What If... escrita por Larissa Megurine


Capítulo 7
Especial: Dia Dos Namorados


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeeei!!!!!!!!!!! Não, gente, eu não morri kk agora que finalmente estou de férias (e com mais ideias pra história) vou voltar a escrever com mais frequência ;) Esse cap. é em duas partes, a primeira Sev+Lily e a segunda Dramione, pq, bem, eu gosto desses casais. E, como a história é pelo ponto de vista do Matt, aproveitei o feriado pra dar esse cap. de presente pra vcs XD enfim, to falando demais... Espero que gostem.



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Hogwarts, 1975

Severo estava lendo, à sombra de uma árvore, quando ouviu uma voz conhecida que ele odiava.

– Ei, Ranhoso! - Tiago Potter... Por que aquele garoto estúpido não podia simplesmente ignorá-lo? Estavam em seu quinto ano em Hogwarts, mas a inimizade surgira desde que se conheceram, antes mesmo de suas casas serem definidas. Ele levantou os olhos negros para o garoto da Grifinória, que estava acompanhado de três outros, os "marotos".

– O que você quer, Potter?

Um dos rapazes, que tinha cabelos loiros, puxou o livro de sua mão e olhou a capa. Pela cara que fez, parecia nunca ter ouvido falar daquele.

– O que é isso? - Ele perguntou. - Mais feitiços das artes das trevas?

Os outros riram.

– Diferente de algumas pessoas, Lupin, eu estudo. - Severo respondeu, sem a menor paciência para as brincadeiras deles naquele dia. Na verdade, em nenhum dia. Seria ótimo se simplesmente parassem de incomodá-lo...

– Uuuuui, cuidado, ele ficou com raiva! - Disse Pedro Pettigrew, o mais baixo.

– Talvez eu deva dar a ele uma lição... - Tiago falou, com um sorriso sarcástico. Ele recitou um feitiço que levitou Severo e o pôs de cabeça para baixo. Outros alunos se aproximaram para olhar, a maioria eram amigos de Tiago. Todos riam de Severo e muitos apontavam para ele.

– Ponha-me no chão, Potter!!! - Ele gritava, furioso, mas os garotos lá embaixo pareciam nem escutar. "Malditos! E ainda precisava ter essa plateia. É típico deles querer todo esse showzinho...". Alguns professores passaram, ao longe, mas por mais que gritasse por eles, não olharam em sua direção. Lá embaixo Sirius fazia mais piadinhas às suas custas, fazendo os outros rirem alto.

De repente, uma garota de cabelos avermelhados chamou sua atenção, passando por todos, tentando chegar até ele. "Lily! O que ela faz aqui?", pensou. Por que logo ELA tinha que estar ali, vendo ele fazer papel de bobo, enquanto todos morriam de rir? Mas Lily não estava rindo, estava horrorizada. Sua expressão era quase de pena... "Ah, ótimo, ela sente pena de mim, por parecer tão idiota...".

– Querem ver eu abaixar as calças do Ranhoso? - Tiago perguntou aos amigos, que concordaram animados. "Não, não, não..."

Com outro movimento da varinha, sua calça escorregou por suas pernas, parando junto a seus sapatos pretos. Severo gritou de raiva. Ele já não sabia se seu rosto estava vermelho por causa da raiva, da vergonha ou só do sangue em sua cabeça... Ele tentou pegar sua varinha, em um bolso interno das vestes, mas ela caiu no chão. Ele gritou de novo, mais alto e sentiu lágrimas de puro ódio escorrerem por seu rosto.

Lily se aproximou e pegou a varinha dele no chão.

– Tiago, pare! Agora! - Ela disse.

– O que você acha disso, Ranhoso? - Potter provocou. - Vai deixar uma garota brigar no seu lugar? - Severo não conseguia ter uma reação que não fosse encará-lo furioso. - Vai, diga que precisa que ela te proteja! Diga que é um covarde, indefeso...

Severo o cortou:

– Não preciso da ajuda de... - "uma sangue-ruim!", pensou. "Não, espera, o que estou fazendo? Isto é entre eu e eles, não adianta nada descontar nela...". Rapidamente, completou. - ... De ninguém!

Os marotos riram.

– Não é o que está parecendo... - Ele finalmente o soltou, fazendo cair de bruços no chão. - Vamos, garotos... Não vale a pena enfrentar alguém tão fraco... - Sirius bateu em sua mão e Lupin passou o braço por seus ombros, enquanto Pettigrew balançava a cabeça, concordando e rindo. Os quatro foram em direção ao castelo e deixaram Lily Evans e Severo Snape lá.

