A beautiful mess escrita por Mari, Ari Dominguez


Capítulo 16
O errado pode ser o certo


Notas iniciais do capítulo

Hey cupcakes! Sentiram minha falta? Digam que sim, tô carente :(
Bom, eu acho que demorei um pouquizinho, né? Mas com a Olimpíada de Língua Portuguesa, o PC bugado sem internet, além de uns problemas que com certeza fizeram a criatividade não colaborar, foi nos trancos e barrancos que consegui terminar esse capítulo. Eu espero que gostem.
Hoje temos um pov's do nosso delicioso, gostoso e cheiroso Leóncito u.u
Bom, é um ponto de vista masculino (não dã!), eu não sou muito boa com isso, então não liguem se ficar meio meloso. Um obrigado em especial para as lindezas: Ana Luiza Stoessel Blanco (Analu♥); Anna, (ó, xarás); Dark Star e Karina Costa, obrigado por terem favoritado girls, thanks u.u E também para minha amiguinha fofa Maria Eugenia, que me botou pra cima essas semanas, de verdade, te adoro♥
Dedico pra vocês, ok?



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– Você tem noção do que fez? Você é um irresponsável León! Tem ideia do que isso pode causar a nós dois? – Lara berrava gesticulando as mãos descontroladamente no banco do passageiro.

Eu tentava ignora-la, e focar a minha atenção apenas no tráfego de carros a minha frente, para que sua voz sumisse da minha cabeça. Mas isso era impossível.

– Dá pra você se acalmar? – pedi, quase num sussurro.

– Me acalmar?! Você realmente não tem consciência da proporção que isso pode tomar, não é? Se vazar na internet uma foto sequer, eu e você estaremos acabados, eu vou ser a chifruda do momento, e você o traidor.

– Lara, você está exagerando. – adverti, respirando fundo para tentar manter a paciência. Eu estava completamente encharcado, literalmente, e com uma maluca escandalosa berrando no meu ouvido. Não era lá uma situação muito agradável.

– Exagerando?! E se tivesse alguma paparazzo por lá, hã? Me diz o que aconteceria depois?

– A questão é que não tinha nenhum paparazzo lá, fica tranquila, ninguém viu.

– Ninguém viu o quê? Você e a vadia da sua ex-namoradinha se agarrando dentro da piscina? – perguntou, sarcástica.

Naquele momento meu sangue ferveu, e daria tudo pra ver a expressão de fúria que tomou conta do meu rosto.

– Não fala dela assim! – gritei.

Me virei para encara-la, Lara estava com um sorrisinho petulante e abusado no rosto.

– Ai, desculpe, eu esqueci que você não gosta que falem mal da sua ''protegida''. – disse fazendo aspas com os dedos no ar. – Que é tão santa que agarra o ex-namorado e o primeiro que aparecer na frente sem nem pestanejar.

Segurei o volante com força.

– Olha aqui Lara, eu sugiro que você cale a boca, porque você pode me dizer o que quiser, tá? Mas eu não admito que fale dela assim. Senão eu publico uma nota no meu Twitter agora mesmo, contando que essa porcaria de namoro é uma farsa.

– Você não faria isso. – disse, me olhando abismada.

– Duvida? Então paga pra ver. – esbravejei, virando o volante para a esquerda com truculência e pisando fundo no acelerador.

Lara não disse nenhuma palavra, e permaneceu assim durante todo o trajeto até o seu apartamento, o que francamente foi um alívio.

***

Sentei-me na cabeceira da cama e sequei os cabelos com a toalha felpuda.

Bocejei esfregando os olhos teatralmente.

Minhas pálpebras pesavam, e meu corpo implorava por descanso. O único problema é que eu simplesmente não conseguia deitar, fechar os olhos e descansar, mesmo sabendo que na manhã seguinte eu precisaria acordar cedo e pegar um avião para Flórida.

Algo me perturbava, e esse algo com certeza era o gosto dos seus lábios que ainda me invadia por completo. Talvez fosse coisa da minha cabeça, mas eu ainda podia sentir aquele sabor doce.

Como um perfeito idiota, sorri quando as lembranças daquela noite começaram a tomar conta dos meus pensamentos. Mas exatamente de quando ela estava nos meus braços, pressionando seus lábios contra os meus, que nem uma maluca esfomeada, o que definitivamente não era ruim. De um jeito cômico, segundos depois, tínhamos ido parar dentro da piscina (e acredite, eu estava tão extasiado que só percebi isso após sentir que minhas roupas ficaram encharcadas).

Olhei para ela aturdido, a mesma me fuzilava com um olhar de choque e raiva.

– León, qual o seu problema? Por que fez isso? – esbravejou, me acertando com um jato d’água.

– Mas eu não fiz nada! Vai ver você com essa sua gana toda quem nos empurrou. – eu disse, sem conter a risada.

– Quer saber? Você é um idiota. – Se virou ameaçando ir embora, mas eu fui mais rápido e a segurei por trás, pela cintura, ela agitou os pés se debatendo. – Me solta!

