Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 72
Ária, construindo uma história!


Notas iniciais do capítulo

O Destino é geralmente concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos relacionada a uma possível ordem cósmica. Portanto, segundo essa concepção, o destino conduz a vida de acordo com uma ordem natural, da qual nada que existe pode escapar.
As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.
Lilian Tonet
É um erro tentar ver muito longe no futuro. A corrente do destino somente pode ser puxada um elo por vez.
Winston Churchill



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Ária preparava-se para sair, estava nervosa, parecia fazer algo errado, o que de fato era, mas nenhum crime:

– Eu não sei se devo nee-chan, otou-san pode não gostar.

– Você prometeu...eu cuido do By-sama...e do mesmo jeito ele não chegará agora e lembre-se de passar na casa da oba, com certeza o oji estar lá hoje...

– Devido o pequeno incidente, eu sei, mas e sobre Hakurei-dono, eu...

– Vai logo nee-chan! – fala Órion impaciente empurrando a mais velha.

Ária derrete-se ao ouvir aquela expressão: - por você nee-chan eu faço qualquer coisa, até dou minha vida para ver você sorrindo. – abraça a mais nova.

– Nunca mais fale isso, eu jamais permitirei, agora vá, antes que vá eu mesma e By-sama...

– Estou indo... – grita a outra já na liteira.

Órion vira o rosto na direção do Rokubantai: ‘ eu sinto a presença do deus Apsu nessa direção, o que ele estar tramando?! Estou quase certa de que Ukitake não entregará os pergaminhos para Ária.’

Ária seguiu um pouco temerosa, estava na metade do caminho da casa dos Ukitakes, porém, teve uma ideia um pouco absurda ao recordar dos relatos da irmã sobre Hakurei, levando em consideração sua missão na casa do seu oji:

– Se eu passar lá primeiro e pedir os pergaminhos e ele não mos der, se por acaso Hakurei-dono aceitar minha proposta e voltarmos lá para surrupia-los, o oji desconfiará que foi eu que o fiz assim que se der conta do seu desaparecimento! E eu quero tanto ajudar a nee-chan!

Ela põe a cabeça para fora da liteira: - Vamos para mansão Hakurei.

– Mas a senhora não irá mais visitar os Ukitakes, Ária-sama? – indaga um criado confuso.

– Depois, vamos primeiro na mansão Hakurei.

– Sim senhora. – responde o mesmo mudando de caminho.

......

Enquanto isso, o nobre capitão se via novamente em seu gabinete, agora pensativo: ‘ porque os deuses brincam conosco? Sempre fazem o que querem e sempre pedem algo em troca, sempre desejam a submissão humana ou seu extermínio, mas, Apsu diz não querer nada! De certa forma, a existência de pelo menos um Kuchiki é garantia para a continuação do mundo como se conhece, pois sem que os outros saibam guardamos a prisão de um exercito de demônios, antes deuses. E como sempre, minha pequena Órion, no meio de tudo!

......

Futuro:

– Mamãe, quando verei minha pequena irmã? – indaga um jovem de frágil aparência e pálido como papel, com a voz trêmula em uma cama.

– Meu querido, paciência! Ela será perfeita, por isso leva-se um tempo para isso. Mas os médicos e Mayuri taichou me prometeram que dentro de um ano, amamentarei uma bela criança, forte, saudável sem o mal que nos assola. – fala docemente Kuchiki Yuna, pegando na mão de seu filho que recebia uma transfusão de sangue.

– É lamentável que um ser que ainda nem foi gerado, carregar em frágeis ombros um destino tão...tão cruel e pesado! Sem poder escolher seu próprio caminho. Tendo que andar por caminhos já traçados para ela sem nem ao menos ser consultada. Eu queria tanto ser forte e protegê-las, cuidar de você e deixar que ela vivesse uma vida normal como qualquer criança.