Ele levantou-se e limpou a grama em seu rosto, mas seu cabelo ainda estava completamente bagunçado e cheio dela. Ele não queria olhar a amiga nos olhos depois da humilhação pela qual havia passado. Ela entregou a ele a varinha.

– Você está legal? - Ela perguntou. Sabia que ele não estava, mas queria que falasse com ela. - Digo, está machucado?

– Não... - Ele disse, tão baixo que ela mal pode ouvir. Ele abraçou os joelhos e pôs a cabeça entre eles. Sabia que assim pareceria uma criança, mas ele não ligava. Só queria poder apagar aquele momento. Odiava o Potter! Odiava todos os marotos! E todos os outros que riram dele também!

– Não ligue pro Tiago... - Ela disse. "O quê? Ela vai ficar do lado dele?". - Ele é um completo idiota! Severo, olhe para mim.

Ele olhou para ela, vendo aqueles lindos olhos verdes cheios de preocupação. Ele enxugou os últimos vestígios de lágrimas em seu rosto e ela sorriu para ele.

– ... Ele está certo. - Severo disse, por fim. - Eu realmente precisava de sua ajuda... Lá naquela hora...

– Você foi forte. - Ela respondeu. - Não importa o que eles digam, você é mais forte que eles. Não deixe que te ponham para baixo.

– Mas eu não posso fazer nada! Você não sabe o quanto é horrível ser tratado desse jeito e ver que todos acham que você é um lixo...

– Eu não acho! - Ela disse, séria. - Não gosto quando te tratam desse jeito... É doloroso pra mim também, porque vejo a dor nos seus olhos e você continua querendo enfrentar tudo sozinho! Você é o meu melhor amigo, tem que confiar em mim como eu confio em você!

Ele pensou por um instante. Ele confiava nela. Completamente. Essa distância criada pela diferença de suas casas não mudara, nem nunca mudaria o que ele sentia por ela. "Se tem uma hora para fazer isso, é agora..."

– ... Às vezes, queria ser mais do que isso. - Ele soltou. Ela o olhou, curiosa. Bom, agora que começara, teria que terminar. Severo soltou a respiração. - ... Eu não queria que você achasse que sou um idiota covarde, que não consegue enfrentar seus próprios problemas. E não queria te envolver neles... Mas eu confio em você e, se pudesse ter qualquer ao meu lado para me ajudar com tudo, seria você.

– Seu bobo. - Ela riu, sem graça. - Eu vou sempre estar do seu lado...

Severo desviou o olhar e sentiu-se corar. Ele falou:

– Lily, não quero ser apenas o seu melhor amigo... - A garota também corou. - Quero que corresponda o sentimento que tenho por você.

– Severo...

Ele se levantou. Falara demais... Estragara tudo...

– Sinto muito... Eu não queria constrangê-la...

Ele foi interrompido por um abraço dela.

– Isso não muda o que eu disse. Vou permanecer ao seu lado!

Ele a afastou um pouco para poder olhar dentro de seus olhos. Como ele pode ser tão tolo... Ficou todo esse tempo querendo saber se ela poderia correspondê-lo, mas foi só olhar aquele par de olhos que também o encaravam para saber a resposta.

– Mesmo depois que a escola acabar? - Ele perguntou, tímido.

Ela respondeu:

– Sempre! - E colou os lábios aos dele. Ele abraçou-a pela cintura e retribuiu o beijo. Ao afastarem-se, Severo sentiu-se a pessoa mais feliz daquele mundo.

"Sim... Sempre."

–--

Hogwarts, 24 de Dezembro de 1994

Na noite da véspera de Natal, conforme previsto, o Grande Salão estava completamente decorado para o Baile de Inverno. Os alunos, no entanto, esperavam do lado de fora a hora em que o Baile começaria.

– Aí está você! - Draco ouviu a voz de Pansy Parkinson, correndo em sua direção. Ela usava um vestido rosa com babados, que em nada combinavam com a roupa verde escura dele. Ela havia sido tão irritante na última semana, pressionando-o para que fosse seu par no baile que chegou a um ponto em que o único meio de fazê-la parar de pertubá-lo era aceitar logo. Mas tudo bem... Ela até que era bonita, apesar do péssimo caráter.

Ele avistou os quatro campeões, dentre eles Matthew. Ele usava um terno negro com gravata prata, combinando com o vestido de Laureen, inteiramente prateado. Era surpreendente que o amigo tivesse tido coragem de convidá-la, tímido como era, mas a moça havia dado indiretas fortíssimas de que aceitaria, caso ele pedisse. Matthew deu o braço a ela, que aceitou com um sorriso no rosto e falou a ele algo que o fez rir.

