Confusos Sentimentos escrita por Esmaryn


Capítulo 13
Intrigas


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente!!! Quase um ano, eu sei. Aconteceram muitas coisas, acho que não é relevante explicar. Mas então! eu atualizei! FINALMENTE! E a capa é nova também, vocês gostaram? O garoto loiro é o Natsuki (uta no prince sama), e eu vou usar ele como Shinji (irmão fictício da Sakura). Bem, sem mais delongas, boa leitura!



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Shinji’s POV (Flash back ON)

Seis anos depois de eu ter ido embora de Konoha, resolvi aparecer por lá. Itachi chegaria no dia seguinte junto com Kisami. Ainda não sabiam que eu estava com Itachi, por isso eu fui na frente.

Entrei sorrateiramente na vila, já passava das nove e as ruas estavam quase desertas. Eu já estava perto da minha antiga casa, subi em uma árvore que dava para o quarto de Sakura.

Ela estava penteando os longos cabelos róseos, Sakura tinha mudado muito, estava começando a ganhar corpo de mulher. Sentou-se na cama e pegou um porta-retrato, a árvore era perto o suficiente para eu ver que era ela e sua equipe na foto, acariciou uma das pessoas e depois colocou o retrato no lugar.

Caminhou devagar até a janela, onde se sentou no sofá rente ao batente, ela mexeu no colar que eu havia lhe dado na noite em que parti.

– Onde você está? Não sabe o quanto sinto sua falta. – sussurrou e uma lágrima desceu.

Saí de lá antes que minha consciência falasse mais alto e eu fizesse alguma besteira.

(Flash back OFF)

Sakura’s POV

Levantei correndo e fui me arrumar. Vesti o uniforme novo que Ino trouxera, pois de acordo com ela, Tsunade decidira inovar no vestuário dos alunos. Fiz uma trança de lado e passei um pouco de rímel e gloss. Desci correndo as escadas e entrei na cozinha, onde minha mãe estava fazendo o café, meu pai estava lendo alguma coisa no jornal e meu irmão estava sentado na bancada.

– Bom dia! – sorri.

– Bom dia querida, está melhor? – minha mãe perguntou.

– Sim.

– Está de bom humor está manhã. – papai observou.

– É. – peguei uma maçã e dei um beijo na bochecha de Shinji, pra mostrar que eu não estava com raiva. – estou indo.

– Quer que eu te leve?

– Não, eu estou bem.

– Sasuke-kun virá te buscar? – Mebuki perguntou.

– Não…Hoje não. – sorri meio triste e saí.

Cheguei cedo à escola, então me sentei em um banco perto da fonte para esperar pelas meninas. Ouvi os cochichos das poucas pessoas que estavam ao meu lado, segui o olhar delas e vi Sasuke, que se aproximava.

Meu coração gelou, ele me fitou, fez menção de que ia falar algo, mas então passou batido pela fonte, como se eu não estivesse lá. Nesse momento senti uma dor se formar em meu peito, abaixei a cabeça e tentei não pensar nele, porém era impossível! Ele me odiava agora, e nem posso culpá-lo por isso, é tudo culpa minha mesmo.

– Sakura-chan. – alguém me chamou, despertando-me do torpor.

– Ah, oi Hinata. – tentei sorrir.

– Aconteceu algo?

– Não, nada. A Ino já chegou?

– Sim, está com o Sai – apontou para a loira que beijava apaixonadamente o moreno.

– Eles podiam fazer isso em um lugar mais reservado. – nós rimos.

Nesse momento, uma garota passou por nós e me olhou como se eu fosse culpada de algo. Ela usava um boné que prendia todo o cabelo, uma calça jeans rasgada, um top roxo e tênis All Star branco. Para minha surpresa, ela parou e nos encarou forçando um sorriso.

– Oi, meu nome é Karin. – ela me estendeu a mão direita – Sou aluna nova!

– Sakura. – apertei sua mão meio desconfiada. Eu a conhecia de algum lugar, só não lembrava de onde.

