Entramos na sorveteria – que mais parecia uma lanchonete – e pedimos nossos sundaes. A atendente disse que tinha mais coisas para comer. Papai deixou eu pegar um cachorro-quente e uma latinha de refrigerante. Loki e eu compartilhamos o cachorro-quente e a coca-cola. Vi que o Tony estava Forever Alone e compartilhei um pouco do cachorro-quente e do refrigerante com ele.

– A gente veio fazer alguma coisa aqui papai. – eu disse desconfiada – O que é?

– Comprar roupas. – ele respondeu simplesmente.

– Mais roupas? – eu perguntei assustada. – V-vocês compraram um monte de roupas no domingo e agora mais roupas?

– Quero me distrair um pouco. Não quero virar o Hulk tão cedo.

– E eu aqui pensando que era doida. – sussurrei para o Loki e ele assentiu.

Certo tempo depois, pagamos tudo e fomos fazer a tal das compras do papai.

Entramos em uma loja que só vendia roupas masculinas. Quando entramos na loja e Loki abriu um sorriso.

– Que foi? – perguntei para ele.

– Eu amo essas roupas. – ele soltou da minha mão e foi ver algumas roupas.

É logico que as roupas que ele viu eram verdes, pretas e douradas. Sabe como ele é.

Eu e mamãe ficamos conversando enquanto o Loki, o Tony e o papai se deliciavam com aquelas roupas.

Eu não sou de conversar com a minha mãe nesses últimos tempos, por causa do papai – que é incrível – e o Loki. E o Tony. E o Thor. E o Barton.

Ok. Parei.

Depois de uma hora ou mais, eles saíram com muitas sacolas daquela loja. Loki estava muito sorridente e estava cochichando com o papai. Eu olhei para eles com fúria e quando notaram, paparam.

– Posso saber o que estavam cochichando? – perguntei com raiva para o Loki e para o papai.

– Logo você vai saber. – eles responderam em uníssono.

– Me ajuda aqui Florzinha? – Tony disse me dando algumas sacolas.

– Ajudo. – respondi pegando as sacolas que ele me deu.

Colocamos as coisas no carro e fomos um pouco na Torre Stark. Pepper ficou feliz por ter recebido a gente. De novo. Comemos algumas pizzas – as que sobraram de ontem – e tomamos suco natural que o Loki e eu fizemos juntos.

Voltamos para casa e assistimos alguns filmes e depois de um tempo, Loki pediu seu eu queria sair com ele. Eu aceitei de bom grado. Ele disse que era para eu me arrumar muito formalmente porque era um lugar chique.

Fui tomar banho e me arrumar.

(Roupa do Loki.

Terno: http://clayrodrigues.files.wordpress.com/2009/07/00001f.jpg

Gravata: http://www.lorenzo-cana.com/krawatten/bi/42/42036kn2.jpg

Sapato: http://www.oscarcalcados.com.br/images/product/D35F5121105090101.JPG )

(Roupa da Gen)

Ele chamou um taxi que nos levou até um restaurante em que eu chutava ser francês.

Chutei certo.

Chegamos naquele lugar e todos estavam falando francês!

– Você fala francês? – perguntei para ele ainda dentro do taxi.

– Sim. E você?

– Claro. – respondi empinando o nariz.

Ele riu quando eu fiz isso.

– Ande de nariz empinado mesmo. – ele ofereceu seu braço para mim e eu aceitei – Você vai precisar. – ele sorriu e fomos pedir nossas reservas.

Enfrentamos uma fila um pouco grande e enquanto estava na fila eu notei que as garotas da minha idade me olhavam com nojo. Eu nada boba segui o conselho do Loki e fiz o mesmo com elas. Depois de um tempo chegou nossa vez de ser atendido.

A atendente usava o uniforme do restaurante, branca, tinha cabelos pretos que iam até a altura da cintura, olhos castanho claro e estava com a cara um pouco amarrada. Acho que ela é francesa natural.

– Vous avez déjà une réservation? (Você já tem sua reserva?) – ela disse.

– Bien sûr. (Claro.) – Loki disse.

– Tell. (Diga.)

– Banner. Loki Banner.

Quando ele disse “Loki Banner” tanto eu quanto ela arregalamos os olhos. Eu olhei imediatamente para ele e ele sorriu.

