Octachel - O Impossível Acontece escrita por Ahelin, Miss Jackson
Notas iniciais do capítulo
Heya! Aqui quem vos escreve é a Laura (aka Lally), e estou apresentando-lhes o primeiro POV da Rachel. Espero que gostem. Ah, adoraria agradecer à todos que já estão acompanhando e comentaram na fanfic. Quem quiser conferir minha outra fanfic, é A Última Filha de Perséfone.
Enjoy! ~
Eu não sabia se ria ou se chorava com o meu cabelo. Naturalmente ele costumava ser bem rebelde, mas agora ele estava exageradamente rebelde. Resolvi deixá-lo de lado, já estava cansada, então simplesmente passei os dedos, desembaracei alguns nós e joguei a escova na cama. Tinha um longo caminho pela frente até o Acampamento Meio-Sangue. Peguei minha mochila cheia de coisas e a joguei sob os ombros, me olhando no espelho pela última vez antes de partir. Olhos verde-mar e cabelos castanho avermelhados. Sorri.
Essa era eu. Rachel Elizabeth Dare.
Corri para fora da minha “casa” e depois corri pela rua. Se havia alguma pessoa apressada no acampamento, essa pessoa sem dúvida era eu.
Enquanto eu corria sem querer esbarrei em um garoto – que, a propósito, também estava correndo, quase tão apressado quanto eu. Ah, não interprete errado, eu não queria ir correndo até o acampamento, só que eu tinha um ponto especial pra chamar a Carruagem da Danação.
– Cuidado aí! – exclamamos eu e o garoto ao mesmo tempo. Eu revirei os olhos e choraminguei, parando para encará-lo. Ele devia ter uns dezoito anos, mas era tão magro e doentiamente pálido que poderia parecer bem mais novo. Ele usava uma toga frouxa, uma camiseta larga roxa que dizia “Acampamento Júpiter” e jeans um pouco grande demais. Era alto e magricela, com cabelos cor de palha. Ele parecia um pouco... Psicótico.
Engasguei com o ar assim que li Acampamento Júpiter em sua camiseta.
– Grega? – ele perguntou com uma pontada de nojo.
– R-Romano?
– Espere, eu conheço você! – dissemos nós dois ao mesmo tempo novamente.
– Você não era o áugure do Acampamento Júpiter?
– E você não era a Oráculo do Meio-Sangue?
– Ei, espera aí, garoto, eu perguntei primeiro.
– Sim, eu era – disse ele com tristeza. – Mas isso não é da sua conta.
– Cara, eu não vou te matar – ergui minhas mãos e sorri. – Sou da paz. Qual seu nome mesmo?
– Octavian.
– Rachel – estendi a mão para apertar a dele, mas ele recusou. – Certo, Octavian. Hm, o que você está fazendo fora do Acampamento Júpiter, hein?
– Fui expulso – ele deu de ombros, como se aquilo não fizesse diferença na vida dele, mas até mesmo a Sra O’ Leary saberia que aquilo fazia uma diferença e tanto.
– Por quê? O que aconteceu?
– Por que você está fazendo tantas perguntas?
Dei de ombros.
– Por que você simplesmente não pode respondê-las?
Ele parecia um pouco estressado demais.
– Não venha ficar estressado, não comigo – eu ri e o analisei. – Está mais magro do que eu lembrava, Octavian.
– Santo Febo – murmurou ele. – E o que isso importa? Você está mais estressante do que eu lembrava e eu não falei nada.
– Você está fugindo – deduzi. – Está fugindo porque... – Fiz uma careta. – Reyna quis que você fosse embora?
– Já disse que não interessa!
– Ah. Foi porque você jogou os dois acampamentos um contra o outro, né?
– Ai, meus deuses – ele bufou. – Olhe, eu estou fugindo e eu simplesmente não posso parar pra conversar com você, certo?
– Eu posso ajudar.
Ele riu com desdém.
– E eu estou falando sério.
– Como você poderia me ajudar, graecus?
– Primeiramente, se você quiser se safar dessa encrenca enorme que você se meteu, acho melhor você parar de me chamar de graecus e me chamar de Rachel, certo? R-A-C-H-E-L.
– O.k, R-A-C-H-E-L.
– E acho melhor não debochar de mim.
Ele bufou.
– Prossiga, garota.
– Você é bom em disfarçar?
Ele sorriu, e parecia que aquela era a primeira vez que ele sorria em dias.
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