A beautiful mess escrita por Mari, Ari Dominguez


Capítulo 4
Tudo Se Resolve, Por Enquanto...


Notas iniciais do capítulo

Olá! Sentiram minha falta? Quero pedir desculpas por não ter dado às caras final de semana, minha linda criatividade resolveu dar no pé. Mas mesmo assim vocês me presentearam com duas lindas recomendações que eu amei de todo o coração! Mil obrigados a Larimandy(te amo minha amiga linda!) e a Adry Marques minha florzinha por escreverem aquilo pra mim, amei!
Obrigada também a jortini amor e desejo, Ari Dominguez, Duda Leonetta e MariaEduarda(minha fofinha) por favoritarem. Agradeço também de todo coração a todos os reviews lindos, respondi com muito carinho. Vocês são o máximo! Gente, qual é? Estamos no quarto capítulo e vocês já estão arrasando!
Agora vou deixar vocês lerem em paz, nos vemos lá embaixo ;)



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Eu sentia meu corpo tremer de tanta raiva. Só queria voar no pescoço daquele cínico, mas era jovem demais pra ser presa por assassinato, então decidi me conter.

–Como é que você entrou?

–Sua colega de quarto me deixou entrar.

–Aquela piranha-murmurei baixo o suficiente para que ele não ouvisse-León dá o fora daqui! Não estou como a mínima vontade de falar com você.

–Eu já disse que só saio daqui quando você deixar de ser teimosa e falar comigo-começou a se aproximar, acompanhando tal movimento, fui dando passos pra trás até ser impedida pela parede. Muito tranquilo ele me bloqueou com seu corpo colocando os braços de cada lado. Pronto! Eu estava encurralada.

–Vai embora daqui agora!

–Não primeiro você vai me dizer o que eu fiz e o que a Lara tem haver com isso-os seus olhos fitavam os meus, me deixando meio atordoada por não conseguir formular nada pra lhe dizer-Violetta por que você está assim?-se aproximou e pude sentir o seu perfume maravilhoso, tal coisa me tirou do sério.

–Simplesmente porque você é um mentiroso e traidor! Te odeio Vargas! Você me prometeu que não falaria mais com ela.

–Com a Lara?-sua expressão era de confusão-Mas eu nunca mais falei com ela!

–Aé? Então por que ela ligou no seu celular?

–Ela ligou?

–Não se faça de desentendido León, você pensa que eu sou tão trouxa assim?

–Violetta, eu juro que não falo com ela desde que nós voltamos.

–Não consigo acreditar em você-ele meio que se encolheu, seus olhinhos pareciam de um cachorrinho que caiu do caminhão da mudança

–Villu meu amor eu te juro que...

–Não! Chega de meu amor, se você me amasse não teria continuado falando com ela-tirei suas mãos do meu rosto.

–Violetta acredita em mim! Não nos falamos a um tempão-não respondi, ao ver meu silêncio ele bufou enfiando os dedos no cabelos irritado-Se você não acredita em mim vou ter que te provar não é mesmo?

Ele segurou os meus braços e me guiou até a cama, me sentando nela e em seguida se sentando do meu lado. Tirou o celular do bolso(que era um novo) e discou um número, colocou no viva-voz, segurando o celular na frente do queixo. Sinceramente não estava entendendo nada. Não demorou muitos segundos e a ligação foi atendida por uma voz que estava embargada de animação e alegria:

–León??? Obrigada por ter me ligado, precisava falar muito com você.

–Lara eu já te disse pra não ficar me ligando.

Me desculpa, mas é que eu estou com saudade, precisava pelo menos ouvir sua voz–senti meu sangue ferver com isso que ela disse-Por que você está assim comigo? Fica me evitando e me tratando feito lixo, o que tivemos não significou nada?–ele levantou o olhar com uma expressão triunfante, como se falasse ''Eu te disse''.

–Você sabe muito bem que eu e a Violetta voltamos. Por favor não me ligue mais.

–León, espera eu...

Ele desligou a chamada, respirou fundo, ficamos em silêncio por alguns instantes. Afinal, ele estava falando a verdade o tempo todo, e eu não acreditei nele.

