What If... escrita por Larissa Megurine


Capítulo 6
Segredos de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

... Eu realmente não sei qual o problema com esse capítulo... Ele deveria ter sido postado há muito tempo, mas fui ver hoje e não tava... Enfim, desculpem a minha super-enorme-gigante demora. Em breve eu posto o novo (já to escrevendo).



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Hermione guiou Matthew, Draco e Laureen até uma casa de madeira, do lado de fora do castelo, próxima à Floresta Proibida. Todos os três já tinham ouvido falar do guarda-caça de Hogwarts, Rúbeo Hagrid, mas nenhum deles o conhecera. Hermione chegou à casa antes dos amigos e bateu na porta. De um dos lados da cabana rústica, havia uma horta, onde crescia vegetais anormalmente grandes. Matthew reparou que, apesar de não muito grande, a casa era bem alta. A porta era pelo menos duas vezes mais alta que qualquer um deles.

Enquanto ele olhava, ela foi aberta, revelando o maior homem que Matthew Snape já vira. Ele já havia visto pessoas altas... Mas qualquer um pareceria um anão perto de Hagrid. Era fácil estimar que ele tinha mais de três metros, então as crianças olhavam praticamente só para cima para poder enxergar seu rosto. Este era parcialmente coberto por uma densa e negra barba e contornado por cabelos igualmente escuros e despenteados. Seus olhos pretos focalizaram na menina da corvinal.

– Hermione! Que agradável surpresa... - Ele disse, abrindo um largo sorriso. Em seguida, olhou para os outros três, como se só agora notasse que estavam ali. - São seus amigos?

Ela concordou com a cabeça.

– Estes são Matt, Draco e Laureen. - Ela os apresentou.

– Olá... - Draco falou, ainda boquiaberto. Hagrid riu.

– Ora, não fiquem aí fora. Vamos, entrem e sintam-se em casa.

Os estudantes entraram na cabana de Hagrid e este lhes indicou uma mesa, no meio do cômodo, para que se sentassem. Na verdade, só havia um cômodo, sendo que, de um dos lados, havia uma cama e, do lado oposto, um fogão. Todos os móveis eram bem grandes, adequados à estatura do guarda-caça. Hermione sentou-se e os outros a seguiram.

– Como vai o primeiro ano, Hermione? - Hagrid perguntou. - Está tudo certo?

– As aulas vão bem, Hagrid. Mas queríamos sua ajuda para outra coisa...

Ele olhou-os, um por um, desconfiado.

– O que vocês estão aprontando?

– Ontem a noite, um trasgo apareceu em Hogwarts. - A da corvinal respondeu. - Hogwarts não deveria ser super-segura?

– Mesmo sendo Hogwarts, não dá pra ser perfeito. Tenho certeza de que o professor Dumbledore e os outros resolveram isso rapidamente.

– Isso não é tudo! - Laureen interveio. - Achamos que tem alguma... Criatura escondida em Hogwarts.

– Exatamente! - Matthew completou, - Meu pai... O professor Snape estava ferido na perna hoje. Não era um ferimento que um trasgo faria...

– Ouçam, ouçam! - Hagrid tentou fazer as crianças se acalmarem. - Isso não quer dizer nada. Há muitas coisas com as quais alguém pode se machucar em Hogwarts. Não deve ter sido nada de mais...

– É, mas não é muita coincidência as duas coisas acontecerem exatamente na mesma noite? - Hermione voltou a falar. - Quer dizer, isso quer dizer que, ao contrário dos outros professores, ele não foi tentar deter o trasgo, certo?

Esse era um bom argumento, o que deixou Hagrid momentaneamente sem palavras. Mas ele logo respondeu:

– Com certeza existe uma justificativa plausível para isso. O professor Dumbledore tem seus motivos para guardar segredos e eu sei que Snape não faria nada que fosse de encontro às vontades do diretor. Parem de se preocupar e de se meter nesse tipo de coisa...

– Foi a mesma coisa que me disse quando nos conhecemos! - Hermione murmurou. O gigante pareceu confuso.

– O quê? Pra não se meter com isso?

– Não, o que você disse antes! "O professor Dumbledore tem seus motivos para guardar segredos"...

O gigante pareceu nervoso de repente, enquanto todos encaravam Hermione.

– O que aconteceu quando vocês se conheceram? - Draco perguntou.

– Foi no Beco Diagonal, na semana antes de começarem as aulas...

