T.N.T escrita por May


Capítulo 13
Reading is fundamental - part. 2


Notas iniciais do capítulo

Hello boys and girls,
tudo bem?
Apareci só no finalzinho do fim de semana, mas vim!
Agradecendo a Beatriz, Hunter Pri e Biiah, pelos comentários lindos e fofos.
Neste batcapitulo temos a história de Ash, ou parte dela.
Meg dando sermão da montanha, e clima de romance entre Mia and Dean.
Então vamos nesta,
boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480686/chapter/13

Agora

Os irmãos seguiam a longa estrada ao máximo permitido pelo Impala, rumo à rodoviária aonde Mia tinha avisado que deixaria Charlie.

–Como gostaria de ver a cara de Dick na hora que recebeu a sua “encomenda”. –murmurou Sam e o irmão concordou sorrindo.

–Fez um belo trabalho naquela bomba de bórax. –murmurou o mais velho e depois sem conter a vontade de irritar o irmão acrescentou. – Já estava na hora de você utilizar suas habilidades manuais de mulherzinha para algo, não é?

O mais novo ficou sério e a expressão irritada do irmão mais novo fez o outro Winchester sorrir mais amplamente.

– Você não consegue levar nada a sério, Dean. –resmungou.

–Não fique assim, bitche. –respondeu o loiro, fazendo o irmão rolar os olhos entediado pela atitude infantil do irmão.

–Jerk.

***

–Kath? Kath! Ai meu Deus eu estava tão preocupada! – murmurou Ashley pulando em cima da irmã mais nova e a abraçando.

Katherine estava feliz em ver que a irmã estava bem, mas então percebeu que estava em companhia de um demônio, assim como Meg havia dito e se isso era verdade logo Crowley também não mentira.

Ashley sentiu a onda de sentimento de traição, magoa e de raiva que varreu o corpo da irmã e se afastou bruscamente a olhando nos olhos.

–O que houve? –perguntou Ash, com o sorriso se desmanchando.

A mais nova o olhou com raiva.

–Você não é a pessoa que eu pensei que fosse. –sussurrou se virando para ir embora.

A demônio a olhou espantada e a garota olhou a irmã sem saber o que ocorrera.

– Espera! O que aconteceu? -a garota correu atrás da irmã a alcançando – Hey, o que houve? Fala comigo!

***

Os quatro caçadores se despediram e agradeceram veemente a ruiva pela ajuda. O ônibus acabara de parir com Charlie quando finalmente a loira se pronunciou.

–Gente, agora que está todo mundo bem e tal, podemos comer? cheia de fome.

Dean a olhou com uma mistura de surpresa e admiração, como se acabasse de escutar a si mesmo. Sam e Garth também se entreolharam surpresos por existir uma versão feminina do caçador.

O silêncio perdurou alguns instantes até que Mia bufasse irritada.

–Vocês vão ficar ai se olhando? Eu quero torta! –exclamou a garota ansiosa pela cantina da rodoviária.

Sam e Garth se entreolharam mais uma vez enquanto Dean finalmente se livrara de seus devaneios sobre a garota à menção de torta.

–Torta? Onde?

A loira riu com a distração do caçador e divagou, por alguns segundos, se ela poderia ter sido a causa disto. Mia encontrou-se mais uma vez preocupada se Dean reparava nela ou se ela o afetava e ficou confusa sobre o porquê de isso a incomodar.

O Winchester por sua vez a encarava esperando por uma resposta,incomodada a garota balançou a cabeça tentando afastar os pensamentos.

–Na cantina, Winchester. – respondeu ela sorrindo de forma afetada. –Alguém me acompanha ou vão ficar me olhando?

–Estou dentro. –respondeu o caçador prontamente.

***

–E então eu estava lá presa em um lugar desconhecido com um monte de demônios como carcereiros quando fiquei sabendo. –contava Katherine com lágrimas nos olhos sentada em na poltrona do quarto, com a irmã sentada do outro lado do quarto, tentando evitar os sentimentos da jovem.

Ashley já desconfiava quem era o mandante do rapto da mais nova, porem não estava certa do porque Katherine a culpava por isso. Claro, ela conseguia imaginar, se fosse Crowley que a raptara significava que suas teorias estavam certas. De repente, Ash não queria mais escutar a irmã, desejou que Meg tivesse a deixado ir para longe. Ninguém sentia-se mais suja naquele momento que a sensitiva.

Katherine percebeu as emoções passando pelo rosto da irmã e então a compreensão e a auto repressão tomando conta do seu ser, mas não quis ajudar a irmã, queria fazer com que ela sentisse o que tinha sentido ao saber que um demônio era seu pai, queria puni-la por ter mentido e acima de tudo desejava poder culpa-la.

A garota não percebera o quanto as emoções negativas a tinha tomado, naquele instante só almejava poder colocar tudo para fora, toda raiva, todo medo.

