Sentimentos insanos escrita por Freddie Allan Hasckel


Capítulo 15
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Gente, então, como mil anos atrás eu havia pedido sugestões para o nome novo do Tom e tive muitas sugestões eu optei por um composto...
Então, o novo primeiro é Samuel, apelido Sam, escolhi esse, pois Sam era uma das sugestões em comum entre a Garota dos Is(que a propósito está desaparecida haha) e a LC Fanfiction, foi para homenagear ambas optei por tal nome. Quanto ao segundo, Phillipe é uma homenagem a um leitor que está comigo desde o momento que postei postei o prólogo, me incentivando sempre com comentarios tão positivos, então gostaria agradecer ao CláudioKun por todo apoio. Então o nome completo ficou Samuel Phillipe Learmann.



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Sábado,

10 de Julho de 1953

Caro Confidente,

O que eu posso te dizer? Pelo meu sumiço você deve ter imaginado o fiasco que foi a minha luta, eu sinto muito por ter te abandonado, acontece que te escondi tão bem que nem mesmo Tom conseguiu te encontrar, foi tão tedioso passar os últimos dias sem a sua companhia, as conseqüências de meu ato rebelde não foram tão graves assim, acontece que me forçaram a permanecer no hospital devido ao quadro de desnutrição em que eu me encontrava. Não precisa dizer que foi um erro eu ter subido naquele ringue, eu sei que foi, levei um nocaute em poucos minutos e acabei quebrando o nariz, melhor, quebraram ele, graças a mim quase fomos deportados de volta ao Hospício Marshall, não que a noticia de nossa fuga tenha chegado tão longe, acontece que eu não possuía documentos para a internação o que gerou certa suspeita, se Tom não fosse tão bom de lábia e não tivesse dado uma gratificação significativa aos funcionários da instituição pela ótima prestação de serviço, acredito que estaríamos lascados . O bom disso tudo é que agora eu tenho um novo nariz, digo literalmente, passei por uma cirurgia de rinoplastia, afirmo com toda certeza que sou uma outra pessoa, nem mesmo eu me reconheceria. Os primeiros dois dias de recuperação foram um inferno, minha cabeça doía tanto que parecia que meus neurônios iriam entrar em um colapso, mas Tom permaneceu ao meu lado, mimou-me o tempo todo e essa atenção exclusiva dele era o meu melhor remédio.

– O que achou? – perguntei analisando-me em um pequeno espelho redondo assim que o médico tirou a tala horrorosa que eu estava usando, não agüentaria mais sete dias com aquele negócio, sério.

– Não que eu não gostasse do antes, porque eu adorava, mas ficou perfeito! – elogiou-me ele sorridente, isso sim era a perfeição. – Trouxe o que você me pediu, tem certeza de que quer continuar com esse seu plano maluco? E se eles te descobrirem, tampinha, você quer mesmo correr o risco de ter que voltar ao Hospício Marshall? Ou ir parar na cadeia pelo roubo? – ele parecia incrivelmente preocupado, mais do que quando fugimos do hospício, mais do que quando vim parar no hospital, eu não posso desistir, eu queria ser forte como ele, encarar tudo de ruim que vivemos de uma maneira diferente, positiva, não sou assim, preciso encontrar a minha mãe, preciso fazer justiça...

– Não posso... – respondi forçando a voz a sair. Tom estava divino, melhor dizendo Sam estava divino, ainda não me acostumei com seu novo nome. Ele vestia uma camisa fina, branquíssima, feita sob medida para ele, e com abotoaduras perfeitas escolhidas por mim, a gravata dava-o um ar de seriedade que eu sei que não existe, Sam é um palhaço, por cima de sua camisa estava um cardigã preto com bordas brancas, justo ao seu corpo o que realçava seu físico, abotoado apenas nos quatro últimos botões. Ele não ousou muito nas cores, sua calça também era preta juntamente com o par de sapato lustrosos, ele não gostava muito de ousar, apesar de ser ousado. Era óbvio que Tom havia gastado alguns bons minutos ajeitando seu cabelo negro fio a fio no topete que todos estavam usando, mas que casava perfeitamente com os traços de seus rostos.

– Tudo bem... Existem duas casa a venda no bairro que você me falou na Filadélfia e aqui estão as fotos das duas, gostei mais da segunda, é maior, tem mais requinte, acontece que é um pouco distante da que você morava, agora primeira... – ele nem precisou completar a frase, tive certeza de que era próximo a minha casa antiga, a casa que agora era dos pais de Claire, mas eu não imaginava o quão próximo era – é dos pais da Claire, tampinha

– Vamos ficar com ela, Joker, nós temos que ficar com ela! – afirmei com certa euforia, estava parcialmente grogue devido aos remédios para dor, mas nesse instante o efeito passou. Joker foi o novo apelido que atribui ao meu amigo colorido, está relacionado à carta curinga, em suas visitas Tom tentou me ensinar poker, era o nosso passa tempo, jogo tedioso, a única emoção é o fato das apostas, mas confesso que as estratégias de Tom me fascinaram, e muito.

– Com uma condição, promete que não vai se meter em encrenca enquanto eu estiver fora? – pediu ele erguendo a sobrancelha desconfiado.

– Prometo! – disse como se a minha palavra valesse algo, ele não acreditava mais em mim...

– Vou ligar todos os dias para saber como você está e vou pedir para Gabriel cuidar de você

– Não sou nenhuma criança – rebati imediatamente.

– Mas parece...

Eu sinto falta dele, faz alguns dias que Thomas cruzou o país com destino a Pensilvânia, ele me liga todo dia para saber como estou, sei que é porque não confia em mim, mas mesmo assim fico feliz que ligue, gosto de ouvir sua voz. Gabriel é uma boa companhia, ele não é o meu Tom, mas gosto de passar as horas com ele. Logo o meu querido estará de volta, e eu tenho que aproveitar de sua ausência para aprontar algo, Gabriel prometeu me levar a alguns cassinos essa noite, vamos nos esbaldar em bebidas, eu sei que não deveria estar fazendo isso, o médico deixou bem claro que eu só poderia retomar a minha vida normal após três semanas, mas é por apenas uma noite, que mal pode ter? Não responda. Eu só preciso usufruir da minha nova identidade, não aguento mais ser tratado como doente, coisa que não sou... Logo eu voltarei com mais novidades, prometo.

Até Breve!

Jack Learmann


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