What If... escrita por Larissa Megurine


Capítulo 5
O Corredor Oculto


Notas iniciais do capítulo

... Acho que vou continuar no presente por mais alguns capítulos... Qualquer sugestão, é só comentar.
Antes que alguém venha reclamar, vou falar logo: sim, Merlin era da Sonserina. Não, eu não inventei isso.



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Era a noite de Halloween, o que significava uma decoração especial no Grande Salão. Inúmeros morcegos podiam ser vistos no falso céu mostrado pelo teto enfeitiçado e, em todos os cantos, abóboras sorridentes estavam expostas.

Matthew Snape, Draco Malfoy e Laureen Palmer foram quase os últimos a chegarem no salão. Ao sentarem, foram surpreendidos por uma abóbora próxima a Draco:

– Como está a sua noite de Halloween? - Ela disse, abrindo um sorriso. Os três olharam-na espantados. A algumas pessoas de distância, outra falou com um garoto chamado Goyle, que levou um susto e gritou bem alto. Do outro lado do salão, alunos da Grifinória explodiam em risos, que pareceram centralizados em dois gêmeos ruivos. Matthew riu também e comentou com Draco:

– Esses gêmeos até que são bem engraçados.

Draco revirou os olhos.

– Eles são Weasley... São uns fracassados!

– Eu sei, - Matthew respondeu, apesar de achar "fracassados" forte demais - eles devem ser a única família puro-sangue do mundo que é pobre...

– Não sejam cruéis com eles! - Laureen interveio. - ... Ouvi falar que o pai deles trabalha no Ministério.

– O que apenas sustenta nossa teoria! - Draco disse rapidamente. - ... Mesmo sendo sangue-puros E trabalhando no Ministério...

Dessa vez, foi Matthew quem o cortou:

– Ah, mas esses dois têm estilo! Isso você definitivamente não pode negar.

Os três riram enquanto uma abóbora assustava uma garota de óculos na mesa da Lufa-Lufa. Em poucos minutos, a comida apareceu em seus pratos, assim como uma série de doces bizarros, porém deliciosos. Eles foram interrompidos pelo professor Quirrel, que entrou correndo no Grande Salão, com uma expressão de puro terror. Ele correu até Dumbledore, pôs suas mãos na mesa e disse para o diretor:

– Trasgo... Nas Masmorras... Achei que devia lhe dizer.

O professor desmaiou. Todos gritaram, interrompendo tudo o que estivessem fazendo. Alguns se levantaram, intensificando ainda mais o caos, que só parou quando Dumbledore já tinha explodido várias bombinhas na ponta de sua varinha.

– Monitores, - o diretor falou - levem os alunos de suas casas de volta aos dormitórios imediatamente!

As outras casas começaram a organizarem-se para ir para os dormitórios e ninguém pareceu reparar no problema dos Sonserinos. Roger Silver, o monitor, correu até o professor Snape, desesperado, parando-o antes que pudesse sair do salão.

– Professor! Nossos dormitórios são nas masmorras. - Vários alunos aproximaram, ao perceberem que não poderiam simplesmente ir andando até seu Salão Comunal. - Como esperam que a gente vá pra lá?

– Eu sei, eu sei... - Snape murmurou. Em seguida, falou, em voz baixa. - ... Vão pelo Corredor Oculto, no segundo andar.

Ao ver a confusão no rosto de Roger, ele observou um instante a multidão de alunos da Sonserina, até que apontou para um rapaz de cabelos negros e olhos bem azuis.

– Pergunte ao Fowl. - Snape disse para o monitor. - Ele sabe o caminho.

Roger Silver foi rapidamente ao encontro do aluno para quem o professor de poções apontara. Seu nome era Leon Fowl e ele estava no último ano. Antes que Roger chegasse até ele, Fowl assentiu com a cabeça

– Vamos. - Ele disse, em voz alta, pondo-se à frente do grupo e guiando-os até o andar de cima, com uma expressão orgulhosa no rosto e sem falar mais do que o necessário. Lá, seguiram até a sala de Feitiços e dobraram à esquerda. No corredor por onde seguiram, parecia não entrar nenhuma luz, já que não tinha nenhuma janela nas laterais nem se abria para nenhum outro lugar. Leon acendeu a varinha com um "Lumus" e os outros o imitaram.

Chegaram por fim a um beco sem saída com quadros dos lados esquerdo e direito. Nenhum dos dois fazia muito sentido... O primeiro mostrava uma cobra, que chiou para eles, enroscada em uma varinha. O outro, uma multidão que parecia ser uma coletiva de imprensa, virada para o fundo. À frente deles, havia uma cortina, que Fowl puxou para o lado, revelando um terceiro quadro, que mostrava um chapéu pontudo que só poderia ser descrito como sendo "da cor da noite", pontilhado com pequeninas estrelas. O rapaz disse, olhando para o quadro:

– Merlin em pedaços.

A cobra, à esquerda, se desenroscou da varinha e foi formar, atrás dela, o símbolo da Sonserina. Por entre os repórteres, passou um mago, por quem todos dentro do quadro gritaram. Ele passou direto por eles e dirigiu-se para o quadro do meio. Pegou o chapéu, colocou-o na cabeça e encarou os sonserinos. Quase todos os alunos apenas observavam, boquiabertos e balbuciavam:

– É ele?