–--

(Flashbak on)

A senhora Granger caminhava, analisando na lista do material escolar o que ainda faltava. Hermione andava com um enorme sorriso no rosto e apontava para diferentes lojas e artigos, explicando aos pais o que eram. Ao seu lado, o senhor Granger levava várias caixas e sacolas com tudo o que já tinham comprado.

De repente, a garota parou, em frente a um grande prédio branco. A mãe percebeu que ela parara e foi olhar também do que se tratava. Acima das portas douradas, lia-se "Gringotes". Um amontoado de pessoas entrava e saía de lá, a maioria, como de costume, usando roupas nada discretas que não combinavam.

– É o banco de Gringotes! - Hermione falou, animada. - Ele é citado em pelo menos meia dúzia dos livros que li... É a construção mais segura do mundo mágico e é dirigido por duendes! Podemos entrar lá? Podemos?

– Mione, você é muito nova para ter uma conta no banco... - Disse seu pai, quase derrubando uma das caixas que segurava. - Além do mais, já está ficando tarde.

– Ah, querido, não acho que vai ter problema só entrar por uns minutinhos. - Asenhora Granger respondeu, fazendo com que a menina entre eles abrisse um sorriso ainda maior e balançasse a cabeça afirmativamente. Em seguida, a mulher lhe ofereceu a mão e os três andaram rumo à entrada do prédio.

Lá dentro era enorme. O piso era de mármore claro e, felizmente, lá dentro não estava tão lotado como do lado de fora, de modo que eles podiam observar os detalhes da decoração, enquanto Hermione explicava de que época era tal ornamento ou o que significava aquele símbolo na parede...

Quando, se deu conta, ela estava caída sentada no chão, pois esbarrara em algo. Decerto estava tão entusiasmada em mostrar para os pais o que estava dos lados que não olhara por onde ia. A sua frente, estava um homem, que se abaixava para recolher alguns pacotes que derrubara na colisão. Mas ele não era um homem comum. Ele era enorme. Bem maior que Hermione... Na verdade, bem maior que qualquer humano que ela já vira na vida.

"Mas ele não é grande o bastante para ser um gigante...", ela pensou. "Ao que sei, eles costumam ter cerca de dez metros de altura. Talvez seja um mestiço ou algo assim..."

– É... Com licença, senhorita... - Ele interrompeu seus pensamentos, assustando-a um pouco. Ela rapidamente completou:

– Hermione Granger... - Ela tentou reorganizar sua linha de pensamento, mas o homem apontava para um pequeno pacote do outro lado de seu corpo.

– ... Senhorita Granger, pode pegar pra mim esse embrulho? - Ao ver que ela o encarava, como se tentando discernir quem ele era, o grandalhão sorriu. - Sou Rúbeo Hagrid. Trabalho em Hogwarts. Você deve ser do primeiro ano, não?

Ele mantinha a mão estendida para ela. A garota concordou com a cabeça e, um pouco hesitante, pegou o pacotinho. Ele era pequeno o suficiente para caber em sua mão, mas ela podia sentir que ali dentro havia algo importante. A urgência com que o homem lhe pediu fez sua crença nisso aumentar mais. Ela entregou para ele o pacote, mas, enquanto colocava-o em sua mão, perguntou:

– O que tem aí dentro?

Ele riu.

– Curiosa... - Então, guardou o pacotinho em um bolso interno de seu gigantesco casaco. - Assunto de Hogwarts. O professor Dumbledore tem seus motivos para guardar segredos...

– ... Dumbledore... - Ela repetiu. - Ele é o diretor, não é?

– Certamente! - Ele ajudou a menina a se levantar. Em seguida, olhou para os adultos que se encontravam perto de Hermione. - Precisam de alguma ajuda para conseguir mais alguma coisa?

A senhora Granger olhou para a lista em sua mão e concordou com a cabeça. Ela, assim como o marido, nunca esperariam encontrar um homem daquele tamanho. Mas, ainda assim, os três seguiram Hagrid para as lojas restantes.

–--

(Flashback off)

– O que havia no pacote, Hagrid? Aquilo está aqui em Hogwarts, não é? - Hermione perguntou, assim que terminou de contar a história.

Hagrid não respondeu, mas sua expressão entregava a resposta e esta era um enorme "SIM!". As crianças se olharam.

– Isso não muda nada! - Hagrid por fim respondeu. - É assunto dos professores, não de alunos, e muito menos do primeiro ano. Vocês podem acabar se metendo em problemas. - Ele olhou para Matthew. - E não se preocupe com seu pai. Uma mordida como aquela não vai demorar muito a melhorar...

