A beautiful mess escrita por Mari, Ari Dominguez


Capítulo 13
A Escolha Errada


Notas iniciais do capítulo

Hey! Brother, kkkk, ignorem, eu sei que foi absurdamente ridículo.
Olha quem voltou! Cabe a vocês julgar se demorei dessa vez.
Agora vou fazer propaganda da minha fic nova: http://fanfiction.com.br/historia/504821/Remember_When/ Poderia passar lá rapidinho só pra me dizer o que achou?
Agradeço a Sweet Boldness, Fabi e Sofi, Ana Clara e Babi Pasquarelli, minhas divas que favoritaram muito obrigado meninas! E por último, a Juju Stoessel, que me acompanha desde muito tempo e me mandou essa coisa tão fofa e perfeita que chamamos de recomendação, já mandei a MP de agradecimento fofinha. Decidi que vou fazer isso agora, melhor do que ficar enchendo a paciência de vocês e não desmerecer a Juju♥
Dedico pras princesas já citadas acima, mesmo sabendo que a maioria vai querer me matar depois desse capítulo, por isso, seja o que Deus quiser!



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Com um longo e prolongado suspiro me permiti enfim soltar o pincel deixando-o sobre a bancada atrás de mim. Tateei na superfície de mármore gelada e ao encontrar um pano qualquer, usei-o para secar pequenas gotas de suor que se formaram no meu rosto.

Elevei meu olhar para encarar a tela à minha frente. Lá estava o meu precioso trabalho que valia mais de metade da nota do primeiro trimestre: uma releitura de uma obra do estilo cubista. Eu havia escolhido Pablo Picasso, por conhecer muito bem suas obras e apreciar o jeito abstrato e surreal com que ele as desenvolvia de uma maneira que pudéssemos compreender e tirar nossas próprias conclusões; representações confusas e complexas em outras palavras, e por mais incrível que pareça, eu amava isso.

Alguma coisa começou a vibrar no bolso do meu avental, ao começar escutar o toque contagiante e muito mulherzinha de Really Don’t Care (eu sou uma garota, me culpe) tratei de limpar as pontas dos meus dedos com respingos de tintas num pano. Logo que tirei o celular do bolso, vi aquela foto que eu reconheceria mesmo que se passassem mil anos daquele retardado mostrando língua com sua beleza quase que obscena, após juntar aquelas quatro letrinhas que formavam a palavra ''León'', senti meu estômago embrulhar, literalmente. Tudo começou a girar, e sem abusar da dramaticidade eu comecei a ficar realmente tonta.

Foi como se eu estivesse em um filme e pausassem a cena, simplesmente fiquei paralisada feito uma idiota encarando o visor do telefone. Mas minha cabeça explodia com tantas possibilidades, questionamentos, suposições e coisas inimagináveis.

Por que ele estava me ligando depois de três semanas fingindo desconhecer minha existência e o fato de termos sidos namorados por dois anos? Decidiu que era hora de jogar na minha cara tudo que havia guardado? Só queria saber como eu estava depois do que aconteceu? Ou a melhor e mais impossível de todas as deduções ao meu ver: estava arrependido e tinha ligado pra me pedir perdão?

Outro pensamento me ocorreu: o que o levava a pensar que ele poderia me usar feito um capacho ou me tratar feito um cachorrinho que quando se chama pelo nome vem correndo balançando o rabinho? Talvez fosse melhor não atender e dependendo das suas intenções faze-lo provar um gostinho do próprio veneno.

Mas essa provavelmente fosse a última vez que ele poderia dirigir sua atenção a mim, ou que eu pudesse escutar sua voz. Essa possibilidade já me fazia estremecer.

Quer saber de uma coisa? Que se foda. Foi o que pensei antes de com uma afobação tremenda, deslizar o dedão pela tela para aceitar a chamada.

–León??? – Me senti patética ao ver como minha voz saiu animada, como uma criança que havia acabado de ganhar um presente.

–O QUE FOI QUE DEU EM VOCÊ???? – Pisquei completamente aturdida e confusa.

–Como o que deu em mim? – perguntei em um tom inocente e confuso, não estava sendo cínica ou me fazendo de burra, eu realmente não fazia ideia do que ele estava falando.

