Dark Things Inside escrita por Angelic Power


Capítulo 10
Parar e Olhar


Notas iniciais do capítulo

Santo Raziel -mania de shadowhunter- não posto um cap novo faz meses!!! O.O Gente, prometo continuar, agora vamos voltar com força total!! Uhul, DTI na veia. Ah, e mais uma coisa, eu tenho duas fics novas, She Wolf e Flaws, se quiserem, leiam, são histórias legais haha até lá em baixo, espero que gostem...



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Já haviam se passado duas semanas e tudo parecia correr bem. Meu pai estava morando na casa de tia Marie conosco. Ela e ele ainda não eram os melhores amigos, mas se aturavam. As pessoas da vizinhança já falavam comigo normalmente. Eu me sentia normal, a não ser por Bob.

"Acho que tudo acabou bem, afinal, certo?" Perguntou ele.

–É... mas tenho a sensação de que tudo pode desmoronar em qualquer instante.

"Talvez devesse dizer isso ao Jo, ele..."

–Se eu dissesse ele ficaria preocupado, já me basta ele pensar que posso ter outro ataque cardíaco a cada cinco minutos, não quero que ele se preocupe mais. Queria que ele soubesse que também posso ser um apoio pra ele. Não sou fraca!

"Claro que não é, mas Ruby... você não cresceu acostumada a ter pessoas se importando com você. Sempre foi você e você, vai levar um tempo pra que se acostume com isso"

Meus olhos começaram a pesar e deixei meu corpo descansar.

–Boa noite, Bob.

"Boa noite, Ruby"

***

Os acontecimentos seguintes foram os piores de toda a minha vida. Lembro-me de estar envolvida em um sono profundo, até que ouvi berros de horror por toda a casa. Senti mãos me segurarem e abri os olhos, tentando focalizar o que tinha em minha frente. Jo. Ele estava nervoso e implorava pra que eu acordasse.

Sua boca se mexia, mas eu estava tão sonolenta que não entendia nada. Estava cansada, não queria acordar agora... mas tentei focar em uma frase. A frase que me despertou. A frase que transformou qualquer sombra de cansaço em medo e pânico.

–Ruby! Ruby! Acorde, é urgente, seu pai... ele... ele acabou de infartar. -Berrou ele.

Joguei as cobertas para fora e corri o mais rápido possível, descendo as escadas e indo até o quarto dele. Abri a porta abruptamente e encarei o local. Estava vazio. Vazio.

–PAI! -Berrei e voltei a correr. As lágrimas se aglomeravam em meus olhos. Meu coração estava acelerado e eu não conseguia respirar direito.

"Não é hora pra desmaios, Ruby" Resmunguei em minha cabeça.

Jo apareceu em minha frente e segurou meus braços, na tentativa falha de me prender. Me debati contra ele.

–Onde ele está? -Perguntei mantendo o tom firme.

–Minha mãe o levou para o hospital, R... se acalme, por favor -Implorava ele, mas eu não parava de tentar correr.

–Ele vai morrer, droga, droga! -Berrei.

Já havia tido muitos momentos de raiva, mas nada chegara à esse ponto. Não estava triste, sentia o ódio subindo em meu peito, chegava a queimar. Não era ódio de meu pai, ou de Jo, nem de tia Marie, mas de Grace. Ela havia deixado meu pai doente, cansado, desgastado e fraco. Se não fosse por ela, talvez pudessemos ter tido alguma vida normal.

Consegui me desviar dos braços de Jo e corri para a porta, mas estava trancada. Comecei a socá-la com toda a força que tinha. Eu precisava vê-lo. Precisava dele. A cada soco, minhas mãos ardiam, mas eu não me importava, a raiva me consumira.

–Ruby, pare! Por favor, pare! -Pediu Jo, atrás de mim, tentando me afastar da porta.

Ele segurou meus braços novamente e dessa vez não impedi. Prendi minhas mãos nas dele e usei seu corpo de apoio. Dei um pulo e empurrei a porta com as pernas, que fez um estrondo e ganhou uma enorme rachadura.

Tentei me separar dele, mas suas mãos eram fortes e não pude mais me mexer. Meu corpo ardia, a raiva passara e o que restara era a dor dos meus atos insanos.

Jo me puxou até o sofá e me sentou lá e ficou do meu lado, me abraçando, mas na verdade se certificava de que eu não fugisse. Passamos um bom tempo lá, parados, esperando alguma reação minha, ou dele.

–Jo...

–Não... só não... fala nada. -Disse ele em tom frio.

–Se você vai ficar bravo...

–Ruby, por favor, agora não. Nós dois estamos nervosos e a última coisa que eu quero é gritar com você e dizer algo idiota. Só me deixe te abraçar e deixar as coisas... se acalmarem, tudo bem? -Perguntou ele olhando pra mim.

Assenti. Ele sorriu e me abraçou novamente. Por mais que tivesse muito o que pensar, decidi apenas colocá-los de lado e parar. Parar de querer gritar ou sorrir. Chorar ou sofrer. As vezes de deixar que tudo se dissolva, que o peso de nossos ombros caia. Parar e olhar, isso basta.


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem!!! Se acharam horrível, comentem, se foi bom, comentem. Qualquer coisa, só pra que eu me certifique que vale a pena continuar e tals, ok?



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