– Como se você quisesse mesmo que eu te soltasse. – sussurrei, ao pé do seu ouvido.

Observei com um sorriso triunfante quando ela parou de se debater, e seu corpo relaxou nos meus braços. A soltei com cautela, com medo de que ela pudesse estar me enganando, mas não, ela não fugiu de mim.

Violetta queria ficar ali comigo.

– Você tem razão, está frio lá fora.

– Sim, está frio lá fora. – repeti, cínico.

Ela me olhou com um ar irritado.

– Bom, já que você está rindo da minha cara desse jeito, acho que é melhor eu ir embora.

Antes mesmo que se virasse, eu já havia agarrado seu pulso.

– Por favor, espera. Eu... só estava brincando. – Tudo bem, admito que isso foi meio desesperado. E ridículo, porque ela se virou com um sorrisinho presunçoso.

Para minha enorme surpresa, sem nada dizer, entrelaçou as pernas no meu quadril e passou os braços ao redor do meu pescoço.

Fiquei meio zonzo. A encarei espantado, o que definitivamente foi meio idiota.

Seu sorriso sumiu e ela me olhou preocupada.

– O que foi? Eu sou muito pesada? – Tentou se soltar, mas a impedi, segurando-a firmemente pela parte debaixo dos joelhos.

– Claro que não! É só que... você não costumava ser tão ousada.

Arrependi-me logo após ter fechado a boca, mas ela não pareceu se importar. Violetta arqueou as sobrancelhas travessa.

– As vezes é isso que a saudade faz com a gente.

Espera, ela tinha acabado de admitir que estava com saudade de mim?

Acho que não é necessário contar que eu meio que, saí do sério.

– Tem razão. – balbuciei, antes de puxar a parte de trás da sua cabeça com a palma da mão e colar nossos lábios.

Violetta não recuou, pelo contrário, imitou meu desespero, agarrando a minha camisa com as mãos; e a medida que eu aprofundava o beijo e a abraçava com mais força, ficando alarmado com a possibilidade de machuca-la, ela não esboçava nenhuma reação de rejeição, apenas me puxava para mais perto – como se fosse possível – pela camiseta, enquanto movimentava os seus lábios desesperadamente.

Infelizmente, nós éramos seres aeróbios (viu como prestei atenção nas aulas de ciência?), e meu pulmão começou a dar sinal de vida. Tive de afastá-la (e duvido que se eu não fizesse isso ela desgrudaria) ofegante. Ela soltou gemidinhos de desaprovação.

– Você é estraga prazeres, sabia? – reclamou, com a respiração entrecortada e acelerada.

Encostou a cabeça no meu peito que arfava.

– Me desculpe, mas nós dois precisamos respirar. – murmurei, depositando um beijo no topo da sua cabeça.

Permaneceu em silêncio um minuto pelas minhas contas, provavelmente tentando recuperar o fôlego assim como eu.

Era incrível poder abraçá-la daquele jeito, poder sentir que pelo menos naquele momento, ela era minha e de mais ninguém.

A garota quase havia me matado sufocado, mas eu preciso admitir que não me importaria de morrer desse jeito.

– A Francesca vai me matar quando ver que eu acabei com a ''produção'' que ela passou a tarde toda fazendo em mim. – falou por fim, se soltando, e analisando o vestido molhado.

Sorri travesso e entrelacei sua cintura com os braços.

– Pra mim você não precisa de nada disso, você é perfeita de qualquer jeito. – tinha sido meio patético, mas compreenda, eu estava apaixonado, e ela ficava mais linda que nunca com o rímel borrado.

Não me respondeu logo, apenas mordeu o lábio inferior.

– Mais do que sua namorada? – perguntou, sarcástica.

Suspirei fundo em sinal de impaciência a soltando.

– Você tinha que estragar esse momento?

Do sarcasmo passou para incredulidade.

– Só me diz que momento? Você tem noção do que estamos fazendo? Tem noção de que não somos mais nada um do outro?

Ok, aquilo sim tinha doído.

– Sim, você está certa, mas isso não me impede de ainda sentir coisas por você.

– Ai, que lindo! Tenho certeza de que era isso que você dizia pra ela quando ainda estávamos juntos. – sua voz saiu amargurada.

– Você está insinuando que eu te traía com ela? – indaguei, incrédulo.

– Nossa, não é que você tem um cérebro.

– Eu nunca te traí! Posso ter agido mal, mas sempre fui fiel a você!

– Sinto muito, mas eu não acredito mais em você.

A olhei boquiaberto.

– Mas que droga, Violetta! Você acabou de praticamente me engolir aqui e ainda vem me dizer que não acredita em mim?! Você é tão... inconstante!

– É só que... eu não quero ser participe disso. Não quero ser sua aventurazinha, a garota com quem você trai a Lara.

– Mas, eu, eu... ainda te amo.

Ela me olhou com ternura, sorrindo, e segurou as laterais do meu rosto.

– Então volta pra mim.

Meu coração doeu ao ouvir aquilo.