–Não se faça de santa! Como é, pensou que eu fosse burro o suficiente pra não ficar sabendo? – León continuava a berrar como se eu fosse um animal ou uma imbecil. Mesmo tão feliz por poder pelo menos ouvir sua voz comecei a me irritar pelo jeito estúpido com que estava sendo tratada. Então naquele momento todas as tentativas de manter a calma foram pro brejo.

–Meu filho, você se esqueceu de tomar seu remédio hoje?

–Ha-ha, vai bancar a engraçadinha agora? Sério, mal terminamos e você já vai se engraçar pro lado de um imbecil qualquer? – Era impossível não escutar sua respiração pesada e acelerada do outro lado da linha, ele exalava fúria e possessividade.

–Mas que droga! Me diz de que porcaria você tá falando.

–Se você vai continuar nesse joguinho tudo bem. O que acontece é que eu recebi um e-mail, muito interessante à propósito, sobre você. Tinham umas fotos muito reveladoras.

–Que fotos??? – gritei sem conter um grito pelo nervosismo e impaciência por ele ficar enrolando daquele jeito, eu estava a ponto de explodir.

–De você e outro cara! – Foi só aí que caiu a ficha.

Senti meus músculos ficarem rígidos.

Nesse momento a expressão de raiva no meu rosto se desfez e fiquei com um olhar perdido observando pela janela o pátio movimentado do campus, do qual eu podia ter uma perfeita visão do meu ateliê, procurando um ponto fixo para me concentrar e processar tudo que estava acontecendo. Eu simplesmente estava perdida. Por um lado aquela atitude ridícula de ciúme significava que ele ainda se importava comigo pelo menos o mínimo possível pra se irritar com a ideia de que eu estivesse com outro; mas olhando pelo ângulo racional, a ideia de que ele estava agindo fosse meu dono depois de tudo o que havia feito era inaceitável. E foi por esse lado racional da minha consciência pelo qual me deixei guiar:

–Espera, e o que você tem haver com isso?

–Ué! Eu sou seu ex-namorado esqueceu? – Não pude soltar uma risada incrédula, ele falava como se fosse algo absurdamente natural.

–Você falou certo, ex–namorado, o que definitivamente não te dá o direito de ficar se metendo na minha vida ou palpitando sobre com quem eu saio. Eu não me lembro de ligar pra você e ficar berrando feito uma maluca quando você me deu um pé na bunda e foi correndo pros braços da vadia da Lara.

O silêncio dele por alguns instantes deixou claro que eu estava certa e de ele sabia disso. Mesmo assim, León não se deu por vencido e continuou a argumentar:

–Ah... é diferente! E eu não te dei um pé na bunda! – Ok, agora isso sim era demais.

–Ah não? – perguntei com uma risada sarcástica. – Espera, isso quer dizer que quem disse na mídia que eu era uma garota boba e sem importância não era León Vargas?

–Eu não disse isso!

–Disse sim!

–De qualquer forma foi você quem terminou comigo primeiro.

León podia ter agido como um cretino antes, mas tentar colocar a culpa em mim pelo nosso término e usar isso para justificar essa ''posse'' que ele ainda exercia sobre mim acabavam de torná-lo ridículo.

–E foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. – Até eu me surpreendi muito com a minha firmeza durante um blefe tão absurdo, caramba, eu estava sofrendo que nem uma condenada sem ele e tentar fazer parecer que estava bem e recuperada era demais pras minhas habilidades teatrais.

Mais uma vez um silêncio excruciante pairou sobre o nosso acalorado diálogo.

–Não diz isso. Eu sempre quis só o seu bem. – o seu tom de voz mudou completamente, se antes ele estava gritando, agora falava com doçura e tristeza, ouvi-lo assim, quase tão angustiado quanto eu, me fez derreter.

''Mas já te esqueci você não significa mais nada pra mim entendeu? Cansei de correr atrás de você!'', foram as palavras que ecoaram pela minha mente e fizeram com que eu prendesse o suspiro que estava prestes a soltar.

–Se você quisesse o meu bem não teria me tratado feito lixo.

–Por favor, para de falar assim, isso acaba comigo. – nunca o havia escutado falar assim, tão sentido e arrependido, mesmo naquelas circunstâncias era de partir o coração.

–A verdade dói Vargas?