– Eu sou Hinata. – ela apertou a mão de Karin também – seja bem vinda!

– Obrigada. Vocês podem me ajudar? Eu estou procurando meu namorado, mas ainda não o vi. – ela olhou em volta.

– Qual o nome dele? Talvez eu conheça. – falei.

– Uchiha Sasuke. – ela deu um sorriso malicioso enquanto retirava o boné, revelando o cabelo ruivo.

Paralisei no lugar. Ela não podia estar falando sério, podia? Acho que Hinata percebeu minha respiração falhar e segurou minha mão.

– Ah, achei! – ela gritou, sua voz era mais irritante que a da Ino. – Tchau meninas!

Ela correu e se pendurou no pescoço de Sasuke, dando o maior beijão na boca dele.

Meu sangue esquentou e eu senti que mataria alguém, era inconfundível a raiva que eu sentia naquele momento. Como o Uchiha pôde brincar comigo assim? Quem ele pensa que é para fazer isso? O que se passa naquela cabecinha morena? Que idiota! Idiota! Idiota!

Respirei fundo e tentei me acalmar. Se ele queria brincar com sentimentos, nós íamos brincar. Com certeza íamos.

– Sakura, qual é a daquela vadia? – Ino já estava próxima – eu vi quando ela veio falar com vocês.

– Aparentemente é a namorada do Sasuke.

– O quê?

– Ela que disse. – Hinata afirmou.

– Mas se ele realmente está namorando essa piranha por que te pediu em namoro?

– Por que ele gosta de brincar com as pessoas Ino. E eu não quero mais falar sobre isso. Não ligo pro Uchiha. – E o prêmio de mentirosa do ano vai para… Haruno Sakura!

Fui para minha primeira aula e adivinha! Aquela ruiva estava lá. Apenas a ignorei e fui para o meu lugar na frente de Sasuke, que eu também ignorei. Naruto chegou depois junto com Sai que sorriu para mim, eu sorri de volta.

No meio da aula uma bolinha de papel apareceu na minha carteira, abri-a lentamente.

“Desculpa Sakura-chan, eu não queria que você brigasse com o Sasuke por minha causa, quer dizer, na verdade eu queria… Foi um momento de dúvida! Eu acho que não superei totalmente o que já senti por você e a chegada do Sasuke despertou todas as nossas rivalidades antigas. Eu sei que você gosta muito dele e eu prometo que não vou mais causar problemas.”

Rasguei um pedaço de papel do meu caderno e respondi:

“Tudo bem, eu entendo perfeitamente, e perdoo você, afinal quem vai comer rámen comigo e me salvar nas missões?”

Joguei o papel para ele quando a Kurenai-sensei estava virada. Ele leu e sorriu para mim. Hinata tinha muita sorte, Naruto era um carinha bem bonitinho. Ele escreveu algo e jogou novamente.

“Pode me fazer um favor?”

Fiz que sim com a cabeça e ele jogou outro papel.

“Pode conversar com a Hinata? Acho que ela me odeia agora.”

Olhei para ele e percebi que Sasuke me encarava friamente. Naruto juntou as mãos em forma de súplica e eu me lembrei do plano que eu e as meninas havíamos formulado, então escrevi:

“Não mesmo! Isso é assunto seu loirinho, foi você quem fez a merda e eu quase não consegui fazer as pazes com a Hina-chan, não quero que ela fique com raiva de mim de novo. Além de eu já estar com problemas com esse idiota atrás de mim.”

Joguei o papel e o vi abrir rapidamente, depois suspirou e disse um “Eu entendo” tão baixo que eu mal ouvi. Depois olhou para Sasuke e de volta para mim.

Outra bolinha de papel…

“É por causa da Cabeça de Tomate?”

Eu sorri da comparação e sussurrei para ele um “também”.

Quando a aula acabou eu fui para o laboratório de biologia, onde, por incrível que pareça, meu parceiro é o Sasuke, que ainda não tinha chegado.

Coloquei o jaleco e peguei meus óculos, em seguida fui para o meu lugar.

– Oi Kakashi-sensei. – disse ao passar por ele.

