontrar.

Rony esticou os braços e pegou um porta-retrato em cima da escrivaninha. O fitou por alguns segundos, e depois abriu um sorriso leve brincou em seus lábios. Os olhos estavam mais brilhantes que o normal.

– Eu estou tão preocupado, Mione. - o ruivo sussurrou. - Isso não é normal, nem mesmo para Harry. Ele já teria dado um jeito de mandar notícias.

Hermione engatinhou até o lado de Rony. Deu uma olhada no porta-retrato e permitiu uma lágrima cair de seu olho e escorrer pelo rosto. Era uma foto dos dois junto com Harry, aos doze anos de idade. Eles faziam caretas e riam um dos outros, felizes.

– Onde você esteve? - Rony perguntou após alguns instantes silenciosos. - Saiu de manhã e só está voltando agora.

Hermione sorriu animada e inspirou profundamente, e Rony resmungou baixinho. Sempre que ela fazia isso, um discurso enorme vinha pela frente.

– Bem, procuramos em todos os livros de Hogwarts uma resposta, e não encontramos. O que é bem estranho, já que a biblioteca de lá sempre deu todas as resposta que precisamos. Então, eu resolvi tentar em outro lugar. Na França existe uma biblioteca enorme, a maior do mundo bruxo. Lá tem uma sessão com livros escritos a mão por Merlin e Morgana, apenas pessoas realmente importantes podem entrar lá. É tudo muito protegido, existem feitiços que ninguém nunca descobriu, todos sempre tiverem medo de ler aquelas coisas.

– Porque? Eles não eram do bem? - Rony perguntou franzindo a testa.

– Claro que eram, mas se pode esperar tudo dos dois maiores bruxos de todos os tempos. - Hermione disse dando de ombros, pegando um livro terrivelmente velho. O abriu com cuidado, como se ao menor toque pudesse o destruir.

– Espera, você conseguiu pegar um desses livros? - Rony exclamou arregalando os olhos. - Uau Mione!

– Ser a melhor amiga de Harry Potter tem suas vantagens. - Hermione respondeu radiante. - Eu dei uma olhada, e encontrei esse. Foi escrito por Merlin e Morgana.

Rony balbuciou alguma coisa sem sentido. Naquele livro deveriam ter todos os segredos do mundo bruxo, feitiços jamais testados, animais incríveis e desconhecidos.

Hermione respirou fundo e começou a ler o livro. Ela passava os olhos pela letra caprichosa e que, assustadoramente, lhe lembrava a de Dumbledore. Não permanecia mais que cinco minutos na mesma página, mas guardava mentalmente os feitiços e seus efeitos.

Rony não parava de a olhar. Conseguira ler alguns trechos, e sentiu vontade de vomitar quando leu um feitiço em particular. "Mors Acid faz a vítima ter uma morte extremamente torturante. O sangue se transforma lentamente em acido. O mesmo transforma em pó os ossos, e seus órgãos vitais são dissolvidos, assim como sua pele."

O ruivo estava pensando em como a aparência de uma pessoa que fosse atingida por esse feitiço ficaria, quando Hermione ofegou. Ele a olhou assustado, e a viu com um sorriso enorme na cara, seu peito subindo e descendo rapidamente. Parecia prestes a desmaiar.

– Ron, eu achei! O Harry, eu sei o que aconteceu com ele!

O outro universo.

Harry segurava o punho da espada de Godric Gryffindor com força, quase fundindo sua pele com o bronze. Ele andava com autoridade, embora estivesse tremendo de medo por dentro. Rony, Hermione, James, Lily, Sirius, Dumbledore, Moody e Tonks o seguiam temerosos.

Quando Harry adentrou no banheiro da Murta-Que-Geme, ouviu Rony, Sirius e James abafarem uma risadinha. Se virou repentimente, assustando os três, que pararam de rir imeditamente. A Sra. Weasley o dissera, antes de partir, que ele ficava meio assustador com aquele uniforme de auror e a espada.

– Quer dizer que A Câmara Secreta esteve, esse tempo todo, aqui? - Dumbledore perguntou surpreso, analisando o banheiro. Talvez esperasse que o basilisco saísse de algum vaso sanitário.

– Aqui é só a entrada. A Câmara está em baixo do castelo, mais fundo que o Lago Negro, se não me engano. - Harry respondeu, recebendo olhares espantados de Lily e Hermione.

Pelo canto do olho, o moreno de olhos verdes viu que A-Murta-Que-Geme os espiava com grande interesse. Pediu a Merlin com todas as forças que ela não resolvesse puxar conversa, principalmente pelo fato dele se ferir muito facilmente.

– O que fazemos agora? - Tonks perguntou, mudando seu cabelo para preto com mechas azuis, o que lhe deu uma aparência legal, apesar de esquisita.

– Vamos abrir a Câmara. - Sirius abriu a boca para falar algo, mas Harry o interrompeu. - Mas antes quero dar um aviso. Me deixem fazer tudo sozinho. Eu sei exatamente o que fazer. Só peço que tentem atingir um feitiço nos olhos do basilisco.

Todos assentiram. Harry foi até as pias, procurando a torneira com a cobra. Quando finalmente encontrou, murmurou "Abra". Ouviu um sibilado sair de seus lábios, e ouviu alguns de seus acompanhantes exclamarem. Uma luz branca surgiu da torneira, que começou a girar, expondo um cano largo o suficiente para um humano passar. Harry pulou nele, e começou a escorregar na escuridão sem fim.

Quando o cano finalmente acabou, sentiu os pés esmagando alguns dos ossos de animais. Murmurou Lumus, enquanto ouvia os gritos de Lily, Hermione e Sirius. Os três, mais James e Tonks se embolaram um no outro e caíram no chão. Olho-Tonto e Dumbledore aparecerem em seguida, sem nenhuma dificuldade.