–Você sabia! –gritou – Sabia e não me contou, por que era amiguinha daquele ser asqueroso que diz ser meu pai! Você parou para pensar o que significava para mim? Parou para pensar que eu tinha o direito de saber? –acusou a garota.

Ashley escutava atentamente cada palavra que saia da boca da irmã, aceitando a culpa por cada uma delas. As ondas de sentimentos que a morena exalava eram cravadas na ruiva, ela desejava se defender dizer que não quis magoar, que não tinha certeza, mas estava paralisada, presa a auto recriminação e aos sentimentos doloridos que a apunhalavam.

–Quem você pensa que é para tomar as decisões do que posso ou não saber quando a vida é minha? Minha irmã? Não, você não é minha irmã!Agora eu sei disso. – Katherine seguiu com as acusações, embora em seu íntimo soubesse que ao menos dera a chance da irmã se defender. –Como pôde? Pensou que eu sairia por ai matando as pessoas, me comportando com um demônio Junior? Lamento, mas não fui eu que matou os próprios pais!

A demônio apareceu no quarto neste e empurrou a morena para fora do quarto deixando Ashley sozinha no canto do quarto com lágrimas nos olhos sendo tomada, lentamente, pelos soluços.

***

No fim Mia e Dean foram os únicos a irem comer, Garth e Sam resolveram voltar para o hotel e preparar as coisas para seguirem para a próxima cidade à procura de Katherine.

Mia comia sua torta com os olhos fixos em seu prato, sentindo os olhos de Dean em seu rosto.

–Depois de tanta coisa nem tive tempo de perguntar. Seu pé melhorou? - o caçador tentou puxar assunto.

–Foi só uma torção já tive coisas piores Dean, assim como você sou uma caçadora lembra? – respondeu a loira nem um pouco à vontade com aquela situação, principalmente por que tinha várias garotas olhando para o caçador e ela não entendia por que isso a incomodava.

O Winchester respirou fundo, não queria brigar com a garota. O silêncio instalou-se entre os dois.

O caçador não entendia por que sentia vontade de se aproximar da loira, as vezes percebia estar a procurando nos lugares, a olhando. Durante a noite quando acordava seus pensamentos se voltavam para a garota à sua frente.

A loira o observou discretamente e percebeu que ele estava distante.

–Está preocupado? –perguntou ela brandamente chamando a atenção do Winchester novamente.

Dean a olhou por alguns instantes como se pedisse para repetir a pergunta.

–Não se preocupe, Charlie vai ficar bem e assim que encontrarmos Katherine podemos ir à caça de Dick e eu prometo não reclamar de ter que te aquentar mais um pouco. –terminou a garota em tom de brincadeira.

–Como se você quisesse ficar longe de mim. –murmurou ele brincalhão, mas no fundo como uma pergunta.

***

Ashley estava encolhida como uma bolhinha no canto do quarto os soluços tomando seu corpo diminuto, enquanto sua mente a levava para anos atrás.

“A garota chegou à sua casa depois de uma longa caminhada. Ash amava seu pai, mas ainda tinha raiva dele por ter comprado uma casa tão longe da escola, apesar de que sempre que reclamava seu pai a acalmava dizendo que tinha comprada aquela casa caríssima por causa dela, uma vez que a garota adorava pintar as paisagens das praias da Califórnia.

Seu pai passava a maior parte do tempo tentando agradá-la por não conseguir dedicar muito tempo a ela, mesmo quando compreendia que a profissão de policial exigia muito do tempo de seu velho.

Quando alcançou a porta da frente tinha certeza que estava a ponto de desmaiar, prometeu a si mesma que na próxima aula de tiro- que era obrigada pelo seu pai a fazer- iria voltar de ônibus. Ainda tinha estes pensamentos quando viu sua mãe sentada da poltrona olhando para o nada.

Coçou os olhos sem acreditar no que via. Era o corpo da sua mãe, mas a fumaça preta a preenchia cheia de formas medonhamente cruéis como espinhos afiados. Fazia tanto tempo que aquilo não a atormentava mais, disse a si mesma que era apenas coisa da sua cabeça e que agisse naturalmente uma vez que já tinha brigado muito com sua mãe por causa da sua fixação em ver coisas “sobrenaturais” e atualmente as duas finalmente estavam se entendendo.

A mãe/demônio se levantou e a olhou com um sorriso sádico.

–Você consegue ver-me, não é criança? –murmurou a voz da sua mãe – Sabe que eu não sou apenas um sonho ruim, eu sou real. - disse o demônio mostrando os olhos completamente negros.

Ashley deixou a mochila cair.

–Não se aproxime. –sussurrou ela.

–Mas criança, graças a mim sua mãe acredita no que você dizia. – respondeu o demônio se fazendo de inocente.