– Sakura, como vai? – tinha um toque de humor em sua voz.

– Bem. – sorri e me sentei.

Sasuke chegou e ficou me encarando antes de se sentar, eu evitei olhar para ele.

– Bom, hoje nós vamos estudar algumas doenças e ferimentos causados por diversos jutsus. – Kakashi começou a explicar – Na frente de vocês tem um órgão danificado. O trabalho de vocês é descobrir o que pode ter acontecido para deixá-lo assim e forjar um antídoto.

Ouvi alguns reclamarem sobre ser muito difícil. Eu ignorei todos e comecei a trabalhar. Coloquei minhas luvas e peguei uma pinça média, comecei identificando o órgão: o coração, que assim como o meu estava danificado.

– Então essa doença ataca somente o coração? – Sasuke perguntou como quem não quer nada.

– Não necessariamente. – respondi friamente.

– Precisamos conversar Sakura. – ele sussurrou. E devo admitir que ouvir a voz dele naquele tom aveludado quase me fez entregar os pontos ali mesmo, mas então lembrei da cena com a ruiva mais cedo e fechei a cara.

– Hum. – respondi simplesmente sem olhar para ele.

– Com licença, acho que sou dessa turma. – a voz daquela Cabeça de Tomate – como diz o Naruto - invadiu a sala.

– Aluna nova? – Kakashi perguntou.

– Sim.

– Bem, não tem parceiro disponível, então pode fazer trio com o Sasuke e a Sakura.

– Que ótimo! – sussurrei para mim mesma.

Ela arrastou um banco e teve a ousadia de se sentar bem ao meu lado.

– Oi Sasuke! – ela sorriu e ele virou o rosto – e Sayuri, não é?

– Sakura. – será que essa praga não ouviu o Kakashi falar meu nome?

– Hum, dá no mesmo. – ela deu de ombros. Sério! Eu vou dar na cara dela!

– Por que não se concentra no trabalho, Karin? – O tom de voz de Sasuke me surpreendeu, há tempos que eu não o ouvia falar daquele jeito.

– Eu acabei de chegar, Gatinho, não sei o que fazer. – ela piscou para ele e nesse momento eu escutei algo se quebrando em minhas mãos, só então percebi que estava apertando a bancada com muita força.

Um pedaço da madeira estava em minhas mãos e eu enrubesci imediatamente. Não queria estragar a escola.

– Sakura, tudo bem? – Kakashi perguntou.

– S-Sim. – deixei o pedaço de madeira de lado e voltei a olhar o coração.

– Então, o que eu devo fazer? – Karin perguntou.

– Nada, já fiz metade.

– Descobriu a doença? – Sasuke perguntou. Ele parecia tão desconfortável quanto eu.

– Não é doença, é apenas um ferimento grave causado por Taijutsu.

– Como você sabe? – a ruiva perguntou.

– Eu peguei um pedaço do coração e olhei no microscópio e vi que a maioria dos pontos de chakra estavam pressionados, isto é, o único modo de fazer isso é com Taijutsu.

Esse é um dos meus problemas. Quando o assunto é medicina eu me esqueço de tudo e de todo mundo e simplesmente não me importo quem é a pessoa com quem estou falando, portanto que ela permita que eu diga coisas da anatomia humana ou animal ou qualquer coisa assim. Acho que no fundo sou uma nerd.

– É preciso uma Kekeigenkai ocular para vê-los. – Sasuke entendeu do que eu estava falando. – e uma pessoa especializada em taijutsu, o que explica o golpe certeiro, fazendo o fluxo de chakra parar. – ele disse isso enquanto olhava no microscópio também.

– Do que vocês estão falando? – Karin parecia não gostar da forma como eu e Sasuke nos comunicamos.

– De um membro do clã Hyuuga. – respondemos juntos. Eu evitei olhar para ele, pois percebi que havia um sorrisinho em seus lábios.

– O nome do golpe é Juuken Ryuu, e é um estilo de batalha corpo a corpo que foca em fechar os Tenketsus. – ele explicou.

