A beautiful mess escrita por Mari, Ari Dominguez


Capítulo 7
Acabou!


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Então, algumas novidades meninas, eu acho que muitas de você aqui acompanhavam minha antiga fic na velha conta Leonetta-Totalmente Opostos. A questão é que estou pensando seriamente em repostá-la, é claro, se vocês quiserem. Mas vocês se importariam se eu desse uma invertida na história? Digam nos review por favor, é muito importante!
Amei todos os reviews super fofo de vocês, pra mim é tudo saber que estão gostando. Mas um capítulo quentinho saindo do forno, rsrs, não me matem por favor!



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LEIA AS NOTAS INICIAIS

Estava tão perplexa e pasma quanto ele.

–León, eu não disse isso.

–Como não? Eu mesmo vi! Ainda não acredito que você disse que está comigo porque eu sou famoso.

–Mas eu não disse isso!-aumentei meu tom de voz.

–Mas deu a entender.

–Você tem que acreditar em mim. Eu não disse aquilo, não daquele jeito.

Olhei para ele desesperada, queria que León esboçasse uma mísera reação, só queria saber que ele sabia que eu estava dizendo a verdade em mim. Mas ele estava parado olhando pro nada com a mesma cara de merda. Foi então que eu não me aguentei.

–Espera, você não acredita em mim não é mesmo?-ele se virou para o meu lado e tentou consertar:

–Não Villu, é só que eu não...

–Não precisa dizer mais nada! Não posso continuar com alguém que não confia em mim-me levantei irritada e pegando minha bolsa caminhei furiosa até a porta. Mas fui impedida por uma mão que segurou meu braço.

–Violetta espera, vamos conversar poxa!

–Não temos mais nada pra conversar. Aliás, não temos mais nada!-ele fez uma cara de surpresa.

–O que você disse?

–O que você ouviu, acabou!

–Como assim acabou?-foi tamanha a sua surpresa que ele apertou meu braço com mais força-À dez minutos atrás estava tudo bem.

–Você disse certo, à dez minutos atrás, quando eu ainda achava que você confiava em mim.

–Mas eu confio em você.

–Não, você não confia! Preferiu acreditar em um programa de fofocas sensacionalista do que em mim que você conhece à mais de dois anos.

–Não acredito que você quer acabar com tudo o que tivemos por causa disso.

–Não, não é só por isso. Eu me cansei, me cansei de tudo isso-ele estava parado na minha frente com a boca aberta-Agora me solta!

Me desvencilhei dele, e num movimento rápido abri a porta indo apressada até o elevador. Apertei os botões, as portas estavam se fechando quando foram impedidas por ele que as segurou com as mãos.

–O que você quer? Eu já disse que...

–Não Violetta, não acaba até eu também dizer que acabou.

Ele entrou e as portas se fecharam. Ótima, eu estava presa junto com ele em um cubículo vulnerável ao seu inegável charme.

–Mas eu não quero mais nada com você.

–O problema é que eu quero. Ainda não acredito que terminou comigo por uma idiotice daquelas.

–Acha idiotice o fato de você pensar que eu sou uma interesseira?

–Mas eu não acho isso!

–Tanto acha como disse-as portas se abriram-Falou Vargas, vai ver se eu tô na esquina!

Saí quase que correndo pelo saguão e tive a certeza de que ele estava atrás de mim.

–Violetta, dá pra você parar de ser tão infantil?

–Eu disse pra você me deixar em paz!

–Mas eu não vou te deixar em paz até você falar comigo que nem uma pessoa civilizada.

Não parei de andar nenhum minuto. Cheguei a imensa porta e a abrindo corri em direção a rua acenado para que um táxi parasse como fiz à duas semanas atrás.

–O que você tá fazendo?

–Chamando um táxi ué!

–Estou falando do jeito com que você está agindo, que nem uma criança mimada. O que aconteceu com o ''eu te amo León''?

–E o que aconteceu com o ''confio em você Violetta''?

–Mas eu confio em você droga!-um táxi atendeu ao meu pedido parando.

–Ok, vou fingir que acredito Vargas-abri a porta para entrar, mas parei ao escutar sua voz novamente:

–Mas eu te amo.

–E daí?

–Como e daí?

–Olha León, você pode escolher a dedo a garota que você quiser, agora vê se me esquece por favor.

