What If... escrita por Larissa Megurine


Capítulo 2
A Noite Da Queda - 10 anos atrás


Notas iniciais do capítulo

O título é um pouco auto-explicativo... Esse capítulo conta o que aconteceu na noite em que Voldemort foi "derrotado", 10 anos atrás...



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Já se passaram 11 anos desde que Lord Voldemort iniciou seu reinado de terror, seus comensais da morte estão provocando um verdadeiro massacre por toda a Inglaterra e até em outras partes da Europa, criando uma crise no mundo trouxa que estes não conseguem explicar. A situação piorou consideravelmente desde que, quase três anos atrás, Tiago Potter, ainda em seu último ano escolar, aliou-se ao lord das trevas. Pouco depois, os outros "marotos", Remo Lupin, Sirius Black e Pedro Pettigrew juntaram-se ao amigo... Evidentemente, poucos sabiam disso, mas, com animagos, um lobisomen e uma capa de invisibilidade, os bruxos das trevas pareciam ter forças ilimitadas.

Sibila Trelawney, no entanto, já havia previsto o nascimento de uma criança que teria poder suficiente para derrotar Voldemort e, não se sabe como, ele conseguiu ter acesso a essa informação. Só haviam duas crianças que se encaixavam na descrição: O filho dos Longbottam e o dos Snape. Naquela noite, ele decidiu ir atrás do segundo.

–--

Severo Snape voltava para casa. Ele era provavelmente a única pessoa a ainda estar na rua depois de ter escurecido. Com o número de mortes sempre aumentando, todos preferiam estar em suas casas o mais cedo possível. Já estava quase chegando quando um movimento atrás de si lhe chamou a atenção. Virou-se, deparando-se com um cachorro negro anormalmente grande... Mas ele conhecia aquele animal.

– Homomorfus! - Falou, apontando a varinha para o cão. Este começou a mudar até atingir a forma humana. Em um instante, em seu lugar, estava Sirius Black.

– Ora, ora, Severo, - o comensal da morte falou, com um sorriso de deboche no rosto - já faz bastante tempo, não é?

– Black! O que quer aqui?

– Pra que ter tanta raiva? Só vim fazer o meu trabalho... Sabe, normalmente o mestre só me manda matar um trouxa ou dois, mas hoje tenho outros planos... - Sirius fulminou Severo com o olhar. - E eles incluem você.

– Não tenho medo de você!

– Ah, eu sei que não... Mas e a sua amada Lily? Ela está a, o que, uns dois quarteirões daqui, sozinha em casa com o bebê?

Severo levou um choque, pois estava ele estava correto. Como Sirius poderia saber qualquer coisa sobre sua família? Não haviam se escondido bem? Ao ver o terror nos olhos do outro, Black riu.

– Se você fizer qualquer coisa a ela, - Snape ameaçou - eu juro que...

– Ah, mas nem serei eu a fazer nada a ela! Ele já tem tudo preparado. Veja bem, só tenho que cuidar de você! - Sirius tirou a varinha de dentro das vestes e apontou-a para o rival. - Você já atrapalhou nossos planos por tempo demais...

Snape se lançou para o lado, escapando por pouco enquanto um Black com olhos sanguinários lançava um "bombarda!" em sua direção. "Esse cara é louco!", pensou, enquanto pegava sua própria varinha. Em seguida, apontou para o outro e comandou:

– Confringo! - Sirius foi lançado para trás com o impacto da pequena explosão violeta.

– Nada mal, Ranhoso... - O mago das trevas provocou, fazendo Snape cerrar os dentes. - Mas não vai ser o suficiente... Estupefaça!

Desta vez, Severo foi atingido, colidiu com uma árvore atrás e caiu, beirando a inconsciência... "Não lembro de ele ter todo esse poder..." Ele ouviu novamente o risinho de Sirius.

– ... Não se pode competir com os poderes de Lord Voldemort! Mas posso te dar uma última chance. Junte-se a nós, Severo. Junte-se ao lado vencedor!

Snape tentou levantar-se e murmurou:

– Vocês não vão vencer... E eu nunca iria aceitar fazer o trabalho sujo de vocês... É só isso o que você tem, - ele tossiu e encarou o outro - Almofadinhas?

Sirius chutou-o na barriga.

– Sabe, você está começando a me irritar... - Mas sua voz ainda estava calma. - Acho que está na hora de colocá-lo no seu devido lugar. Avada Ked-

Mas Severo já apontava a varinha para a do adversário e antes que este pudesse completar a maldição, disse:

– Cistem Aperio! - O feitiço estorou a varinha de Black, que gritou de raiva.

– NÃO! - O animago fuzilou Snape com o olhar, mas logo seu rosto se cobriu de pelos e ele voltou a se transformar no enorme cão negro, pulando rapidamente no pescoço do outro mago, que agora estava de pé.

