I Hate Everything About You... Why Do I Love You? escrita por Liandra Salvatore Stonem, Oh wow Thaynara


Capítulo 2
Guia de sobrevivência ao inferno... Digo, colégio.


Notas iniciais do capítulo

[Oh Wow Thaynara]: Heey, gnt! ... O que acharam?
Desculpa a demora de postar.
Lembrando que a Jenn é baseada na Demi Lovato, em sua fase ruiva, e Molly na lindíssima Kaya Scodelario.
[Caiirah Salvatore Lovato]: Comentem e deem suas opiniões sobre a história!
E lembrem que nosso Drake é nada mais, nada menos, que o Ian Somerhalder.
Bjos :*



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POV. Molly

 

And maybe, I'll find out

A way to make it back someday

To watch you, to guide you

Through the darkest of your days

If a great wave shall fall

And fall upon us all

Then I hope there's someone out there

Who can bring me back to you  ♪ ♫

(Wherever You Will Go – The Calling)

 

Após colocar minhas malas no meu quarto, que é lindo por sinal, sentei-me na cama e observei-o melhor.

Minha tia esforçou-se para fazê-lo de acordo com meu gosto.

Ele parecia-se parcialmente com o meu quarto em New York. As paredes eram roxas com pequenos detalhes em preto e composto por poucos móveis. Uma pequena cômoda no canto de uma das paredes, um guarda-roupa e a cama bi-box todo em mogno. Simples, mas lindos. Pequenos ursos e livros ocupavam espaço em uma estante e um pequeno notebook descansava em cima dos panos de cama de cor lilás.

O quarto era quase uma cópia do meu antigo quarto. E eu fico feliz por isso.

Enquanto guardava minhas roupas no meu novo guarda-roupa e guardava meus pertences em cima das prateleiras, encontrei em um dos bolsos de minha mala fotos de épocas felizes, com meus pais.

Suspirei e passei delicadamente o dedo indicador por cima dos rostos felizes da foto e beijei-os em seguida.

Decidir colocá-las em molduras vazias que encontrei pelo quarto.

Coloquei-as em cima da cômoda carinhosamente. Flaches dos momentos com meus pais rodavam em minha mente.  

Lembrei-me  de quando tinha 10 anos e cai numa aula de educação física em minha antiga escola, onde uma das alunas, ditas populares, me derrubou e começou a zombar de mim. Na época, eu usava óculos, e a garota usava isso a seu favor,  chamando-me de quatro olhos. No dia, quando meus pais foram me buscar, corri para o colo de minha mãe e comecei a chorar. Eles acariciaram meu rosto até que eu me acalmar, deram conselhos de não ligar para o que os outros diziam, que eu era especial do meu jeito. Lembro-me de passar o resto desse dia assistindo filmes com eles.

Lembro-me também do dia em que fui ao parque pela primeira vez e obriguei meus pais irem na roda-gigante comigo. Do dia em que passamos o dia na beira de um lago brincando e conversamos. O dia em que troquei o odiado óculos por lentes de contato, de meus pais dizendo que eu era linda de qualquer jeito.

Lembro-me de todos os momentos com meus eternos amigos.

Sinto tanta falta deles.

E foi com esses pensamentos que adormeci.

Sonhei com eles, que eu os abraçava, querendo que todo o lance do acidente e da morte deles não fosse real.

Ouço meu nome ser chamado.

Era tia Elena.

— Hey... Molly?!_ Sacudia-me com delicadeza.

— Sim, tia?_ Levantei meus olhos em sua direção, ainda meio sonolenta.

— Vamos tomar café da manhã_ Perguntou e acrescentou em seguida._ Gostou do seu quarto?

Olhei-a com carinho.

Ela apesar de tudo, preocupava-se comigo. E lembrava tanto minha mãe.

— Amei, tia. Achei-o... _ Procurava palavra ideal_ Perfeito!_ Sorri para ela.

Descemos juntas a escada e comemos em silêncio. Minha tia, por morar sozinha e por ter que se virar, era uma ótima cozinheira. Minha mãe dizia que não havia bolo de chocolate melhor que o dela. Quer saber? Ela estava certa!

— Tia, esse é o melhor bolo de chocolate que já comi!_ Exclamei_ Está ótimo.

— Obrigada Molly. _ Disse vermelha. Acho que sei de quem eu puxei meu lado envergonhado. _ Receita de família, depois lhe ensino.

Acenei positivamente com a cabeça.

