Dark Things Inside escrita por Angelic Power


Capítulo 6
Nunca Morreremos


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer aos que estão acompanhando a fic. E dedico esse capítulo à Anna e The Oracle (Umple2) essas duas deixaram comentários lindos no último capítulo, muito obrigada mesmo. Agradeço a quem favoritou a história e novamente à The Oracle que fez uma recomendação fantástica! Espero que curtam esse capítulo, foi bem trabalhoso de fazê-lo porque eu perdi o rascunho duas vezes hahah Beijão gente, até o/



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Minha cabeça estava explodindo. Não literalmente, mas doía muito. Eu queria abrir os olhos, mas estavam pesados demais. Estava me sentindo estranha. Tinha algo errado...

"Bob? Meggie? Sabem o que esta havendo?" Perguntei em meus pensamentos, mas não ouvi nada em resposta.

–Oi R. -Falou uma voz. Joseph me chamava de R, mas não poderia ser ele. Aquela voz era mais velha -Sinto sua falta... as coisas... estão péssimas. Ainda mais nesses últimos anos.

Anos? "Tudo bem Ruby, chega de dormir. ABRA OS OLHOS!"

Num primeiro momento eu senti uma terrível falta de ar e uma dor no peito. A dor foi amenizada quando examinei meu local atual.

Estava em um hospital. Ao lado da cama tinham aparelhos como os que vi na enfermaria do orfanato, mas agora pareciam mais... avançados. Muitos deles se conectavam a mim e apitavam. O que eu estava fazendo ali?

Enfim notei o garoto. Ele tinha cabelos castanhos e olhos extremamente verdes, parecia familiar...

Minha boca estava seca e minha garganta doía, mas encontrei minha voz.

–Quem é... -Me interrompi imediatamente com um susto. Minha voz não era mais... minha voz. Estava muito diferente. Mudado o tom. O menino me encarava com um sorriso idiota estampado no rosto, encarei-o e me foquei nele -Quem é você?

–Sou eu, Joseph!

–Não é não, Jo só tem onze anos! -Afirmei.

–Eu cresci R., e você também.

Me encarei. Ele estava certo. Minhas pernas que outrora ocupavam o meio de uma maca, agora mal cabiam em uma. Meu cabelo estava bem maior do que eu me lembrava.

–O que houve comigo?

–Eu... não sei se posso te dizer R. -Disse ele apreensivo.

–Joseph, me diga.

–Você tem uma doença R.

–Sim, eu sei. Eu vejo...

–Não, não é mental, é cardíaca.

–Mas o psicólogo...

–Era um médico normal, sua mãe colocou na sua cabeça que era um problema mental, pois queria que todos pensassem assim. Nem seu pai sabia disso.

–Não, não pode ser...

–Nunca notou que desmaia com frequência? Que quando fica nervosa perde o ar?

–Já, mas...

–É verdade, R. Tudo foi comprovado no internato. Seu pai estava desconfiado e alertou minha mãe, ela não confia nele, mas pediu que te vigiassem. Uma das governantas te viu no chão e achou que você estivesse sem ar. Te levaram à uma das salas para ser consultada, mas você havia desmaiado. Tentaram gritar, até jogaram água, mas você não respondia.

–Eles me trancaram num quarto, Jo! Longe de todos.

–Exato, acharam que a multidão deu-lhe tontura e a fez desmaiar. No dia seguinte a governanta alegou que você havia colocado seu colchão no chão, então levou-a até a enfermaria para examiná-la, mas você...

–Eu...?

–Infartou. Teve de ser internada. Conseguiram te acordar duas ou três vezes, mas você infartava novamente logo depois. Seu coração não estava resistindo aos choques.

–Jo... quanto tempo dormi?

–Seis anos.

Senti uma lágrima fria percorrer meu rosto. Eu não queria chorar, mas aquilo era demais. Seis anos... e lá estava eu. Presa outra vez.

–Jo, me tire daqui... por favor.

Ele sorriu levemente, se abaixou e beijou minha testa.

–Vou fazer o que puder, só não durma outra vez Ruby.

Assenti, então ele se foi.

Ele estava diferente por fora, mas ainda era o Jo. Eu sempre temi que quando crescesse eu ficasse vazia. Perdesse a magia. Parasse de acreditar.

Mas agora, olhando pra ele, eu podia ver. Só os que querem perdem tudo isso. Perdem a humanidade.

Eu não seria assim, eu sempre teria a magia e iria acreditar. Até que eu dormisse eternamente.


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