Confusos Sentimentos escrita por Esmaryn


Capítulo 12
Lágrimas de sangue.


Notas iniciais do capítulo

Gente, será se ainda tem alguém acompanhando isso? Eu sei, eu sei, sou muito enrolada pra postar essa história, mas acreditem, eu realmente tentei postar antes, mas parece que alguma coisa sempre acontece pra eu não postar. Porém, agora estamos de férias e eu to conseguindo digitar com mais frequência, mas a minha prioridade é Tão Perto.... Tão longe. Pois bem, aproveitem mais um capítulo, boa leitura!



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Passei o resto da manhã na cama. Shinji me levou café e minha mãe controlou minha febre, já que ela falou que não era pra eu usar meu chakra. Eu tentei ligar para Sasuke uma vez, mas o telefone dele apenas chamou, eu acabei concluindo que ele não queria falar comigo, e não o culpo, depois de eu ter dito aquelas coisas eu também não iria querer falar comigo se fosse ele.

Peguei meu diário e registrei nele todos os últimos acontecimentos. Desde quando Sasuke chegara até o momento atual.

Fazia tempo desde que eu escrevera nele pela ultima vez, e sinceramente, era uma sensação muito boa, era como colocar todos os meus sentimentos pra fora de uma maneira quase literal.

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Hinata’s POV

Sinto-me péssima por ter dito aquelas coisas à Sakura-chan. E depois de conversar com o Neji, percebi que tinha sérios motivos para isso. Deitei na cama e repassei toda a nossa conversa na mente.

– Hinata-sama, posso entrar? – Neji bateu na porta do meu quarto.

– Claro. – falei e em seguida ele entrou e se sentou na cadeira da minha escrivaninha.

– O que aconteceu?

– N-Nada.

– Jura? Porque eu acho que tem um motivo pra você não ter ido à escola hoje e ter passado o dia todo aqui dentro.

Respirei fundo, era difícil esconder algo do Neji, então soltei de uma vez, antes que eu perdesse a coragem.

– Terminei com o Naruto.

– Hein? – ele foi pego de surpresa.

– Terminei com o Naruto. – repeti.

– Mas por quê? Vocês são tão... Perfeitos juntos. E voce gostava dele.

– Ainda gosto. Mas ele ama a Sakura-chan.

– Claro que não. Por que você acha isso?

Eu sabia que essa hora chegaria mais cedo ou mais tarde, eu teria que contar a ele tudo o que estava acontecendo. Então me ajeitei na cama e desabafei, contei até a parte da discussão ao telefone que eu tivera com a Sakura-chan.

– Hinata-sama... Isso não está certo, a Sakura não tem culpa em nada. – eu não sei porquê ele continua a me chamar de Hinata-sama, eu já lhe dissera que não precisava de tanta formalidade, mas ele apoia tradição tanto quanto meu pai.

– Talvez não... Mas eu não consigo parar de pensar no que o Naruto disse e no motivo da nossa briga... Eu não o culpo, a Sakura-chan é linda e simpática, qualquer cara ficaria louco por ela. Mas não é justo! Eu sempre amei o Naruto, sempre estive olhando por ele. É verdade que eu nunca disse que o amo e ás vezes pareço distante, mas é porque eu tenho medo e vergonha do que possa acontecer. – as lágrimas desciam silenciosas por minhas bochechas e eu as sequei com a manga do casaco.

– Hinata... – ele se levantou da cadeira e cruzou o quarto a passos largos, veio até mim e me abraçou. Desde a batalha contra Naruto no exame chunnin ele mudou muito, começou a me tratar diferente. – muitos garotos se matariam para te ter também, afinal você é linda, fofa, charmosa e muito mais. Mas não confunda as coisas, Sakura é sua amiga e só quer te ajudar, não acho que ela queria te fazer algum mal. Aliás, aposto que ela está tão mal quanto você e talvez só queira uma amiga pra conversar.

Apenas anui com a cabeça, ele tinha razão, eu havia exagerado.

– Certo. – ele beijou minha testa – eu combinei de sair com a Tenten, preciso ir agora, mas prometo que te trago algo.

Eu teria que me remir com a Sakura-chan o mais breve possível, resolvi dormir um pouco, eu falaria com ela no dia seguinte.

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Sakura’s POV

Por volta das três horas, Ino apareceu aqui em casa, e estava mais inquieta que o normal.

– Sakura, não acredito que você o negou! – ela jogou os braços para cima.

– Desculpa... – afundei mais ainda na cama.

Ela suspirou e me fitou séria. Depois começou a falar com mais calma.

– Olha, eu sei que fez isso pensando no Naruto, e eu entendo. Mas você não pode deixar que ele atrapalhe a sua vida, e você já decidiu que quer o Sasuke, e o Naruto não pode fazer nada! Sem falar no que ele fez com a Hinata!

– Hinata... Acha que ela vai me perdoar? - levantei a cabeça e olhei pra ela, que estava deitada na cama comigo.

