Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 73
Just I and YOU!


Notas iniciais do capítulo

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.
Carlos Drummond de Andrade
Ah, meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior. O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixão.
Clarice Lispector
O MEU DESTINO

O amor que meu coração invade
Faz-me pensar em ti sem cessar,
Traz aos meus dias felicidade
E me dá mais razões de sonhar.

É muito grande a minha vontade
De bem perto de ti me encontrar,
E embora seja enorme a saudade,
A minha ansiedade vou dominar.

Se o meu amor é pra eternidade,
Certamente poderei te aguardar,
A tua vida pode ter longevidade,
A minha tem por destino te amar.
Dennys Távora



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–Hakurei-san, o que faremos agora? Eu jamais sair do Seireitei! – desespera-se Ária.

– Primeiro manter a calma, depois achar uma vila em que possamos pedir informações e passarmos a noite, e seguir viagem para o Seireitei pela manhã. Não quero exigir muito de você. – responde o homem sondando o lugar à sua volta em busca de pressões espirituais perigosas ou hollows.

– Gomen nasai Hakurei-san.

– Pelo que Ária?

– Por lhe dar tanto trabalho. – reponde a garota chorando.

– Não se preocupe, eu desejava um pouco de aventura há dias, e vocês Kuchikis são especialistas nisto, agora andemos sim, parece-me ser seguro.

.

.......

Órion deu alguns passos para trás, porem logo tropeçou em uma raiz, encostando-se no tronco da cerejeira que ficava no jardim interno do nobre, À sua frente Byakuya, cada vez mais próximo. Não demorou muito para se ver presa entre a arvore e o nobre:

– By-sama! Tem certeza que é isso que meu senhor quer? Que não há um resquício de sentimento paterno? – indaga temerosa com a resposta

– Eu lhe informei que hoje decidiria isso, sei que parecerá estranho logo de começo, mas diga-me para o que veio fazer neste tempo? Não foi para mudar o destino de nosso Clã ao meu lado? E de que forma seria isso?

Ela abaixa o rosto: - e seria somente por isso que meu senhor quer fazer isso?

– Não, você não imagina o quanto sofri quando você se foi, era algo insuportável, foi como se eu tivesse perdido todas as pessoas que amei de uma só vez. Mesmo quando você voltou como minha suposta filha, meu coração nunca aquietou até o momento em que me disseste que jamais foste minha filha, todo o sentimento que sentir a primeira vez que a vi, aflorou de uma forma quase insana e carnal. – para há alguns centímetros dos lábios femininos: - diga-me que jamais me desejou e que não me quer e não me amas como eu imagino que amas.

Ela o encarou tremula, mordendo o lábio inferior: - jamais poderia dizer isso, não imaginas o quanto fora difícil para eu tomar aquela decisão equivocada, quando me rejeitaste tu. E que o que era amizade e estima virou um sentimento valoroso por alguém que somente me ajudou. E hoje quando retorno, me vejo nessa condição delicada que nos encontramos, e ainda queres que eu não leve em consideração? Tudo que passei foi por você, talvez já não importe o que vim fazer...

– Somos Kuchiki, não devemos satisfações a ninguém...mas se não me queres...eu entenderei... – o nobre já se afastava frustrado quando:

– By-sama! Eu não disse isso, mas...mas...eu...eu... – tropeça nas palavras ao lhe segurar as mãos.

...........

O sol decaía lentamente no horizonte dourado de Rukongai, um nobre casal caminhava entre a vegetação retorcida e rala daquela região. Um homem alto e forte, de longos cabelos cinzas, em sua mão direita trazia sua alabada sagrada, enquanto seu braço esquerdo era abraçado por uma jovem donzela de cabelos prateados, pele branca e de aparência frágil. O homem caminhava lentamente, segundo o vagaroso passo da jovem:

– Hakurei-san, se o senhor quiser, eu posso acelerar o passo. Sei que estou lhe atrapalhando.

Ele para e volta sua atenção para a jovem, sorri meigamente e com voz suave: - Não se apoquente com isso, sei que estas fazendo o seu máximo e estou orgulhoso de você, para alguém que nunca saiu do Seireitei, você estar se saindo muito bem. agora continuemos antes que escureça totalmente, temos que achar um abrigo para você descansar. – fala sorrindo serenamente, pois notava que a alba chegava à exaustão.

– Arigato Hakurei-san, espero um dia retribuir devidamente toda a sua ajuda. – ela sorri um pouco rubra: - como eu e Órion falávamos o senhor é um homem muito bonito.

– Hã?! Que conversa é essa?! – indaga corado.

– Nee-chan disse-me que se não fosse sua delicada relação com o meu otou, casaria de verdade com o senhor! Ainda bem que ela estar ligada ao otou-san...digo...iiii...gomen ni. – abaixa o rosto envergonhada: - não acredito que falei isso!