– Credo, isso são esqueletos de ratos! - Hermione guinchou, se levantando rapidamente. Acendeu sua varinha e lançou um olhar de profundo nojo para os pés. O mesmo gesto foi feito por Lily e Tonks, Sirius fez isso mais discretamente mas James mal se importou.

– Todos estão bem? - Harry perguntou, e viu todos afirmarem com a cabeça. - Ótimo. Fechem os olhos se ouvirem qualquer ruído.

Seguiram o corredor, atentos. Finalmente chegaram a porta com duas cobras entalhadas, esmeraldas no lugar dos olhos. Harry sibilou novamente, e elas o deram passagem, deslizando suavemente.

– Lembrem-se: Tentem acertar o olho do basilisco. - Harry disse antes de passar pela porta.

– Meu Merlin, isso deveria estar no Mapa do Maroto. - Sirius sussurrou quando entrou dentro da Câmara.

A Câmara era muito comprida e mal iluminada. Altas colunas de pedra entrelaçadas com cobras em relevo sustentavam um teto que se perdia na escuridão, projetando longas sombras negras na luz estranha e esverdeada que iluminava o lugar. Harry seguiu em frente, parando no meio da Câmara, meio distante dos outros. Fechou os olhos e lembrou-se das palavras que Tom Riddle dissera para convocar a cobra gigante. Tentou pensar como um Sonserino, sabia que apenas o Herdeiro e sua infinita frieza poderia fazer aquilo.

Depois de alguns segundos se lembrando de todas as maldades que cometera (não foram muitas, mas eram maldades do mesmo jeito, como na vez em que lançara um Cruciatus em Armico por ter cuspida na Professora McGonagall), levantou a mão esquerda, segurando a espada com a direita.

Fale comigo, Slytherin, o maior dos Quatro de Hogwarts.

A boca da estátua de Salazar se abriu, e dela saiu o gigante basilisco. Ele ia em direção a Harry, quando parou de repente. "Sangues-Ruins... Matar" Harry ouviu a voz (basiliscos tinham voz?) da cobra, que desviou seu caminho e foi em direção de Lily e Hermione.

– Sra. Potter, Mione, corram! - Harry gritou, e feitiços de James e Sirius voaram para o basilisco. Aquilo só serviu para o irritar ainda mais.

Harry viu Dumbledore de olhos fechados, erguer a varinha e acertar em cheio um dos olhos do basilisco, que urrou emitindo um som terrível. O velho então se escondeu atrás de uma das colunas.

Harry estava perdido. Esquecera completamente de como matara o baslisco em seu segundo ano. Havia sigo com a espada, mas como conseguira atingir já era outra história. Teria que agir por instinto, como sempre.

Sentindo vontade de bater a cabeça na parede, Harry correu para uma das colunas. Segurou uma das cobras esculpidas nela, enfiou a espada no meio das vestes e começou a escalar. Em poucos segundos, já estava no alto. Os anos escalando árvores pra fugir de Duda serviram para alguma coisa, afinal.

Se apoiando em apenas com umas mãos, e os pés precariamente encaixados em uma cobra, pegou a espada, fechou os olhos, e pulou o mais longe que conseguiu.

Caiu em uma coisa escamosa. Com o coração acelerado, abriu os olhos bem devagar. Estava no meio do corpo do basilisco, que ainda não o notara ali. Harry então correu em direção a cabeça dele com grande dificuldade, já que o movimento da cobra poderia o jogar no chão a qualquer segundo.

Quando finalmente chegou lá, fechou os olhos e fez um movimento com a espada. Aparentemente estava com sorte, já que aquilo acertou em cheio o olho vom do basilisco. Ele começou a se balançar loucamente, jogando Harry longe.

– Harry! - ouviu grito de Hermione, quando bateu contra a parede. Se sentiu perdendo a consciência, e percebeu que havia falhado, que se esconderia novamente atrás de Dumbledore.

Mas uma voz na sua cabeça o despertou. Não era a voz de qualquer pessoa. Era a voz de Gina.

"Ora Harry, você já fez isso uma vez antes. Faça novamente. Onde está a sua coragem grifinória? Mostre que seu posto de meu herói é bem merecido."

Se levantou atordoado tanto pela pancada na cabeça quanto pela voz. Segurou a espada novamente na mão, e correu em direção ao basilisco, com a espada levantanda acima da cabeça. Quando estava a dois metros, fechou os olhos e entregou sua vida nas mãos do destino.

Sentiu a espada perfurar alguma coisa. Era a parte lateral da cabeça do basilisco. A cobra se desesperou por alguns segundos, mas logo tombou no chão sem vida.

Harry se jogou no chão arfando. Estava fora de forma, precisava de um pouco mais de treinamento. Sentiu uma mão em seu ombro, e quando se virou viu Lily sorrindo orgulhosa.

E aquela imagem fez Harry pensar que tudo aquilo havia valido a pena, finalmente conseguira orgulhar sua mãe.


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Notas finais do capítulo

ANTES DE TUDO: Sim, coloquei aquela parte inesquecível de HP1 para ferir o sentimento de vocês MUHAHAHA

Todos me perguntaram o que diabos estava acontecendo no universo comum, e eis a resposta! E a Hermione descobriu o que aconteceu com Harry! O que acham que vai acontecer agora?

E espero realmente que tenham gostado da cena da Câmara. Estou meio insegura quanto a ele, mas... tá valendo! E a voz da Gina, em? Acham que tem algo a ver com a descoberta da Mione?

E gostaria de saber se já ouviram falar da Carolina Munhóz! Essa pergunta precisa ser respondida, please.

Enfim... até breve! Beijos!



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