– Não pode ser...

– ... Incrível!

Leon apenas ignorou-os e disse para o mago que, se você ainda não entendeu, era o próprio Merlin:

– Precisamos atravessar o Corredor Oculto... Senhor.

Merlin nada disse, mas assentiu, abriu um sorriso bondoso e esticou a mão, como que para pegar algo que estava fora do campor de visão dos estudantes. Com um clique, o quadro girou sobre um de seus lados, como uma porta, revelando um corredor de luz esverdeada. Leon Fowl atravessou a abertura primeiro e olhou para os outros.

– Venham! - Ele disse.

Um por um um, os demais alunos o seguiram e adentraram o Corredor Oculto. Quando todos tinham passado, o quadro de Merlin se fechou atrás deles, sem nenhum aviso, o que fez muitos engolirem em seco. Após alguns passos em linha reta, o mais velho virou à esquerda e assim fizeram os outros. Eventualmente, Fowl comandava algumas coisas como "Cuidado com a cabeça nesse trecho", quando o teto ficou um pouco mais baixo, ou "não toquem nas lâmpadas!". Elas estavam protegidas por transparentes caixas de vidro, mas conforme Matthew descobriu mais tarde, se alguém tocasse em uma delas, todas as restantes se apagariam e a pessoa poderia ficar perdida ali dentro para sempre.

O Corredor Oculto foi criado por um elaborado feitiço de Merlin quando este ainda estudava lá. Prevendo que alguma eventualidade, nas masmorras pudesse impedí-lo de chegar ao seu dormitório, ele criou o Corredor, que acabava em uma porta próxima à passagem para o Salão Comunal da Sonserina. Ninguém das outras casas sabia para que era aquela porta, supunham apenas tratar-se de alguma sala de aula que não era usada.

Sempre havia pelo menos um aluno da Sonserina que sabia sobre o Corredor. E, mais do que saber de sua existência, que conhecia o caminho, que era bastante complexo.

Matthew percebeu que eles estavam andando para baixo, não em uma escada, mas em uma rampa bem inclinada. Depois de certo tempo, alcançaram uma porta de madeira. Leon virou a maçaneta e abriu a porta, revelando, à direita deles, uma conhecida parede de pedra. Eles correram até lá, disseram a senha, "unhas de dragão", e entraram no Salão Comunal.

–--

No dia seguinte, na aula de poções, todos comentavam sobre o trasgo. Severo Snape entrou na sala mancando. Ninguém pareceu importar-se muito com isso, mas Matthew tinha certeza de que o pai estava perfeitamente bem no dia anterior. Ele sentou-se ao lado de Laureen e ela virou-se para ele.

– Como será que detiveram o trasgo? - Ela perguntou, meio para ele, meio para si. - Ouvi dizer que eles são muito perigosos...

– É, mas também são muito burros. - Matthew respondeu. - E você viu que todos os professores correram para lá... - Ele lembrou-se de Quirrel, que tinha desmaiado, e riu. - ... Ou quase todos.

Snape começou a aula, fazendo os dois se calarem. Ao fim da aula, Matthew disse a Laureen que fosse na frente e esperou para falar com o professor.

– Pai, - Matthew começou, tentando parecer casual - o que houve com sua perna?

Severo Snape não esperava que o filho fosse notar aquilo... Ele olhou sério para o garoto e respondeu:

– Há coisas que é melhor você não saber.

– Mas...

– Sem "mas", Matthew! - Ele disse. Em seguida, abaixou o tom de voz. - Isso não diz respeito a você.

Matthew encarou o pai por uns instantes, mas percebeu que não conseguiria mais nenhuma informação. Ele juntou suas coisas e saiu da sala. Laureen, Draco e uma amiga deste, Hermione, estavam esperando-o do lado de fora. Ele os cumprimentou, não tão de bom humor agora.

– O que aconteceu? - Laureen perguntou.

– Tem alguma coisa muito estranha acontecendo com os professores... - Ele olhou para ela e para Draco, que entenderam o que ele quis dizer. "Quirrel...".

Ele contou a eles sobre Snape estar mancando e Hermione concordou com ele que um trasgo não causaria aquilo. Se um trasgo montanhês o acertasse com uma clava, o osso de sua perna teria se partido ao meio e nem Madame Pomfrey poderia tê-lo curado em tão pouco tempo...

– ... Isso quer dizer que ele provavelmente enfrentou alguma outra coisa ontem, enquanto os outros cuidavam do trasgo... - A garota da Corvinal refletiu.

– Vocês acham que isso tem a ver com... - "A voz?", ele transmitiu pelo olhar para Draco e Laureen.

Hermione pareceu não notar. Ela olhou para o céu, lá fora. "Ainda está cedo, dá tempo..."

– Venham comigo! - Ela disse a eles, puxando Draco pela mão. Os outros os seguiram.

– Ir aonde? - Draco perguntou.

– Vamos ver Hagrid. - Hermione respondeu, deixando-os com a mesma dúvida. - Se tem alguém nesta escola que pode saber que tipo de criatura seu pai enfrentou - ela olhou para Matthew - e, possivelmente, por quê, é ele!


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Notas finais do capítulo

Vamos ver o Hagrid! E aí, o que acharam do Corredor Oculto? Pode falar, Merlin é o cara! Beijos, eu volto em breve



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