A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 61
Tudo que eu tenho


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooi! Tudo bom com vocês?!

* Obrigada por todos os comentários do cap passado, em especial as leitoras novas: Mandy Chase e Ellie El. Adorei seus comentários! Obrigada!

* Me esqueci de falar que o corte dos cabelos de Lawrence no cap passado se inspirou na Sakura, em Naruto. Falando em Naruto.... ACABOU, GENTE! ACABOU! E sabe o que eu tenho vontade de sair gritando por aí?! (alertaaa, spoiler! Se não quiser ler, pule esse tópico!). Eu quero sair gritando por aí isso aqui, gente: NARUHINA, SASUSAKU, SHIKATEMA? É CANON! É CANON! Gente, nunca me senti tão feliz. O Kishimoto não pôde escolher uma semana melhor para me deixar feliz. Nada pôde me abalar nesse fim de semana. Nem mesmo o tão temido ENEM.

* Falando em ENEM... Eu sou uma estudante do terceiro ano do ensino médio que deveria estar dormindo ou me preparando de alguma forma para a prova de amanhã, mas eu acordei agora, e tipo, estou muito elétrica! Cheguei em casa 5:30 hoje, e nem falei com a minha família, fui direto para o quarto dormir. Eta prova que cansa, hein? Acordei agora, e descobri que a minha família tava achando que eu tava trancada no quarto chorando. Eu não sofro antes dos resultados. Aliás, acho que até que fui bem! Bem... Tinha umas que eu me matava lendo e ficava tipo: QUE? E tinha que ler tudo de novo, até entender. O problema do ENEM é que é muita interpretação! E eles colocam uma questão de vinte mil linhas para achar a resposta em duas palavras. Enrolam demais. Eu tava cansada quando cheguei na quarta questão. E vocês? Quem fez o ENEM? Como acham que foram na prova de hoje?

* Esse é o penúltimo capítulo minha gente, e cap que vem vai vir junto com um pequeno premio! Vai ter capítulo duplo! Isso mesmo, minha gente! Vou postar o último cap de AOP1 na segunda junto com o primeiro cap de AOP2. Meu presente para vocês!

* Gente, espero que gostem do cap! Aliás, falando em ENEM de novo: aos que vão fazer, que curso irão prestar se passarem? Eu vou de medicina. Sempre. Para sempre. Todo sempre.

* Beeeeeijos! E boa sorte a todos nós, que estamos na época dessa tão temida prova. Que o espírito de J.K Rowling entre em cada um de nós na redação de amanhã, e que cada um faça a redação com 1000 pontos! Bons jogos de ENEM, e que a sorte esteja sempre ao seu favor! Uheuheuehue. Xoxo s2



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Quando você ama, há o risco de odiar. Essa frase, ficava na cabeça da menina, martelando a cada minuto que sentia um ódio incomum no seu coração.

Com o punhal na mão, e os olhos totalmente tomados pelo símbolo de Yin Yang, Lawrence se encontrava assim. Chorando. Os cabelos com fios pela metade, em um corte desparelho que improvisara para se livrar de Ysun, sua mais nova inimiga. Aquela noite deveria ter sido uma noite sem mortes. Girou a lâmina na mão, pensando em uma estratégia. Estava parcialmente segura com o punhal, uma vez que o expelliarmus não poderia lhe desarmar. Batucou os dedos na coxa, e passou a língua pelos lábios, observando atentamente a cena ao seu redor.

Estava em desvantagem. Um semiacordado, dois amarrados, um com cinco varinhas apontadas para si mesmo e outro muito provavelmente morto. Seria um milagre satisfatório se Daniel conseguisse acordar de alguma forma, mas era um milagre impossível mesmo para a cota de milagres.

– Certo. Você quer uma luta, não é? – falou, com a voz alta e clara, e cerrou os olhos que brilhavam de excitação – Então vamos lutar.

– Então esse é o dom de Lawrence Potter? Mudar o estilo dos olhos? Que piada... Eu realmente daria de tudo para saber o que isso faz. Mas, eu tenho uma missão. Eu ainda tenho que tentar te convencer a ir para o nosso lado. Vamos lá, Potter. Ninguém te aceitaria aqui como você é. Lá, você pode ter tudo que poderia querer. Poder. Você não quer poder? – cerrou os olhos – Desista dessa luta. Vamos lá. Todos aqui vão morrer de qualquer maneira, e você sabe disso. Um dos seus amiguinhos já está morto. Desista dessa luta. Ele morreu. Mortinho. Mortinho. Mortinho. – riu – Desista e venha comigo. Desista, e não irá se arrepender.

