A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 60
Coragem para se levantar


Notas iniciais do capítulo

Ooooooi! Gente, estamos quase lá! Esse é o antepenúltimo capítulo, o que significa que temos somente mais dois capítulos de AOP1! Isso é tão nostálgico, nossa :O

* Obrigada a todos que comentaram cap passado, vocês são divos e lindos. Amo vocês s2

* Nesse cap, temos alguns fragmentos do capítulo passado, e cap que vem, temos o desfecho!

* Não entrem em pânico, estou dizendo. Não entrem em pânico. Acalmem-se, e coloquem uma única coisa na cabeça quando forem ler esse capítulo: "Daniel é forte". Só isso que digo.

* Próximo capítulo: Tudo que eu tenho

* Logo, com esse nome, imaginamos que uma certa pessoa que desconheço quem é, vai dar tudo que tem de si para fazer algo.

* Espero que gostem, beijos! Xoxo s2



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– Tsc, tsc, tsc... Que decepção. Achei que pudesse fazer alguma coisa. – sorriu a comensal irônica, chegando perto da garota que estava caída no chão, quieta.

Estava desapontada, mas não poderia fazer nada. A morte dela e de seus amigos, seria para sempre sua culpa, e ela sabia disso. Ysun agarrou seus cabelos, e a fez olhar para todos. Os olhos de Lawren estavam úmidos e opacos. Harry tentava se soltar, mas não conseguia.

– Soltem a minha irmã! Soltem-na! – gritou. Isso fez a Potter baixar a cabeça, sendo imediatamente levantada pela Carter de novo. Ela tinha o controle de seus movimentos, uma fez que agarrara os seus cabelos.

– Como se sente sabendo que a vida deles dependia de você? – sussurrou no ouvido de Lawrence, fazendo-a fechar os olhos. Aquelas palavras eram tão cruéis. Palavras que a faziam querer chorar. Mas não. O orgulho ainda era tão grande. Mesmo naquela situação, não queria demonstrar que era ainda mais fraca do que parecia – Tão fraca. Seus cabelos tem um cheiro muito bom. – a mulher riu – Talvez se não se preocupasse tanto com os cabelos sedosos, e se preocupasse mais em ser mais forte, não precisaria viver da piedade de seus amiguinhos. É isso que você é. Um fardo. Um peso morto. Deve ser por isso que seus pais lhe ignoraram a vida inteira. Você é somente um peso a mais na vida das pessoas. Egoísta. Orgulhosa. Vingativa. Venha conosco Lawren... – sussurrou – Venha conosco. Você é tudo que o lorde das trevas precisa. Ele poderá lhe ensinar como ser forte. Em dias você terá se esquecido de todos que morrerão aqui hoje... – Lawren permaneceu intacta. Não chorou. E com firmeza, negou o pedido da mulher, que riu – Então você verá um por um morrer. É isso que quer? Vê-los morrer. Vamos começar pelo loirinho desmaiado. Daniel, não é? Ele lhe defendeu muitas vezes nessa luta. – ela falou.

Lawrence então acordou ao ouvir o nome do amigo. Olhou para o garoto que nem teria a chance de revidar o que quer que façam com ele. Os olhos ficaram úmidos somente de imaginar o amigo morto. Ouviu ao longe a voz de Tom, sibilando a palavra crucio. Seus olhos captaram sem entender muito bem o que acontecia naquela cena. Daniel estava se contorcendo e gritando. Acordara de repente, e parecia estar com muita dor. Falaram mais uma vez a palavra, até a ruiva entender que aquilo era tortura. Matariam Daniel o torturando.

– Não! – gritou, tentando correr até o garoto, mas sendo segurada por Ysun – Parem com isso! – já chorava. Harry a olhava surpreso. Nunca vira a garota chorar assim quando estava acordada – Parem! Parem com isso! Ele não fez nada! Deixem-no em paz! Por favor! Eu imploro... Não façam isso... Não... Por favor... – chorava compulsivamente.