Depois de tomarmos o café, assistimos uns filmes, noticiários e alguns programas bobos de TV, em silêncio, até que resolvi ir para o meu quarto.

— Vou para o meu quarto, tia _ Disse, mas acho que ela não prestou atenção, estava entretida com o programa

— Licença.

Já no meu quarto, resolvi procurar algum livro interessante, na estante acima da cama.

Coloquei meu CD do Evanescence enquanto procurava.

Encontrei um livro que minha mãe adorava: O menino de pijama listrado.

Deitei-me na cama e comecei a leitura.

Em certo momento, senti-me sufocada naquele quarto, abrir a janela e olhei para o lado de fora.

Vou ler lá fora.  

Vamos encontrar um bom lugar!

Calcei um sapato confortável e desci a escada calmamente.

Certamente deve haver algum lugar tranquilo naquele lugar. Uma árvore com uma boa sombra, por exemplo.

Avisei para Tia Elena rapidamente, que continuava à assistir algum noticiário, que apenas confirmou.

Quando sai da casa, olhei bem a rua.

Todas as casas tinham o estilo vitoriano simples, porém bonito da casa da tia. Apesar de haver uma casa enorme no fim da rua, digna de ser chamado de mansão.

Quem será que mora lá?

Continuei andando, até que avistei um bom lugar.

Resolvi ficar debaixo de uma árvore que ficava em uma praça perto da casa.

Sentei-me e comecei a ler.

A impressão é que fiquei minutos, mas quando prestei mais atenção, notei que já estava quase anoitecendo.

Melhor ir para casa. Elena pode ficar preocupada.

Quando estou alcançando a casa de minha tia, sinto algo esbarrar em mim. Meu livro cai no chão.

 O algo era, na verdade, alguém.

Uma garota, mais ou menos da minha idade, olhou-me com os olhos assustados. É uma garota ruiva de cabelos repicados e dos olhos claros.

Ela se apressa em pegar o MP3 dela e o livro que tinham caído no impacto.

Entregou-me o livro  aparentando sentir-se nervosa e disse:

— Desculpe, Desculpe! Estava tão distraída que acabei quase te derrubando...

— Tudo Bem!_ Disse, rindo com o nervosismo da ruivinha. _ Também estava distraída, não foi só culpa sua!

Ela abre um sorriso e estende a mão, apresentando-se:

— Sou Jenette Lee._ Aperto sua mão.

— Meu nome é Molly Cartter_ digo simplesmente.

Ela olha-me curiosa.

— Cartter?!_ Exclamou a ruiva. _ Parente da Elena?

Será que ela a conhece? Respondo:

— Sim! É minha tia... estou morando com ela agora! Porque?

Ela abre um sorriso.

— Isso que dizer que você é minha mais nova vizinha! Minha mãe é amiga da sua tia.

Minha nova vizinha. Ao menos não era um vizinho louco, ou chato.

Na verdade, ela parece ser bem legal.

Talvez eu  tenha acabado de arrumar uma amiga.

— Legal!_ Disse com um sorriso sincero, coisa que raramente fazia desde a morte de meus pais.

Ela olhou  o livro em meus braços mais atentamente.

— Adoro esse livro_ Falou_ Já o li milhares de vezes.

— Era o favorito de minha mãe_ disse melancólica

— Era?_Estranhou ela_ Por quê era?

— Ela e meu pai morreram faz um tempinho num acidente de carro. _ Falei com a voz um pouco embargada por conta das saudades.

— Ah! Desculpe por ter tocado nesse assunto_ Falou culpada

— Tudo Bem! _Digo dando um pequeno sorriso tranquilizador.

—Sei como é isso! Meus avós morreram faz pouco tempo por conta de uma Pneumonia! _ Disse com a voz um tanto triste. _ Amava ir para casa deles, mas não fomos para lá depois que eles morreram. Você era de onde?

Vejo que a ruiva era tagarela.

— New York.

— Lá era bom? Dizem que é cheio de festas lá._ Indaga.

— Movimentado, gostava até. Mas sou do estilo que passa a noite lendo livros na cama.

Continuamos andando, até a frente da casa da mesma, onde sentamos na calçada e conversamos até a noite.

Notei que, apesar de um pouco diferente, tínhamos um gosto igual, como a paixão por livros e músicas, especialmente Rock. Ela era apaixonada por Evanescence. Me dizia estudar no último ano da escola perto de casa, provavelmente a mesma e que eu iria; espero que encontre a mesma. Tinha 17 anos e morava com os pais, Carly e Cristian Lee.