–Eu não quero te esquecer! O que tivemos não pode acabar desse jeito!

–Não só pode como vai-estava entrando no táxi quando senti mais uma vez alguém segurar meu braço. Ao virar a cabeça me deparei com ele, com uma expressão de raiva e desespero.

–Violetta, eu proíbo você de entrar nesse táxi!

–Você não é meu pai!

–Mas eu sou seu namorado.

–Você ERA meu namorado. Eu já disse, acabou!-León soltou meu braço com a mesma cara de ''não acredito''.

–Quer saber? Também cansei, cansei desses seus chiliques. Estou avisando, se você entrar nesse táxi eu não vou fazer como todas as vezes em que brigamos e ficar que nem um bobão pedindo seu perdão de joelhos. Minha paciência tem limites. Então o que você me diz? Vai mesmo acabar com tudo sem mais nem menos?

–Vou, e não é sem mais nem menos, tenho meus motivos.

–Essa é sua palavra final?

–É!

–Ótimo, eu não queria que terminasse desse jeito, mas se você quer assim. Depois não adianta se arrepender e correr atrás de mim.

–O que te faz pensar que eu faria isso?

–Ok, é só um recado. Adeus Violetta-se virou e saiu caminhando pela calçada.

Eu só sair correndo atrás dele e abraçá-lo com força pedindo desculpas, mas meu orgulho ferido falou mais alto. Senti lágrimas se reunirem nos meus olhos, mas apenas as ignorei e entrei no táxi batendo a porta com força.

–Washigton Square por favor-falei com a voz chorosa para o taxista, sem mais perguntas ele funcionou o carro. Lutei com todas as minhas forças contra a vontade de olhar pra trás. Chorei o caminho todo que nem a tonta apaixonada que eu era.

Você deve achar que estou exagerando, mas ninguém sabe o que é ser tachada de falsa e interesseira sendo que a única coisa que eu fiz foi amá-lo de todo o coração. Abri mão de tudo por ele, deixei de realizar o meu sonho, perdi toda a minha privacidade, enfrentei todo tipo de críticas e julgamento de pessoas que nem me conheciam, me entreguei literalmente pra ele. E o que recebo em troca é ele pensar que eu realmente estou com ele por causa dessa droga de fama? Quer saber? Pra mim já chega!

Pude senti firmeza quando ele disse que dessa vez tinha acabado de verdade. Mas tudo que vivemos juntos não saia da nossa cabeça. Voltei a minha mente para dois anos atrás, quando eu ainda era só uma garota ingênua que por pura idiotice havia aceitado sair com aquele motoqueiro bad boy, sem nem menos imaginar que ele estragaria minha vida.

A brisa batia contra os nossos rostos. Podia apenas ver o tranquilo Mal del Plata. A noite pelo visto os turistas sumiam.

O céu era estrelado e límpido, as ondas quebravam e batiam nas nossas canelas. León e eu estávamos sentados na areia observando tudo em um silêncio agradável. Olhei pro lado e o vi observar tudo a sua frente atentamente. Simplesmente fechei os olhos sentindo meus cabelos voarem, era a sensação mais perfeita que existia.

–Esse lugar é lindo-ele disse baixo quebrando o silêncio.

–É sim, meus pais me traziam aqui sempre-abracei meus joelhos.

–Não trazem mais?

–Não depois que minha mãe morreu.

–Me desculpa ter falado nisso, eu... sinto muito.

–Tudo bem, já passou. Aliás adoro falar nela.

–Então me conte como ela era-me virei com um sorrisinho de canto de boca para ele que me fitava.

–Sério que quer ficar me ouvindo falar dela?

–Sim.

–Ok-me virei voltando a encarar o mar-Ela era muito especial, não só pelo fato de ser minha mãe, mas ela era uma pessoa incrível. Se chamava Maria, nasceu em Paris.

–Paris?

–Sim, mas se mudou pra Buenos Aires quando conheceu meu pai.

–Foi ela quem te deu isso?-perguntou apontando para o colar com o pingente da torre Eifel que eu tinha no pescoço. Estranhamente eu o segurava, me lembrei que sempre fazia isso quando me recordava dela.

–Sim, logo que foi diagnosticada com câncer quando eu tinha 12 anos.

–Imaginei, porque você estava com ele todas as três vezes em que nos vimos.