–Olha, vamos conversar melhor, eu posso passar aí depois e...

–Você pensa que eu sou o quê? Um brinquedo que você usa e depois joga fora quando se entendia?

–Claro que não, você sempre foi muito importante pra mim. Eu to te implorando, é só me escutar baby. – baby, patético.

–Não. Acabou entendeu? Acabou. – dizer isso foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, ele estava lá, me implorando pra nos resolvermos, era a única esperança que eu tinha de que as coisas voltassem a ser como antes, e por um motivo que eu mesma desconhecia, me recusava a me agarrar a essa esperança. Ele disse que tinha acabado não é? Pois então tinha acabado.

Mas se eu achava que isso havia sido difícil, nunca estaria preparada pra ouvir o que veio em seguir:

–Mas, eu... preciso de você.

Também preciso de você.

–Nunca mais me ligue.

Desliguei sem lhe dar chance de retrucar, eu não aguentaria ouvi-lo dizer mais nada, além do mais, não queria que me escutasse chorar. E foi isso que eu fiz, cerrei as pálpebras com força deixando um amontoado de lágrimas escorresse pelo meu rosto livremente.
Eram tantos sentimentos, tantas sensações, é difícil de descrever o que senti.

Por que ele fazia aquilo? Por que ficava me confundindo e me levando ao limite do que podia aguentar?

''Preciso de você'', eram as suas palavras que martelavam na minha mente. Ele me queria, ele ainda me amava, eu simplesmente havia esmiuçado todas as quase inexistentes chances que ainda tínhamos. Ter que encarar esse fato foi pior que a dor de ser chutada, porque as coisas podiam ter mudado, só dependia de mim.

Cobri meu rosto com as mãos, e sem consegui controlar deixei que os meus soluços saíssem sem impedimento.

Meu coração estava despedaçado.

Eu podia ter escolhido, e eu havia feito a escolha errada.

***

–Então eu disse pro Marco que aquela gravata ficava péssima com aquela camisa, mas ele não quis me escutar e... – Sacudi a cabeça disfarçadamente para manter a atenção focada no monólogo aparentemente interminável da Francesca. Poxa, ela tinha me ouvido e me aturado durante as últimas semanas inteiras, o mínimo que eu podia fazer era prestar atenção nela. Mas pra isso tinha ficar me policiando porque a minha mente simplesmente viajava e eu ficava o tempo todo perdida em devaneios. Acho que não preciso nem me dar ao trabalho de citar na única coisa que eu pensava certo?

Olhei de relance as requintadas vitrines das inúmeras butiques do shopping, ela havia me pedido pra vir com ela ajuda-la a escolher uma roupa pra usar no aniversário do Marco (mesmo sabendo que eu não entendia merda nenhuma de moda). Amaldiçoei a hora em que havia aceitado sair com ela, a pior coisa do mundo era ter que ficar fingindo que estava tudo bem, poisé, eu não tinha tido coragem de contar pra ela.

–Violetta, você tá me escutando?

Parei de caminhar na hora e me virei para encará-la.

–Ah, claro, você tava falando sobre a gravata horrível que o Marco escolheu. – Francesca ergueu as sobrancelhas, não muito convencida.

–Sei lá, você parece distante.

–Não, só estou um pouco cansada. Mas, pode continuar. – falei me virando voltando a caminhar devagar e dando uma sugada no meu milkshake de baunilha. Mas parei quando senti que ela tinha segurado meu cotovelo.

–Você vai me contar agora mesmo o que foi que aconteceu.

–Ai Fran! Não aconteceu nada! – Puxei meu braço meio desesperada com o rumo que aquela conversa poderia tomar.

–Violetta Castillo, a senhorita acha mesmo que pode me enganar? Eu sou sua melhor amiga, de conheço muito bem, bem até demais. – Ela olhou fundo nos meus olhos, e sua expressão firme se suavizou. – Tem haver com o León não é?

Olhei pro chão meio perdida e envergonhada. Eu não podia mais omitir o que havia acontecido, não era justo com ela.

–Tem – admiti de maneira quase imperceptível ainda encarando o chão.

–O que foi que ele fez dessa vez? Agora sim eu vou acabar com aquele infeliz. – Levantei meu olhar rapidamente, segurando seus ombros.