–Então, a senhorita acredita agora?-engoli um seco e fechei os olhos com vergonha de encará-lo. Apenas fiz que sim com a cabeça sussurrando:

–Me desculpa- escondi o rosto com as mãos e derramei algumas lágrimas-Me desculpa.

Senti braços musculosos rodearem o meu corpo, retribui o abraço. Estava muito aliviada por ele não ter ficado chateado comigo, pelo menos era o que parecia.

–Ei Villu, não chora-afagava os meus cabelos com certo carinho. Depois de alguns minutos, me afastei dele enxugando as lágrimas. Ele passou o dedão de leve pela minha bochecha fazendo movimentos circulares.

–Eu sou uma tonta.

–Não, não é-segurou as minhas mãos querendo transmitir confiança-Você só precisa confiar mais em mim.

–Eu nunca mais vou duvidar de você-voltei a abraçá-lo, mas não durou muito tempo porque ouvi sua voz mais uma vez:

–Então nós estamos bem não é?

–Sim, por quê?-perguntei confusa o soltando.

–Ótimo, senão eu não teria o que fazer com isso aqui-tirou um lenço vermelho do bolso da jaqueta de couro.

–O que é isso?

–Você confia em mim?

–Claro!

–Então vire-se-me virei meio aturdida, mas minha visão foi bloqueada por aquele pedaço de tecido que ele usou para cobrir meus olhos.

–O que você está fazendo?

–As perguntas ficam pra depois, agora se levante-sua mão puxou a minha e eu me levantei. Senti seu corpo atrás de mim, me abraçando enquanto me empurrava.

–Pode só me dizer aonde vamos?

–Sabia que a curiosidade matou o gato?

–Haha, engraçadinho. Já entendi, sem perguntas não é?

–Exatamente-permancemos em silêncio durante o trajeto, aquilo só serviu pra me deixar mais confusa, com mil possibilidades do que ele pretendia com aquilo passando pela minha cabeça. Pra minha felicidade, não demorou muito e eu o senti parar-Chegamos-anunciou.

–Ok, agora você pode tirar essa venda de mim?

–Sim, no três: um, dois, três-a seda macia deslizou pelo meu rosto e ao abrir os olhos senti que fosse desmaiar. Levei a minha mão até minha boca que teimava em abrir.

Foi quando involuntariamente comecei a cruzar o cômodo em passos lentos admirando aquilo. Era uma espécie de ateliê. Tinha uma grande janela de vidro com cortinas brancas nela, por meio dela podíamos admirar as lindas estrelas que adornavam o céu naquela noite. Havia um balcão de mármore, sobre ele, vários tipos de tintas, pincéis, e molduras de madeira com telas em branco. Na parede, podia-se ver pinturas abstratas de estilo contemporâneo. No chão estava um lindo carpete vinho, que percebi ser de linho egípcio. Pra acabar de completar o cenário mais lindo que já vi, haviam bancadas fixadas na parede com vasos de barro. Deslizava os dedos pelo plano balcão de mármore quando me lembrei dele. Levei meu olhar até a porta onde lá estava, parado encostado na soleira, com as mãos enfiadas nos bolsos da calça, me olhando com um sorriso.

–León, o que é isso?-estava tão eufórica com aquilo tudo, que me esqueci de perguntar o que era realmente ele queria. Só então notei que estranhamente prendia a respiração.

–Isso é um ateliê bobinha!-soltei uma risada.

–Eu sei, mas por que você me trouxe aqui?-ele se aproximou calmamente e parou na minha frente.

–Porque esse é o SEU ateliê-arregalei os olhos sem conseguir acreditar no que ouvia-Você nunca mais vai precisar se preocupar com a Ludmila te enchendo o saco por causa do cheiro de tinta pelo quarto.

–Eu não acredito que você fez isso!-algo quente molhou meu rosto, só então vi que era uma lágrima de felicidade. Sorri percorrendo os olhos espaço que de acordo com ele me pertencia.

–Pois acredite, você merece mais que qualquer pessoa-segurou minha mãos carinhosamente. Eu o abracei com todas as minhas forças enquanto murmurava:

–Obrigada-suas mãos deslizaram pelas minhas costas.

–De nada, agora eu estou seriamente começando a pensar que você quer me matar sufocado-eu o soltei na hora sem-graça.

–Me desculpa-passou os braços em volta da minha cintura.