Ela deslizou o dedo por toda aquela folha de papel enorme e no finalzinho dela estava escrito “Loki Banner. Mesa 65. Dois lugares” só que em francês.

– Tableau 65. Au bout du couloir à gauche. (Mesa 65. Final do corredor à esquerda). – ela disse apontando com a mão direita para a nossa mesa. – Bienvenue! (Sejam bem-vindos!) – ela disse e depois abriu um sorriso.

– Quando conseguiu uma reserva aqui? – perguntei enquanto andávamos pelo restaurante de nariz empinado e todos nos olhavam com fúria.

– Domingo.

– Mas no domingo você ficou o dia todo comigo!

– Seu pai deu uma escapada e marcou uma reserva aqui para a gente. Ele conseguiu fazer meus documentos originais. RG, CPF, Registro de nascimento... tudo como se eu fosse um humano assim como você. – meu queixo caiu – Ah, e antes que pergunte, ele pegou meus dados na S.H.I.E.L.D.. De nada.

– Você falou igualzinho o Barton agora. – eu disse.

– Aqui. – ele disse quando chegamos a nossa mesa – Eis a nossa mesa. – ele foi todo cavalheiro e puxou a cadeira para mim.

– Obrigada. – eu disse ficando corada e me sentando na cadeira.

– De nada, meu bebê. – ele disse se sentando em sua cadeira.

– Bonne nuit. (Boa noite.) – um garçom disse para nós nos entregando os cardápios. Ele tinha estatura mediana, negro dos olhos verdes e aparentemente bem simpático.

– Bonne nuit. – Loki e eu respondemos.

– Ce qu'ils veulent? (O que desejam?) – ele perguntou.

Loki e eu olhamos um tempo para o cardápio. Eu ia falar, mas ele tomou a palavra.

– Filet mignon pour 2 personnes, 2 champagnes, 2 petit gâteau avec des fraises et glace à la vanille pour le dessert (Filé mignon para 2 pessoas, 2 champagnes, 2 petit gateau com morango e sorvete de creme como sobremesa.) – olhei para ele e sorri enquanto o garçom anotava tudo no papel. O graçom assentiu.

– Maintenant apporter leurs revendications. (Já trago seus pedidos.) – ele disse.

– Merci. (Obrigada.) – eu disse.

– Merci. (Obrigado.) – Loki disse.

O garçom colocou o papel embaixo de um peso que tinha na mesa e foi buscar nossas coisas. Poucos minutos depois ele veio com nossas coisas e disse que depois que comêssemos o que pedimos primeiro, viria a sobremesa. Nós concordamos e começamos a comer.

A comida era realmente boa, mas quando eu fui beber o champagne... Não deu. Eu quase vomitei! Depois dessa do champagne, descobri que tenho intolerância total ao álcool. Loki ficou assustado quando me viu quase vomitando, mas não se espantou muito. Ele já desconfiava que eu não ia aguentar beber aquele negócio.

Enquanto comíamos a sobremesa, começou a trovejar e senti que Loki ficou com medo. Tanto que ele parou de comer a sobremesa.

– Tem medo de trovão? – perguntei.

– Não gosto muito do que vem depois. – ele respondeu.

Ele estava um pouco assustado de mais. Se inclinou um pouco para frente para me olhar.

– Genevieve, eu quero que me ouça com atenção... – alguma coisa grande e forte o atinge repentinamente rachando a mesa de dez lugares a nossa retaguarda, e rachando a parede do restaurante.

– Estou ouvindo atentamente querido. – eu disse.

Todos começaram a me olhar com fúria. Uma garota me olhou com tanta fúria que ela poderia ter me matado só com o olhar.

Continuei sentada normalmente e olhando para o rombo que a coisa fez na parede levando o Loki junto com ela.

No outro lado da rua eu pude notar com clareza o Loki rolado a rua e quase sendo atropelado por um carro. Eu me levantei assustada e notei que a coisa que o atingiu era o Thor.

– Seu filho da... – eu disse rangendo os dentes.

Foi nessa hora que eu me lembrei que sou digna de empunhar o Mjölnir. Comecei a andar entre os escombros com cuidado para não cair e cheguei até o Thor.

– E aí Grandão! – eu disse para o Thor.

– Genevieve? – ele perguntou assustado.

