As Long As You're There escrita por iheartkatyp


Capítulo 6
I think I love you so what am I so afraid of?




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Clara mal acreditava no que acabara de acontecer. Seus lábios rosados encostaram nos lábios molhados e entreabertos da fotógrafa que havia lhe deixado louca por todos esses dias. Clara sorriu durante o encostar de lábios, e Marina teve o coração quase pulando boca á fora. Marina afastou-se centímetros de Clara, ainda encostando seus narizes. Os olhos quase cheios d'água lhes mostravam que o sentimento que crescia em ambas era totalmente puro. Marina não sabia como chamar aquilo. Nem ao menos sabia o que estava sentindo. Seu coração lhe dizia para avançar novamente para cima de Clara, uma vez que era óbvio que ela não recusaria nada que Marina fizesse. Mas a mente atordoada de Marina a impedia de parar de pensar na família de Clara. Ela sabia o que estava fazendo, e não sentia orgulho disso. Mas seus instintos não a permitiram de se afastar dela. Marina suspirou, com o nariz junto ao de Clara, enquanto Clara sorria feito boba.

–Me... -Começou, afastando-se de Clara. -Me desculpa. Eu não... Eu não podia ter feito isso. -Ela se virou, reprimindo-se. Clara não deixou que ela se afastasse, puxando-a pelo braço. Não deu tempo para que Marina sequer pensasse, e a puxou para um beijo desesperado. Marina riu do desespero desajeitado da dona de casa, mas não se atreveu a afastá-la. Clara a beijava desesperadamente, enquanto Marina puxava os fios lisos do cabelo castanho dela. As duas se encaixavam de maneira perfeita. De jeito que Marina nunca havia se encaixado com ninguém. Os dedos finos de Marina se posicionaram na cintura de Clara, e ela a puxou para mais perto. Seus seios se roçaram através do sutiã e Clara sentiu sua intimidade se contrair. Não conhecia aquelas sensações, mas só costumava sentí-las ao fim de uma transa com Cadu. Ela estava tendo um orgasmo sem nem ao menos ser tocada direito? Aquilo não fazia sentido. Com a respiração pesada de Clara em aeu pescoço, Marina desceu as mãos até o quadril de Clara, explorando o corpo da morena com as mãos. Os olhos de Clara se fecharam assim que os lábios molhados de Marina lhe tocaram o pescoço, fazendo caminhos de saliva em sua pele brilhante. Marina sussurou algo ao ouvido de Clara, mas ela nem se dava mais por si mesma. Não entendendo nada, Clara abriu os olhos quando Marina já estava deixando o banheiro, com um olhar sensual e um sorriso malicioso. Clara observou o corpo da mulher á sua frente sumir Ouviu o encorajamento de Helena ecoar em sua mente, deixando naquele banheiro o medo e a insegurança do que poderia acontecer depois daquilo. Mesmo não entendendo o que Marina havia lhe sussurrado, Clara entendeu o recado. Subiu as escadas brancas de modo que ninguém a visse e, de fininho, se enfiou no quarto bem decorado de Marina. Os olhos fechados, como se precisasse registrar tudo que havia lhe acontecido nos últimos 20 minutos. Marina sorriu, vendo que Clara não havia desistido mesmo quando teve a chance de dar para trás. Clara abriu os olhos de modo delicado, e, sem dizer uma palavra, se sentou ao lado de Marina na cama. Ambas sem reação. Clara não tinha coragem de simplesmente olhá-la nos olhos e perguntar se Marina estava apaixonada por ela. Esse não era o tipo de coisa que se é perguntada, e sim conquistada, alcançada.

–Fala. -Disse Marina, de modo tímido e singular, como se a alma de Clara fosse transparente e ela a estivesse lendo. -Fala o que você tá pensando.

–Falar... Falar o quê?

–Você tá pensando alguma coisa. -Disse Marina, serena. -Teus olhos tão me contando.

Marina se aproximou um pouco mais de Clara, e acariciou seu rosto. Olhou-a no fundo dos olhos, e lhe deu mais um estalo nos lábios. O estalo se tornou dois. Que se tornou três. Que se tornou quatro. E um beijo de verdade fora finalmente iniciado entre as duas. Suas línguas brincavam e se entrelaçavam como se fossem feitas uma para a outra. Clara posicionou as mãos na cintura de Marina, fazendo-a se afastar um pouco de si.

–Eu preciso saber. -Disse Clara, deixando Marina sem nenhuma palavra restante em seu vocabulário que continha até inglês, francês e alemão. Marina sabia que ela tinha algo a dizer. Seus lábios não se moveram até que Clara fizesse outro movimento. -Eu preciso saber o que é isso. Eu preciso saber o que tá acontecendo aqui. Eu não sou assim. Essa não sou eu, Marina. Eu sou casada. Eu tenho um filho. E eu sei muito bem o que é isso aqui. Isso é traição. Mas eu preciso saber. Eu preciso saber o porquê de não conseguir controlar nem as batidas do meu coração quando eu tô com você. O porquê de esse ter beijo ter sido como nenhum outro que eu dei em toda a minha vida. Eu não acredito que eu tô dizendo isso, meu Deus. -Marina viu os olhos de Clara se encherem d'água, e logo levou o polegar até debaixo deles. Limpou as gotas salgadas d'água e ficou em silêncio. Marina se deitou, fazendo com que Clara se deitasse ao seu lado. Marina a abraçou, e ela fez o mesmo, entrelaçando seus dedos nos dela.

Marina esperou até que Clara pegasse no sono, e finalmente confessou:

–Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Aposto que vocês acharam que ia rolar mais do que isso! Hahahahaha ainda vai demorar um pouquinho, mas eu prometo cenas bem quentes!



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