–Você não vai fazer nada, entendeu?

–Então me diz de uma vez o que ele aprontou, senão eu juro por Deus que pego as chaves do meu carro e dirijo sem parar até chegar no apartamento dele pra ensinar uma lição pra ele agora mesmo. – Observei meio perturbada a expressão fria e furiosa no seu rosto, ela realmente não estava brincando.

–Ele não fez nada demais. Só... me ligou semana passada.

–O QUÊ?! – Cobri rapidamente sua boca com a palma da minha mão meio constrangida pela altura em que ela gritou.

–Ei, não precisa gritar, estamos no meio do shopping lembra?

Ela tirou minha mão do seu rosto sem diminuir a irritação aparente.

–Como assim ele te ligou e você não me contou nada?

–Achei que não fosse necessário. – Francesca piscou diversas vezes incrédula.

–Como assim ''não fosse necessário''??? O seu ex-namorado te liga três semanas depois de terminar e você deduz que não seria necessário contar isso pra mim? Nossa, valeu pela consideração.
Francesca cruzou os braços na altura do peito com um bico enorme.

–Me desculpa tá?

–Tudo bem, mas você vai me contar tim por tim tudo que ele te disse entendeu?

Sem me dizer mais nada, ela começou a me arrastar no meio das pessoas em direção ao banheiro feminino que nem uma louca.

–Francesca, as pessoas vão começar a pensar que você quer me sequestrar.

Ela ignorou meu comentário e assim que entramos no banheiro, me arrastou e segurando o meu pulso me olhou com uma expressão assassina.

–O que foi que ele te disse?

–Não sei ao certo o que aconteceu, mas parece que alguém mandou um pra ele umas fotos minhas e do Peter, e bom, ele não gostou muito.

–Como assim não gostou muito? – perguntou agarrando mais ainda o meu pulso com toda aquela excitação.

–Ele estava um pouco nervoso. – falei me desvencilhando da sua pegada.

–Espera, deixa eu ver se entendi: ele estava com ciúme do Peter?

–Eu não diria ciúme, apenas uma ligeira dor de cotovelo – De uma risadinha pra tentar anuviar a tensão, Francesca abriu um sorriso largo e generoso. – O que foi? – questionei confusa.

–Isso é brincadeira né?

–Eu queria que fosse, mas, não.

–Como não queria??? Você tem noção do que isso significa? – Me segurou pelos ombros de novo que nem um maluca, na verdade, ela era uma maluca.

–Que ele pensa que é meu dono?

–Não sua idiota! Ele ainda te ama! – Sacudi a cabeça pra não acreditar nela, eu não queria me decepcionar mais uma vez.

–Não, você tá viajando.

–A única que tá viajando aqui é você amiga. Você acha que ele teria ligado se não ligasse pro fato de você estar namorando de novo?

–Eu e o Peter não somos namorados.

–Que seja! A única coisa que importa é que o Vargas ainda tá caidinho por você. – Olhando para aquele sorriso bobo enorme no seu rosto, me perguntei o que ela faria se soubesse o que mais ele tinha dito. Mas do nada seu sorriso se desfez.

–Espera, você tá me escondendo mais alguma coisa.

–Ai Fran, deixa de ser paranoica!

–O que mais ele te disse?

–Nada!

–O que foi que ele te disse? – ela gritou e eu gelei quando vi uma garota que estava retocando a maquiagem em frente ao espelho pegar suas coisas e rapidamente sair.

–Viu o que você fez? Agora todos pensam que somos doidas!

–O que foi que ele te disse? – Ela permanecia irredutível. Bufei em sinal de desistência.

–Que tínhamos que conversar e...

–E...

–Que precisava de mim. – pronunciei tão baixo e rápido que nem eu consegui entender direito.

–Que o quê?

–Que precisava de mim droga! Tá feliz agora?

Francesca ficou de boca aberta por alguns segundos. Mas pareceu sair logo daquele seu ''transe'' bizarro, e começou a dar pulinhos e bater palmas descontroladamente.

–Eu sabia! Sabia!

–Fran para! Até eu tô ficando com medo de você agora! – a repreendi olhando pros lados e agradecendo mentalmente por não ter mais ninguém naquele momento. Mas ela parecia envolta numa bolha e provavelmente não escutou, ou simplesmente me ignorou.