– Mordida? - Matthew perguntou, um pouco confuso. - Nós nunca dissemos...

– Eu não devia ter dito isso... - Hagrid murmurou. - Acho que é melhor vocês irem agora.

Por mais que dissessem "mas", não adiantou. Logo, os quatro estavam do lado de fora da cabana, se encaminhando ao castelo. Acabou que nenhuma de suas perguntas foi respondida. Não tinham recebido muitas respostas, apenas mais fatos estranhos que pareciam não ter nenhuma relação entre si. Os sonserinos trocaram olhares, que fizeram Hermione perceber que havia mais do que só aquilo envolvido.

– O que foi? - Ela perguntou, ansiosa. - Vocês sabem de mais alguma coisa, não, é?

Ninguém disse nada por um tempo, então Draco começou:

– Aconteceu uma coisa... Na primeira semana... - Hermione assentiu, indicando para que continuasse. Eles contaram sobre a noite em que tinham ouvido Quirrel falar com a voz misteriosa. Uns cortavam os outros, tentando reproduzir as falas do diálogo, enquanto a garota da corvinal ouvia, pensativa.

– Por que não me contaram isso antes?

– É meio que um segredo... - Draco repondeu. Hermione bufou.

– A voz disse que Quirrel deveria falar com Hagrid... - Ela pensou em voz alta. - Talvez falassem da mesma coisa que mordeu seu pai ontem, Matthew. - Os outros concordaram.

– Aposto que essa coisa é a razão de o corredor do terceiro andar ser proibido! - Disse Laureen, com um sorriso travesso. - E vocês viram como Hagrid ficou nervoso quando Mione relacionou isso com a outra história? Acho que as duas coisas têm mais a ver uma com a outra do que pensamos...

– Também acho. - Hermione concordou.

Tinham muito a pensar, mas ninguém conseguiu chegar a nenhuma conclusão naquela noite ou nas noites que se seguiram. Umas duas semanas depois, no entanto, foram surpreendidos na hora do almoço por uma notícia que os fez voltarem a se lembrar disso.

Matthew, Draco e Laureen entraram no Grande Salão e dirigiram-se à mesa da Sonserina, mas era impossível não notar que, por todo o lugar, as pessoas cochichavam entre si. Não como se contassem segredos, mas como se estivessem espalhando uma fofoca.

– Ei, vocês já souberam? - Um garoto que estava sentado ao lado do trio chamou a atenção deles. - Parece que os gêmeos Weasley foram até o corredor do terceiro andar e descobriram o que tem nele! Dizem que é um animal enorme, mas ninguém sabe o que é.

– Ah, por favor... - Disse uma garota de cabelos castanhos e cara de buldogue, sentada à frente dele. - Eles nem sabem o que ouviram. Eles vão até lá, mas amarelam na porta da sala?! Fala sério, além de pobres, também são covardes...

– Quer dizer que você olharia lá dentro, Pansy? - O garoto perguntou para ela.

– Mas é claro que sim! - Ela o olhou, orgulhosa. - Mas, diferente deles, eu sigo as regras da escola.

Draco revirou os olhos. Laureen apontou para a língua, como se indicasse um vômito. Matthew teve vontade de gritar para que ela parasse de se achar.

Ao fim do almoço, quando saíram do salão, Laureen puxou os dois garotos para um lado e falou para eles, em voz baixa:

– Acho que deveríamos ir ao corredor do terceiro andar, ver por nós mesmos o que há lá! Se os Weasleys foram, nós também podemos, não é?

– Você é doida? - Draco perguntou. - Não podemos! Além disso, eles são três anos mais velhos que a gente...

– Quer dizer que está com medo, Draco? - Matthew perguntou. - Isso não é bem a sua cara...

– Claro que não. Mas tem uma razão para ele ser proibido, lembra? Dumbledore disse que era muito perigoso.

Matthew suspirou.

– Ele tem razão. Não podemos simplesmente chegar e esperar que o que quer que seja que tem lá nos ignore enquanto investigamos.

– É a nossa chance de tentar entender o que está acontecendo aqui! - Laureen falou. Ela olhou para cada um dos garotos. - Sei que também estão curiosos e essa é a única pista que temos.

Malfoy e Snape se olharam, perguntando silenciosamente um pro outro o que fazer. Não encontraram resposta, então o loiro deu de ombros, olhando para o movimento do corredor.

– Que seja. - Ele disse. - Mas vai ter que bolar um plano muito bom. Se nos pegarem, estamos ferrados!


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Notas finais do capítulo

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