Hakurei Mikaído sorriu deliciosamente ao ouvir aquilo: - não fique assim, você fez valer o meu dia pequena! Já fazia tempos que não me sentia assim.

..........

– Eu já tomei minha decisão Órion, estou disposto a enfrentar qualquer um ou condição por você. Agora depende de você. – fala o nobre sem titubear encarando a morena.

– Eu...eu...o...quer... – a jovem não terminou, não pôde, fora impedida.

Ao sentir os lábios masculinos aproximando-se dos seus sem aviso, sem permissão, num beijo que começou tácito e ilícito, porém, tornou-se lascivo e promíscuo assim que a língua masculina invadiu a boca da morena. Ela recordou do beijo gelado e letal de Apsu que lhe consumiu a vida. Mas logo, o esqueceu, bem como todas suas lembranças paternas, ao sentir as mãos do nobre lhe descerem a cintura e puxarem-na para próxima do corpo do homem que parecia queimar num desejo impuro e concupiscente. As mãos femininas seguiram para o pescoço viril, enquanto suas ancas eram pressionadas pelo quadril varonil contra o tronco de cerejeira num contato voluptuoso.

Ambos baixaram suas guardas, não percebendo que eram observados por alguém ao longe: - como suspeitei!

...........

– Veja meu fiel Jibrail, como as almas humanas são tão terrenas e previsíveis, tão emotivas e sentimentais! Porém são impressionantes suas forças de vontade e o medo de perder alguém amado supera qualquer coisa! A partir daqui eu poderei repousar, pois meus planos seguem como esperado! Logo reinarei absoluto!

– Sim meu senhor! – responde a serpente negra vigiando sua senhora

.........

O casal caminhou por quilômetros, sem encontrarem uma alma qualquer. A noite se fazia presente e animais noturnos despertavam lentamente:

– Desculpe-me Ária, não achamos um lugar descente para você descansar, o jeito será pernoitar por aqui mesmo. – fala o homem vistoriando algumas arvores.

– Não se preocupe Hakurei-san, eu que peço perdão mais uma vez por tirá-lo de seu conforto e sossego, não posso reclamar de nada.

– Eu não falarei mais para que esqueças isso. Órion por acaso não elucidou que detesto ser contrariado e contestado? Detesto repeti as mesmas coisas várias vezes. – falava sério.

– Gomen nasai! Falou-me sim! Abaixa o rosto trêmula.

– Não precisas ficar com medo, somente esqueça isso, perdoe-me não foi minha intenção. – diz levando uma mão ao rosto delicado o levantando, sorri docemente: - vamos, é mais seguro lá em cima. – beija-lhe a glabela, logo em seguida pega a jovem ao colo e pula entre os galhos de uma enorme arvore.

......

Órion afastou o rosto já cianótica, faltava-lhe o ar, buscou o solo, mas não encontrou, não teve coragem de encarar o nobre que a fitava e a pressionava contra o tronco da arvore. Ela largou do pescoço masculino e enlaçou o tronco definido de Byakuya.

– Órion, você estar bem? – pergunta o nobre a abraçando.

– Não sei, parece que esqueci coisas importantes. - responde meio confusa, porém sem encara-lo.

– Então não mereciam sua atenção, senão, não as esqueceria. – inclina o rosto da garota para cima: - não tenhas medo, um dia você prometeu ficar por mim e sempre ao meu lado, eu quero que sigas comigo, como minha companheira. Não aceitarei de outra forma, eu desejei muito essa oportunidade.

– By-sama! Eu...cumpro minhas promessas, embora... – mas uma vez a jovem não terminou de falar, o nobre a impedira com um segundo beijo, dessa vez sem remorso ou hesitação da parte de ambos.

............

No cimo de um enorme carvalho, um casal tentava se aconchegar-se. Hakurei encostou-se ao tronco tortuoso, ao seu colo Ária senta-se receosa, porém logo se acalma. Afagou o rosto cansado no peitoral definido do homem rubro, olhou para a lua:

– Boa noite nee-chan, boa noite otou-san, boa noite Hakurei-kun, seu corpo é quente! – diz sussurrando e cobrindo-se com a haori do mesmo, fecha as pestanas lentamente num suave sono.

– Boa noite pequena! ‘Vocês são cativantes e encantadoras, porém proibidas. É incrível esse destino que as rodeia, mas se for o caso, alguém me deve um favor, talvez isso a possa livrar do destino que lhe aguarda criança. ’ – fala o homem lhe acariciando os longos cachos prateados.

......

Uma criada passava próximo ao jardim quando depara-se com a cena incestuosa, gelando, e já preparando-se para um estridente grito, quando sente mãos lhe taparem a boca e a puxarem dali:

– Se você atrapalhasse alguma coisa, de certo morreria hoje insolente, não havia dado ordens para que ninguém viesse para esta parte da mansão. – reprova-a Yui furiosa.

– Gomen nasai senhora, mas vi algo proibido e imoral, coisa que nunca esperaria do nosso senhor...