Ela era muito legal deu-me esperança de ter, pela primeira vez, na vida, uma amiga de verdade.

Quando já era muito tarde decidimos entrar e conversamos mais depois. Quando entrei, minha tia sorriu e avisou que o jantar estava pronto.

— Você nem veio almoçar_ Exclamou Elena.

— Me distrai andando na rua, Tia. Nem vi o tempo passar... _ Disse _ Desculpe.

— Não, ta tudo bem! _ Disse, sorrindo. _ Fico feliz que esteja conhecendo e se familiarizando com a rua.

Após jantar, subi e fiquei lendo. Uma parte me chamou atenção:

 

"Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você realmente está sentindo. "

 

Refleti até que adormeci, com aquela frase na cabeça.

Devo eu seguir essa ideologia?

 

~ *.* ~

 

~ Segunda-feira ~

 

It's my life

It's now or never

I ain't gonna live forever

I just want to live while

I'm alive ♪

(It's My Life - Bon Jovi)

 

Acordo assustada com o som do despertador do meu celular.

O som de Bon Jovi rodeava o quarto.

Logo eu criaria ódio por essa música, simplesmente por ela ser som do meu despertador. Eu tenho certeza disso.

Tenho que acabar com essa minha mania de colocar essas músicas para despertar, sempre acabo me assustando.

Olhei para o relógio.

Eram 6 horas e 30 minutos.

Queria me arrumar e está pronta cedo para ter tempo de conhecer meu novo inferno, digo... Colégio.

Minhas aulas começam às 8 horas, então me dou ao luxo de me arrumar lentamente.

Levantei-me preguiçosamente.

Olhei ao redor, como se para relembrar que estava em uma casa nova. Tenho que me acostumar com isso.

Peguei meu celular, olhei a foto dos meus pais na capa por alguns momentos e coloquei alguma música no meu celular para me animar.

Tava difícil.

Fiz minha higiene matinal e escovei a juba, mais conhecida como meu cabelo, ao som de Evanescence.

Voltei ao meu quarto e reparei, surpresa, em algo que não tinha percebido quando me levantei.

Havia um Skate lindo encostado à parede, ao lado da porta.

Fui até ele e o coloquei no colo.

Fiquei admirando-o por um bom tempo. Era lindo.

Só então, reparei numa carta presa nele. Nele dizia:

“Querida,

Tive que sair para resolver uns assuntos de trabalho. Sinta-se a vontade e boa aula. Seus materiais já estão no seu quarto.

E isso é um presentinho para se sentir mais a vontade. Seus pais costumavam me dizer que andar de skate te acalmava. Se não gostar, me avise.

Elena”

Sim, minha tia estava realmente se preocupando comigo. Tenho muito a agradecer a ela. Receber uma adolescente órfã em sua casa não deve ser nada fácil.

Tenho de pensar em algo para agradecer depois.

Procurei alguma roupa boa para poder me disfarçar bem no meio dos alunos da escola nova. O que era meio improvável, por ser novata.

Estudei praticamente toda minha vida na mesma escola, e não me sinto confiante em entrar num novo inferno particular.

Optei por uma calça comprida skinny preta, um All Star cano médio branco e uma camiseta de ombro caído do Beatles. ÓTIMO!

Nem um pouco animada. Mas “Stay Strong”, Molly.

Não temos saída.

O jeito era enfrentar esse novo inferno.

Peguei minha antiga mochila e os materiais que Elena tinha colocado numa poltrona que havia no quarto.

O que mais? Meu moletom, meu celular e meus inseparáveis fones de ouvido.  Tudo que era necessário para poder me esconder.

Já na cozinha, olhei para tudo que tinha para comer, mas peguei apenas uma maçã, meu skate e sai.

Okay, né! Vamos para esse inferno. Estou com medo. Medo eterno. Mas não posso dar trabalho a Elena. Então, me apresei em sair.

Nunca usei tanto a palavra “inferno”.

Ri com esse pensamento.

Mas fazer o que, não é? Não é mentira.

Pelo que pude perceber,  apesar de Seattle ser até grande, claro que não em comparação a Nova York, era fácil encontrar o colégio.

Apenas alguns minutos após minha saída de casa, já avistava o colégio.

Era grande, com um estacionamento cheio de carros luxuosos.