Ela sorria tão doce acariciando meu rosto, foi então que me dei conta do que estava fazendo, de que aquilo não era justo com ela.

Fechei os olhos por alguns instantes.

– Não é tão simples assim. – eu disse, fraquejando.

– Como não é tão simples? – Afastou as mãos do meu rosto. Pareceu refletir um tempo nas minhas palavras, e depois me olhou com uma expressão de indignação. – Espera, você só quer dar uns pegas em mim? É isso mesmo?

– Lógico que não!

– Então me explica o que você quer de mim, porque eu simplesmente não entendo. – Eu emudeci. Violetta se virou e deu rápidas braçadas em direção a borda.

Segui o mesmo caminho que ela.

– Violetta, é que... é complicado demais pra você entender. – falei, saindo da piscina um pouco depois dela.

– O que é complicado demais pra que eu entenda? Que você só está me usando pra dar uma escapada e chifrar a sua namorada? – Não me olhou nos olhos. Apenas pegou seus sapatos do chão e deu as costas.

– Você acha mesmo que eu seria capaz de uma coisa dessas?

Parei bem na sua frente e segurei seus ombros, forçando-a a me olhar nos olhos.

– León, quer saber? Esquece tudo que eu disse, tudo que aconteceu, pode ser? Eu não conto se você não contar.

Deu alguns passos, mas bloqueei sua passagem novamente.

– Como assim esquecer? Você tem noção do que tudo isso significou pra mim?

– Que eu sou uma palhacinha que você pode manipular e usar na hora que quiser?

– Não, Violetta! Isso deixa mais que óbvio que você ainda me ama. Será que a única que não percebe isso é você?

– E daí? E daí se eu ainda te amar? Do que isso adianta se você só quer brincar comigo? Isso é um erro, nós somos um erro.

– Talvez um erro que valia a pena. – Nossos lábios se tocaram, mas antes que pudesse ir adiante, fui surpreendido por um estalo, seguido por um ardor no rosto.

Ela havia me dado um tapa na cara.

– Nunca mais faça isso, escutou? Pelo menos não antes de decidir sua vida e parar de empacar a minha. – Me deu um belo de um empurrão, e saiu pisando duro.

Fiquei completamente estarrecido com aquela sua atitude tão drástica.

Cheguei a conclusão de que não seria a decisão mais sensata de todas ir atrás dela outra vez, por isso, fiquei parado que nem um bobão, esfregando o rosto dolorido.

Violetta sumiu de vista.

Depois de ligar para minha linda e compreensiva namorada me encontrar do lado de fora, no estacionamento, tive que segurar por uns cinco minutos os pulsos daquela coisinha raivosa, que insistia em querer arrancar minha cabeça, após praticamente ter deduzido o porquê de eu estar todo molhado, e principalmente com quem eu estava.

Pelo visto, tinha virado moda bater no Leóncito aqui.

O resto vocês já sabem, e bom, aqui estava eu, tentando espantar todos esses ocorridos desastrosos dos meus pensamentos.

Eu rolava para todos os lados na cama, mas pegar no sono parecia uma tarefa árdua, mesmo com todo o cansaço que me acometia.

Tinha que admitir que ela estava certa.

O que eu estava fazendo não era nada justo, nem a com a minha ''namorada'', nem com ela. Mas eu não podia simplesmente largar a Lara e ir correndo atrás dela – por mais que fosse isso que eu queria –, eu havia assinado um contrato; eu tinha um compromisso, e precisava honrá-lo. Mas eu não podia ficar longe dela, eu não ia ficar longe dela, principalmente agora que estava mais que claro que Violetta sentia minha falta, que ainda nutria sentimentos por mim.

Isso podia parecer egoísta, mas era dela quem eu gostava, era ela quem eu amava.

Dois anos eram muita coisa.

Havíamos passado por coisas demais juntos para serem simplesmente esquecidas.

Só me dei conta quando estava pegando meu celular do criado-mudo e discando seu número.

Não era certo, mas a diferença entre certo e o errado havia perdido a importância a muito tempo pra mim.

Além do que, em algumas circunstâncias, o errado pode se tornar o certo a se fazer.


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Notas finais do capítulo

Entoces? Uma bosta média ou uma bosta razoável?
Eu sei que ficou meio chatinho, mas sério gente, eu prometo que assim que as coisas entrarem nos eixos aqui vai dar uma melhorada.
Ah, antes que eu me esqueça, eu fiz um Twitter, já que era necessário que eu me interasse dos veículos de comunicações de mídia globais (tô parecendo minha professora de geografia), mentira, é porque todo mundo tinha menos eu.
Legal, ninguém se importa.
@MariKawaii_xD Interajam comigo por lá meninas, e claro, não liguem pro nome ridículo.
Novidade: vacation! Bom, não é nenhuma novidade mas eu só queria dizer que com as férias vou tentar postar com mais frequências, e detalhe, vou batalhar arduamente pra atualizar as outras fics.
Bom, é isso, não saia sem deixar seu precioso review me dizendo o que achou, tá?
Até a próxima atualização.
Beijos! ^^ ♥