–Fica longe da minha mãe, saia dela! – ordenou a menina.- você quer a mim, deixe-a em paz!

–Ora, ora, não é que temos uma pequena heroína aqui? – o demônio se divertia vendo o medo nos olhos da garota.- Vamos brincar?

–Não brinco com estranhos! –exclamou a garota, pensando que havia surtado de vez e que sua mãe estava certa quando dizia que ela era louca.

–Mas eu sim; está comigo! –murmurou ele mostrando sua verdadeira face completamente e partindo para cima da garota.

Ashley correu desesperadamente para fora e encontrou o pai estacionando o Chevy 57.

–Pai corre. –gritou ela, mas o homem apenas entrou na sua frente sorrindo.

–Você não acha que passou da idade de brincar de pega-pega? –ele sorriu para ela a abraçando. Mas a garota estava desesperada.

–Não pai, não estou brincando tem um... demônio. Papai me escuta. – pedia ela se debatendo, John a soltou.

–querida você tomou o remédio que o Dr. Louis te passou? –perguntou o homem preocupado com a saúde mental da filha.

–sim eu tomei e não estou louca a mamãe, papai, a mamãe não era mais ela, tinha olhos negros, queria me matar! –murmurava ela esbaforida.

–sua mãe jamais te machucaria Ash, ela só deve estar brava...

–Você deveria confiar na criança... –murmurou a voz da mulher.

John virou para ver a esposa, quando deu de frente com olhos negros enquanto uma faca perfurava sua pele.

–PAPAI! –gritou a garota aterrorizada.

O demônio sorriu.

–Agora somos eu e você...

A garota se apropriou da arma do pai, que ainda estava fardado.

–Não se aproxime de nós. –murmurou ela com a arma nas mãos tremulas.

–Quanta coragem, pena que eu não tenho medo.

O demônio partiu em direção a garota, mas foi atingido pela primeira bala muito próximo ao coração, o rosto da mulher sorriu e o demônio elogiu:

–Muito bom! Vamos continuar...

A menina se assustou e correu novamente para dentro da casa sendo seguida pelo demônio escondeu-se na dispensa atrás de um dos vários potes de mantimentos. Foi encontrada pelo demônio e o atingiu com mais três balas onde deveria estar o coração, sem conseguir o parar.

Ashley percebeu que não ia conseguir para-lo com a arma, então começou a empurrar os potes com raiva tentando livrar-se do esconderijo para poder fugir, derrubando acidentalmente um pote de sal que o atingiu.

–Nós ainda nos veremos novamente, Ashley. –avisou ele e então abandonou o corpo da mulher que caiu desfalecido no chão.”

***

Meg empurrou Katherine até um quarto desocupado.

–Olha aqui, você passou dos limites! Sei que você está magoada e com raiva como todo humano idiota, mas você não tem direito de ser cruel...

–E quem é você para me falar de crueldade? –a garota gritou para a demonio.

–Sou muito mais velha que você então exijo respeito criança, eu não dei um jeito de te tirar do covil de Crowley para ouvir desaforos. Te direi de lá e posso jogá-la de volta, então meça o tom!- ordenou Meg.

–Você me tirou de lá?

–Sim. Demorou, mas consegui contatar alguns demônios dispostos a trair excelentíssimo senhor seu pai e rei no inferno. –disse ela irônica. – Agora trate de ser mais gentil, não recebo o suficiente, para cuidar de um anjo em coma, uma sensitiva e de uma vidente. Não se esqueça que eu sou um demônio e posso resolver agir como um.

***

Os quatro caçadores estavam reunidos olhando para o pedaço de argila.

–Então colocamos nossas vidas em risco e a de Charlie e, como brinde, ganhamos uma pedra? -perguntou Garth

–Isso deve significar, mais do que conseguimos ver por fora... talvez seja um enigma... Do estilo fale a palavra certa e revele o que há dentro. –sugeriu Mia.

–Talvez devêssemos ligar para Ashley e perguntar se ele tem uma sugestão. –murmurou Sam, desligando o notebook depois de não achar nada a respeito.

–Ou só precisamos de um machado. –sugeriu Dean.

Poucos minutos depois os quatro estacionaram na frente de um balcão abandonado.

***

Ashley chorava silenciosamente em um canto do quarto. Meg estava lendo revistas sentada em uma poltrona e Katherine ainda estava no banheiro em um banho que durava mais de uma hora.

O céu brilhava como seu chovesse raios, quando o anjo sentou-se na cama, segundo depois dirigiu sua atenção à Ashley.

–Você não deveria chorar. –murmurou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então pessoa demorei por que essa semana fiquei meio doente e acabou acumulando coisas para o fim de semana, mas espero que tenham gostado.
No próximo capitulo teremos a aparição de Kevin -finalmente.
Entre outras "cositas."
Kisses and candies...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "T.N.T" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.