Olhei curiosa para ela.

– Ele quem mamãe?

Ele apontou para o Loki.

– Ahh! O Maluco de Asgard? O Loki?

– O que ele está fazendo aqui? – perguntou papai.

– Me ajudando com os afazeres da casa.

– Sério? – eles perguntaram assustados, porém animados.

– Sim. Loki terminou de limpar tudo?

– Não Gen. – ele disse – Faltam os quartos das visitas, o seu quarto e o corredor lá atrás.

– Ótimo. – eu disse – Termine de limpar tudo e depois a gente lava os banheiros.

– Ok.

Ele entrou em um dos quartos.

– Nunca pensei que o Maluco de Asgard viria te ajudar. – disse papai.

– Eu ouvi isso! – Loki gritou.

– Gente, subam e coloquem essas coisas lá em cima e fiquem por lá mesmo enquanto Loki e eu terminamos de limpar tudo ok?

– Claro filha. – disse mamãe.

– Ok. – disse papai.

Eles começaram a subir a escada da esquerda, então eu lembrei que o Loki já havia limpado aquela escada.

– Pela outra escada. – eu disse.

– Por quê? – eles perguntaram juntos olhando para trás.

– Porque o Loki acabou de limpar ai.

– Ele limpou a escada? – perguntou papai.

– Papai, ele está limpando toda a galeria.

– Puxa. – mamãe e papai disseram fazendo uma cara tipo:

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Eles saíram da escada da esquerda e foram pela escada da direita.

Mamãe assim que chegou a seu quarto notou que tudo estava bem arrumado e brilhando. E seu inseparável espelho estava mais brilhante do que nunca.

– Esse Maluco de Asgard não é tão maluco assim. – disse mamãe impressionada com o que viu.

Quando papai chegou ao quarto dele notou que tudo estava mais organizado do que antes. Ele largou as compras em cima da cama e saiu na galeria.

– Filha, – gritou ele – tem certeza de que não foi você quem arrumou meu quarto?

Eu comecei a rir.

– Tenho papai. Loki é bem caprichoso. Por quê?

– Suba aqui.

– Tudo bem.

Eu subi as escadas e fui ao quarto dele. Eu entrei no quarto dele e ele entrou atrás de mim.

– Está vendo? Você que arrumou isso? Não minta para mim.

Eu fiquei impressionada.

– Não fui eu quem arrumou aqui papai. Eu só estou arrumando lá em baixo.

– Meu Deus! – ele respondeu impressionado. – Que horas ele chegou aqui? Você o chamou?

– Ele chegou aqui umas 7h00min mais ou menos bem na hora em que eu coloquei AC/DC para tocar, então eu pedi a ajuda dele e ele me ajudou.

– Como ele veio aqui?

– Apareceu cantando T.N.T. atrás de mim me dando um susto.

– Ele não fez mais nada além disso, não é?

– Não papai. Por quê?

– Porque da última vez em que ele veio aqui...

– Shhh. – eu interrompi ele – Não diga nada papai. Não quero ver o outro cara aqui. Agora fique um pouco junto com a mamãe e tente se desestressar, ok?

– Ok.

– Venha.

Eu peguei na mão dele e levei até o quarto da mamãe.

– Mamãe. – eu disse – Tem alguém aqui que quer conversar com você. – eu fiz o papai entrar no quarto. Ele estava corado – Fiquem a vontade. – eu saí do quarto e fechei a porta.

Desci as escadas e voltei com o desengordurante. Deixei ele agir durante um tempo e depois peguei a buchinha e comecei a esfregar. Depois de muito esfregar aquela coisa, ela saiu. Isso foi uma vitória. Terminei de limpar o chão da sala, da cozinha, da área de serviço e fui à área de serviço, enchi dois baldes com água e produto cheiroso e subi as escadas.

– Loki. – eu chamava – Loki. Onde está você?

– Aqui.

Ele apareceu na minha frente como um fantasma.

