Cartas Para Ninguém escrita por Pepper


Capítulo 10
Eu quero


Notas iniciais do capítulo

Um cap curtindo, dando uma prévia do próximo^^



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Duas semanas se passaram, horríveis, de verdade, a angústia e ciúmes eram enormes. Eu o via quando saiamos junto com nossos grupos grandes de amigos, ele estava com a Malu, andavam sempre abraçados, não falava comigo. Aquilo me dava uma raiva! Era insuportável não estar lá com ele. Ela horrível ele agir como se não me conhecesse, eu olhava pra ele, e ele pra mim, eu sorria, mas ele não sorria de volta. Simplesmente fingia que não era com ele, voltava a falar com os amigos, e eu ficava sentada numa árvore onde, de vez em quando vinha Lucas, ou Gasperini, perguntando se estava tudo bem, fiquei um tempo sozinha até Lucas retornar.

– Okay, o que houve?

– Ahn? – Ele me acordara de súbito de meus pensamentos.

– Você, sentada, brisando, você está há cinco minutos sem falar com ninguém, isso é um recorde! – Eu ri, Lucas era sempre engraçado, parecia que nunca tinha problemas, seu jeito de lidar com a vida era inspirador, otimista. Queria ser assim, e era, mas quando algo me abalava de verdade, eu não conseguia esconder, e eu andava meio que muito sentimental. Deve ser efeito de gostar de um babaca.

– O que a gente faz quando gosta de um cara que fica com você e depois anda agarrado com outra e nem olha na sua cara?

– Tá falando do Alex? - Eu o olhei, não diria que estava surpresa, mas percebi que estava deixando óbvio demais, e não gosto disso.

– Não importa quem seja. – Desviei o olhar, se eu olhasse em seus olhos iria deixar claro que era sim o Alex.

– Bom, porque não vai falar com ele? Mas, se for do Alex saiba que ele é...

– Um galinha? Você não seria o primeiro a falar isso. – Ri, e ele também.

– Não chego a ser um amigo dele, mas as vezes, quando você olha de fora, você conhece melhor as pessoas, só observando suas atitudes. Tipo ele, é uma galinha. – Rimos, uns amigos chamaram ele para jogar uma partida de futebol, ele me convidou pra jogar, mas não quis.

– Certeza?

– Certeza. Vou ficar aqui um pouco, sabe, pensando.

– Ah, você quem sabe. – ele saiu e assisti os garotos jogando bola. Era uma cena poética, não sei por que, os garotos rindo, se zuando, jogando bola, e as pessoas ao redor, dispersas rindo, comendo num sábado ensolarado, não apenas uma cena, mas como um dia feliz. Olhando aos redores eu vi Alex com os amigos rindo, abraçado com a Malu, isso doeu por dentro, o que há comigo? Sou muito ciumenta e iludida, só porque trocamos cartas e ficamos, isso não significa que ficaríamos juntos, não significaria que ele seria meu ninguém, meu efeito Fênix... Talvez não seja ele, talvez seja os amigos, o apoio que tive depois do ocorrido com Mateus, meus amigos me apoiaram, me animaram, me fizeram rir, eu me aproximei muito deles, pois eu precisava deles, e eles vieram me apoiar, uma coisa boa nasceu de uma coisa ruim, talvez esse sim seja o efeito fênix, talvez ele não demore para acontecer, ele é a consequência boa que surge de algo ruim,vem quase que de imediato, são consequências. Isso! Não preciso de Alex para solucionar o efeito Fênix, e sim das leis do universo. Uma visão meio conformista, mas algumas coisas não dependem 100% de nós, as consequências dependem de nossos atos, os atos controlamos, as consequências, vem por si só, logo não a controlamos. Demorei apenas alguns minutos para concluir isso, escrevi tudo nas notas do meu celular para não esquecer, se isso acontecesse nunca me perdoaria.

Até umas 14:30 hrs fiquei na árvore, meus amigos iam e vinham, e eu dizendo sempre que estava bem, apenas cansada, Gasperini e Caique chegaram e me chamaram para ir a roda de música, não resisti, era uma tradição nossa tocar músicas como “Só os loucos sabem” entre outras, eu levante e fui com eles, indo até lá vi Alex com os amigos, fui lá convidá-lo para a roda de música, ele disse que já ia, então, eu super discreta perguntei:

– você tá ficando com a Malu?

– O que? – ele ri surpreso. – Não! Ela é minha amiga só. Está com ciúmes?

– Ciúmes? De você? – debochei. “Claro q sim!” – Claro que não! Osh, se não quer, não quero, simples.

– Então, você não quer?

– Você que não quer!

– E se eu quiser?

– Ai eu iria querer.

– Pois eu quero.

– Eu também.

Então nos beijamos.


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