– Cala-te insana, nada do que conhecem é verdade, os segredos desta família não a convêm saber, volte para tuas tarefas se não quiseres perder teu emprego ou a vida. – chega Arina nesse momento com Fujitaka seu marido.

– Perdoe-me senhores, isso jamais acontecerá novamente. – diz a criada assustada saindo às pressas.

– o que faremos agora? – pergunta Yui.

– Deixe Byakuya-sama resolver isso, pois o que pensarão os criados é o que menos importa, nada poderá interferir no destino deste Clã, não esperamos tantos anos à toa. Este Clã começa a caminhar retamente agora.

– Um kidou de esquecimento seria uma opção satisfatória para o caso dos criados, pois o mais importante foi a aceitação de Kuchiki Ária. – fala Arina.

– Vamos sair daqui, deixemo-los a sois. – elucida Yui seguindo, sendo acompanhada pelos anciãos.

......

– Minha Órion? – exclama o nobre lhe mordendo os lábios possessivamente arrancando-lhe gemidos abafados.

– Somente tua By-sama! – responde arfando: - Mas um passo de cada vez, por favor? Eu ainda preciso-me...

– Eu sou paciente, o sabes bem, ainda mais se tratando de você. – ele a abraça fortemente, porém indaga: - onde está Ária?

– Hããã...?! Meu Deus?!!! Ária?!!! – ela grita ao recordar.

– o que tem ela? – interroga o nobre arqueando uma sombracelha segurando os ombros delicados.

Ela se afasta e vira em direção do primeiro bantai: - é isso mesmo! Havia esquecido dela no momento que o senhor chegou.

– e o que ela foi fazer no 1º bantai?

– Eu não sei, ela saiu daqui para visitar Hakurei-sama e saber noticias da obaa e pedir meus papiros ao oji, embora eu saiba que ele não os daria, mas não custava tentar! – diz fazendo uma carinha de desanimo: - todavia, ela nunca foi à residência dos Ukitakes e sua presença espiritual sumiu no 1º bantai!

– E você fala assim calma, sua irmã desaparece sem mais nem menos e fica tranquila? – eu falei que ela é sua responsabilidade. – falava o nobre preocupado.

– Bem, ficaria nervosa se ela estivesse sozinha e já haveria de estar a procurando, mas ao que sentir Hakurei-sama estava com ela. Posso rastrea-la com um cântico, embora isso deva ser no alvorecer e no lugar em ela desapareceu.

– Tem certeza que ela estar bem, Órion?

– Sim By-sama, Hakurei-san é muito prestativo e forte, e Ária estar com o colar de proteção do deus Anupu, deixei com ela temendo perigos.

– Então amanhã cedo iremos atrás dela, e lembre-se qualquer coisa que aconteça com ela...

– Eu sei, é culpa minha. Sei que Hakurei-san não deixará nada lhe acontecer. Não se preocupe, ela estar mais segura do que eu, isso eu garanto!

– Você estar dizendo que não posso protegê-la?

– Eu não disse isso By-sama. Eu não tirarei a oportunidade de minha nee-chan, ela sempre quis fazer algo por alguém, mas jamais imaginei que fosse tão afoita. Ela deveria me dar exemplos bons. – fala a morena ironicamente.

– o que você quer dizer com isso Mocinha? – fala o nobre despreocupado e enlaçando a cintura delgada da moça.

– Eu nada, mas Ária terá muitas novidades para nós. – responde encostando o rosto no peito do nobre.

O nobre nada disse, mas tinha a certeza que a morena, assim como os deuses, brincavam com a vidas das pessoas e remodelavam suas historias.


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Notas finais do capítulo

I Just Want You

There are no unlockable doors

There are no unwinnable wars

There are now unrightable wrongs

or unsingable songs

There are no unbeatable odds

There are no believable Gods

There are no unnameable names

Shall I say it again?

Yeah

There are no impossible dreams

There are no invisible seams

Each night when the day is through

I don't ask much

I just want you

I just want you

Link: http://www.vagalume.com.br/ozzy-osbourne/i-just-want-you-

There are no unachievable goals

There are no unsaveable souls

No legitimate kings or queens

Do you know what I mean?

Yeah

There are no indisputable truths

And there ain't no fountain of youth

Each night when the day is through

I don't ask much

I just want you

Link: http://www.vagalume.com.br/ozzy-osbourne/i-just-want-you-traducao.html#ixzz3bGmPewSu

De novo estou aqui não sei o que dizer
parece que as palavras sempre fogem ao te ver
mas sei que tudo pode acontecer, eu e você

Sentados conversando na beira do mar
as risadas quando a gente não sabia o que falar
Você me apareceu foi como um sonho
E hoje eu sei que foi você quem fez o meu mundo
girar...

Link: http://www.vagalume.com.br/catch-side/eu-e-voce.html#ixzz3bGmvmomp



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