As lágrimas escorriam sem querer, e o rosto da menina já estava vermelho. Daniel estava sujo de terra. Levantaram o garoto algumas vezes, fazendo-o cair no chão com força, batendo com a cabeça. Estavam causando dor. Ele sangrava, e murmurava coisas sem nexo. Uma última vez gritaram crucio, e o levantaram no ar. Ela ouviu o grito agonizante do Surrey quanto bateu uma última vez no chão, e ouviu o barulho de alguns ossos quebrando. Os olhos de Daniel se encontraram com os de Lawren, que já não tinha mais voz para gritar. Ela somente chorava.

Os olhos do menino estavam brilhantes, e ele deu um sorrisinho. Sangue escorreu da boca dele, e os olhos azuis deixaram algumas lágrimas escorrerem. Ela o viu dar uma leve piscadela para a menina, e murmurar, quase sem voz: “Vença”. Essa foi a última coisa que os lábios dele pronunciaram, antes dos olhos fecharem calmamente.

– Acho que ele morreu... – falou Ysun chorosa.

– Não... Daniel... Você é forte! Faça algo! Você sempre consegue! Você é tão inteligente, livre-se disso... Por favor... – falou suplicante – Por que você não consegue fazer as coisas quando deve, seu idiota?! Você vai morrer! Faça algo! – gritou – Daniel, por favor! Acorde! Acorde! Você é tão forte! Por favor! – ela já não conseguia pronunciar as palavras direito – Eu não vou suportar se você morrer! É tudo culpa sua! – gritou – Se você não tivesse decidido que seria meu amigo, você poderia estar dormindo agora! Se você não tivesse se aproximado, não estaria assim....

– Viu como é egoísta? – sussurrou Ysun – Até quando vê o seu amigo morrer, você não consegue assumir sua culpa.

Lawren baixou os olhos, olhando para o chão. Fechou os olhos, deixando mais algumas lágrimas caírem. Ouviu o grito de Harry.

– Não ouça ela Lawren! Você não tem culpa de nada!

– Ela tem razão. – falou baixo, e Harry se calou em um instante. A terra ficou mais molhada com mais lágrimas que caíram, e suas mãos arranharam o chão com força – É tudo culpa minha. Eu sempre fui tão egoísta... Sempre agi como se fosse superior. – sua voz estava falha e chorosa, mas mesmo assim, continuada decidida – Como se fosse a melhor, quando quem me salvava era sempre Daniel e Draco. Eu sempre os olhei por trás. Sempre fui fraca, me fingindo de forte. Sempre fingi ser sábia, e ter os melhores conhecimentos em duelos. Mas eu nunca me joguei na frente de um feitiço. Era sempre eles. E eu somente observava, e depois me gabava por algo que nem havia feito. Sempre fui tão egocêntrica. Orgulhosa. Ignorante. É por isso que eu concordo com ela. Mas agora... Eu não vou deixar isso acontecer novamente. Eu não vou ficar aqui parada, vendo um por um morrer. Eu vou salvar. Nem que isso custe a minha vida. Nem que eu tenha que me jogar na frente de um feitiço. Não vou me permitir a fraqueza. Agora é a hora em que eu passo na frente. Vocês me olham por trás. Porque eu não sou fraca. É tudo minha culpa. E eu admito. – olhou para cima, encarando Harry, e sorriu vingativa, tirando calmamente o punhal de dentro do Converse – Mas isso não significa que eu não possa muda-la.

Ysun riu, olhando para a lâmina.

– Vê se aprende uma coisa garota. Se uma varinha não funciona comigo, uma faquinha de nada é que não vai funcionar também. – falou convencida, agarrando os cabelos de Lawren mais forte. A ruiva a olhou de canto, e sorriu, erguendo o punhal.

– Tem razão, Ysun. Em tudo. Sou egoísta. Orgulhosa... Não gosto de admitir minha culpa. Mas não admito que diga três coisas, quando não sabe. Eu não sou fraca. Meus cabelos não valem mais que a minha força. Talvez essa faca não funcione em você, como disse. – soltou uma risada e a olhou como se tivesse o melhor plano arquitetado em mente – Mas eu tenho a certeza absoluta de que ela funciona em mim.