–Tudo bem, é um jeito bom de morrer-apenas ri.

–Como você fez isso?

–Isso o quê?

–Isso ué!

–Ah! Isso? Bom, eu só aluguei esse cômodo que estava sobrando aqui no prédio e contratei uma decoradora, só. Desculpa se não ficou muito bom, é que eu não entendo muito de arte.

–Como assim? Ficou incrível! Você não precisava ter gasto seu dinheiro com isso.

–Vamos combinar Villu, já estava na hora de usar meu dinheiro em coisas mais importantes que motos bobas-se aproximou e sussurrou no meu ouvido-Além do mais, eu faço qualquer coisa pra te ver feliz.

Um arrepio percorreu meu corpo. Sem pensar duas vezes eu tomei seus lábios de maneira intensa, eu movimentava meus lábios que nem uma louca querendo apenas sentir o gosto dos dele, que correspondia meu ato apertando meu corpo contra o dele. Nos separamos antes que o ar faltasse com selinhos. Ele inclinou o rosto encostando nossos narizes, enquanto apenas fazia um leve carinho no meu queixo, fechei os olhos.

–Antes que eu me esqueça...-abri os olhos e o vi procurar algo nos bolsos-Isso é seu-ele tirou de lá uma chave pequena, com um chaveiro da miniatura da torre Eifel. Aquela danado me conhecia mesmo! Ele sabia o quanto eu amava Paris, e que meu sonho era conhecer lá.

–Você me conhece como a palma da mão não é?-perguntei olhando pro chaveiro lindo.

–Me perdoe por minha culpa não poder estar lá.

–Não acredito que você disse isso! León eu recusei a bolsa na Sorbonne Nouvolle porque eu quis, você não me forçou a nada.

–Eu sei, mas você só aceitou a vaga na UNY por minha causa. Eu sinto que te impedi de realizar seu sonho-me cortou o coração ouvir ele dizer aquilo, sorri sapeca e entrelacei sua nuca com os meus dedos.

–Meu amorzinho, coloca uma coisa nessa sua cabeça, meu maior sonho não é estudar em Paris, meu maior sonho é estar com você!-ele sorriu feito uma criança-Pare de se culpar, a melhor decisão que eu tomei foi ter vindo pra Nova York com você-sua expressão ficou séria, ele apertou minha cintura de leve me fazendo soltar um gemido abafado. Olhando nos meus olhos profundamente com aquele par de olhos verdes, disse algo que me fez estremecer:

–Você me deixa louco Castillo-eu ri da sua idiotice, mas fui impedida pelos seus lábios que colaram nos meus. O beijo foi como o outro, bem intenso, eu enfiei os dedos no seu cabelo com tanta força que devo ter arrancado alguns fios, mas obviamente ele não ligou. Nos separamos pela falta de ar, encostando nossas testas ofegantes.

–Eu te amo-falei baixinho passando os braços em volta do seu tronco o abraçando, apenas querendo senti-lo. Sua respiração estava acelerada e seu coração ia a mil por hora, só esperava que ele estivesse batendo no mesmo ritmo que o meu. Me lembrei da difícil decisão que eu tive que tomar a dois anos, e eu sorri ao perceber que eu tinha feito a escolha certa.

–Também te amo-meu sorriso se alargou ao ouvir aquelas palavras, que me deram a certeza de que o coração dele realmente batia no mesmo ritmo que o meu...

***

Só podia ouvir aqueles cochichos irritantes de todos que cruzavam conosco. Depois de cinco minutos conseguimos subir até o andar do meu dormitório depois de várias pessoas nos parando, e olhe que o corredor estava vazio. León foi esperto por me levar pela escada de incêndio até o andar de baixo na ida até o cômodo, agora havíamos pago o preço pela preguiça de subir às escadas por usar o elevador. Quando enfim chegamos até a porta do quarto, ele quebrou o silêncio que havia se formado:

–Está entregue.

–Obrigada-enfiei a chave na fechadura, mas num ímpeto de coragem resolvi falar de algo no qual eu estava pensando-Você viu que a nossa briga já foi citada em alguns sites?

–Já?-ele estranhou-Mas não espero nada menos daquela gente.

–Eu estive pensando e...-não consegui prosseguir.