A ruiva mais nova deu um grito de raiva, e movimentou a faca, como se estivesse cortando o ar. Cerrou os dentes, enquanto mais lágrimas caíam de seus olhos. Lágrimas de ódio. Estava a ponto de se engasgar com elas. Eram tantas. Bagunçou os cabelos com uma das mãos, agarrando-o com força, enquanto fechava a própria mão em torno da lâmina, sentindo o sangue escorrer quente pelos seus dedos. Não é como se realmente estivesse sentindo alguma coisa.

Os olhos mudaram novamente, e dessa vez a Estrela de Davi apareceu. Os traços longos se estenderam através de sua pele e foram direto para suas pálpebras. A pupila tinha o mesmo símbolo de Yin Yang ocupando todo o espaço preto. Sua íris estava vermelha, e o desenho da estrela de Davi estava na sua órbita, desenhada como se tivessem colocado ferro em brasa ali, e fizessem os traços assim. Para fora de seus olhos um risco preto ia até as têmporas. Nas têmporas havia três pequenos triângulos que brilhavam como se fossem brasa. Mas já não queimavam como da primeira vez.

– Desista de me fazer desistir. – falou, ainda com os dentes cerrados – Eu não vou para o seu lado de forma alguma. Diga para Tom Riddle que se ele quiser me convencer a ir para algum lado, então que seja na minha frente, e não com uma coruja humana. O que você é para ele, hein, Ysun? Eu aposto que faz tudo que ele manda. Você é somente um brinquedo fácil de se manuseado nas mãos dele. E não vai ser você que vai me derrotar. Não vou ser derrotada pela bonequinha de Voldemort.

A outra ruiva cerrou os dentes, com os olhos cheios de raiva. Lawrence conseguira fazê-la ficar descontrolada, o que significava que ela ainda tinha uma fonte de sentimentos no corpo dela, o que tornaria a luta muito mais fácil – ou difícil.

– Ótimo. E você acha que vai ganhar de mim com.... Isso? – apontou para o punhal na mão da Potter – Eu tenho uma varinha.

– Verdade. O que adianta uma varinha se o oponente não tem uma? – perguntou, fingindo-se de confusa – Quero dizer... Ysun, olhe para si mesma. Se você ganhar de mim, não poderá nem mesmo dizer que foi uma luta gloriosa e difícil, porque eu nem tinha uma arma boa para lutar. Sem uma varinha sou um oponente fraco. Você não pode se gabar por ter matado um fraco, porque isso até o mendigo da esquina pode fazer. – soltou uma risada e mostrou a coluna de dentes parelhos e brancos – Sua reputação não aumentará em nada. Se lá no meio de vocês, matar um fraco é ser digno de glória, desculpe, mas vocês são todos covardes.

– Não ouse me chamar de covarde! – gritou a Carter, lançando um feitiço facilmente esquivado pela Potter, que revirou os olhos.

– Se não quer se reconhecida como uma covarde, não lute como uma!

– Você não vê? – acalmou-se a outra – Não importa o jeito que eu lute com você. Você está fraca. Não aguentará muito mais.

– Não importa quantas vezes me acertar. – falou a Potter, com um sorriso de canto nos lábios e a camiseta branca já suja de sangue – Se me derrubar sete vezes. Eu. Levantarei. Oito. Eu não vou perder. Eu darei tudo que eu tenho para salvá-los! Nem que isso signifique renascer mil vezes. Dessa vez, eu salvarei todos.

Ysun riu.

– Darei uma chance para você, garota. Não quero ser reconhecida como uma covarde em meio aos comensais, então eu lhe darei uma chance. Iremos lutar de lâmina para lâmina. Ou melhor... Lâminas. – falou, mostrando o cinto cheio de facas.

Lawrence sorriu. Ela caíra. Sua mente pensou em todos os ensinamentos do professor Snape quando o assunto era facas. Fechou os olhos e tentou se concentrar.

– Em algumas batalhas, você pode acabar perdendo sua varinha. É importante saber usar outras armas em casos como esses. Sabia que a causa para muitas mortes de bruxos em batalhas é por perder a varinha? É por isso que saber se virar com outra arma é bom, mas infelizmente a maioria dos bruxos acha que está seguro somente com uma varinha.

– Use estratégias. Sua faca é somente uma, então você normalmente terá somente uma chance de acertar ou errar. Então não seja estúpida de ir atacando de frente. E não seja covarde de atacar por trás igualmente.