–Sério, eu não acredito! – Graças a Deus ela parou de sorrir e pular – Espera, o que foi que você disse pra ele?

–O certo, pra que ele me deixasse em paz.

Uma expressão de choque e incredulidade se estendeu pelo seu rosto.

–Você não fez isso!

–Fiz sim! O que você esperava que eu fizesse? Queria que eu dissesse, ''Ai León, também preciso de você, volta pra mim, eu te amo''.

–Sim, porque é a verdade!

–Você tem sérios problemas!

Me virei caminhando até a porta.

–Mas Vilu, ele...

Ela tentou argumentar enquanto saíamos do banheiro mas eu me virei e com uma expressão firme a cortei:

–Mas nada Francesca! Eu não quero mais que você toque no nome dessa criatura entendeu? Eu simplesmente quero esquecer o que aconteceu. Pode ser?

Enfiei as mãos nos bolsos do meu moletom e voltei a caminhar pisando duro.

–Tudo bem, se é o que você quer. Mas quero que saiba que está cometendo um grande erro.

–Obrigado pela opinião que eu não estava afim de ouvir.

–Ai, que nervosinha! Desculpa, senhorita quem-desdenha-quer-comprar.

–Você tem consciência de que isso foi ridículo né? Mas quer saber, eu não quero mais ouvir nenhuma palavra sobre isso! Vamos logo comprar essa porcaria de vestido pra darmos o fora daqui!

–Espera, como assim ''vestido''? Não quis dizer ''vestidos''? – ela perguntou fazendo aspas com os dedos. Quando viu que eu não havia entendido por permanecer em silêncio, acrescentou: - Você acha mesmo que eu vou te deixar ir com aquelas coisas que você chama de roupa?

–Ok, primeiro, obrigado pelo elogio super fofo que você fez as minhas roupas; segundo, vou aonde garota?

–Na festa do Marco ué! – Eu não me aguentei e soltei uma gargalhada, ela só podia estar de brincadeira. – Não tem graça nenhuma, do que você tá rindo?

–Como assim a festa do Marco?

–Você vai não é?

–Considerando que o fato de que ele vai estar lá? De jeito nenhum!

–Se com ''ele'' você se refere ao León, fique tranquila, ele não vai, esse final de semana vai precisar viajar pra Flórida pra uma competição amistosa.

–Sério? Isso não é mais um truque seu?

–Vilu, você não confia em mim não é? Por que eu mentiria ô retardada?

–Sei lá, a senhorita é cheia dessas coisas. Mas eu já tenho um compromisso marcado com meu travesseiro sábado a noite.

–Qual é Violetta! Deixa de ser ranzinza, vai!

–Eu não sou ranzinza!

–Imagina!

Espera, ela estava sendo irônica?

–Você está querendo dizer que eu não sei como me divertir?

–Sim!

–Pois eu sou muito divertida quando quero.

Ela obviamente segurou uma risadinha e eu me senti ofendida.

–Tudo bem, prova que você sabe pelo menos o que significa se divertir e aparece por lá.

–Quer saber, esquece! Vamos logo comprar essas merdas de vestidos pra acabar com essa tortura.

–Isso quer dizer que você vai a festa do Marco sábado?

–Não gênia, quer dizer que eu vou viajar pro espaço e preciso de um vestido novo pra isso.

–Ai, você é o máximo sabia?

–E você é um pé no saco.

Ela ignorou meu insulto e me abraçou de lado, voltando da situação inicial da que partimos para começar a tagarelar sobre a festa. Por um lado eu estava aliviada por ela finalmente mudar de assunto, por outro, querendo me jogar de uma ponte por ter a certeza de que ela estava certa.

Sim, ele ainda me queria, tanto quanto eu o queria.


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Notas finais do capítulo

Bom... então??? O que acharam dessa discussão? E o ciúme doentio e possessivo do León? Só eu quem fiquei com um ódio mortal da dona Violetta Cú Doce? Então, foi isso, espero que tenham gostado.
Obrigado pelos reviews do capítulo passado, apareceu tanta gente nova que eu nem fazia ideia que lia a fic. Por isso, se gostou, comente, se não gostou, comente mesmo assim.
Até a próxima, beijos! =3 ♥