–Eu nunca tiro. É como ter um pedacinho dela comigo. Meu sonho e estudar na Sorbonne Nouvolle como ela e morar em Paris, como se estivesse trilhando os seus passos.

–A universidade de artes? Já ouvi falar sim. Mas você vai conseguir, é muito boa nisso.

–Nisso o quê?

–O desenho que você fez me deixou impressionado.

–Obrigado, mas pena que só você ache isso. Meu pai quer que eu curse administração pra tocar o negócio da família.

–Mas é isso que você quer?

–Não. Mas ele tem razão, artistas tem uma chance em um milhão de viverem do seu trabalho.

–Mas e daí se esse é o seu sonho? Você é boa.

–Vargas, é o nosso primeiro encontro e já estamos falando disso?-ele riu.

–Me desculpa.

–Não tudo bem, mas e você? Faz faculdade?

–Não, é complicado...

–Porque é complicado?

–Porque, eu..-ele não conseguia prosseguir.

–Você...

–Pratico MotoCross, eu treino para ser um piloto profissional entende?

–Sério?

–Sim. Você deve me achar um louco, mas é o que eu gosto de fazer.

–Não acho, se é o que te faz sentir bem... Só estou pensando em uma coisa, meu Deus! Eu montei na garupa da moto de um maluco!

–Por que maluco?-indagou confuso.

–E se você resolvesse fazer aquelas manobras comigo na moto?

–Eu jamais faria isso.

–Eu sei que não-dei uma boa bagunçada no seu cabelo.

–Ei gata! Você sabe de como dá trabalho fazer esse topete charmoso?-soltei uma gargalhada quando o vi ajeitar o cabelo estilo Elvis Presley. Quando parei de rir, olhei para o lado e o vi me olhando sério, com aquelas duas esmeraldas verdes reluzentes de tanto brilho.

–O que foi?-León se aproximou e colocou uma mechinha minha de cabelo atrás da orelha ainda com a mesma expressão séria e o mesmo brilho no olhar.

–Eu já disse que você fica linda rindo?-minhas forças se esvaíram, emudeci diante do que ele disse. Apenas senti meu coração começar a bater em um ritmo descontrolado quando ele se aproximou mais ainda e com olhos fechados encostou sua testa na minha, enquanto acariciava minha bochecha com o polegar-Eu posso te beijar?

Meu corpo se arrepiou quando após isso ele abriu os olhos e me encarou em um tom de súplica. Apenas fiz que sim com a cabeça, e logo depois bem devagar ele inclinou seu rosto deixando nossos narizes colados. Depois de uns dez segundos assim, eu já não queria que ele me beijasse, eu precisava que ele me beijasse. Como indicação disso cerrei as pálpebras e logo após pude sentir o gosto dos seus lábios. Um calor humano me invadiu e pude perceber que ele me segurava pela cintura, como resposta, apenas entrelacei as mãos nos seus cabelos. Eu tinha a impressão de que ele queria desafiar a lei da impenetrabilidade a medida que me puxava para mais perto dele, posso dizer que León estava conseguindo, porque naquele momento sentia como se fôssemos um só. Mas como tudo que é bom dura pouco, tivemos que nos separar para buscar o ar que faltou. Fechei os olhos com força e o abracei sentindo o seu peito ofegante.

–Violetta, eu sei que nos conhecemos a pouquíssimo tempo, e que não sabemos quase nada um sobre o outro, mas eu acho que...-deu uma pausa, aquilo me matou, o que ele queria dizer? Apenas o abracei com mais força como se dissesse que ele podia prosseguir-Acho que estou apaixonado por você...

Como doeu! Me lembrar que vivemos momentos tão bonitos e que de acordo com ele isso havia acabado mesmo. Mas eu tentava manter viva a última chama de esperança de que ele estava blefando, que apareceria daqui alguns dias fazendo uma serenata com flores e bombons como fez da última que brigamos. Sim, eu sabia que tudo iria se resolver...


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Notas finais do capítulo

Então? O que vai ser de Leonetta? Podem me matar mentalmente eu deixo. Me digam o que acharam nos review, podem até me xingar, eu só preciso que digam o que estão achando. E digam também se querem que eu vou a postar minha antiga fic tá? Vou tentar postar final de semana, se não der apareço segunda ok? Beijocas ;)