–E...-suspirei.

–E conclui que só tem um jeito da gente acabar com essas especulações todas que fazem de nós.

–E que jeito seria esse?-engoli um seco para dizer o que prometi que jamais diria.

–Eu quero dar uma entrevista Léon-ele arqueou as sobrancelhas.

–Quem é você e o que fez com a Violetta???-permaneci séria.

–Não é brincadeira, o único jeito disso parar é mostrando pra eles que nós dois estamos bem.

–''Nunca vou me rebaixar ao nível desses jornalistas sensacionalistas que não tem nada melhor pra fazer do que ficar inventando boatos pra ganhar audiência e bancarem suas vidas medíocres às custas dos outros''-ele afinou a voz-Foi você quem disse isso!

–Eu sei, mas já ouviu aquele ditado que diz que se não pode vencê-los junte-se a eles?

–Você quem sabe-ele tirou o celular do bolso e após discar o número lembrou de algo-E você me deve um celular novo! Oi alô Pablo... Desculpa eu te ligar a essa hora, é que minha namorada querida de repente resolveu que quer dar uma entrevista e... Eu sei que ela se recusou antes mas... Pablo dá pra quebrar essa pra mim por favor?... Você é dez cara! Valeu... Pode deixar-ele tapou o celular e voltou sua atenção pra mim-Ele te mandou um beijinho.

–Ai que lindo, diz que eu mandei um chute no saco.

–Ela mandou outro, até mais-desligou o celular e o guardou no bolso-Dá pra você parar de implicar com meu agente?

–Você sabe muito bem que eu odeio aquele otário e que ele também me odeia.

–Não parece, porque ele já resolveu o seu lado.

–Como assim já resolveu?

–Ontem à tarde, depois da nossa suposta briga, já ligaram do Fame querendo agendar uma entrevista, só tem um porém...

–Que porém?

–Eles querem entrevistar só você.

–Por que não pode ser nós dois?

–Porque eles querem só você e ponto.

–Tudo bem, pode ser só eu.

–Você tem certeza?

–Tenho.

–Mas você nunca fez nem um pronunciamento!

–E daí? Já passou da hora de eu dizer o que penso pra aqueles idiotas.

–Você é doida!-me deu um selinho rápido-Te ligo depois pra avisar se deu certo tudo bem?

–Ok.

–Agora eu tenho que ir, ah! E diz pra Ludmila que eu mandei um beijo-sorriu irônico enquanto eu o fuzilava com os olhos.

–Pode deixar, e vou dizer também que você está afim de morrer.

–Calma Villuzinha, você sabe que pra mim só existe você-começou a dar beijinhos no meu pescoço, mas me mantive firme.

–Não sei não Vargas. Agora dá o fora daqui que amanhã eu tenho aula.

–Tudo bem nervosinha, amanhã eu te ligo-deu uma piscadela e se virou.

Bufei, abri a porta do quarto e ao entrar me joguei na cama, foi quando escutei a vozinha irritante da Ludmila:

–Cadê o Lion?

–Não é da sua conta, mas ele já foi embora-me apoiei nos cotovelos, a olhando pentear aquela cabeleira loira em frente ao espelho-A propósito Ludmila, por que você o deixou entrar?

–Querida, León Vargas é tudo de bom! O que ele pedir eu faço-deu uma piscadinha, o que me irritou mais ainda.

–E também é meu!

–Vocês fizeram às pazes? Qual é, pensei que ele tinha vindo te dispensar.

–Cala essa boca!

–Ai Villu, que estresse! Mas quer saber? Aproveite enquanto pode, porque logo o gato vai ser meu-se levantou e foi em direção a porta-Beijos, Ludmila já vai!-estalou os dedos e saiu, acertei uma almofada na porta de tanta raiva daquela ridícula.

Quando me deitei em paz, suspirei ao sentir o cansaço que me acometia. Enquanto olhava pro teto, não parava de pensar se eu era a garota mais sortuda do mundo por namorar um cara tão lindo, ou se era a mais azarada de todas por namorar um cara tão retardado.


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Notas finais do capítulo

Viram? Ficou meio chato não é? Mil perdões, mas mesmo assim, peço que deixe seu review ok?
Beijinhos, até a próxima meninas ♥