– Mais tarde você pode precisar de uma arma, quando estivermos na guerra. Hogwarts será alvo de conflitos, então é bom se prevenir. Guarde a imagem desta árvore na sua mente. Ele tem o interior oco. Aqui, eu coloquei uma bolsa com algumas facas, adagas e punhais que achei em casa e na minha sala. Você já tem sua própria bolsa de facas, então somente use isso se for extremamente necessário, entendido?

Suspirou, e observou ao seu redor. A árvore que Snape falara para ela assim que dera de presente aquela bolsa com facas ficava a alguns metros dali. Teria que ser esperta, e acima de tudo, ágil. Olhou para Ysun, que já estava em posição de combate. Mas seus olhos não ficaram nela. O símbolo nos seus olhos deveria servir para alguma coisa. Era incrível os numerosos detalhes que não passavam despercebidos de seu olhar. Ao olhar para Ysun, percebe o que tinha atrás dela. Uma árvore. Sua estratégia era muito provavelmente desviar da sua faca e fazê-la cravar na madeira, deixando Lawrence desarmada. A árvore tinha a madeira macia, e pouco acima da Carter havia um galho suficientemente forte para sustenta-la. Sorriu. Tinha parte da estratégia pronta.

Apertou o punhal, e saiu correndo em direção a Ysun. Ela jogou uma de suas faquinhas no ar, e Lawrence parou de correr para conseguir agarrar a faca no ar. Sorriu, e correu em direção a mulher que tentou esquivá-la jogando mais uma faquinha, que foi rapidamente agarrada por Lawren. Ao chegar perto de Ysun, deu um chute em sua coxa e se esquivou da faca.

Seus olhos conseguiam fazê-la perceber os movimentos bem mais lentos que o normal, e isso ajudava muito bem a se esquivar das ferramentas de combate. Cravou uma de suas facas na madeira macia da árvore, e fez um impulso para o galho acima dela, levando consigo a faca. Parou de costas para a mulher, e pulou do galho, desatando a correr em direção a árvore de Snape.

A floresta negra tinha muitos galhos secos e era extremamente escura, o que fazia da corrida muito difícil. Mas sentiu-se feliz ao sentir o cheiro de terra molhada por perto, e seus ouvidos captaram levemente o som de água correndo. Lembrava-se muito bem do lugar de Snape: era perto do lago, onde uma pequena fonte d’água corria constantemente.

Se animou ao chegar ao lugar, mas não parou de forma alguma. Os passos de Ysun estavam próximos aos seus, e ela tinha plena noção de que fora errado deixar seus amigos para trás. Correu rapidamente para a árvore, e se jogou no chão, apalpando através do buraco que havia na árvore, e achando um tecido consistente. A bolsa.

Suspirou, e abriu, achando todos os tipos de facas. Sentiu-se feliz ao saber que Snape tinha afiado absolutamente todas antes de lhe entregar as coisas. Pegou a maior faca que achou e conseguiu apontá-la na cara de Ysun a tempo antes de ela cravar uma faca em seu pescoço.

Estava deitada, mas ainda sim conseguia fazer um belo estrago nas pernas da mulher. Agarrou a bolsa, e foi se levantando calmamente, com a arma sempre apontada para ela. Estava esgotada. Arfando, suja, o sangue escorrendo de suas mãos, o cabelo partido aos pedaços, cortes profundos no rosto e no joelho. Estava acabada, e não aguentaria muito tempo ali.

Ysun, porém, continuava majestosa. Mesmo assim, a Potter notou com satisfação, que a mulher também ofegava e tremia dos pés à cabeça de tanta raiva. Seu joelho estava sangrando, o que levara a Potter a crer que ela caíra durante o percurso.

– Nós vamos combinar assim, Ysun. Se eu vencer essa luta, meus amigos vão permanecer todos intactos. Seu bando de capangas vai fugir com o rabo entre as pernas e não vão incomodar a minha vida extremamente pacífica, entendido? Ou eu preciso desenhar para você? – perguntou séria.

– Entendido. Caso contrário, eu posso matar todos os seus amigos, e você vai vir para o nosso lado. – Lawren sorriu.

– Adorei essa ideia, Ysun. Pois bem... O que você vai fazer com.... – olhou para o cinto da mulher – Três facas, contando com a que você tem na mão? – arqueou a sobrancelha, aproximando mais e mais a mulher do lago.

– Acabar com você. – sibilou, e a ruiva soltou uma risada animada, soltando o braço e virando de costas para a mulher, se escorando na árvore e depois a olhando. Ela estava estática.