– Sim. Genevieve. – olhei com fúria para ele – Você sabe muito bem o que posso fazer com você não sabe? – ele me olhou assustado e segurou firme o Mjölnir. Estendi minha mão em direção ao Mjölnir – Em nome de Odin eu tomo de você o seu poder!

A mão dele abriu contra a vontade dele e veio em minha mão.

– Você não pode fazer isso Genevieve! – ele disse assustado.

– Ah eu não posso? Mas agora já fiz.

Lancei o Mjölnir em direção à cabeça dele que o acertou imediatamente e o fez sair voando. O Mjölnir estava preso em sua cabeça e enquanto ele voava em direção à um prédio ele agarrou o Mjölnir e tentou tirar ele de sua cabeça. Não adiantou nada. Ele estava sentindo o verdadeiro peso do Mjölnir pela segunda vez em sua vida.

Ele atingiu um prédio fazendo ele partir ao meio. Loki estava se contorcendo de dor, mas conseguiu erguer o olhar para mim. Ele ficou muito assustado porque viu que eu estava pelo menos um metro mais alta.

– GENEVIEVE! – ele gritou – QUERIDA, CUIDADO!

Me virei para trás imediatamente e agarrei o Mjölnir com a mão direita e segurei o Thor com a mão esquerda. Coloquei segurei ele pelo pescoço e o fiz olhar no fundo dos meus olhos. Os olhos deles era muito lindo e tive que me concentrar mais no que dizer a ele.

– Nunca mais bata no meu namorado, cunhadinho. – eu ergui ele o mais alto que pude e enfiei a cabeça dele no asfalto. – Em nome de Odin eu devolvo a você o seu poder!

Coloquei o Mjölnir no chão e fui ao encontro do Loki.

– O que... – ele disse assustado. Ele começou a se contorcer de dor – Ai! Como você conseguiu...

– Eu dou digna de empunhar aquela coisa. – eu disse simplesmente e ele sorriu.

Eu me abaixei e passei a mão no rosto dele fazendo a dor do corpo dele parar.

– Obrigado meu amorzinho. – ele disse sorrindo e me abraçando.

– Estou com frio. – eu disse para ele.

– Não vai mais ficar.

Ele se levantou, tirou o terno e o vestiu em mim.

– Obrigada. – eu disse ficando corada.

– De nada. Vamos pagar a conta?

– Sim.

Chegamos ao caixa e pagamos tudo. – inclusive o rombo feito na parede, as luzes queimadas e a mesa rachada.

Depois de termos pago tudo, Loki chamou um taxi e fomos esperar um pouco.

– Onde você arranjou tanto dinheiro? – perguntei curiosa para o Loki.

– O Stark me deu. – ele respondeu – Acho que ele está gostando de mim. – nós rimos nessa parte.

– Ele é uma cara legal. – eu disse e ele assentiu – Nunca conheci ninguém como ele.

– Já conheceu alguém como eu? – ele perguntou curioso.

– Não. – respondi rindo – Você foi o primeiro cara que eu conheci que não me tratou como um lixo.

– Jura?

– Juro.

Ele sorriu para mim ficando corado e olhou para baixo.

Depois um certo tempo o taxi chegou e fomos para casa. Chegando em casa contamos tudo para meus pais.

– Acho que vou ter que virar antissocial. – eu disse.

– Por quê? – mamãe perguntou.

– Não tenha um dia que eu não saia de casa e corra risco de vida mãe! Mesmo com o Loki por perto!

– É. – ela disse assentindo duvidosamente – Mas você consegue se defender sozinha!

– Sim, mas mesmo assim eu corro risco de vida, mãe!

– Ok. – ela disse por fim – Vamos ver o que posso fazer com você Genevieve.

– E o Thor, querida? – papai perguntou.

– Não sei. – respondi – Eu só coloquei a cabeça dele no asfalto e fui ao encontro dele. – eu disse apontando para o Loki e ele assentiu.

– Loki você disse que ela ficou pelo menos um metro mais alta? – papai perguntou para o Loki.

– Sim. – Loki respondeu – E ela estava... com os músculos do braço... muito expandidos. – todos olharam para mim.

– Que foi? – perguntei – Eu não tenho culpa de nada. – eu disse levantando as mãos em sinal de rendição – Sou filha do Incrível Hulk. Vocês querem o quê?

Todos começaram a rir. Depois de um tempo fomos dormir tranquilamente.

Ou eu pelo menos acho que seria tranquilamente.