Dark Things Inside escrita por Angelic Power


Capítulo 9
Agonias


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. galeraaaaa, ta fofoo hahahah espero que gostem, até la em baixooo



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–... como você mesma sabe eu já havia sido casado.

Assenti. Pelo que sabia, ele se casara com uma mulher chamada Sophia, mas ela havia falecido, nunca ousei perguntar como, minha mãe havia me da outra vez que cometi o erro, mas eu ainda morria de curiosidade.

–Como ela morreu? -Perguntei.

Ele sorriu de lado.

–Morreu no parto.

Arregalei os olhos e encarei-o perplexa. Haveria a possibilidade de que eu tivesse um irmão? Muitas coisas invadiram minha cabeça naquela hora. As coisas teriam sido tão diferentes...

–E o bebê...?

–Sobreviveu -Respondeu baixinho. Acho que ele estava com medo, queria poder abraçá-lo, ele sempre me dera conforto.

–Então, quer dizer que eu...

–Não -Falou ele com um tom risonho. Por que ele ria? Não era engraçado.

–Pai, não entendo, o que isso tem a ver com minha mãe?

–Sophia era sua mãe, Ruby.

Estremeci. O chão me puxava para si e eu queria me entregar. Sentia meu coração acelerar novamente. Não, outro ataque, não... Respirei fundo tentando tomar mais fôlego.

–Como?

–Quando ela faleceu, você ficou dias e dias no hospital, seu coração era frágil, mas você não era, ainda assim resistia. Sempre foi uma lutadora, Grace era nossa amiga, ela e Soph se conheciam dês de o colégio, então se ofereceu para me ajudar a cuidar de você. Foi prestativa e acabei me apaixonando por ela, pela pessoa que ela era, me lembrava minha Sophie... mas isso me impediu de ver o mal que havia por baixo dessa capa. Era tudo mentira, Grace nunca fora uma boa pessoa... e eu deveria saber. Contei isso à todos os da família de Grace, por isso Marie ficou tão... agoniada com a situação que havia lhe posto. Sinto muito, querida, queria ter te contado antes, mas...

–Sem mas -Corri até ele e o abracei mais uma vez- Eu te amo, papai e é isso que importa, só não vá embora outra vez...

–Também te amo, Ruby...

***

Eu estava em meu quarto. Já fazia um bom tempo dês de que falara com meu pai. Ele ficaria na casa de tia Marie conosco. O choque havia sido grande, mas agora acho que tudo fazia sentido. Eu nunca havia me parecido com ela, com Grace.

Toc toc.

–Entre.

A porta se abriu lentamente e o rosto de Jo apareceu e examinou o quarto. Seus olhos pararam em mim e seus lábios se abriram em um sorriso e ele entrou, fechando a porta novamente.

Continuei deitada, esperava que ele me arrastasse para fora ou algo do tipo, mas ele se deitou ao meu lado. Encarei o teto e senti o olhar dele sobre mim. Parecia... chateado.

–O que foi? -Perguntei, ainda olhando pra cima.

–Não queria ter te deixado hoje, R.

–Jo! Você não me deixou, só foi sair.

–Mas eu queria ficar com você... -Senti meu rosto esquentar- Quero dizer... eu... bem, você voltou hoje e imaginei que iria precisar de... companhia.

Senti um nó no estomago e uma dor agonizante no peito. Será que meu coração havia piorado?

–Estou bem, Jo, não se preocupe, além do mais acho que deveria passar o tempo com sua namorada.

Por que eu falara aquilo? Estava me sentindo estranha.

–R, ela não é minha namorada, eu nem gosto dela.

A dor no peito estava aumentando, não conseguia respirar. Meus olhos ardiam, levantei-me e sentei na cama.

–Acho melhor você ir, Joseph.

Ouvi-o se sentar atrás de mim. Senti seus dedos em meus cabelos. A dor foi dissipada por um suspiro longo. Fechei os olhos e me permiti respirar calmamente.

–Há muito tempo eu conheci uma garota, ela era especial. Não era como as outras, eu a queria por perto, precisava dela, mas nunca poderia tê-la pois... bem, é complicado. Até que um dia, ela foi tomada de mim, mas no período em que fiquei sem ela, descobri uma coisa... o que me impedia de me aproximar, era mentira. Então me deixei ter esperança, pensei que... quem sabe, se ela acordasse e gostasse de mim, nós poderíamos... -A voz dele falhou. E meu coração também. A agonia percorria meu corpo. Mordia a boca para me focar à realidade. Ele havia parado de falar, eu não queria que ele parasse, eu também precisava dele.

Abri meus olhos lentamente e o vi sentado no chão uns metros à frente. Ele fitava a madeira escura e estava encolhido, parecia nervoso.

–Jo?

Ele tremeu ao ouvir minha voz e me olhou com agonia, seus olhos verdes estavam vazios e cansados. Sera que ele também sentia aquela dor?

–Ruby, eu... me desculpe... -Sussurrou ele.

–Você não terminou a história... -Falei sorrindo para ele, mas ele não retribuiu e nem se moveu.

–Nós poderíamos...? -Ele ainda olhava pra mim, mas com dúvida agora. Eu poderia ter pensado em uma resposta, mas meu corpo agiu antes que eu pudesse cogitar essa ideia.

Quando dei por mim. Me sentava no chão à sua frente e segurava seu rosto. Tão perto...

–Ruby, você não precisa fazer isso, eu... foi só uma coisa boba, eu acho que criei esperanças demais, peço que perdoe-me por...

–Oras, cale a boca, Joseph -Bufei puxando seu rosto.

Seus lábios não exitaram e retribuíram o gesto. Eu nunca havia beijado ninguém antes, mas acho que isso deve ser algo do instinto, pois era tudo o que eu tinha agora. Seus braços cercaram meu corpo. O calor irradiava em minhas veias. Nos afastamos por alguns centímetros para tomar ar. Encarei-o, ainda tremia, mas não havia rastros de agonia agora. Ele acariciou meu rosto.

–Sabe, o certo seria se eu tivesse beijado você e não ao contrário... -Disse estampando um sorriso bobo.

–Estamos nos tempos modernos, Joseph, pare de reclamar, você realmente fala demais -Falei rindo.

–Pode fazer com que eu me cale mais vezes...

Rimos juntos e puxou-o pra perto mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Ha ha, você não esperavam por isso, não é? Bem, vamos ver no que vai dar... COMENTEEM hahaha beijooos, bye byee o/



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