– Pois bem. Faça seu movimento. Estou lhe dando essa vantagem, porque você está no meu território. – advertiu, e Ysun se permitiu a rir também.

– Aposto que nunca esteve aqui mais de duas vezes. – respondeu, e a Potter sorriu, sem falar nada. Colocou as mãos na árvore, e fechou os olhos, acalmando seus batimentos cada vez mais, e reduzindo-os a nada. Desse jeito, ficava praticamente morta, mas conseguia prever todo e qualquer movimento do adversário, até mesmo a sua respiração.

E naquele local, todos os mínimos barulhos ficavam ainda mais altos por causa do lago. A pressão abaixo da terra era muito maior, ela conseguia ouvir até a frequência dos batimentos da adversária... Até mesmo o mínimo suspiro que ela deu antes de realizar o seu movimento... Conseguiu ouvir até mesmo seu cabelo se movendo junto com seus braços, quando uma faca veio em sua direção. Sorriu, e se esquivou da faca calmamente. Abriu seus olhos, e calculou mentalmente tudo que deveria fazer para pegá-la em um único golpe. Para começar, precisava mantê-la a centímetros do lago.

Para isso, jogou três facas em sua direção. Três facas fáceis de desviar, mas que para isso foram necessários três passos para trás. Pronto. Conseguira. Jogou o punhal de Carrie que passou direto pela comensal e cravou numa pedra molhada pelas margens do lago. Para conseguir o que queria, tinha que ter alguma coisa sua em contato com a água do lado. Assim, poderia manipulá-la facilmente como se fosse uma ferramenta. Deixou Ysun adquirir a vantagem, mas desviou facilmente de todos os seus ataques parados. Seus olhos viam tudo. Pegou uma quinta faca, e curiosamente, observou que faltavam mais duas facas. Tinha que acabar com isso.

Seu próximo ataque acabaria com todas as suas reservas de energia. Ela estava dando tudo que tinha naquele ataque, e se não conseguisse, não teria mais força para raciocinar ou lançar armas. Manipular a natureza não era simples, e exigia muita energia.

Jogou a quinta faca na direção da comensal, e ao se esquivar, ela colocou seu pé no lago. Era sua deixa. Movimentou habilmente suas mãos, e tentou pensar na água como uma parte de si. Pensou no pé de Ysun dentro da água. Imaginou a água a prendendo lá dentro.

Mais forte... pensava, enquanto tentava inutilmente prendê-la no lago. Ouviu uma exclamação da mulher, e viu que ela tentava tirar seu pé da água ao abrir os olhos. Mas não se deixou desconcentrar. Fechou os olhos mais uma vez, e movimentou novamente seus braços, imaginando a água subindo.

O grito agudo da mulher invadiu os seus ouvidos, e ao abrir seus olhos, viu a mulher sendo suspensa no ar através de dois jatos de água que funcionavam como uma espécie de corda. Seus pés também estavam presos, e ela olhou as duas últimas facas de sua coleção. Conseguira. Seu objetivo estava concreto. Manipulara a água.

O que faria com Ysun agora? Mataria? Não. Não tinha coragem e nem sangue frio o suficiente para matá-la. Por isso, suspirou, e caiu ao chão fraca, sem forças nem mesmo para ter Ouviu a risada de Ysun ao longe, e sentiu o símbolo desaparecendo aos poucos. Então quando ficava sem forças, o símbolo desaparecia?

– Eu posso estar presa, mas você não tem nem mesmo força o suficiente para me lançar uma faca para me matar. Seus esforços são inúteis. – falou a mulher, e a Potter respirou fundo, se levantando com uma energia desconhecida, ao se lembrar que seu melhor amigo estava em algum lugar estirado no chão.

– Eu... – ofegou, e colocou a mão no estômago, notando que algo o atingira, pois um corte profundo havia ali. Uma faca estava caída no chão, e se perguntou quando isso acontecera, percebendo que ocorrera enquanto estava de olhos fechados para tentar prender a mulher, que jogara sua última faca em direção ao seu estômago. Cuspiu um pouco de sangue, e limpou a boca com a mão suja de terra. Estava deplorável – Dei tudo de mim... – respirou fundo – Dei tudo que eu pude para salvá-los... – fechou os olhos – Você merece morrer por causa do Daniel... Mas... Eu não vou lhe matar porque... – fechou os olhos, e cuspiu mais sangue – Porque eu não sou tão inferior. E eu sei que... – se apoiou em uma árvore e a olhou de soslaio – Sei que ele está vivo, de alguma forma. Ele é mais forte que qualquer um de nós juntos. E não vai ser um... – praguejou baixo ao sentir uma pontada no estômago – Um crucio qualquer que vai mata-lo. Eu vou indo. Torça para que seus aliados consigam... – arfou – Lhe soltar da água antes que meus professores cheguem. E diga para eles que... – cambaleou mais um pouco e saiu de vista da mulher – Diga para eles que a água queima também. Ainda mais quando estamos no território de uma usuária de água e fogo.