Ótimo! Cheio de filhinhos de papai e patricinhas que ganhavam tudo nas custas dos pais.

Logo de cara, vi vários grupos espalhados.

Os denominados “nerd’s” encontravam-se perto da entrada, todos com livros na mão, com pilhas enormes, na verdade.

Os chamados de anti-sociais estavam afastados de todos os outros, perto de árvores, meio que escondendo-se do resto do mundo, assim como eu queria fazer.

O grupo, provavelmente de teatro, com meninos de boina e meninas com camisetas coloridas, alguns dançando, e outros aparentemente passando falas um com o outro, estavam  perto de uma sala com a placa escrito “Secretaria”.

E, é lógico, os populares, encostados num carro, de luxo, com meninas com roupas chiques agarradas a meninos com roupas de marca, jaquetas colegiais.

Um garoto chamou minha atenção naquele grupo, pois o mesmo se diferenciava dos mesmos.

Era um menino que estava apoiado no capô do carro, com a camiseta do Beatles, assim como eu, e parecia o líder do grupo. Estava com uma loira, dessas dignas de capas de revistas, loira, magra e alta, agarrada a ele.

Não prestei mais atenção neles, pois logo avistei Jennette. Consegui a ver de longe, por causa dos seus cabelos ruivos. Ela estava lendo nos degraus perto da entrada da escola.

— Heey! _ Disse insegura, não sabendo se ela ainda falaria comigo.

Ela virou-se ao som da minha voz.

—Oi, Molly! Você está estudando aqui. Que Bom! _ Disse alegremente, me agarrando numa espécie de abraço de urso_ Já sabe sua turma?

Ri, meio sem jeito, com toda a sua energia. Mas, apesar de tudo, feliz por ela me tratar como amiga.

— Não sei ainda. Vou procurar a secretária.

— Ah sim, vem! Eu te mostro..._ Saiu me puxando pelo estacionamento e por corredores com todos olhando.

Ao chegar a uma sala, aconchegante até, ela parou, virou-se para mim e começou a rir da minha cara.

—Você está com cara de quem está sendo arrastada para uma Forca. Relaxa! _ Me abraçou de lado. Parecia que eu era sua amiga a anos. _ Bom, vou indo para a minha sala, porque é capaz de o professor me expulsar de novo. Tomara que você tenha os mesmos horários que eu.

Abraçou-me rapidamente e saiu pelo corredor, praticamente correndo. Olhei ao redor. Ninguém.

Vamos, né!

A secretaria era um lugar pequeno, com a parede de cores neutras. Em uma cadeira trás de uma bancada encontrava-se uma mulher de uns 40 anos, com a cara redonda, meio mau-humorada que me olhava com ar esnobe.

Aliás, para o meu Skate.

— Bom dia! _ A mulher disse.

— Bom dia! Queria receber meu horário. _ Contei-lhe. _ Minha Tia me matriculou aqui a algum tempo.

—Seu nome?

—Molly Cartter!

— Ah, a sobrinha da Srta. Elena. _ É... sou conhecida já. Que legal! Sim, estou sendo irônica.

Ela vasculhou por alguns momentos uma pilha que estava em cima da mesa e me entregou umas folhas.

—Aí está o seu horário, uma ficha que terá que ser assinada pelos professores e um mapa da escola. Traga-me depois. _ Olhou para meu Skate_ É proibido Skates aqui, senhorita.

Olhei para fora, onde havia um grupo de Skatistas conversando e olhei novamente para a senhora, questionadora.

—E como já vi tantos?_ Perguntei cínica.

—Não importa! É proibido!_Falou, com um toque de desespero na voz.

—Tá, tá..._Sai sem me importar. Certamente já comecei minha lista de odiadores.

Ao sair, alguns alunos me olhavam enquanto eu andava pelos corredores, mas eu os ignorava. Isso me irritava.

Então, coloquei meus fones e andava de cabeça baixa, sem dar importância as pessoas ao meu redor.

Vamos aos meus horários nesse lugar infernal.

Biologia! Sobreviver? Talvez sim, Provavelmente não.

Entrei!

Vários olhos voltaram-se para mim.

Puta merda.

 


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Notas finais do capítulo

[Oh Wow Thaynara]: Não nos matem pela demora, por favor.
Só... Apareçam!
[Caiirah Salvatore Lovato]: Esperamos que gostem... :D Sugestões, criticas construtivas, elogios, conselhos... Ficam por vocês o/



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