POV Chitoge

Comecei a caminhar, não falo com o Raku dês do dia em que nos encontramos na loja de bolos, na segunda feira, e hoje já é quarta.

Caminhei sem perceber que havia caminhado em direção há casa do Raku.

Parei em frente ao portão, abri-o sem ninguém perceber minha presença, entrei e comecei a andar pela lateral da casa, escutei uma voz feminina melosa.

–Raku-sama, vamos ao parque?

Observei de longe Raku de costas com a mão na cabeça e a Marika segurando a outra mão.

–Eu pretendia ficar estudando hoje, mas se você quer ir.

Ela abriu um sorriso largo, ao me vero sorriso nem vacilou, Raku ia se virar, ela impediu. O impediu com um beijo, ele nem se afastou, pareceu até que queria aquele beijo. Dei um passo para trás e fez barulho de folhas.

–Chitoge?

– Haaa- sorri- Eu não queria atrapalhar, eu só vim, hã...- pensei coçando a cabeça, sorri.

–Chitoge eu...

–Calado, porfavor.-Abaixei a cabeça, ele se aproximou e tentou pegar meu pulso, não deixei. Levantei a cabeça sorrindo- Quero ser sua amiga, afinal, passamos tanto tempo juntos.

Idiota!Eu quero que você morra! Morra! Lagrimas caíram, virei o rosto.

–Chi...

Limpei a lagrima, comecei a andar em direção a saída.

Comecei a andar mas, as lagrimas não paravam, por que? Para de cair, por favor, com a vista embaçada comecei a correr mas escutava ele me chamar, corri mais até chegar na rua, foi tudo tão rápido, o carro vinha me minha direção mas algo me empurrou e eu bati a cabeça em algum lugar e tudo se apagou.

...

Uma mão quente segurava a minha, abri os olhos com dificuldade, minha cabeça girava.

–Papai-chamei assim que consegui ver, ele estava ali dormindo.

–Hã?! Chitoge!-Chamou com um ar preocupado e me abraçou.-Você está bem, que ótimo!

–Pai, você está me sufocando.-Ele afastou sorridente.-O que aconteceu?

–Você não lembra? O Raku pulou na frente do carro pra você não se machucar. Mocinha- a voz dele mudou par ao modo “Pai severo” –O que fazia atravessando a rua sem um adulto? Não olhou para os dois lados?

–Pai eu já sou gran-parei, tanta informação que nem percebi-Pai! O raku ele...ele...

–Está bem, está no quarto ao lado.-Tentei me levantar-Já está tarde, tenho que ir e ele deve estar descançando. Você também devia, aprecie as flores que nosso pessoal lhe deu, olhei para frente um mar de rosas vermelhas , sorri, são uns fofos.

–Okay, que dia é hoje?

–Quinta-ele olhou o relógio – 2 minutos para ser sexta.

Ele sorriu e se levantou, parou na porta.

–Ele está no quarto à esquerda-sorriu e fechou a porta.

Sorri, esperei os dois minutos, mas não me levantei.

Imagens do ocorrido passaram em minha mente, até que...~ Idiota! quero que você morra~

–Eu nunca devia ter desejado aquilo-Abaixei a cabeça, me levantei e fui até a porta.

Suspirei e caminhei até o quarto, não ia entrar, mas escutei como se alguém estivesse vindo, entrei rápido e fechei a porta.

Virei e vi muitas flores amarelas espalhadas no quarto.Sorri.

– Porque fiz isso?

–Veio me ver?-a voz rouca e doce do Raku me fizeram virar para ele.

Meu coração doeu, ele estava com alguns ferimentos na testa e o braço quebrado, me aproximei.

–Raku-toquei o braço quebrado, lagrimas caíram.

–Ei eu to bem, foram só arranhões. Eu já devia estar em casa e você também, mas nossos pais falaram pra ficar mais, sabe como são...

É tudo culpa minha, eu nem pretendia sair correndo, nem mesmo pretendia ir a sua casa, eu devia ir acampar sozinha.

–Sozinha?

–É queria pensar um pouco.

–Chitoge, sobre o beijo que você acha que viu.. na verdade foi na bochecha, bem perto pra falar a verdade, mas foi na bochecha.

–Não me importo, eu so queria saber se estava bem, então, vou indo.

Ele segurou meu braço.

Não desviei o olhar.