– Não fale assim Kouga! Embora esteja certo! Há coisas que não podemos escolher, simplesmente nos são impostas e devemos cumpri-las. Esses são um dos deveres de um Kuchiki. Se não for meu, seria seu, agora será dela. Um Kuchiki é destinado a grandezas, mas também a enormes responsabilidades, são coisas que não podemos evitar, estar em nosso sangue!

......

Presente:

Hakurei estava em seu jardim quando recebe a noticia, estranhou a inesperada visita, como ela soube e o queria ali? Porém aceitou de bom grado. Esperou a jovem num coreto em meio ao jardim:

– Kuchiki Ária! A que devo tamanha honra? Confesso que fiquei surpreso!

A jovem entra trêmula, tentou manter a pose aristocrática, mas assim que seus olhos cinza encontraram os azuis celestes: - perdoe-me Hakurei-dono, por aparecer assim, mas é que as circunstan...aaaiiii.... – a jovem tropeça na barra do kimono, caindo no pequeno lago no centro do coreto, molhando seu anfitrião.

Hakurei ficou assustado, mas logo retornou seu semblante sereno, ao recordar das historias que Órion discorreu sobre a irmã, não acreditou até ver aquela cena, sempre vira Ária em seu porte impecável e controlado, mas ela era mortal e como toda alma tinha seus defeitos e qualidades, sorriu: - você estar bem senhorita? – indaga sorrindo do constrangimento da moça e a ajudando levantar-se.

– Me...me perdoaaaa..... – pede a jovem envergonhada e chorando.

– Não se preocupe com isso, pelo menos foi somente água, e o mais importante você estar bem.

– o senhor não estar com raiva...hunf...

– Claro que não, nunca gostei de mulheres perfeitas, é melhor se trocar para não adoecer.

– arigatoo Hakurei-sama. –agora sorria a jovem encharcada, deixando á mostra as curvas sob a veste molhada que delineava com perfeição o corpo feminino.

..................

– ‘Seria insanidade minha em pensar ser a mesma Órion por quem me apaixonei que retornou? Um pouco diferente, sim. Mas a mesma personalidade, a mesma consciência! Shouri não tinha tanta maturidade e conhecimento de seus verdadeiros poderes, a mesma reiatsu avassaladora e violenta a técnica impecável em altos kidous! Shouri não havia sequer chegado aos médios. É ela, somente pode ser ela! Por isso os cuidados de Byakuya e tem algo que somente eles sabem!’ – refletia um homem vendo sua esposa desacordada na cama.

..............

– É melhor voltar para casa, creio que depois de tanta exposição Órion não estar segura, ainda mais aquele homem como a fitou, certamente desconfia de algo. – fala o Kuchiki em seu tom sereno, caminhando pelo Rokubantai.

..............

– Você tem certeza do que me pede Ária-san?! – Hakurei assusta-se com aquele pedido, arregalando bem os olhos celestes.

– Se o senhor aceitar, é que...eu...eu... gostaria de fazer algo pela minha irmã... – abaixa o rosto já chorando... – ela pensa que não sei...mas, eu sei que foi ela quem me deu saúde, eu iria morrer naquela noite em que ela desapareceu e levou três dias desaparecida, quando tínhamos apenas oito anos. Dizem que o grande deus Anupu me deu a vida, mas se não fosse minha Órion, eu já teria morrido!

– por que isso agora criança, peso na consciência, ao que sei você não fora boa irmã nesses últimos anos. – fala Hakurei lhe enxugando as lágrimas.

– talvez, mas, foi ora por medo de perdê-la, ora por ciúmes.

– Como assim?

– Órion sempre foi a favorita do meu otou, mesmo com as travessuras dela, o Conselho de anciãos sempre a estimou, pois sempre souberam ser ela nobre legítima, eu tenho sangue de Ukitake, porém como não sabia de tudo isso naquele tempo, eu a odiava. Mas...o medo de perdê-la em alguma missão shinigami me corroia a alma também, tinha que me sobressair a ela de alguma forma, por isso me tornei uma verdadeira dama da nobreza e comecei a envenenar o otou contra ela. E hoje, essa é a forma de eu me redimir com ela.