– Ela não tem que perdoar você, pois você não fez nada que precise de perdão. E além do mais, ela é sua amiga, vai entender.

– Puxa, nunca achei que trocaríamos os papeis. – eu ri.

– Como?

– É que normalmente eu sou a sensata e você a inconsequente.

– Rá, muito engraçado testa de marquise. – ela me deu a língua.

– Ok, ok, mas então eu preciso falar com a Hina-chan de novo, mas dessa vez tem que ser ao vivo.

– Sim, eu vou com você se quiser.

– Acho que não vai ser necessário. – ouvimos uma voz doce e melodiosa vinda da porta.

Hinata.

Estava incrivelmente rubra, ela adentrou um pouco o quarto e depois parou e olhou para mim.

– Me desculpe, Sakura-chan, eu não agi certo te culpando por algo que você não fez... Eu sou uma péssima amiga, irei entender se nunca mais quiser falar comigo. Eu só quero que entenda o que sinto... – ela secou as lágrimas com as costas da mão.

– Você tem razão, agiu muito errado. – Ino disse.

– Ino! – eu a repreendi – E Hinata, é claro que eu te desculpo.

Levantei-me da cama e fui até ela com os braços abertos, nós nos abraçamos por um longo tempo.

Sentamos as três no meu carpete e ligamos o som baixinho, ainda tínhamos coisas a resolver.

– Falou com o Naruto desde ontem? – Ino perguntou à Hinata.

– Não, e nem sei o que falar... Acho que dessa vez é definitivo.

– Bobagem, ele vai voltar correndo assim que se der conta do que fez. – eu sorri e comi um pouco do salgadinho que Shinji trouxera para nós.

– E se ele não perceber?

– Bem, aí colocaremos o Plano Ino em ação. – Ino deu um largo sorriso.

– Você não presta Ino. – eu sorri ao entender de que plano ela falava.

– O quê? – Hinata ficou inquieta.

– A Miss Pink e eu achamos que você deve causar ciúmes nele.

– Isso mesmo. – eu disse.

– Com quem?

– Bem, isso é o que temos que ver. – Ino se juntou a mim nas guloseimas.

Passamos o resto da tarde conversando. Era bom que estivesse tudo bem de novo... Ou quase tudo. Vez ou outra eu me pegava pensando em Sasuke.

– Bom, começaremos com o plano amanhã e pode apostar que vai surtir efeito quase instantaneamente. – a loira sorriu maliciosamente.

– Espero que dê certo, até amanhã Sakura-chan. – Hinata sorriu pra mim.

– Até amanhã – sorri – obrigada por terem vindo.

Fechei a porta assim que elas saíram.

– Eu estava certo ou não? - Shinji disse assim que eu apareci na sala.

– Estava. – sorri e me sentei ao seu lado – agora só falta o Sasuke-kun.

– É – ele pensou um segundo e depois ficou incrivelmente sério – tem certeza de que é uma boa ideia se aproximar dele agora?

– O que você quer dizer?

– É que o Sasuke não é mais o mesmo, Sakura, e por mais que ele não deixe transparecer, ainda sente ódio dessa vila.

– Eu sei que ele não é mesmo, está muito melhor, por isso não acho que ele faria algo contra a vila.

– Talvez não – ele fitou a TV – mas cuidado nunca é pouco.

– Não foi você quem disse ao papai que o Sasuke estava diferente? – perguntei incrédula.

– As pessoas podem se enganar.

– É sério isso? Qual o seu problema? Uma hora você está todo fofo e depois está desse jeito! Sem falar que eu notei o modo como está adiando me dizer o que te fez ir embora.

– É para o seu bem. – ele disse baixo e calmo, como se estivesse perguntando como tinha sido o meu dia na escola.

– Prometeu que ia contar. – abaixei o tom.

– Mas não agora. – ele ainda evitava me olhar.

– Boa noite. – respirei fundo e me levantei.

Não olhei pra trás em nenhum momento enquanto ia para as escadas, mas ainda o ouvi desejar boa noite.

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­­­­­­­­­­­­­Shinji’s POV

Eu sei que é errado tentar colocar Sakura contra Sasuke, mesmo sendo verdade o que eu disse. Sasuke podia se rebelar contra a vila.

Tudo bem que eu também disse que ele estava mudado, porém eu só queria defender Sakura.

Odeio ter de ficar brigado com ela, mas essa é a melhor opção, uma vez que ultimamente ela tem me deixado fora de mim.

O jeito que ela me olha, o sorriso... A maciez dos seus lábios... Droga! Que merda que eu estou pensando? Preciso parar com isso, está virando algo doentio!

Às vezes me dá vontade de gritar que um dos motivos de eu ter ido embora é o fato de eu ter amado a minha pequena Sakura, eu não queria que ninguém pensasse coisas a meu respeito e nem queria prejudicar a Sakura, por isso decidi fugir – claro que esse não foi o único motivo pra eu ter feito isso – mas agora esse sentimento pareceu reacender, e está mais forte que antes.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX (Flash back ON)

– Itachi, tem certeza, quer mesmo fazer isso? – perguntei.