Severo reunia todas as suas forças, não podia deixar-se ser derrotado. Tinha que resistir! Antes que pudesse ser atingido pelo ataque de Sirius, puxou uma faca e enfiou no animal... Às vezes era útil ter consigo algum tipo de defesa trouxa... Lily insistira. Severo nunca esteve tão feliz em dar ouvidos a ela. O animago contorcia-se, tentando livrar-se da lâmina e cravou os dentes no braço de Snape, que gritou de dor. Este puxou a arma, rasgando mais o corpo do animal, até que sentiu que os movimentos dele cessavam.

Ainda ofegante, empurrou o cachorro para o lado e encarou o sangue na lâmina. Por alguma razão, ver as manchas vermelhas fazia suas ações parecerem mais cruéis... Não parecia ter sido "defesa pessoal"... Ele balançou a cabeça, afastando esses pensamentos. Poderia pensar nisso mais tarde. Agora, tinha que voltar para casa e encontrar Lily antes que fosse tarde demais. Ele correu os dois quarteirões que faltavam.

Havia luz vinda de um quarto no segundo andar, Severo percebeu ao se aproximar. A porta, no entanto estava escancarada. Ele correu para dentro. No andar de cima, ouviam-se vozes...

–--

Lily Snape estava no quarto do bebê, Matthew, quando ouviu a porta se abrir. "Finalmente... Ele não devia ficar até tão tarde fora de casa...", pensava, abrindo a porta que dava para o corredor. Lá embaixo, porém, as luzes continuavam apagadas e só se ouvia o som discreto de passos. Ela voltou para dentro do quarto e fechou a porta imediatamente. "Não é Sev..."

Seus pensamentos foram interrompidos quando o som dos passos chegou ao segundo andar, fazendo ficar branca de medo. "Como eles nos acharam?" Ela olhou para o filho, dormindo calmamente e uma lágrima solitária escorreu em seu rosto. Ela não podia deixar que nada acontecesse a ele! Pos uma cadeira emperrando o trinco da porta e buscou a varinha. Ela não tinha tempo...

A maçaneta se mexeu e, por um instante, Liy pensou que a porta não seria aberta... Pensamento estúpido. A porta abriu-se até bater na parede, fazendo um som alto. A cadeira foi jogada longe. Ela tentou não parecer assustada quando o homem entrou.

Ele tinha cerca de cinquenta anos, mas as poucas rugas não tiravam o vigor diabólico de seu olhar, apenas pareciam conferir a ele mais experiência. Os olhos eram negros e profundos e os lábios finos exibiam um leve sorriso de quem sabe que está vencendo. Mesmo para quem nunca o tivesse visto, era fácil reconhecer Lord Voldemort. Lily mantinha a varinha firme, mas seu coração estava acelerado. Ela sabia que não havia nenhuma maneira de bloquear a maldição da morte...

– Não, de fato não há. - Ele respondeu aos pensamentos dela. - Mas, em minha imensa compaixão, estou disposto a deixá-la viva. Basta que me entregue a criança - Ele apontou para o berço atrás dela, fazendo-a encará-lo horrorizada - e subjugue-se a mim.

– Nunca!

O sorriso dele sumiu.

– Que assim seja. - Voldemort respondeu. Com um movimento rápido, apontou a varinha para ela. - Avada Kedavra!

Lily gritou, mas, assim que o feitiço lhe atingiu, ela tombou no chão, sem vida. Seu assassino contornou seu corpo e olhou o bebê que dormia tranquilo no berço, ele apontou a varinha para a criança e recitou o feitiço outra vez.

Mas, em vez de matar o menino, a magia ricocheteou e voltou-se contra o bruxo, que mal teve tempo de entender o que tinha acontecido antes de a vida lhe escapar do corpo e este ser destruído.

À porta do quarto, Severo Snape viu o lorde das trevas ser desintegrado por seu próprio feitiço. Mas a confusão só durou um instante, pois sua mente logo se ocupou com o corpo da mulher caída no chão.

– Lily! - Ele gritou, se jogando até ela. Afastou os cabelos da esposa do rosto e olhou-a. Ela estava fria, mas ele abraçou seu corpo mesmo assim. Ele já não se importava em conter o choro. Gritou de novo e de novo, mas sabia que isso não adiantaria. Sentia seu coração se desmanchar e seu mundo inteiro parecia não ter significado...

Então um outro choro juntou-se ao dele, como que para lembrá-lo de que, afinal, não perdera tudo. Severo levantou-se e debruçou-se sobre o berço, onde o bebê chorava. Com carinho, pegou-o nos braços e beijou sua testa. Severo sentou-se na cama e, apesar de ainda chorar, percebeu que o mundo ainda tinha, sim, um significado.


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Notas finais do capítulo

Dramático? Imagina... (ironia)



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