– Quer me matar de susto? Eu já te disse para não fazer isso.

– Por que você tem tanto medo?

– Não tenho medo. Eu me assusto.

– O que você quer?

– Já terminou de limpar tudo aqui em cima?

– Claro. – ele olhou para as minhas mãos – Para que os baldes?

– Para lavar os banheiros. Me ajuda?

– Só ajudo se eu lavar o banheiro do seu quarto.

– Seu idiota. – eu disse rindo.

– Por quê? – ele perguntou rindo.

– Porque sim.

– Não vai dar para lavar os banheiros agora.

– Por quê? – eu perguntei desanimada

– Olhe a hora.

Eu olhei para o relógio que fica acima da porta da sala de estar.

– 11h00min. – eu disse.

– Isso. Quer que eu guarde esses baldes na área de serviço enquanto você começa a fazer o almoço?

– Claro. Claro.

– Depois eu volto e te ajudo com o almoço, – ele pegou os baldes das minhas mãos – ok?

– Ok.

Nós descemos as escadas juntos. Ele foi à área de serviço e eu fui para a cozinha.

Coloquei a água para ferver e abri a geladeira e peguei uma cebola pequena e comecei a pica-la para fazer a macarronada.

– Querida. – disse Loki entrando na cozinha – Não corte essa cebola. Deixe que eu corte.

– Por quê?

– Não quero ver você chorando.

– Mas...

– “Mas” nada. – ele me interrompeu – Procure outra coisa para fazer.

– Descongelar o peixe?

– Claro.

Ele pegou a faca da minha mão e começou a picar a cebola. Não demorou muito ele estava chorando.

– Não adiantou nada tirar a cebola da minha mão para você chorar. – eu disse rindo.

– Fique quieta – ele respondeu secando as lágrimas.

– Ok. – eu levantei as mãos como se dissesse “Eu não fiz nada!”

Enquanto o peixe descongelava, o arroz cozinhava.

– Acabei. – disse Loki secando as lágrimas

– Vem cá. – eu comecei a secar as lágrimas dele – Depois você fala que não é um bebê chorão. – eu disse rindo.

– Cale a boca! – ele respondeu.

– Cuidado com essa faca Loki. – eu disse com medo.

– Ah é. – ele colocou a faca em cima da pia – O que eu faço agora querida?

– Fala baixo seu maluco. Quer que o papai e a mamãe ouçam? Procure uma panela, coloque sal, um fio de óleo, encha de água até onde for necessário, coloque para esquentar para fazer a macarronada e tire o peixe da água. Enquanto isso eu procuro a farinha de trigo, ok?

– Ok. Para que farinha de trigo?

– Para passar no peixe para que ele não vire uma meleca na hora em que for fritar entendeu?

– Entendi.

Eu fui à dispensa procurar a farinha de trigo. Quando cheguei à dispensa tive uma sensação estranha como se algo ruim fosse acontecer ali naquele lugar. Pensei que fosse coisa da minha cabeça e ignorei. Achei a farinha de trigo e voltei para a cozinha.

– Quer ajuda? – perguntou Loki.

– Não precisa. – eu coloquei o pacote de farinha de trigo na mesa – Como está indo aí?

– O arroz está quase cozido, eu acho.

– Por que “eu acho”?

– Ah, venha aqui ver você mesma.

Eu fui ver o tal arroz. Ele estava quase cozido mesmo.

– Está aprendendo a cozinhar ou você já sabia?

– Frigga, nossa mãe, ela me ensinou algumas coisas e eu aprendi rápido. Ela em toda Asgard é a única que me ama de verdade, mesmo sabendo que eu não sou um deus do clã Æsir como o de todos e sim um Jotun. Ela me ensinou muita coisa e eu não sei o que vai ser de mim sem ela.

Depois de ter terminado todo o almoço, eu subia as escadas e fui ao quarto da mamãe, chamar ela e o papai para virem almoçar. Abri a porta.

– Mamãe, papai. O alm...