– Não tenho escolha. Ou é isso ou todas as pessoas da vila irão morrer. – ele retirou a máscara da ANBU e me fitou.

Em toda a minha vida eu nunca vira os olhos do meu amigo tão tristes como eu via agora.

– E quanto a Sasuke?

– Terei de matá-lo também. – sua voz saiu baixa, porém firme. Como um ninja ele não tinha o direito de se entregar aos sentimentos. Ele respirou fundo. – sabe que se vier comigo, talvez nunca mais veja Sakura de novo, não é?

– Eu sei. – suspirei.

– Shinji, eu serei procurado depois de hoje, você não tem que se ferrar junto.

– E não vou. Ninguém sabe que estou com você, Itachi, será como se eu tivesse desaparecido.

– Se é isso o que quer não irei impedi-lo. – ele olhou pra noite sem realmente ver – está na hora Shinji.

Por incrível que pareça, aquela noite estava mais escura e mais fria do que todas as outras. Seguimos para o clã Uchiha, onde estava tudo calmo, como se eles esperassem o que veio a seguir: uma serie de matança silenciosa.

– Então você ficou do lado deles... – disse Fugaku num sussurro.

– Tudo bem, nós entendemos. – Mikoto chorava sem parar – tome conta dele, Shinji, prometa que irá cuidar de Itachi.

– Eu prometo.

Mikoto era como uma segunda mãe pra mim. Ao ouvir minha promessa ela sorriu.

– Temos orgulho de você filho. – Fugaku disse se ajoelhando.

– Seja rápido. – Mikoto se ajoelhou ao lado do marido – Nós te amamos Itachi.

Olhei para Itachi e me surpreendi com o que vi. Ele estava chorando! Chorava tanto que mal conseguia manter os olhos abertos.

Eu me mantive afastado, Itachi pedira que eu permanecesse nas sombras, pois era dever dele, e apenas dele, matar seus pais.

– Perdoem-me – então, num único golpe ele os fez cair no chão – também amo vocês.

Sangue jorrou nos nossos rostos e se espalhou pelo chão. Itachi estava parado, encarando os corpos a sua frente. O sangue em seu rosto se misturava às lagrimas, dando a entender que ele chorava lágrimas de sangue.

Eu permaneci imóvel.

Alguém abriu a porta da frente e entrou em seguida. Sasuke. Ele pareceu aterrorizado quando viu a cena a sua frente.

– Papai! Mamãe! – ele gritou e se ajoelhou junto dos pais – o que você fez? – berrou para Itachi.

– Estava apenas testando a minha força. – ele respondeu indiferente.

– Não... Não me mate... – ele sussurrou e recuou.

– Irmãozinho tolo... Não seja tão ingênuo... Se desejar vingança então me odeie, me inveje... Corra, corra e viva com isso, e então quando tiver os mesmos olhos que eu... Venha a mim. – disse Itachi friamente.

Nesse momento me dei conta de que ele jamais conseguiria matar Sasuke, eu podia ver isso em seus olhos. Sasuke significava muito para Itachi.

Itachi saiu pela porta e Sasuke foi atrás, aparentemente ele ainda não havia me notado lá, e nem podia.

Ouvi os soluços agoniados de Sasuke e deduzi que ele já estava sozinho, então alcancei Itachi em silêncio.

Já estávamos longe de Konoha quando paramos.

– Acha que já descobriram? – eu perguntei.

– Provavelmente sim... Sasuke estava chorando alto. – ele suspirou e se sentou debaixo de uma árvore. Era impossível enxergar seu rosto naquele escuro, mas eu sabia que ele chorava.

– Você fez o certo. – sussurrei.

– Eu sei... Espero que com aquelas palavras Sasuke possa arrumar forças para sobreviver nesse mundo de guerra. – ele levantou e me fitou – Obrigado meu amigo. Mas agora tenho que seguir meu caminho sozinho.

– Itachi, você sabe que eu não posso voltar pra vila... Posso fazer besteira, e Sakura não merece isso... Ela merece um irmão de verdade, alguém como você.

– Você é um bom irmão Shinji, e ela te ama.

– Não como eu a amo.

– E por amá-la tanto assim irá se afastar...

– Para fazê-la feliz... Deixá-la ter uma vida normal sem que eu a atrapalhe. Talvez até se case com Sasuke. – eu e ele sorrimos tristemente.

– Talvez você possa vir comigo, portanto que permaneça como um espião, não quero que te peguem.

– Claro. Afinal, eu sou seu protetor. – sorri.

– Ouvi falar de uma organização chamada Akatsuki.

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Notas finais do capítulo

Então gente, é a partir desse capítulo que a coisa começa a pegar, logo logo vocês vão entender o porquê. Enfim, gostaram? acham que está faltando algo? Podem me dizer ^^.
Mais uma vez desculpem o atraso e obrigada por ler! Beijos!!!



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