– Você sabe que se não der certo, poderemos enfrentar um capitão do Gotei 13 bem furioso. = sorria o homem: - e seu avô ainda por cima.

= Eu sei, mas a nee-san me contou que o senhor é muito forte e têm muitos talentos escondidos, um taichou não lhe seria nada, mesmo se tratando do meu avô, pois o senhor vem lutando a eras com arrancares e demônios. – fala Ária de orbes brilhando.

– apostas tanto assim em mim?! – o homem estranhou: - e como encontraremos esses documentos?

– Eu falei com Jibrail-sama, então ele deu-me esta tira de papiro, disse-me que assim que ela brilhar, encontraremos os documentos. O oji deve estar muito ocupado com a obaa e a Yuè.

– Tudo bem, eu estava mesmo entediado, mas, quando penso que ficarei longe do teu Clã, vocês mesmos me procuram. Será bom mesmo ter um favor Kuchiki só por garantia.

– espero que não cobres algo inviável Hakurei-san.

– Se falas de pedir Shouri em casamento? Esqueça isso, já desisti disso. Órion tem uma sina e não pode mudá-la, tenho outra coisa em mente, porém o cobrarei mais adiante. Vamos?

– Hai Hakurei-san.

Ambos levantam-se e seguem pelas ruas do Seireitei, o homem de cabelos cinzas e orbes celestes caminhava altivo e a passos lentos, com ares de tédio ao fitar as pessoas que os olhavam, porém abria um sorriso toda vez que a alba lhe chamava a atenção com um gesto ou um olhar. Ela ora corria a sua frente, ora parava e o esperava. E quando este aproximava-se, Ária lhe segurava a mão e o puxava para ver qualquer coisa que a interessava.

– eu acho que já vi essa garota em algum lugar. – fala alguém observando o casal caminhando.

– Deixe de ser idiota, são nobres, não notou as roupas. A menos que você frequente os eventos deles. Mas aquele homem aparenta ser bem forte.

Quando Hakurei notou ser o motivo da conversa, fitou os dois shinigamis ao passar por eles, tomando pela mão de Ária quando um que se virava para eles naquele momento chamou o nome da garota:

– A-Ária-san?! O que fazes aqui sozinha.

– Hããã?! Abarai-san?! – grita a menina: ‘ele irá contar ao otou!’ assustada.

– Tenha respeito ao se retratar a um nobre shinigami, principalmente quando for uma donzela. Ao que sei esta dama não te deve explicações. – fala o nobre irritado e arrogante, fitando o outro com desprezo.

– e que é você para falar comigo assim? – indaga o ruivo bravo.

– deveras você é mais um que buscou na carreira militar um estilo melhor de vida, porém a falta de educação o denuncia ser dos distritos de Rukongai, fukutaichou. Byakuya não soube nem escolher um tenente a altura. Vamos Ária. – fala o homem, porém sem dar um passo.

– Hai Hakurei-sama. – responde a alba o puxando sem êxito.

– Retire o que disse, podes ser um nobre, mas não permitirei que me humilhe; - berra o tenente que se aproximava velozmente, todavia...

– Verme insolente, eu luto apenas contra deuses ou demônios, não me rebaixarei duelando com você. – responde numa explosão de reiatsu lançando o tenente para longe. Vamos Ária. – pega a menina pela cintura e desaparece.

– Desgraçado! Isso não ficará assim! – berra o fukutaichou levantando-se furioso:’ esse homem é muito forte, mas não é shinigami e pelo jeito conhece muito bem o capitão, tanto que acompanhava a Ária.

..........

– Ária, o que fazemos no primeiro bantai se teu oji é capitão do 13º?

– Porque é aos cuidados do Comandante Kyouraku, melhor amigo do oji que estar os pergaminhos da nee-chan. – responde do alto de uma arvore mirando para dentro do escritório.

– E como você sabe disso, acaso foi Órion quem o disse? – pergunta a segurando pela obe, já que esta quase caía: - tenha cuidado menina.