As mãos ágeis da ruiva fizeram a faca girar habilmente nas mãos, e com muita rapidez, ela passou as lâminas através dos fios ruivos, cortando o cabelo pela metade, ficando pouco abaixo dos ombros. O emaranhado de mechas que Ysun segurava de um jeito tão firme, caiu ao chão assim que os fios se cortaram. Os fios caíam lentamente, enquanto o olhar assustado de Ysun encarava Lawren, que já se encontrava de pé, com o punhal na mão.

Lawren baixou a cabeça, enquanto Ysun aplaudia, rindo. Fora inteligente. Não tentara usar a faca na rival, e sim, nela mesma. Lentamente, a ruivinha levantou a cabeça. Estava diferente. E isso todos os acordados ali notaram. Uma série de memória passou na cabeça de Lawren.

Flashbacks

“Você não é muito boa se defendendo, sabia? Eu achava que era mais forte que isso.”.

“Sabe... Leões podem ser frios às vezes. Mas eles não deixam seus parceiros para morrerem. Isso me faz acreditar, que o jeito Gryffindor que você tanto acha irritante... Faça parte de boa parte de você. Seu patrono é um leão. Isso quer dizer que você não deixaria eles para trás.

“Ou talvez isso queria dizer que o meu patrono é um leão. Nada mais.

“Esses dias, eu tive uma detenção com Snape. Ele me mandou organizar as fichas de detenções da minha família. Havia um pergaminho separado para nós. Eu fiquei orgulhosa por um momento. Não eram todos que podiam ser “usuários” particulares. No pergaminho, havia um emblema logo acima do nome Potter. Uma flor de Lis. Então eu entendi o motivo da chave do meu cofre de Gringotes ser essa flor. É o símbolo do meu sobrenome. Poder, soberania, honra e lealdade. É o que a flor representa. É o que eu devo representar. Precisamos ir.”.

“Você está doida! Olha Lawren, eu sei o quanto você quer provar para o Harry testa rachada o quão forte você pode ser. Como você é superior e blábláblá. Mas temos que pensar dos dois lados. Somos somente três. Não sabemos nem metade do que deveríamos ter aprendido esse ano! Sem falar que não sabemos quantos deles haverão lá. Pode ser somente dois. Como pode ser dez. Ou mais.”

“Vocês não são nada sem mim. A mais forte e corajosa aqui sempre fui eu. Eu sempre fui a melhor.”

“Sinceramente maninha, achei que conseguisse ser mais forte que isso. É óbvio que precisam na nossa ajuda. São muito fracos.”.

“Não seja irônica, Lawrence! Não se esqueça de quem foi a ideia de vir aqui!”.

“Ótimo Draco! Bote toda a culpa em mim! Quando não deu nem mesmo cinco minutos e vocês toparam! Querendo um desafio!”.

“Em vez de reclamar... PROTEGO! Você deveria... ESTUPORE! Tentar se concentrar na batalha... IMPEDIMENTA!”.

“Acho que ele morreu...”.

“Não... Daniel... Você é forte! Faça algo! Você sempre consegue! Você é tão inteligente, livre-se disso... Por favor... Por que você não consegue fazer as coisas quando deve seu idiota! Você vai morrer! Faça algo! Daniel, por favor! Acorde! Acorde! Você é tão forte! Por favor! Eu não vou suportar se você morrer! É tudo culpa sua! Se você não tivesse decidido que seria meu amigo, você poderia estar dormindo agora! Se você não tivesse se aproximado, não estaria assim...”.

“Viu como é egoísta? Até quando vê o seu amigo morrer, você não consegue assumir sua culpa.”.

“Eu não sou fraca. Meus cabelos não valem mais que a minha força. Talvez essa faca não funcione em você, como disse. Mas eu tenho a certeza absoluta de que ela funciona em mim.”.

“Você tem um dom...”.

“Como consegue? Você manipula, você simplesmente manda, e eles obedecem. É como se você fosse a Imperius ou algo assim!”.

“Vença”.

Flashbacks off

– Eu vencerei. – murmurou – E Remus... – levantou os olhos e encarou a mulher a sua frente. Agarrou a faca, e colocou-se em posição de combate, girando o punhal no ar. – Sim.

Eu ficaria.


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Notas finais do capítulo

Sim! Ela cortou o cabelo pessoal! Cortou e bem cortado, haha! Super. Beeeeeijos!