– Hum.

– E é algo que ataca de dentro pra fora. E já que paralisam os pontos de chakra, nós precisamos fazer algo que tenha o efeito contrário de um anestésico, algo para fazê-los se mover novamente. – eu disse.

– Isso é fácil. Basta um pequeno choque, como se fosse uma parada cardíaca. – Sasuke estendeu um dedo até o pedaço do coração que eu havia cortado e disparou uma pequena agulha de Chidori.

Mesmo com a carne do coração morta, eu pude perceber os pontos voltando ao normal.

– Parece que funciona! – sorri.

– É. – ele ficou me olhando e sorrindo também. Desviei rapidamente o olhar e pigarreei.

– Acho que acabamos. – peguei o papel em que Sasuke havia terminado de escrever e entreguei a Kakashi.

– Pode ir.

Saí rapidamente da sala e fui para o meu armário guardar o jaleco e os óculos.

– Podemos conversar agora? – ouvi a voz grave de Sasuke atrás de mim.

– Agora não. – me virei para sair, porém fui barrada por dois braços fortes. – com licença?

– Não, eu realmente preciso falar com você, eu-

– Sasukeee! – Perfeito, a vaca ruiva chegou.

– Agora não Karin. – ele respirou fundo e a olhou, esse foi o memento de eu sair de seus braços e seguir pelo corredor.

Ouvi ele dizer algo para Karin e correr para me alcançar. Em uma fração de segundos ele me segurou pela cintura e me jogou para dentro do banheiro masculino, trancou a porta e me olhou.

– Você está doido? – tentei alcançar a maçaneta, mas ele não deixou.

– Precisamos conversar. – ele estava sério.

Respirei fundo, era difícil me concentrar com ele tão perto. Respirei fundo outra vez e mandei:

– Okay. Você quer conversar? Então vamos conversar! Eu não vou cair nesse seu joguinho e não vou te dar motivos para me humilhar mais! – coloquei as mãos na cintura.

– O que? Do que você está falando? Que jogo?

– Não se faça de bobo Uchiha! Você acha que eu sou um brinquedo, não é? Me beijando e depois pedindo em namoro só para fazer ciúmes na sua namoradinha ruiva. Vou te dizer uma coisa: eu não sou o tipo que se ofende com essas babaquices! – ele apenas suspirou e massageou as têmporas.

– Você não tem jeito, né? – ele gritou – eu não te entendo, Sakura, juro que não entendo. A Karin NÃO é minha namorada, é só um chiclete que grudou e não sai! Na verdade nem sei como ela conseguiu entrar na vila.

– Mas ela te beijou! – gritei.

– Ela me pegou de surpresa! – ele gritou de volta.

– Isso não é desculpa! Nem o Naruto teria deixado aquilo acontecer!

– Você está dizendo isso só porque fez as pazes com ele, não é?

– Isso não é da sua conta!

– Então a Karin ter me beijado também não é da sua conta! – nós dois estávamos gritando com duas crianças.

– ÓTIMO! EU NÃO LIGO MESMO! NÃO TO NEM AÍ PRA VOCÊ NEM PARA AQUELA RIDÍCULA! ESPERO QUE VOCÊS DOIS SEJAM FELIZES E QUE EU NUNCA MAIS TENHA QUE OLHAR PRA ESSA SUA CARA ARROGANTE DE NOVO! – gritei desesperadamente.

– VOCÊ ESTÁ SENDO MUITO INFANTIL!

– Não ligo. – virei a cara.

– Então ta! Quando você quiser conversar como uma pessoa civilizada sabe onde me encontrar.

– É bom você esperar sentado então. – cruzei os braços e virei o rosto. – quero sair agora, se você me der licença.

– Toda. – ele se afastou e cruzou os braços.

Saí correndo de lá em direção a saída. Eu não ligava de perder todo o resto da aula, só precisava sair dali logo.


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Notas finais do capítulo

Foi curtinho mesmo gente, mas então, vou aproveitar as férias para escrever mais, desculpas pela demora. Beijos! XD



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