Deixou a mulher aos gritos naquele lugar, e voltou cambaleando para a clareira, se apoiando nas árvores e cuidando para não cair. Ao chegar no local, ouviu os gritos de Harry, e viu que os homens que estavam com Ysun a olhavam atentos, esperando algum movimento.

– A mulher que é a líder de vocês está presa por minha armadilha. Se não querem Tom Riddle enfurecido com todos vocês, é melhor irem tentar salvá-la. – todos os homens assentiram rapidamente, soltando seus amigos e indo em direção aos gritos de Ysun. Robert foi o único que parou ao lado de Lawren, que não tinha nem mesmo forças para se manter em pé direito.

– Como venceu ela? – perguntou, reconhecendo a derrota. A menina suspirou e revirou os olhos.

– Faça a sua colega honrar o nosso acordo. Nunca mais incomodem a mim ou aos meus amigos, entenderam? – homem assentiu, e seguiu os outros comensais.

A menina caiu no chão assim que desapareceram, mas foi amparada por Harry imediatamente. Mas seu corpo não se sustentou no dele. O menino desamarrou Rony e Hermione, e Draco já acordara também. Somente Daniel estava lá. Dormindo.

– Hey... – a ruiva falou com a visão embaçada ao chegar perto do amigo, e colocar as mãos em seu peito. Draco chegara perto, preocupado com a amiga – Acorde, Daniel... Isso não é hora de dormir... Quero dizer, é. Mas você deveria dormir na cama, sabe? Levante... Por favor... Por que você não acorda, sua gazela idiota?! – falou, já chorando, colocando as mãos no rosto do loiro – Eu te protegi! Quando eu te dei o colar, o pretexto era te proteger de tudo! – gritou.

– Lawrence... Você fez tudo que pôde... Deu tudo que tinha. – falou Hermione calmamente, abraçada a Ronald.

– Então por que ele ainda não acordou?! Se eu realmente tivesse feito de tudo, eu... Ele estaria acordado no momento! – ela completou chorando, colocando as mãos acima do estômago do menino, tentando curar alguns pequenos machucados, mas não criando nada mais que pequenas faíscas – Por que eu não paro de tremer?! |Que droga, Lawrence! Ele precisa de cuidados, então por que diabos as minhas mãos não param de... – começou a praguejar alto, enquanto deitava sua cabeça no peito do amigo.

Uma mão macia afagou suas costas ao fazer isso, e uma voz melódica disse:

– Você está sem energia, Lawren. Por isso não para de tremer. Mas eu posso ajuda-la, se você me deixar. – a ruiva se levantou com os cabelos emaranhados, e avistou alguém que não via há muito tempo.

– Carrie? – perguntou – O que...?

– Ele ainda está vivo. Mas teve muitas lesões. Se você me deixar tomar as principais medidas de salvamento, ele estará fora de perigo. – a Potter iria contestar, mas ao olhar para Daniel, viu que aquilo não era hora de orgulho Slytherin.

– Você pode salvá-lo, certo? – perguntou, e ela sorriu calma, assentindo – Então o ajude, por favor... – sussurrou, se jogando nos braços de Draco, e observando apreensiva as mãos hábeis de Carrie subindo a blusa do loiro, e curando um corte profundo que havia em seu peito. Os ossos foram se curando calmamente, e Lawren perdia a consciência a cada instante de cura.

– Eu fiz tudo que pude, Lawren. – ela disse – Agora ele precisa de um médico. E você também. – ela falou, mas não se aproximando para curá-la – Madame Pomfrey poderá curar esse seu corte. Caso ele tenha veneno. É melhor eu não mexer nele.

A Potter assentiu calmamente, sentindo seus olhos se fecharem aos poucos. Sua visão ficou embaçada, e um sorriso se formou antes que desmaiasse nos braços de Draco. Ela dormiu em um sonho consciente, onde duas coisas se destacavam em sua mente:

Tudo acabara.

Daniel estava vivo. Vivo.


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Notas finais do capítulo

Beijos!