Então algo prendeu seu olhar. Acompanhada de Viktor Krum, estava uma garota com um belíssimo vestido azul pervinca com saia esvoaçante. Seu cabelo estava liso e preso em um penteado elaborado. Era Hermione. E estava lindíssima. Draco olhava para ela, admirado, com a boca aberta, mas ela não olhou em sua direção.

– Dracooo... - Pansy chamava a atenção de seu par. Ele olhou para ela, tentando parecer interessado. - Perguntei o que achou do meu vestido.

– Está legal. - Ele disse, vago. O olhar dele perdeu-se em Hermione outra vez, enquanto Pansy continuava a falar sobre como eles dois davam muito certo juntos, já que eram sangue-puros, além de serem bonitos... Hermione olhou para Draco e sorriu, acenando um "oi" discreto. Ele acenou de volta. A professora McGonagall apareceu, com os cabelos soltos, provavelmente pela primeira vez, e começou a dar instruções aos campeões e seus pares. Eles teriam que dançar a primeira valsa e só então os outros iriam se juntar a eles. As portas se abriram e eles entraram no Grande Salão.

As mesas referentes às quatro casas haviam sido removidas e, por todo o salão, há mesas, com aproximadamente dez lugares cada, espalhadas. Haviam esculturas de gelo belíssimas próximas às paredes e a decoração, como já era de se esperar, estava fantástica. No espaço da pista de dança, Matthew e Laureen deram as mãos, assim como Krum e Hermione. E Fleur Delacour e Cedrico Diggory com seus respectivos pares. Eles começaram a dançar.

Draco se aproximou da pista, de braço dado com Pansy. Ele tentou conversar alguma coisa com ela, mas logo desistiu. Ela foi ao encontro de outras garotas da Sonserina, deixando-o só. Ele não se importou. A primeira valsa acabou e outros pares juntaram-se aos campeões na pista. Draco pode ver Harry Potter entrar com uma garota que parecia indiana e Alvo Dumbledore com Madame Maxime. Quase que involuntariamente, percebeu-se entrando na pista de dança também, desviando dos casais até chegar em Viktor Krum com Hermione. Ela pareceu surpresa ao vê-lo.

– Permite-me? - Ele perguntou ao aluno búlgaro. Este concordou hesitantemente e depois se retirou, dizendo que iria trazer alguma bebida para Hermione.

Ela sorriu para ele e, em seguida, pousou sua mão na de Draco. Ele pôs a outra em sua cintura e começou a valsar com ela.

– Está muito bonita. - Ele falou.

– Obrigada. - Ela disse e sorriu mostrando os dentes... Draco espantou-se. Os dentes dela, antes meio grandes, estavam perfeitos!

– Wow... - Foi o que ele conseguiu dizer. - Seu... Sorriso! Está perfeito...

Ela corou e sorriu, sem graça.

– Que bom que você notou...

– ... Na verdade... - Ele completou, com um sorriso sedutor. - Você está perfeita.

Hermione não esperava por isso. Depois, revirou os olhos.

– Tá legal... - Disse, sarcástica.

O loiro a girou, fazendo-a olhar para ele.

– Não estou brincando. - Ele falou, sério. - Não desta vez. Você está incrível, Hermione.

Ela desviou o assunto.

– Onde está a tal Pansy Parkinson? Ela é seu par, não é?

Draco fez uma careta.

– Bem... Na verdade, ela quase me obrigou a vir com ela. Esse era o único jeito de fazê-la calar a boca...

– Então... - Hermione tentou entender. - Você não convidou quem queria?

Ele negou com a cabeça e respondeu:

– Eu soube que ela já tinha um par. E, pelo que vi hoje, entendo por que ela quis vir com ele, mesmo que eu seja bonito, e inteligente, e charmoso...

– Idiota. - Ela brincou, interrompendo ele. - ... Então quem é ela?

– Você ainda não percebeu? - Ele riu. - Nossa, Mione, para uma corvinal você até que está sendo bem lenta...

Ela pisou com força no pé dele, claramente de propósito.

– Agora é que não direi mesmo! - Draco fez cara de quem não mudaria de ideia.

– Fala logo! - Ela falou, ríspida, mas foi surpreendida por um longo beijo do Malfoy, que a deixou chocada.

– ... Ela está bem na minha frente. - Ele falou.


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Notas finais do capítulo

Feliz Dia dos Namorados e até a próxima ;)



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