– Arigato Hakurei-san. Não, ela nem o imagina, a alguns anos atrás, quando éramos crianças e ela treinava com a obaa Hikari e eu passeava com o oji, o vi entregando esses documentos para Shunsui-jii-san, pois ele temia que algo lhe acontecesse e esses documentos caíssem em mãos erradas, mas ele nunca soube que somente a nee-chan os poderia abrir, pois são protegidos por um forte feitiço.

– E você quer que eu enfrente o Comandante das treze divisões de guarda da corte?

– Claro que não, Shunsui-jii-san deve estar cochilando em algum lugar por ai, somente devemos tomar cuidado com a tenente Nanao.

– Então entremos logo, já que a meu ver não há ninguém no gabinete. – fala o homem descendo com a menina na varanda.

– Vamos rápido, ainda tenho que visitar o oji e a obaa. – diz Ária correndo com o pedaço de papiro na mão.

Eles procuraram, já estavam quase desistindo, quando ao passarem próximos a uma parede, o papiro brilha: - É aqui Hakurei-san, enfim achamos. – elucida a garota sorrindo.

– É uma parede falsa! – fala o homem rasgando a mesma e entrando no cômodo estreito.

– Veja! Ali estão brilhando. – ela os pega.

Porém quando já iriam sair da sala secreta, ouvem uma voz:

– Nanao-chan? É você que estar ai?

– É o Comandante!!! O que faremos Hakurei-san?!

– ou dizemos a verdade ou o enfrentamos.

– Não podemos, para tal atitude, o futuro deveria ser revelado e o segredo do meu Clã exposto, sem mencionar a identidade de Órion ficaria publica e o otou me mataria dessa vez, e a confiança do oji em mim?

– Então resta uma opção apenas. – diz o homem evocando sua grande alabada.

– Quem estar ai, responda? – ordena Shunsui se aproximando bravo.

Ária desesperou-se levando a mão ao pingente do colar de Anupu, que Órion não fizera questão quando ela foi o devolver, o deixando aos seus cuidados: - como eu queria ter o poder da nee-chan de se teleportar para qualquer lugar. – abraça-se a Hakurei, enquanto Shunsui se aproximava com uma enorme pressão espiritual.

– Vamos covarde, saia dai imediatamente. – já bem próximo da entrada com suas zampakutous nas mãos.

O colar brilha, Hakurei já empunhava sua alabada esperando o confronto, mas, por um breve piscar...

.......

– Hããã?! Não há ninguém?! Mas eu tenho certeza que...não!!!! os documentos de Órion?!!!

.....

– hãaaa???!!!AAaaaa...vamos morrer... – gritava Ária abraçada a Hakurei precipício abaixo.

– Como?!!! – o homem assusta-se, mas ao se dar conta da situação, apoia-se nas encostas e sobe com agilidade de gato velozmente: - Como você fez isso?!

– Eu não fiz nadaaaa....obrigada mais uma vez Hakurei-kun. – chorava a menina abraçada ao tronco masculino.

– Alguma coisa me diz que já não estamos mais no Seireitei! Hoje é um dia daqueles! Toda vez que uma Kuchiki cruza o meu caminho, isso acontece.

......

– Ária?! – elucida Órion ao deixar de sentir a presença da irmã: - isso não é bom!

– o que não é bom, querida? – indaga Byakuya chegando nesse momento.

– Aaa... By-by-sama?! O que fazes aqui?!

– Eu moro aqui! – responde sereno.

– Di-digo, uma hora dessas?!

– Fiquei preocupado com você. – fala já bem próximo dela.

– Mas...mas, estou bem...veja.

– Não me parece, estás tensa. – fala o moreno levando a mão ao rosto feminino, o acariciando.

– Agora...fiquei tensa...nyahhh!!!!- gagueja rubra, vendo o rosto do outro se aproximando do seu.


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Notas finais do capítulo

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é maios ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós própios.

Suave é viver só
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Ricardo Reis
Fernando Pessoa



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